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Descobri que Estava Morto

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Em 2011, J. P. Cuenca recebeu a notícia de que estava morto. Um cadáver foi identificado com sua certidão de nascimento num edifício invadido no bairro carioca da Lapa. Assim começou a investigação real que originou este livro.

240 pages, Paperback

Published June 8, 2016

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About the author

João Paulo Cuenca

19 books49 followers
João Paulo Cuenca é formado em economia pela UFRJ, mas começou sua trajetória literária no Folhetim Bizarro (1999-2001), um blog de diálogos na internet. Ao mesmo tempo, começou a escrever o seu primeiro romance Corpo Presente, sendo chamado a publicá-lo pela editora Planeta em 2003. No mesmo ano o autor foi palestrante convidado da FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty. Nos anos seguintes participou da Feira do Livro de Madrid, na Espanha, do Hay Festival Cartagena das Índias, na Colômbia, da Feira Internacional do Livro de Lima, no Peru, do Correntes D´escritas, em Portugal, da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, entre outros. Em 2007, foi selecionado pelo Festival de Hay e pela organização do festival Bogotá Capital Mundial do Livro como um dos 39 autores mais destacados da América Latina com menos de 39 anos. J.P. Cuenca escreveu crônicas semanais para a Tribuna da Imprensa e para o Jornal do Brasil entre 2003 e 2005. Teve uma coluna mensal na Revista TPM entre 2004 e 2006. Foi cronista do suplemento Megazine do jornal O Globo entre 2006 e 2010. Desde 2009 João Paulo Cuenca é comentarista de cultura do Estúdio i, da Globo News. Em 2012 a editora LeYa publicou o livro A Última Madrugada, em que o personagem é a cidade, esta que figura como foco principal do livro. A obra reuniu crô­ni­cas publi­ca­das em jor­nais entre 2003 e 2010, período em que o autor escre­veu sema­nal­mente para a Tribuna da Imprensa, Jornal do Brasil e O Globo.
Cuenca foi selecionado em 2012 como um dos 20 melhores jovens escritores da revista britânica Granta, "que indica os nomes que irão construir o mapa da literatura brasileira". No Brasil a revista é publicada pelo selo Alfaguara, que pertence à editora Objetiva.

Fonte: Wikipédia

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Community Reviews

5 stars
26 (7%)
4 stars
69 (19%)
3 stars
135 (38%)
2 stars
85 (24%)
1 star
37 (10%)
Displaying 1 - 30 of 48 reviews
Profile Image for Tiago Germano.
Author 21 books125 followers
May 21, 2018
A metáfora da carreira do Cuenca: começa bem, depois ele vai pruma festa e... Enfim. Haveria muitas coisas que este livro poderia ser. O testamento do apartamentismo literário do autor e da prosa contemporânea é só uma delas. Mas tudo, o conto de fadas do Rio "pré-olímpico" (eu queria ter contado o número de vezes que a expressão aparece ao longo do livro); o descaramento de sua elite; a fratura vertebral de nossa cultura, de nossa economia, de nosso engajamento político; a presepada em que se transformou o debate público hoje em dia; o nariz empinado do nosso mercado imobiliário, olhando sempre pros seus êmulos de coberturas nova-iorquinas enquanto tropeça na rua em escombros de prédios desabados e nos corpos que eles soterraram; tudo isso (tudo que o livro poderia ter inclusive de visionário, de previdente de uma narrativa que hoje a gente vê ser contada nos jornais e que Cuenca talvez tenha vislumbrado desde sua tentativa abortada de situá-la num Rio de Janeiro distópico) converte-se apenas numa sujeira no umbigo do autor/personagem/narrador, uma mancha que aparece no espelho enquanto sua figura se masturba freneticamente, olhando pros próprios olhos, e tenta depois arrancar com a unha. Não há nada aqui que, de alguma forma, já não esteja, por exemplo, no Corpo Presente ou em suas crônicas (das quais até gosto). "Superficial, inconstante, tumultuário, petulante, egomaníaco", escreve o próprio Cuenca sobre "as acusações de sempre" em torno de sua obra. Bem. Não se pode acusá-lo de falta de autoconsciência.
Profile Image for Márcia Balsas.
Author 5 books107 followers
November 15, 2015
Cuenca descobre que está morto. Ou melhor, há um morto que tem o nome dele. É ou não uma premissa espectacular para um livro? É. E Cuenca escreve o livro. Escreve sobre alguém que descobriu que está morto, coisa que por acaso lhe aconteceu.
Não sei em relação a vocês, mas eu comecei logo a imaginar aquelas reportagens dramáticas de pessoas que perdem o cartão do cidadão, e a sua identidade perdida vai por aí comprando casas e carros, e deixando os lesados de cabelos em pé.
Mas não. Aqui não há dramas desses. Ele só descobre que está morto. Há documentos que o provam. Eu só não percebi que tipo de morto é ele. Se está morto por estar burocraticamente morto, ou porque a vida de excessos é tão cansativa e ele já está mais morto que vivo.
Bom, seja como for, eu esperava muito mais deste livro. O autor escreve que é uma maravilha, é uma delícia passar os olhos por estas linhas de realidade cruel bem observada e trabalhada, e foi isso mesmo que me fez ler o livro. E depois vem o que me deixou lixada. Um gajo que escreve que é um mimo e tem um tema soberbo, escreve um livro que não me chegou a aquecer.
As descrições são boas, o sentido de humor está lá (e bem medido), mas chego ao fim sentindo que tudo não passou de uma crónica. Uma crónica impecável, é certo, mas uma crónica. Para crónica a coisa tem páginas a mais.
Ou então fui eu que não percebi. Também pode ser isso.
Seja como for quero ler mais coisas do autor. Com este nível de escrita acho que é de insistir.
Profile Image for Suellen Rubira.
954 reviews89 followers
September 8, 2019
Não aguento mais livro de escritor narrador viajandão, estrangeiro na terra natal, de pau duro 70% do livro porque de repente a palavra pau é maravilhosa pra se dizer ao longo do livro.

