Neste livro, a jornalista italiana e escritora premiada, Ritanna Armeni, reconstrói a história de um grupo de mulheres soviéticas fiéis à sua pátria: as aviadoras do 588º Regimento de Bombardeio Aéreo Noturno Soviético. Com um importante papel de liderança durante as batalhas contra o Terceiro Reich, elas prejudicavam e muito a vida dos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, aparecendo nos céus carregadas de bombas. Os nazistas as chamavam de "bruxas da noite". A autora revela informações sobre a criação, a luta e as vitórias dessas mulheres que foram apagadas da história após o declínio de suas carreiras como aviadoras devido ao conservadorismo e preconceito do Estado Soviético.
Journalist and author who worked as editorial director for Noi Donne magazine, then for Il Manifesto and in the editorial team of L'Unita and Rinascita. She was an anchor to a show on La7 television channel called "Otto e Mezzo," along with Giuliano Ferrara.
In 1998, she became spokeswoman for the former secretary of the Italian hard-line communist party and later president of the House of Deputies, Fausto Bertinotti.
Publicado em 2018 por uma jornalista italiana, a obra chegou ano passado aqui no Brasil, mas não tinha visto ninguém falar sobre ela ainda… Acabei descobrindo a obra por acaso, em pesquisas na internet para o Desafio Bookster. E que boa surpresa, sobretudo porque gosto dos livros jornalísticos que têm uma narrativa mais romanceadas, e menos informacional, exatamente como é o caso de “As bruxas da noite”.
A autora nos apresenta uma realidade que é muito esquecida pela História: a presença de mulheres nas linha de frente das guerras. No caso especifico, conhecemos a história de um regimento aéreo unicamente feminino, formado em 1942 para lutar pelo exército soviético na segunda guerra. E essa realidade é apresentada a partir dos relatos de Irina Rakobolskaya, antiga vice-comandante do regimento, que na época das entrevistas estava com 96 anos. Essas soldados passaram a ser conhecidas por “Bruxas da noite”, pois faziam os seus ataques durante o período noturno, quando os alemães não poderiam ver muita coisa.
E é muito interessante entender não apenas o dia dia no campo de batalha, mas também todo o processo de formação de um regimento feminino, que contou com inúmeros obstáculos. Eram mulheres que queriam se voluntariar para lutar pelo pais e que, mesmo assim, eram vistas como “incapazes”. Já no exército, há uma nítido processo de desfeminização das mulheres: os cabelos cortados, os uniformes eram feito para os homens e elas deveriam mudar os comportamentos. Quando retornam da guerra, a realidade parece ainda mais ingrata...
Durante a leitura, compreendi ainda mais a importância do trabalho da autora em escrever sobre esse tema. A entrevistada já tinha 96 anos e era a última sobrevivente… Se não tivesse feito isso, muito provavelmente nunca saberíamos de detalhes sobre a história dessas mulheres. E, com isso, é inevitável pensar como muitos acontecimentos acabaram sendo perdidas por conta de um filtro discriminatório da História.
"Enquanto eu corria o risco de morrer, era adequada à Força Aérea e à vida militar. Depois, com a paz, já não precisavam mais de mim."
