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Feminismos Plurais

Encarceramento em Massa

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Por que fazer um livro sobre encarceramento, sistema de Justiça Criminal punitivo e feminismo negro? Qual é o ponto de conexão entre estas pautas? Por que prisão, punição, superencarceramento interessa às mulheres, prioritariamente às mulheres negras? Pode parecer fora de lugar falar em racismo, machismo, capitalismo e estruturas de poder em um país que tem em seu imaginário a mestiçagem e a defesa como povo amistoso celebrada internacionalmente. Contudo, parece absolutamente pertinente refletir, escrever, falar e lutar nestas pautas quando os dados estatísticos nacionais provam o contrário do discurso comemorado e largamente difundido.

114 pages, Kindle Edition

First published January 1, 2017

9 people are currently reading
375 people want to read

About the author

Juliana Borges

9 books16 followers
Juliana Borges é pesquisadora em Antropologia na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, onde cursa Sociologia e Política. Foi Secretária Adjunta de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo (2013).

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Community Reviews

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Displaying 1 - 18 of 18 reviews
Profile Image for monique.
300 reviews26 followers
January 12, 2021
a pertinência do tema é inquestionável, e, depois de Racismo Estrutral, este era o livro da coleção que mais me interessava, porém a autora dá voltas num mesmo lugar. inclusive se ela não repetisse tanto a si mesma a obra poderia ser ainda mais curta. a leitura não chega a ser uma perca de tempo e ainda a recomendo, mas o texto dá a impressão de não ter sido bem planejado, além de levantar várias questões e responder pouquíssimas*, quase nunca de forma objetiva, apesar da proposta didática da coleção. a acessibilidade também é um problema do outro livro citado acima e meu favorito até agora, mas ele pelo menos se sustenta nesse desvio (principalmente na divisão do texto), ainda que, assim como este, não desenvolva tudo que aborda.

*li particularmente rápido, então tire a prova por si mesmo. não é como se você fosse terminar tão ignorante quanto quando começou.
Profile Image for Carolina.
82 reviews20 followers
August 27, 2018
Seguindo o objetivo da coleção “Feminismos Plurais”, o livro traz uma boa revisão de literatura sobre o problema estrutural do encarceramento em massa. Com texto fluido, apresenta o problema da prisão como forma de controle dos corpos negros como uma extensão (não interrupção) da escravidão. Juliana Borges reflete muito bem sobre um tema tão doído e árido.
Profile Image for Leonardo Bianchi.
84 reviews2 followers
September 17, 2023
Nesse volume da coleção Feminismos Plurais, Juliana Borges explora mais um dispositivo do racismo brasileiro: o superencarceramento da população negra. Tratando o tema de maneira interseccional, a autora explora as diversas razões da predominância de negros no sistema penitenciário minando a ideia de que vivemos em uma democracia racial.
Profile Image for Jaqueline.
551 reviews47 followers
September 12, 2019
A gente cresce aprendendo que a prisão é um lugar pra onde gente ruim vai, que é assim, sempre foi e sempre será. Mas elas nem sempre existiram, nem sempre foram assim e a forma como são hoje é um reflexo da nossa sociedade punitivista que não vê esperança em quem comete um erro. E por isso livros como esse são tão importantes para iniciar uma discussão que não existe na sociedade comum. Prisão é sinônimo de medo, maldade e merecimento. E o pior: a forma como elas funcionam hoje mostra claramente que é um sistema que não funciona mais e não há um projeto de mudança porque a sociedade é regida pelo medo.

O livro tem dados, tem história é muito interessante e traz perspectivas importantes e atuais sobre o problema do encarceramento em massa. Mas a narrativa não é didática. E eu entendo a importância da linguagem mais acadêmica, mas ele deveria, ao meu ver, ser mais didático para alcançar mais gente e trazer o tema para um debate mais amplo na sociedade. Eu gostaria que mais pessoas lessem e entendessem a gravidade do problema e eu imagino o quão difícil isso deve ser em relação a criação do texto, mas se eu desse esse livro para algum parente sem ensino superior, ele se intimidaria com a linguagem e o esqueceria na estante.

Não estou aqui para falar mal do livro, entendam, é só um pedido para que mais obras sejam feitas pensando nos trabalhadores que não estão acostumados com a linguagem acadêmica e até se intimidam por ela. Eu imaginava que essa fosse a proposta do livro, mas se eu estiver errada, me perdoem, por favor. É uma leitura enriquecedora e eu gostaria que não só fosse acessível a qualquer pessoa interessada nesse problema como que pudesse trazer mais pessoas para criar um diálogo amplo e necessário.
93 reviews1 follower
May 21, 2023
Quem define o crime e o criminoso?