Eu gostei muito da parte em que ele problematiza a situação imobiliária do RJ, algo que pode retroceder até os tempos do império. A chegada da família real foi apenas o primeiro dos muitos deslocamentos compulsórios que a população pobre iria sofrer.

Um escritor em crise descobre e forja a própria morte, viaja o mundo a dar palestras sobre literatura... same drama. Pra piorar, acaba com um posfácio q seria a ficção acadêmica da coisa. É cansativo tentar abraçar tudo em um romance.
Profile Image for natycuac.
352 reviews20 followers
October 15, 2019
Debo decir que al principio detestaba su narración, esa condescendencia con la sociedad, ese desapego de su realidad y de su propia vida me tenían hastiada. Pero el vuelco que da en las últimas páginas aún me tiene marcando ocupado, recupera la atención y la vuelca de una manera magistral. Se ganó una estrella extra solo por ese final.
Profile Image for Leonardo Di Giorgio.
138 reviews296 followers
January 12, 2024
Desiderare di sparire completamente, eclissarsi sopra i fili dell’alta tensione che percorrono le strade di Rio de Janeiro fino alle favelas, luogo sgangherato di stracci sporchi e cartoni, attraversato dal teschio sul nero Bope che ne percorre le strade sparando senza rimpianti; desiderare di svanire, non avere un manuale per farlo, scoprire, un giorno, di essere morti che siamo su un verbale che notifica il nostro decesso, una prova della nostra alienazione: un cadavere con il nostro nome.

Come si può uscire da un corpo morto che ha il nostro nome?

Joao Paulo Cuenca scrive un diario senza speranza, un romanzo pieno di vuoti, un libro putrefatto, un testo di autofiction scritto da un uomo troppo composto per risuonare in un urlo. Ma la domanda è sempre quella: come sparire completamente?

Un’opera che è performance letteraria, e in quanto tale si rivela completamente solo nel suo finale, una chiusa che non posso in alcun modo rivelarvi.
Profile Image for Célia | Estante de Livros.
1,188 reviews275 followers
January 27, 2016
João Paulo Cuenca não era um desconhecido para mim: há coisa de dois anos, tive a oportunidade de ler Nada Tenho de Meu, um livro que é parte integrante de uma experiência bastante interessante, em que 11 pequenos episódios acompanham o livro. Por ter gostado, havia alguma expectativa em ler algo do autor em formato romance.