«Riposate care amiche, noi realizzeremo il vostro sogno.» XVI secolo. Inghilterra. «Henry VIII: So forgiveness, you say, makes a man great. What else? Anne Boleyn: Generosity. Humility. The ability to recognize his match in others … and not be threatened by it. Henry VIII: His match in other man? Anne Boleyn: Women too. Henry VIII: You belive that? That the women can be the match of men? Anne Boleyn: It’s a question women have asked themselves for some time. But we concede men do have some value. So we accept them as equal.» [The Other Boleyn Girl – 2008] 1941. Russia. In piena avanzata delle truppe del Terzo Reich nel cuore della Madre Russia - e sull’onda delle gesta eroiche dell’aviatrice Marina Raskova - i generali sovietici decidono di costiture un nuovo corpo di combattimento aereo costituito di sole donne. Vengono così arruolate giovani studentesse, laureate in chimica e ingegneria, contadine, operaie, esperte di meccanica e di logistica. Un corpo tutto al femminile. Il corpo viene dotato di fragilissimi biplani, la cui dotazione strumentale è ridotta al minimo e non contempla neanche la presenza della radio e del paracadute. Se sei colpita, ragazza, il più delle volte, muori. Semplicemente. «Avevano preteso anche la parità tragica e feroce delle bombe e della morte. Per averla si erano scontrate con chi non intendeva riconoscere la loro scelta. A quanto pareva, dallo scontro erano uscite vincitrici.». Queste giovani donne compiranno 23.000 voli notturni nell’arco di 1.100 notti di combattimento. Diverranno così l’incubo dei soldati tedeschi, che le battezzeranno "Nachtexen”, Streghe della notte. Molte di loro non faranno più ritorno dalle loro missioni notturne. Finita la guerra, dopo le ovvie celebrazioni del momento, il corpo verrà smobilitato e le sopravvissute verrano restituite alla vita civile. Sulla vicenda cadrà, naturalmente, l’oblio. Alcuni anni fa, Ritanna decide di approfondire l’argomento e intraprende viaggi e ricerche anche in Russia, dove, dopo alterne vicende, riesce ad intervistare più volte Irina Rakobolskaja http://en.wikipedia.org/wiki/Irina_Ra... ultima sopravvissuta delle Streghe e per molti anni docente di Fisica all’Università Statale di Mosca. Intenso, emozionante, coinvolgente. Leggetelo, leggetelo, leggetelo. Tutti.
Con questo romanzo - verità, Ritanna Armeni, giornalista e scrittrice, non intende, come ammette lei stessa, omaggiare le donne che durante la Seconda Guerra Mondiale hanno creato un vero e proprio Reggimento (per la precisione, il 588), ma dimostrare che "Una donna può tutto". Giungendo in Russia, ripercorre la storia di queste donne, conosciute con il soprannome di "Streghe della notte", grazie all'aiuto di Nina, unica e ultima strega, addentrandosi nel loro vissuto e nella loro vita di eroine per la patria. Ciò che Ritanna Armeni descrive e racconta, non è solo il ruolo da protagonista, ma anche un modo diverso di vivere la guerra, dove "Ci sono i sentimenti, la sofferenza e il lutto, ma c’è anche la patria, il socialismo, la disciplina e la vittoria. C’è il patriottismo ma anche l’ironia; la rabbia insieme alla saggezza. C’è l’amicizia".
Non conoscevo le vicende raccontate in questo libro. Una storia nella storia che purtroppo, come spesso accade, non viene divulgata come meriterebbe. Storia di donne che hanno combattuto due guerre: una contro l'esercito Tedesco, l'altra per riuscire a farsi accettare in un mondo di soli uomini, quale era l'esercito durante la seconda guerra mondiale. Finale amaro.
Quaisquer relatos sobre as grandes guerras podem ser contados sob diversos pontos de vista, alguns com maior parcialidade, outros menos, alguns mais realistas, outros mais ilusórios. Em As Bruxas da Noite, semelhante a abordagem de Svetlana Aleksiévitch em A Guerra não tem rosto de mulher, a autora nos conta a vida das mulheres que batalharam pelo regimento 588 como aviadoras, pela URSS, sob o relato de uma ex-combatente.
Conversando conosco acerca de suas impressões, a autora segue Aleksiévitch e compõe uma obra mesclando os fatos narrados e suas próprias pesquisas, tornando o todo agradável. A todo instante o leitor é bombardeado de informações sobre um regimento que nasceu esnobado, sem apoio e muitas vezes ridicularizado dentro do próprio corpo militar, das superações e dificuldades ao qual passou, das perdas, dos métodos utilizados e principalmente, da consciência política e patriótica da época, onde mulheres lutaram para poder servir ao país, causaram dano a força inimiga de forma brilhante, para, ao fim, apesar de condecoradas, serem marginalizadas, devendo servir não mais como combatente e sim como mulher e mãe.