"Este é o trabalho ideológico que a prisão performa: nos libera da responsabilidade de nos engajarmos seriamente com os problemas da sociedade, especialmente produzidos pelo racismo e pelo capitalismo global." - Angela Davis

"Se não tivermos medo de adotar uma postura revolucionária - se desejarmos, de fato, ser radicais em nossa busca por mudança -, precisaremos atengir a raiz da nossa oppressão. Afinal, radical significa simplesmente "compreendre as coisas desde a raiz.""
108 reviews
June 19, 2020
Através de uma escrita dialética e dialógica, Juliana Borges revela sua visão crítica acerca da história brasileira, e mostra sobre uma perspectiva interseccional como a foram formadas e firmadas as desigualdades sociais atuais. Por meio de dados, constrói e explica ao leitor a necessidade de alteração da realidade carcerária, sob a óptica abolicionista.
Profile Image for Yuri Pires.
Author 15 books9 followers
May 22, 2018
O livro de Juliana é potente do início ao fim, e isso já é perceptível em sua introdução, porque ela se propõe (e realiza) uma profunda análise que responde a uma pergunta aparentemente simples, a saber, por que aceitamos a aberração que é o sistema prisional brasileiro (e não apenas)? As bases dessa aceitação estão num lugar para onde não queremos olhar, e aqui reside a necessidade da leitura desta obra. Naturalizamos o encarceramento em massa pois ele se destina a corpos historicamente encarceráveis: negras e negros.

Livro introdutório ao tema, vale também pela bibliografia em que se ancora, que vai de Althusser a Sueli Carneiro.

Apesar de se tratar de um tema bastante complexo, Juliana o torna acessível, exigindo apenas uma ou outra pesquisa a dicionários de termos específicos, a alguém não especialista, como eu.

É leitura que move, porque emociona e convence. Recomendável a qualquer pessoa.
Profile Image for Flávia Santos.
246 reviews1 follower
December 9, 2021
Perfeito, como tudo da coleção que li até agora.
Juliana Borges faz uma revisão do colonialismo e suas estruturas racistas e mostra quase que desenhando como que essa estrutura foi propositalmente desenhada e redesenhada para manter a relação de hierarquia e preconceito, fala sobre a Guerra às Drogas como sendo a ineficiente política que é e o eficiente projeto de genocídio da população negra com direito à lavagem cerebral da população que é, fala sobre gênero e raça e feminismo interseccional e feminismo negro e suas relações com o sistema prisional (sem desmerecer ou esquecer as mazelas desse sistema para mulheres brancas também), sempre trazendo referências grandes.
Só senti falta na parte final, ao declarar que é preciso acabar com o sistema penitenciário de vez e o quanto isso é difícil no imaginário popular, de exemplos sólidos e concretos - talvez a leitura de crime, criminoso e como lidar com isso de outros países? Seria muito rico e interessante até pra bater o martelo de que é possível sim sair do regime punitivista e procurar outras soluções que façam sentido, depois de mostrar tantas falhas e erros do sistema que seguimos hoje.
Profile Image for Carla Sousa.
33 reviews
January 26, 2025
Muito na linha de outros livros desta série “Feminismos Plurais”. Muito bem escrito e fundamentado, mas por vezes com conceitos muito complexos e com falta da perspetiva da autora.
Importa dizer que este tema é difícil de integrar, mesmo para quem se entende como progressista. Ao lermos, percebemos que há muitas verdades absolutas (que deveríamos questionar) na maneira como vemos o sistema prisional. Uma leitura necessária!
Profile Image for DeboraS..
62 reviews
July 6, 2020
Uma abordagem interseccional para um problema interseccional. A abordagem dialética sobre o encarceramento - e a quem ele atinge - é a demonstração mais pura do mito da democracia racial. Sejamos todas abolicionistas.
Profile Image for Larissa Naback.
79 reviews2 followers
December 26, 2020
“Qual é o indivíduo sem ocupação em uma sociedade que branqueou a força de trabalho livre?”
Profile Image for Maria Clara.
33 reviews9 followers
September 13, 2021
linguagem simples e didática, ótimo para entendermos como o sistema punitivista funciona.
Profile Image for helena.
29 reviews
January 15, 2023
Muito bom para entender as origens e a situação do sistema carcerário br
Profile Image for Margarida.
85 reviews28 followers
October 8, 2019
''Se este sistema já operou explicitamente pela lógica da escravidão, passando pela vigilância e controle territorial da população negra após a proclamação da República, pela criminalização da cultura e apagamento da memória afrodescendente, percorrendo a aculturação e assimilação pela mestiçagem e apropriação, negação do acesso à educação, saneamento, saúde – questões que permanecem, inclusive – hoje não temos um cenário de fim desta engrenagem, mas de seu remodelamento.''
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