Descobri que Estava Morto tem uma premissa original: J.P. Cuenca, o escritor e também personagem principal do livro, descobre por acaso que existem documentos que provam a sua morte. A expectativa que é criada no leitor, a partir daí, é que o livro gire em torno da investigação deste estranho caso, mas o que encontramos é bastante diferente. Este livro não é um policial nem um thriller, é antes uma (por vezes estranha) viagem pelo significado do eu e da vida, num exercício marcado pela constante falta de limites entre realidade e ficção.

Gostei especialmente do início e do fim do livro. Pelo meio, o autor investiga as suas mortes: a literal e, com muito mais profundidade, a figurada. A espiral de destruição, a alienação e a perda dos sentidos – especialmente o sentido da existência – são a pedra de toque da narrativa e a ligação entre as duas mortes o final bem conseguido. Mas entretanto, passei por várias secções do livro que não me despertaram o mínimo interesse e que considero pouco terem contribuído para enriquecê-lo.

No final de contas, foi um livro que me deixou com sentimentos contraditórios: se, por um lado, gostei da premissa, do final e da escrita do autor, por outro o interesse que o livro me suscitou foi muito volátil, não permitindo que esta leitura se tornasse marcante. Ainda assim, ficam bons sinais para futuras experiências com outros livros do autor.