É, portanto, uma obra agradável de se ler, ao menos foi a mim, um tanto triste e repleta de injustiças, como sempre o é quando as mulheres lutam para conquistar o mínimo de espaço e reconhecimento, mas, sobretudo, é uma obra que celebra Marina Raskova, Yevdokiya Bershanskaya, Yevgeniya Rudneva, Irina Rakobolskaya e todo o regimento 588, as demais bruxas e seus feitos.
Nachthexen Un documento molto interessante e toccante. Storie con la "esse" maiuscola di Donne con la "di" maiuscola. Storie quasi sconosciute che sono tornate alla Memoria grazie alla determinazione della giornalista Ritanna Armeni e ai ricordi vividi (nonostante i 96 anni) di Irina Rakobolskaja, ultima custode delle "Streghe della notte". Nachthexen venivano infatti chiamate le donne arruolate dall'ottobre 1941 nell'esercito russo per formare uno dei tre reggimenti completamente al femminile («Il fatto che i tedeschi vi chiamino streghe della notte vi rende ancora più preziose»): quelle giovani volontarie, per lo più studentesse o laureate in facoltà scientifiche, al comando di Marina Raskova, con coraggio inaudito ed eroico, volavano su aerei di legno leggerissimi e silenziosi: scendevano in picchiata a luci e motori spenti e, invisibili nella notte, colpivano bersagli tedeschi; senza strumenti a bordo, né di orientamento né di comunicazione, e senza paracadute per non appesantire i velivoli, portavano a compimento le loro missioni notturne con un patriottismo che rasentava l'eroismo (volevamo salvare la patria. Non pensavamo ad altro in una danza con la morte, una sfida che non conosce prudenza né cautela). Il racconto di Irina non risente della retorica e della propaganda politica: è meticoloso e scientifico, non nasconde le verità. Risulta controllato e armonioso. Ci sono i sentimenti, la sofferenza e il lutto, ma c'è anche la patria, il socialismo, la disciplina e la vittoria.. C'è il patriottismo e anche l'ironia; la rabbia insieme alla saggezza. C'è l'amicizia. Ed è una testimonianza di lotta per la emancipazione femminile, in un ambiente militare dominio dell'uomo e in una società prettamente maschilista; (forse, inconsapevolmente, si accorgono di vivere un momento eccezionale, in cui alle donne è concesso di varcare un confine fino ad allora invalicabile[...] Ma non è stato facile, spesso è stato triste, duro, doloroso, anche umiliante). Una emancipazione che la fine della guerra ha pressoché cancellato, restituendo le "Streghe" ad una vita che non riconoscevano più e da rammendare faticosamente. Perché il loro patriottismo non è stato un patrimonio riconosciuto. La morte di Irina (avvenuta il 22 dicembre 2016 a soli pochi mesi dall'intervista con Ritanna) è passata inosservata anche nel suo Paese: un'occasione mancata dalla stampa di ricostruire, attraverso le storie di queste valorose combattenti, la grande Storia. Grazie dunque a Ritanna Armeni per aver permesso, con onestà ed equilibrio, il recupero e la ricostruzione, attraverso fatti individuali, di un'avventura collettiva; e reso onore a donne di tale levatura. Un documento imprescindibile dunque, nonostante i diversi refusi nella stampa e qualche scivolata avvertita qua e là nel linguaggio; linguaggio che risentiva di una terminologia a volte da rotocalco, non adatta, a mio parere, a quei momenti e a quegli avvenimenti storici (i piloti divengono le star del Paese; Irina, vicecomandante del reggimento 588, è il capo dello staff , Marina è come una diva di Hollywood, ...).
