O ano em que o Brasil flertou com o apocalipse. Com o rigor dos grandes repórteres e a vivacidade dos melhores ensaístas, o premiado jornalista Mário Magalhães – autor de Marighella: o guerrilheiro que incendiou o mundo – apresenta um retrato do Brasil de 2018, escrito a quente, no olho do torvelinho. Os protagonistas são Marielle Franco, Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. O autor articula de forma magistral acontecimentos e personagens como: a caçada irracional a macacos considerados transmissores da febre amarela, a intervenção militar no Rio de Janeiro, o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, a prisão de Lula, a paralisação dos caminhoneiros, o Dr. Bumbum, a ascensão da censura, a tragédia do feminicídio, a queda de Neymar na Copa, o delírio Ursal, o espectro do nazifascismo, o incêndio no Museu Nacional, a violência no processo das eleições, a facada em Bolsonaro, a ilusão do vira-voto, o triunfo da extrema direita, o “ninguém solta a mão de ninguém”... E também o clã Bolsonaro e suas ligações perigosas, o ideário obscurantista do novo governo, a pregação do movimento Escola Sem Partido, a luta contra as trevas, entre outros eventos que fizeram de 2018 um ano que tão cedo não vai terminar.
He graduated in journalism at the UFRJ School of Communication. He worked for the newspapers Tribuna da Imprensa, O Globo, O Estado de S. Paulo and Folha de S.Paulo, where he was a special reporter, columnist and ombudsman. He received around twenty awards and honorable mentions in Brazil and abroad, including the Every Human Has Rights Media Awards, the Vladimir Herzog Award, the Dom Hélder Câmara Award and the Esso Journalism Award.
Gostei! Não era o que eu tava esperando: achei que seria um texto escrito em 2019 sobre o ano passado, mas são vários textos curtos feitos conforme ps eventos aconteciam. Ficou mais com cara de “diário” que de “biografia” de 2018. Achei que os assuntos fossem ser mais recorrentes e não tanto um mosaico de várias paradas bizarras e assustadoras que rolaram. Valeu a pena mesmo assim 🤙
Foi o ano que eu vivi. O ano que lutei e o ano pelo qual tantas lágrimas verti. Por isso, mais do que uma biografia de 2018, Sobre lutas e lágrimas poderia ter sido uma biografia do meu 2018.
Fica como registro de um ano insano. Mas pelo título eu pensei que seria uma narrativa com os personagens do ano: Marielle, Lula e Bolsonaro. Na realidade, são texto avulsos, episódicos, sobre o que teve de mais marcante em 2018. A exceção é o prólogo que de fato é emocionante. Eu daria quatro ou cinco estrelas se o livro tivesse mantido aquele formato ao narrar os acontecimentos seguintes.
Mesmo quem viveu 2018 intensamente não vai lembrar dos vários detalhes que são relatados neste ótimo livro. Um documento histórico que serve também para pensarmos sobre o que fazer em 2019 para evitar que seja aínda pior do que 2018.
Muito importante para entender os acontecimentos que levaram a política brasileira ao momento que vivemos hoje, em 2021. O texto é uma mistura de livro reportagem e diário, o que traz um tom único.
De forma poética, o autor narra os acontecimentos do ano de 2018 que, para o bem ou para o mal, ficará na memória de todos os brasileiros.
Mário Magalhães é um exemplo de destaque na recente onda de jornalistas escrevendo sobre história. Em verdade, dada a proximidade dos fatos, o livro tem uma alma mais jornalística que histórica, mas certamente fica para o futuro o belo relato histórico de um ano que só a distância temporal dará a serenidade necessária para entendê-lo.