É raro entendermos como são frágeis os laços que nos ligam a nossa rotina, círculo social, relações de família e trabalho. Como a nossa vida pode subitamente transformar-se no quarto vazio e iluminado onde o morto deixa para trás os sapatos ao lado da cama. Preferimos manter a crença irracional de que o desenrolar dos fatos nos levará inevitavelmente para casa, como se fôssemos moscas num pote de vidro. Mas às vezes algo acontece.
Profile Image for Maria Ignacia Muñoz .
60 reviews
July 9, 2021
Compre este libro con muchas expectativas, fue una de esas compras que hago aveces "comprar solo a base del titulo" y fue un gran error, no me gusto nada este libro transcurre demasiado lento, es una especie de autobiografía, de un suceso real que le ocurrió e su vida a João Paulo Cuenca, pero mas que eso, es una critica a un Brasil desigual, yo creo que lo que mas odie del libro, no fueron las criticas, o las constantes quejas de su forma de vivir, sino que fue el echo de que el no quiso cambiar nada de lo que ocurría en su vida, "Solo boca y nada de acción" como algunos dirían, ejemplo de esto es este párrafo "¿Hasta que punto irse por voluntad propia seria diferente de capitular cabizbajo ante un adversario mediocre, o peor, de ser visto como alguien que se fuga? ¿ Hasta que puto renunciar a la tierra natal no seria fruto de un rechazo de los suyos? ¿Es posible huir sin ser un cobarde? Cualesquiera que fuesen las respuestas, los propios interrogantes eran derrotas que él no estaba listo par asumir.", en mí opinión el libro es malísimo, pero ojo que es solo lo que yo pienso, también quizá tiene mucho que ver el echo de que yo pensaba que el libro iba por otro lado mas interesante, pero siento que a la gente que le gustan las autobiografías, quizá le gustaría.
Profile Image for LaCitty.
1,039 reviews185 followers
July 18, 2021
No, non l'ho capito. Cuenca racconta di un se stesso creduto morto che si mette alla ricerca dell'identità del cadavere e soprattutto della donna che lo ha "riconosciuto" in un gioco di specchi e di richiami che si avvita su se stesso.
Cosa vuole dire? Cosa vuole denunciare oltre al degrado di una Rio de Janeiro in cui le abitazioni dei poveri vengono espropriate per fare largo a nuovi edifici di lusso?
È una denuncia di un certo tipo di scrittura nata per l'esibizione, è una denuncia di quanto vuota, squallida (nel suo caso parecchio con scene di sesso che mi sarei tranquillamente evitata) e senza senso possa essere la vita?
Il dramma è che, nel libro, l'autore/protagonista incontra una studentessa che gli muove le stesse critiche che gli muoverei io... una scruttura con capitoli brevissimi, non sempre ben collegati tra loro e una mancanza di senso finale. Quindi sa che fa questo effetto?!?!
Vabbè, sarò io che non sono in grado di capirlo.
Profile Image for Naty.
808 reviews46 followers
April 4, 2022
Se não fosse a constante e irritante insistência do autor em objetificar e sexualizar todas as mulheres deste livro, teria sido uma leitura digna de 3 ou 4 estrelas - a escrita de JP Cuenca não é um estilo para todo tipo de leitor, mas quando me acostumei, achei interessante e desafiador. O leitor definitivamente precisa ter uma mente aberta, não esperar um thriller clássico, mas sim um conjunto de cenas que pincelam diversos temas como a desigualdade social no Rio, gentrificação, corrupção etc. Mas é impossível não me deixar um gosto ruim na boca a forma como as mulheres são tratadas durante toda a narrativa. Também me parece que o livro está um pouco apaixonado demais por si mesmo, por seu conceito. A nota do editor no fim me fez revirar os olhos.
Profile Image for Livia Frossard.
71 reviews
October 23, 2016
Encarei essa leitura com uma alta expectativa. Não deveria. Achei o livro pretensioso. O final medíocre.
Profile Image for Lucas Rossi.
94 reviews2 followers
November 12, 2024
É estranho, mas gostei. É muito pré-olímpico, mas gostei. Tem exageros, protagonista egoísta, ácidos e papelada: gostei. Tem Rio de Janeiro e suas pessoas peculiares, a imprensa que nunca muda, a polícia que sempre mata, a especulação, a ocupação, a gentalha. / Encher de vãs palavras muitas páginas e de mais confusão as prateleiras /. A morte e a morte de JPC.
Profile Image for catalina.
45 reviews
February 21, 2023
Un libro que vende una historia diferente en su epígrafe para implementar una historia aburrida y lenta. El libro suponía la historia de cómo el autor descubrió que alguien indentificó un cadáver con su nombre, y la investigación de los hechos. En cambio, la novela presenta esta trayectoria aburrida e irrelevante sobre el espacio geográfico de Río y la vida personal del personaje insignificante. Realmente teniendo que luchar para terminar este libro, no es hasta las últimas páginas donde se le da enfoque a la historia que se nos presentó: una novela de 200 páginas, la cual solo ocupa 20 para hablar de la verdadera historia. A pesar de esto, la novela tiene muy buenos puntos reflexivos y analíticos, lo cual tiene 2 estrellas exclusivamente por eso
Profile Image for Gui Martins Pinheiro.
34 reviews2 followers
February 6, 2017
O livro em si é bem ruinzinho. O autor é pretensioso e a narrativa mal construída. O início é dinâmico e interessante, especialmente quando lido na atual conjuntura político-social brasileira. Para se ter uma ideia da presunção, o livro acaba com um posfácio de uma doutora da Brown University rasgando elogios e querendo arrazoar o texto... Não precisava!
Profile Image for Tainá.
139 reviews
April 8, 2021
Eu não terminei esse livro. Os primeiros três capítulos foram ok, daí em diante é ladeira abaixo. Achei que a narrativa tomou um rumo muito estranho e me senti presa na cabeça do personagem com os pensamentos dele. O que não seria ruim se ele pensasse de forma menos monótona e em algo além da história da cidade e das questões socioeconômicas que cercam o cenário.
Profile Image for Rafael Castro.
71 reviews1 follower
July 21, 2016
O livro começa com uma ideia muito interessante, mas vai se arrastando de uma maneira bem chata.
Só dou duas estrelas pelas críticas sociais à urbanização brasileira.
Profile Image for Sebastian Uribe Díaz.
732 reviews154 followers
April 30, 2017
Enganchado de principio a fin. Cuenca carga contra todos la sociedad carioca mientras "descubre que está muerto". Pronto la reseña vía "Solo Tempestad"
Profile Image for Gabriela Juárez.
23 reviews
November 7, 2024
No me gustó para nada.
Una pena, porque me había súper intrigado el nombre.
…..
SP
This entire review has been hidden because of spoilers.
Profile Image for Elisabetta.
125 reviews
October 9, 2018
Un libro che tiene incollati dalla prima all'ultima pagina, capace di colpire come un pugno allo stomaco con il suo spaccato di vita di Rio, tra corruzzione, edilizia e salotto perbenisti che si yraarullano nell'apparire senza essere, chiudendo gli occhi dinnanzi alla realtà.
Profile Image for Luís Fellipe.
48 reviews
October 25, 2020
Tem uma ideia muito boa, mas vai desandando bizonhamente. Não consegui mudar a classificação, mas seria 3/5.
Profile Image for Ana.
64 reviews
October 5, 2023
Vamo lá. Que eu tenho tanta coisa pra falar que talvez eu venha alterar essa review daqui alguns minutos, horas ou dias.