È davvero un peccato quando alcuni libri promettono bene per contenuti interessanti, che potrebbero essere trattati da una prospettiva diversa, e poi finiscono per rendere una storia che sarebbe potuta essere una miniera come un'avventura narrata in maniera un po' semplicistica. Mi sono affezionata a Irina, Sonja, Zenja, Marina, Polina, Galja, Vera... e l'ho finito perché era la loro era una storia eroica atipica per gli anni, e soprattutto perché nonostante il loro patriottismo per me incomprensibile, avevano anche un riconoscibilissimo spirito di contraddizione che le motivava a essere migliori degli uomini dell'aviazione dell'Armata Rossa in battaglia - riuscendoci pure. All'inizio non capivo perché fossi così contrariata durante la lettura, poi mi sono resa conto - soprattutto leggendo una frase che parlava delle donne protagoniste che avevano desiderato arruolarsi ma che venivano descritte "non violente per natura" in quanto donne - del sessismo più o meno latente che permeava in certi passaggi: le loro opere venivano esaltate opere non perché eroiche nella loro essenza ma in quanto compiute da donne - come se fosse qualcosa che fa stupire, che le donne siano capaci di portarle a termine. Come se, nonostante sia stato pubblicato l'anno scorso, venga raccontato attraverso le lenti di qualcuno fermo nel passato, proprio quello in cui le "streghe della notte" hanno dovuto faticare per poter provare di esser meritevoli e ottenere di combattere per ciò in cui credevano.
Comprei no impulso porque era 8 de Março e achei pertinente, não sabia nada sobre o livro e a primeira coisa que me surpreendeu foi ser baseado não só em documentação, mas em entrevistas com uma das Bruxas. Isso por outro lado me fez pensar que os relatos ficariam um tanto estáticos demais, focados só na perspectiva da entrevistada, porém, pra minha surpresa, a Ritanna fez um trabalho MARAVILHOSO de novelização, que conseguiu por num numero bem pequeno de páginas muitas sensações referentes às diferentes fases da invasão nazista na União Soviética; inicialmente a descrença na possível guerra, o terror gerado pela mobilização desesperada, e por fim, a derrota nazista. O livro acompanha a história do 588º Regimento de Bombardeiros Noturnos, unidade da aeronáutica soviética composta exclusivamente por mulheres. Seu estabelecimento foi marcado por adversidades como a falta de uniforme, o uso de aviões atrasados para a época e o desprezo pelo restante das forças armadas. Independentemente disso, ao longo da guerra as aviadoras se mostram decisivas, fazendo muitas vezes maior número de voos e ataques que os pares maculinos, se tornando ao longo do tempo apelidadas pelas tropas da Wermacht como Nachthexen, as Bruxas da Noite. O livro é curto mas muito prazeroso de ler, recomendo à qualquer um interessado em história da Segunda Guerra.
Armeni isn't just writing a biography. She went beyond a historical report and kept the past in the present by enriching the narration with her impression and feelings when interviewing her main testimony. Armeni tells the reader about her time in Russia, where she spent many afternoons with Irina Rakobolskaya asking her about the witches.
"Night Witches", from the german Nachthexen, is the nickname attributed to the women pilots of the 588th Night Bomber Regiment of the USSR by their adversaries. For a time they were an incredibly feared and awed at, a mysterious and silent coven, flying through the night sky and wreaking havoc on their enemies.
Irina is 96 at the time she is interviewed for the making of this book, but remembers the war vividly. Her memory is especially clear in regards to her companions and sisters. She weaves effortlessly through the days before war ensued, training days, flights and the aftermath of it all. They were all young volunteers, mostly students or graduates in scientific fields, flying on wooden light planes, dipping low, with lights and motors off, invisible in the night as they hit the enemy target. The author tells how Irina is meticulous in her narration, never hesitating in telling the full truth, only taking breaks for tea when her stories require a little more time for her interlocutor to stomach and digest. Her storytelling is controlled, clear, but doesn't lack the emotions such a suffered and mortal past carries.
She tells about their missions, but also all about the huge discrimination these women encountered every single day until they were able to prove everyone wrong. Years passed before they were allowed to wear anything other than enormous male uniforms suited as well as possible and Irina has never grown her silky brown hair back after being forced to cut it short to look like army men. Their battle wasn't only against the third Reich, they were also fighting for the female emancipation in a military environment dominated by men and in an extremely sexist society. It wasn't easy, and their results were forgotten with the end of the war, returning the "Witches" to a life they didn't recognize and no one would remember them by.
