O PSICÓLOGO CLÍNICO, ROSSANDRO KLINJEY, traz sua ampla experiência e nos convida, neste maravilhoso livro, a fazermos uma conexão conosco, a fim de descobrirmos a relação entre a nossa felicidade e a aceitação de quem somos no mundo. Várias vezes nos queixamos: o quanto não somos valorizados no trabalho, o quanto o parceiro ou a parceira não nos valoriza, e saímos a criticar tudo e todos. E terminamos achando que nada que fazemos é bom ou dá certo, então, um sentimento terrível de incompetência pessoal toma conta de nós, e isso destrói o amor próprio de qualquer pessoa. Sem receitas prontas ou miraculosas, ele propõe que a felicidade decorre de uma construção diária e demonstra que quando temos resiliência, nos adaptando às mudanças da vida e compreendendo as experiências cotidianas, aceitamos os processos dessa construção e nos tornamos pessoas felizes.
A obra é composta por 25 capítulos, onde Rossandro vai discorrendo sobre assuntos cotidianos dos seres humanos à luz da psicologia. É como se fosse uma palestra em forma de texto.
O livro discorre sobre as diferenças entre amor próprio e egoísmo, a autoaceitação, como ser independente e feliz, ser dono de si mesmo, o sucesso de forma saudável, os benefícios do medo, o mundo está melhorando ou piorando, o adoecimento dos seres que amamos, as questões do casamento, os problemas com a sogra, as faces da felicidade verdadeira e daquelas mostradas nas redes sociais, sobre a possibilidade de ser feliz sozinho, a importância da inteligência emocional, os sonhos e as realidades, o envelhecer feliz, como não viver ressentido, a verdadeira paz, sobre Deus ajudar quem verdadeira se esforça, as valorizações dos momentos, o que podemos fazer de diferenças em nossas vidas, reciprocidade, como lidar com carinho com os erros, como viver de modo equilibrado, as nossas questões internas e externas e sobre a escolha de ser feliz.
Durante toda a narrativa, Rossandro vai falando dos assuntos e dando exemplos para melhor demonstrar as questões. Algumas histórias são contadas por ele em palestras.
A que mais me chamou a atenção, e confesso que até agora não vi em nenhum evento público, foi de uma moça que estava com raiva de outra porque a mesma se dava bem na vida e ela não. E ela achava que a criatura fazia para provocá-la. É tão absurdo e tão real ao mesmo tempo.
O livro é uma mistura de auto ajuda com questões psicológicas junto com o Espiritismo vindo de quem sabe fazer isso muito bem e tem um vasto conhecimento sobre a vida humana.
É um soco no estômago um atrás do outro. É um constrangimento alheio e de si mesmo por algum dia já ter feito algo do que está sendo exposto.
A leitura é fluída e envolvente e o texto é de fácil entendimento a todos. Você vai lendo, absorvendo, colocando no seu cotidiano e quando vê terminou.
Melhores trechos: "...Além de não ser condicional, o amor próprio não é vaidoso. Muitas pessoas têm grande necessidade de alardear suas próprias qualidades ou realizações. No entanto, quando alguém se comporta assim não está afirmando que se ama, mas mostrando o quanto é carente. Na verdade, essa pessoa está pedindo o amor do outro... Amor próprio significa não permitir que seus sentimentos sejam desorganizados. Você cuida dos seus sentimentos, assumindo a responsabilidade de cuidar da própria raiva, angústia, medos e vacilações sem projetálos no outro. Então, quando você chegar a casa ou ao trabalho, não cabe jogar seus sentimentos desorganizados nas costas de outras pessoas, pois esses sentimentos são algo com que você precisa aprender a lidar... Você tem de ser capaz de ser referência para si próprio, gostar de si como realmente é, não como as pessoas projetam em suas visões infantis segundo as quais você precisa ser sempre excepcional. Afinal, você não é nem nunca será o que os outros querem que você seja. Simplesmente, a vida tem de ser vivida como ela é, e nós temos de ser gratos pelo que já conquistamos... Quero ressaltar algo fundamental – ter sucesso, ser um vencedor está muito mais relacionado a como nos sentimos do que ao que conquistamos... Se você não é capaz de ser o primeiro a amar e a confiar em si mesmo, desenvolvendo uma crença em sua capacidade pessoal e na possibilidade de alcançar seus sonhos, então, jamais alguém irá fazer isso por você. Não se terceiriza o amor próprio. E mesmo sabendo que Deus nos ama infinitamente, se não nos aceitarmos, não conseguiremos sentir todo esse amor que emana dEle... A vida exige certos processos. Não é possível implementar mudanças do dia para a noite. É necessário que tenhamos a leveza de enfrentar as nossas sombras e acolhê-las no entendimento de que muitos de nossos defeitos são, na verdade, aspectos infantis que precisam ser compreendidos, acolhidos, amadurecidos e modificados. Sem angústia, sem ansiedade e, sobretudo, sem um sentimento muito negativo para quem não se aceita: o de inferioridade, isto é, a autoestima rebaixada..."