Foi um livro esquisitamente bom. Você tem vontade de seguir lendo na esperança de que a qualquer minuto algo interessante aconteça. E até metade do livro, mais ou menos (uns 60%, vai), nada de interessante acontece de fato.

Existe um quê de brilhantismo nas análises que ele faz da própria vida e da vida dos outros, mas tudo me pareceu tão superficial, uma crítica vazia, porque, no final, era tudo autocrítica. Senti que o narrador detestava a si mesmo e a tudo e todos que estavam ao seu redor — mas nunca culpando a si por isso, por estar onde estava ou fazer o que fazia, mas sim uma força maior que o levou àquela mediocridade.

O capítulo 5 da fatia da investigação do livro, pra mim, foi o mais interessante (e mais revoltante) da obra toda. Ali, ele quase conclui que a sua suposta morte anônima fez com que ele descobrisse que ele estava morto de alma e de vontade de viver; mas ele não fala isso. Os capítulos seguintes dão a entender que sim, mas o narrador me parece TÃO arrogante que nem admitir isso ele admite. Como se sempre soubesse que havia mediocridade na sua vida — e, novamente, escolhendo um fato externo pra culpar: a suposta morte.

Depois desse capítulo eu simplesmente ENGOLI o resto do livro em uma sentada, numa tentativa frenética e de muito ódio de tentar entender alguma coisa. Acontece que eu só consegui entender que no momento MAIS FELIZ que ele jamais descreveu sobre a vida dele (e consequentemente a mais feliz do livro) ele resolve se matar — e de novo o leitor tendo que fazer suposições do porquê. Parece-me que o Cuencas encontrou como única resposta para que o narrador não caísse na chatice da vida que teve uma vez também a morte, dessa vez fictícia.

Mas ta aí uma estratégia… Fazer o leitor confuso o livro todo, NÃO acabar, NÃO concluir em nada e só fazer a gente ficar obcecado pensando sobre o livro tentando entender o que acabou de acontecer. Propositalmente ou não, funcionou pra mim. Mas não tira o fato de que eu odiei o narrador, de ter nojo mesmo dos comentários dele, tem coisa que eu não sou obrigada a ler e gostar em prol da literatura, né, se fude. Então, 2 estrelas pelo ódio que eu passei lendo.
This entire review has been hidden because of spoilers.
Profile Image for Júlio Viana.
36 reviews5 followers
August 8, 2021
escrita ótima, cuenca sabe escrever, sobre isso não há dúvidas. tem frases aqui de uma sacada digna de sessão de terapia. conhecimento sobre o rio e os paralelismos que ele traca também muito bons e bem feitos.

no entanto… o clichê e a pretensão realmente me tiraram várias vezes do texto. se era intencional, tudo bem. mas houve momentos onde isso me distraiu de qualquer que seja o ponto do livro. ler sobre um escritor boêmio “pobre” (mas que sabe toda sua genealogia “nobre”) que fica excitado vendo uma mulher entregar uma pasta é algo que uma vez já é o suficiente. imagine ler o 550o livro sobre isso? e eu notei que ele tenta dar aqueles cutucões do tipo “viu eu sei que eu sou horrível é esse o ponto” mas isso parecia piorar a coisa.

queria dizer que entendi tudo o que ele quis dizer porque sei que, como ele mesmo fala, seu pensamento é de que ele “é incompreendido por seus contemporâneos” e entendê-lo seria não dar esse braço a torcer. mas término o livro frustrado porque sinto que ele tinha coisas bacanas a se dizer mas infelizmente não conseguiu passá-las por essas questões acima. o pessimismo disfarçado de coragem (como o posfácio fictício aponta) tornou tudo uma mistura cinica e auto depreciativa demais pra ser encarada com a vontade que eu sei que gostaria de ter dado às questões desse livro.