Irina was the last witch, the only one able to tell their story. Sadly she never saw the publication of this book as she died only a few months after Armeni concluded her interviews. Shockingly, her death went unnoticed in her home country, as the press missed the opportunity to tell the story of these brave fighters.
"Posso solo sperare che questo libro contrasti almeno in parte la forza omologante della storia raccontata dagli uomini" translation: I can only hope that this book will contrast at least partially the homologating force of history told by men.
As Armeni admits in her own words, this novel isn't meant to homage the Night Women, who during WWII creating this own Regiment just to demonstrate that "A woman can do anything". Her goal is to retell history in a different key, one overseen often, but still true. She's not writing just to crystallize the story of the protagonist, but one of women who gave their all to protect their country, even when they were the only ones believing in themselves. So, I can't tell but be thankful that she took to heart the mission of remembering the "Night Witches".
"There are feelings, suffering and loss, but also homeland, socialism, discipline and victory. There is patriotism but also irony; anger as well as wiseness. There's friendship".
Esplorazione interessante e appassionata di un episodio della storia un tempo quasi sconosciuto. Una testimonianza che tocca le corde giuste e apre uno spiraglio nella mentalità del popolo russo di quegli anni. Molto belle le scene di vita quotidiana all'interno del campo. Una storia che lascia un sapore dolce amaro, tuttavia, specialmente nel finale...
Um relato sobre as aviadoras do 588º Regimento Aéreo Soviético durante a Segunda Grande Guerra. Este regimento era composto exclusivamente por mulheres. Apesar do relato interessante, o livro peca por imprecisões históricas sobre a guerra e uma grande passada de pano no comportamento do Exército Vermelho durante a guerra, minimizando vários atos brutais cometidos pelos soviéticos.
Um livro bem escrito, sobre uma história que poucos pensariam em contar. Uma história esquecida e deixada de lado pelo próprio país, mas que deveria ser conhecida por todos, comemorada por todos e admirada por todos. Ler sobre mulheres fortes sempre tem um impacto em nossas vidas, mas ler sobre um regimento todo composto por mulheres fortes que passaram por todas as provações de uma vida? É algo que emociona e fomenta uma admiração e uma força interna em cada um de nós. Um lado da guerra que poucos conhecem, e que Ritanna Armeni conseguiu trazer de forma espetacular. Uma leitura fácil, dinâmica e muito importante.
Ci vuole sicuramente tanta difficoltà per raccontare la storia e l’umanità dietro questa, soprattutto quando si parla di una pagina quasi dimenticata, e quando si tratta di donne. Donne che, durante la seconda guerra mondiale hanno lasciato gli studi per arruolarsi e formare quelle che vennero chiamate dall’avversario tedesco “streghe della notte” nachthexen, specializzate nel bombardamento notturno. La giornalista ci racconta delle loro storie dal punto di vista di Irina, una donna ultra novantenne sveglissima, che ha insegnato fisica e che l’aveva lasciata per servire il suo paese. Bello bello bello
“As bruxas da noite” de Ritanna Armeni é um livro que evidencia a história do 588º Regimento de Bombardeio Aéreo Noturno Soviético, um regimento exclusivamente feminino que lutou contra os alemães e o Terceiro Reich durante a Segunda Grande Guerra. É um livro interessantíssimo e já começo dizendo que recomendo. Mulheres com seus 20 e poucos anos que a partir de 1941 que lutaram em biplanos frágeis e já ultrapassados. Porém, conseguiram mostrar toda sua habilidade, destreza, coragem e ousadia sob comando de Marina Raskova (heroína nacional). As bruxas contabilizaram 23 mil voos em 1.100 noites. É interessante comentar que essa denominação de “bruxas da noite” foi dada pelos nazistas, já que elas atacavam-os com bombas durante a madrugada e demonstravam grande habilidade, mesmo na escuridão da noite. Nesse livro, você encontra relatos sobre essas aviadoras com detalhes impressionantes. Porém, como na última resenha já tinha sido alertado, essas mulheres foram esquecidas da história. Por isso, eu considero tão importante o trabalho de Ritanna Armeni e de Svetlana Aleksiévitch. No início, a autora nos conta como ela descobriu a existência do regimento e porquê se interessou a pesquisar mais sobre essas mulheres. E utilizando “respeito e equilíbrio”, palavras da própria história, tenta reconstruir uma “aventura coletiva” por meio do relato da última bruxa que ainda estava viva à época da construção do livro, Irina Rakobolskaja de 96 anos. Além disso, articula-se também com uma profunda pesquisa bibliográfica. Foi um grande prazer ler este livro, entre momentos de bravura e outros extremamente comoventes. Vale a pena.
