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Viagens Com O Presidente
O relato de uma viagem presidencial quase sempre chega ao público pela forma resumida de discursos e entrevistas. Mas o deslocamento de um presidente, principalmente no caso de Luiz Inácio Lula da Silva, vai muito além disso. 'Viagens com o presidente' traz histórias saborosas e inéditas dos bastidores das idas e vindas do presidente Lula pelo país - e pelo mundo. Os autores transportam os leitores à cabine de avião e às salas VIP reservadas a Lula, apresentando um registro único de todas as fases dos quatro anos de mandato de 'Eclipse', um dos codinomes de Lula usados pelos seguranças da Presidência. É o Lula sem rodeios, longe dos holofotes e diferente da imagem oficial, contando piadas, cobrando e ironizando ministros, xingando, chorando, bebendo seu uísque, vibrando com a recepção das pessoas, fazendo articulações políticas e reclamando de adversários e aliados. No Planalto, dizem os mais cautelosos, é preciso ter técnica para contar fatos sem mostrar a cara. Na cobertura de Lula no Palácio do Planalto, no interior do Brasil e no exterior, os jornalistas Eduardo Scolese, da Folha de S. Paulo, e Leonencio Nossa, de O Estado de S. Paulo, mostram que poucos conseguem manter por muito tempo certos segredos, seja o assessor fiel, o motorista, o bajulador, o garçom ou o próprio presidente. Além de intrigas, curiosidades e histórias inéditas, o livro traz um encarte com dezenas de fotos a bordo do avião presidencial, de Lula em banquetes de reis ou nos galpões de fábricas.
308 pages, Paperback
First published January 1, 2006
2 people want to read
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Community Reviews
Displaying 1 of 1 review
September 17, 2025
A mania de improvisar persistiu em todo o governo, o que resultava muitas vezes em gafes e frases infelizes. O incessante ritmo de viagens e a vontade de fazer longos e raivosos discursos eram ingredientes perfeitos para trapalhadas que causavam embaraços diplomáticos, turbulências políticas, constrangimentos e rixas regionais.
É, o véio não aprende mesmo.
Bastante curioso ler um livro de 2006 sobre as viagens do Lula, que eu achei em um saldão na bienal do livro. Já tinha visto esse na biblioteca do clube também e chamou minha atenção. Por ser do final do primeiro mandato dele, fica a impressão de que escreveram cedo demais. Por outro lado é um retrato interessante do seu primeiro mandato, em que Lula e seu estilo de presidência eram uma novidade total, e ele ainda não era a imagem que temos dele hoje, ou mesmo a quase-unanimidade nacional que ele alcançou ao final do segundo mandato. Vemos um Lula (e um PT) ainda aprendendo a ser presidente, se acostumando ao cargo e a tudo o que ele acarreta. A imprensa, parece, também não sabia lidar muito bem com isso. O livro é cheio de anedotas dos jornalistas na cola de Lula, tentando conseguir uma foto ou um depoimento do presidente, com situações das mais inusitadas.
O tom varia entre uma tentativa de neutralidade e uma certa antipatia com o presidente. Não chega a ser um livro contra o Lula, mas também não poupa críticas ou situações complicadas. Ele aparece como a figura cativante e controversa que é, mas acho que o tom pende mais para o negativo, embora ainda seja relativamente equilibrado.
Também é muito engraçado ler o livro com a perspectiva do presente, porque certas figuras mudaram muito nos últimos vinte anos. Para além das personagens óbvias que caíram em desgraça como José Dirceu, Antônio Palocci, entre outros, tem o Gonçalves Dias, sim, ele mesmo, do 8 de janeiro, matando uma cobra coral em 2003 e salvando a vida do Lula quando ainda era coronel. Divertidíssimo! Outra figura atualmente relevante mas que em 2006 merecia somente um parágrafo no livro inteiro é Fernando Haddad, descrito como um "técnico de discursos enfadonhos" do Ministério da Educação. Coitado.
Enfim, leitura interessante, mas talvez não exatamente o que eu esperava ou queria.
É, o véio não aprende mesmo.
Bastante curioso ler um livro de 2006 sobre as viagens do Lula, que eu achei em um saldão na bienal do livro. Já tinha visto esse na biblioteca do clube também e chamou minha atenção. Por ser do final do primeiro mandato dele, fica a impressão de que escreveram cedo demais. Por outro lado é um retrato interessante do seu primeiro mandato, em que Lula e seu estilo de presidência eram uma novidade total, e ele ainda não era a imagem que temos dele hoje, ou mesmo a quase-unanimidade nacional que ele alcançou ao final do segundo mandato. Vemos um Lula (e um PT) ainda aprendendo a ser presidente, se acostumando ao cargo e a tudo o que ele acarreta. A imprensa, parece, também não sabia lidar muito bem com isso. O livro é cheio de anedotas dos jornalistas na cola de Lula, tentando conseguir uma foto ou um depoimento do presidente, com situações das mais inusitadas.
O tom varia entre uma tentativa de neutralidade e uma certa antipatia com o presidente. Não chega a ser um livro contra o Lula, mas também não poupa críticas ou situações complicadas. Ele aparece como a figura cativante e controversa que é, mas acho que o tom pende mais para o negativo, embora ainda seja relativamente equilibrado.
Também é muito engraçado ler o livro com a perspectiva do presente, porque certas figuras mudaram muito nos últimos vinte anos. Para além das personagens óbvias que caíram em desgraça como José Dirceu, Antônio Palocci, entre outros, tem o Gonçalves Dias, sim, ele mesmo, do 8 de janeiro, matando uma cobra coral em 2003 e salvando a vida do Lula quando ainda era coronel. Divertidíssimo! Outra figura atualmente relevante mas que em 2006 merecia somente um parágrafo no livro inteiro é Fernando Haddad, descrito como um "técnico de discursos enfadonhos" do Ministério da Educação. Coitado.
Enfim, leitura interessante, mas talvez não exatamente o que eu esperava ou queria.
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