talvez uma releitura, uma conversa com gente que leu, um tempo pra espairecer me façam ver coisas ainda não vistas. gostei da ideia de auto destruição, da referência a um tipo de arte que domina o autor matando o por completo. tentei até tracar um paralelo do personagem com o rio de janeiro da época. coisas meio capengas, mas válidas.
Profile Image for Johan Ruiz.
32 reviews
August 18, 2024
Una novela que atrapa desde la primera página. La historia parte de un hecho curioso que sucedió en la vida real, y es que el autor de la novela se entera de que la policía tenía un acta de defunción a su nombre. Partiendo de ese punto, Cuenca construye una narración en la que el objetivo parece ser desentrañar las razones detrás del misterio de la muerte del protagonista, pero en la que asistimos a la muerte, en más de una forma del autor. Esta novela juega constantemente con lo metaliterario y uno a veces no sabe si se está hablando del autor o del personaje. Hay también una critica social constante que el autor trata de hacer y una respuesta a esa crítica por parte del personaje que le quita toda autoridad moral al autor. Fue una lectura muy divertida, Me mantuvo pegado de principio a fin y el final no pudo ser mejor. Muy recomendada esta obra.
Profile Image for Pedro Gomes.
76 reviews2 followers
June 29, 2023
Esse livro pode ser lido como que uma boa história é destruída por um narrador neurótico, masculino, egocêntrico e com complexo de Don Juan. Também é um exemplo de como é desinteressante a existência voltada a si mesma, incapaz de tocar qualquer outra coisa e que transforma tudo aquilo que deseja em divino justamente para tornar impossível o acesso - geralmente, mulheres erguidas a um patamar de musa enquanto durar a bebedeira; no outro dia, de ressaca, abandoná-las.

Muito difícil dizer pra não ler algo, mas eu não leria esse livro de novo e se eu pudesse voltar no tempo não teria lido também.
Profile Image for Camila Valeriano.
38 reviews1 follower
June 13, 2024
Esse livro esteve na minha lista de leitura por muito tempo e me arrependo de ter demorado tanto para iniciar a leitura. Eu simplesmente amei como ao ler você nunca sabe o que é real, experiência de vida do autor, e o que é ficção. Ao mesmo tempo em que ele cita o fato de ser um comentarista de cultura no maior canal de notícias do Brasil, também descreve uma vida num prédio abandonado, onde vive, praticamente, como indigente. Até que ponto as experiências são do autor ou de histórias que ouviu por aí? E a que ponto chega o ser humano ao ficar obcecado por uma história, sobretudo depois de ter ouvido sobre um síndrome psíquica?
Profile Image for Rogério Tomaz Jr..
112 reviews1 follower
July 26, 2020
Delícia de prosa e viagem pela imaginação - ou nem tanto? 🤔 - do autor e pelo Brasil de um momento que parece ter sido a entrada para um período do qual não conseguimos sair. A identificação com os cenários e o ambiente também me toca pessoalmente e a qualquer pessoa de alguns segmentos sociais que vivem no Rio ou visitam a cidade com frequência. Recomendo demais!

PS: Quem viu ou pretende ver a série "Dark" vai ler no final desse livro quase um pequeno spoiler da produção alemã.
Profile Image for Luca.
149 reviews
March 21, 2022
Lagna melensa e molto autoreferenziale su Rio De Janeiro e le sue attese non realizzate nel pre e post Olimpiadi.
La "morte" dell'autore è solo una scusa (eseguita peraltro in pochissime pagine) per navigare narrativamente tra le contraddizioni del Brasile.
A me del Brasile frega veramente poco; tolta questa tematica, il testo è privo di interesse, la trama scarna quantomeno.
Messo da parte a pagina 65.
Profile Image for Adrimax.
32 reviews
April 24, 2023
Sabe aquele relacionamento que empolga desde o primeiro encontro? Em uma semana, vocês já estão escolhendo os nomes dos filhos e a cor do tapete da sala. As primeiras 150 páginas desse livro são promissoras assim. A explicação do mote e as histórias sobre o Rio pré-olímpico são simplesmente ÉPICAS.
Infelizmente, depois disso, o livro começa a se perder e o final é... esquecível. Mais ou menos como aquele relacionamento mesmo. Dei quatro estrelas pelos bons momentos que vivemos juntos.
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