"Confirmava-me que as mulheres podem ser traídas pela história, mesmo quando dela participaram ativamente e contribuíram para dar-lhe um rumo."
A obra trabalha a importância e as dificuldades do único regimento russo totalmente feminino durante a Segunda Guerra Mundial.
No livro, há uma separação de fases encantadora que nos permite construir uma espécie de "identificação metafórica". A princípio: o cotidiano, que é de certa forma pausado pela guerra. A guerra que traz a perda, a ansiedade, o dever... E então, tão longo quanto os dias e rápido quanto os meses: o fim. O fim que causa o sentimento de falta e de esquecimento (que gera indignação e tristeza), mas também traz o renascimento, a construção de uma nova vida e um novo propósito.
Recomendo o livro por ter uma forma toda sua de mostrar a vivência das mulheres em meio a uma guerra. A mistura de "história contada x documentário" nos gera vários mergulhos em diferentes emoções. Acredito que algumas partes poderiam ter sido mais detalhadas, as longas conversas que foram realizadas com a última bruxa viva nos deixam desejando mais texto sobre as entrevistas. Mas isso não tira o brilho da obra. Incrível.
Comecei esse livro quase sem expectivas, não posso dizer que nenhuma, já que leio relatos assim com o olhar crítico de não absorver tudo como uma única visão da guerra. Mas esse livro me surpreendeu.
Não foi difícil de ler, já que não tem o caráter pesado de uma historiografia convencional, pois Ritanna o escreveu como um romance, e na verdade me surpreendeu porque trouxe emoções distintas dos relatos dos homens que lutaram na guerra. Com o olhar mais compassivo, até mesmo de seus inimigos, ter a perspectiva das mulheres aviadoras me trouxe ainda mais um amargor de relembrar o sofrimento da guerra e o desprezo pelo servir das mulheres.
No final do livro Irina, a heroína que conta suas lembranças de guerra, me tocou com sua justiça de perceber o quanto os soldados soviéticos foram cruéis com os civis alemães, tomados pela vinganca ceda.
Da para perceber o quanto Irina Rakobolskaja tinha uma visão apaixonada da União Soviética, mas ao mesmo tempo tentava não romantizar a guerra.
As Nachthexen ou Ночные ведьмы, e para nós Bruxas da Noite, foram de suma importância para combater o exército nazista.
Questo libro racconta la vicenda affascinante e poco conosciuta del 588° reggimento sovietico, composto interamente da donne pilote (di aerei) durante la Seconda Guerra Mondiale. Conosciute dai tedeschi come “streghe della notte”, queste ragazze affrontarono non solo un duro addestramento e i pericoli del fronte, ma anche il pregiudizio e l’ostilità dei loro stessi compagni d’armi. Attraverso la testimonianza di Irina Rakobolskaja, ultima superstite e vice comandante del reggimento, l’autrice ricostruisce un pezzo di storia dimenticata, in cui il coraggio e il desiderio di emancipazione femminile si fondono con la durezza della guerra. La storia è sicuramente forte, importante e poco conosciuta ma non ho particolarmente apprezzato lo stile di scrittura, che risulta un po’ troppo romanzato e "semplice" e a tratti cade in alcune descrizioni stereotipate (come quelle sul matrimonio o sull’abbigliamento).
Ho conosciuto le Streghe della notte (meglio note come Nachthexen, come le chiamavano i tedeschi, o Ночные ведьмы in russo) grazie a un brano della band svedese Sabaton (che vi consiglio di guardare perché la parte introduttiva merita), e ne ero rimasto affascinato.
Questo saggio-biografia racconta la storia di Irina Rakobolskaja, l'ultima "strega", e solo per la storia avrei voluto dare 5 stelle. Non me la sento però di farlo perché Ritanna Armeni ci tiene a ribadire quasi ad ogni pagina che "Una donna può tutto", quasi come se le imprese eroiche compiute dal 588° Reggimento fossero tali non per le imprese in sé ma solo in quanto compiute da donne.
Guardare questa versione del brano dei Sabaton (se odiate il metal guardatelo almeno in mute con i sottotitoli, perché vi spiega come le Streghe attaccavano) trasmette un senso di epicità maggiore di quello che mi ha trasmesso il libro. Che mi ha trasmesso un senso di cameratismo, di complicità femminile, di impotenza di fronte a un mondo ancora troppo legato alle "convenzioni di genere" ma non mi ha trasmesso lo stesso tipo di sensazione di essere in guerra che altri libri (come Banda di fratelli o Helmet for My Pillow: From Parris Island to the Pacific) avevano trasmesso.
Rimane comunque un libro da leggere a perché la storia del 588° è affascinante e merita di essere conosciuta.
Ritanna Armeni es una reconocida periodista italiana, el libro es un trabajo investigativo sobre "las brujas de la noche". Más que su trabajo periodístico lo que sorprende es la historia es sí. Un grupo de chicas que quiereb tambien ellas defender su patria, con todo en contra logran hacerse valer, pelear y sobresalir, pero al final de la guerra tdos los sacrificios no valen nada.
Il racconto emozionante di un pezzo di storia femminile di cui non sapevo quasi nulla: il reggimento sovietico composto da sole donne che durante la seconda guerra mondiale ha bombardato quasi ogni notte il fronte tedesco. La narrazione è avvincente nonostante sia un libro di non fiction e alterna bene i due piani temporali dell'intervista con l'ultima strega superstite e gli avvenimenti di allora.
Além de envolver o leitor com todas as histórias de superação e garra dessas mulheres, o livro deixa muito evidente que, na prática, a igualdade de gênero estava muito longe de ser uma realidade desejada pelos dirigentes da então União Soviética, apesar das tantas promessas e discursos sobre igualdade. Recomendo sim.
Mi sono approcciata a questo saggio con una certa cautela, aspettandomi qualcosa di noioso e pesante e invece quale bella sorpresa! La prosa di Ritanna Armeni è davvero fluida e leggera, nonostante racconti qualcosa di molto doloroso, come può essere una guerra mondiale, la Seconda, nella fattispecie. Con questo libro l’autrice compie un gesto importante, ossia ci consegna alla memoria un pezzo di storia che non si trova nei libri, nemmeno in quelli universitari, ridando dignità a queste donne aviatrici nella guerra della Russia contro il nazismo, che la stessa Grande Madre ha ridotto ad una semplice teca nel museo della Guerra patriottica. La Armeni ci racconta di come queste “streghe della notte”, come vennero soprannominate le ragazze, a cavallo del loro Polikarpov come fosse la loro scopa, siano state importantissime se non determinanti, nel bombardamento aereo contro le forze nemiche occupanti. Le “streghe” facevano parte dello stormo d’aviazione numero 588 formato esclusivamente da donne: navigatrici, meccaniche, pilote ecc non c’era l’ombra di un uomo fra di loro. Esse sicuramente si arruolarono tutte come volontarie per liberare dai tedeschi la loro patria, ma anche e forse soprattutto per dimostrare alla società fortemente patriarcale russa, che “una donna può tutto” come un uomo, che è una sua pari in doveri, dignità e soprattutto diritti. Per queste ragazze dunque i quattro lunghissimi anni di guerra, che le hanno forgiate e fortificate, prendendole poco più che bambine e riconsegnandole donne con la D maiuscola, sono stati anni in cui maturare e affermare l’uguaglianza di genere e di diritti. Purtroppo però a guerra finita gli alti ranghi militari e Stalin stesso hanno voluto riportarle nella loro dimensione di mogli e madri, privandole anche dell’esperienza militare che molte di loro avrebbero voluto continuare, come Irina, l’ultima strega ancora in vita che la Armeni è riuscita a intervistare e da cui è nato questo racconto-saggio. Sono stata felicissima di aver avuto l’occasione di leggere questo libro, perché mi ha dato modo di imparare un aspetto nuovo del secondo conflitto mondiale, senza la verbosità e la pesantezza di un testo specialistico, ma anche capire i sentimenti, le aspettative e le frustrazioni di quelle che furono le “Nachthexen”.
Relato ao mesmo tempo triste e leve da participação feminina na segunda guerra mundial com o regimento das Bruxas da Noite, como eram conhecidas pelos alemães. Uma história que todos deveriam conhecer e explorar, vale a pena :)
"Bruxas das Noite" conta a história do único esquadrão de aviadoras da União Soviética na WWII. A partir do relato da então única sobrevivente viva do regimento 588, o livro traz o perfil e as histórias das intrépidas mulheres que aceitaram voar os frágeis bombadeiros Polikarpov entre 1942 e 1945 durante a ofensiva alemã no território soviético. Lideradas pela lendária aviadora Marina Raskova, que idealizou o grupamento e convenceu o próprio Stalin a levar o plano adiante, a eficiência dessas mulheres não só enfrentou o feroz inimigo estrangeiro - cuja eficácia nos ataques noturnos lhes deu o apelido título do livro - mas também o machismo inerente das forças armadas soviéticas que disfarçadamente torcia pelo fracasso das "garotas". Apesar do sucesso incontestável do grupo, com várias aviadoras condecoradas com medalhas de bravura e algumas com a mais alta distinção do regime comunista ("Heroína da União Soviética") o regimento acabou desmantelado imediatamente após o fim da guerra e sua memória praticamente apagada dos relatos futuros do conflito.
Mas infelizmente toda essa história fantástica é contada de uma maneira superficial e meio às pressas, em um texto que eventualmente se perde na reverência, ainda que prejudicado pela tradução. Tudo parece ter sido contado em apenas uma tarde ao invés das inúmeras entrevistas descritas no livro. Mesmo assim, perdido em seus defeitos, "Bruxas da Noite" é importante ao relembrar a saga destas mulheres de coragem e determinação admiráveis, que venceram inimigos implacáveis como o inverno russo e o exército de Hitler, mas o fim melancólico roubou-lhes a merecida estatura histórica.
“Por toda parte em seu diário vibra o amor pela União Soviética . 'Como posso não amar o meu país, que me dá uma vida tão feliz?!' escreve, e ainda: 'que alegria sentir-se parte de um país imenso, grandioso e, ao mesmo tempo, próximo e familiar."
Um país socialista, né. aff <3 Genya é a minha favorita dentre as bruxas. O nome igual ao da minha personagem favorita da trilogia grisha pode ter influenciado um pouco, mas só no início haha. Gostei muito de conhecer a história das bruxas soviéticas. É um bom livro! E o audiobook é muito bom! Ouvi na academia. Tirei uma estrela só por um ou outro comentário da autora que me incomodou, em especial um em que ela quase equipara Stalin a Hitler... Anticomunismo em um livro sobre o exército soviético é foda, viu. E tbm me incomodou a forçada de barra feminista da autora, as bruxas não era feministas, eram mulheres socialistas, são mulheres não-ocidentais e isso não tira o mérito delas na luta por igualdade de gênero, pelo contrário! Essa luta não é exclusividade do feminismo, ele nem mesmo é o primeiro (ou o mais coerente) dos movimentos a levantar essa bandeira.
Que livro maravilhoso! Além de apresentar os fatos históricos, o livro foca em uma das bruxas (a última viva) e coloca transcrições da conversa entre a autora e Irina. Uma leitura gostosa, que deixa com vontade de conhecer mais sobre as mulheres desse regime militar, além de pontuar como as coisas mudaram e não mudaram nos quase 80 anos que se passaram desde a 2a guerra mundial. Eu me pergunto como ainda não fizeram um filme sobre esse pedaço da história...