Jump to ratings and reviews
Rate this book

Twenty After Midnight

Rate this book
A dark and masterful portrait of a generation in crisis, from one of the most exciting young voices in international literature

The world had been theirs in the late 90s: they were the young provocateurs behind a countercultural scene, digital bohemians creating a new future. But fifteen years later, Duke, the leader and undisputed genius of their group, has been murdered, and the three remaining members of their circle reunite to piece together what became of their lives and how they fell so short of their expectations.

Now in their thirties, Aurora, Antero, and Emiliano have succumbed to the pressures of adulthood, the exigencies of carving out a life in a country that is fraying at the seams. Reunited after years of long-held grudges and painful crushes, the three try to resurrect the spirit of the all-night parties and early morning trysts, the protests and pornography of their youths. Lurking over them, as they puzzle out their fates, is the question of whether or not there is a future for them to believe in, or if the end has already arrived.

Twenty After Midnight is a portrait of the first generation of the digital age, a group that was promised everything but handed a fractured world. Daniel Galera has written a pre-apocalyptic tale of millennial longings.

224 pages, Kindle Edition

First published September 12, 2016

23 people are currently reading
1924 people want to read

About the author

Daniel Galera

32 books429 followers
Daniel Galera is a Brazilian writer, translator and editor. He was born in São Paulo, but was raised and spent most of his life in Porto Alegre, until 2005 when he went back to São Paulo. He is considered by critics to be one of the most influential young authors in Brazilian literature. Daniel is one of the founders of the publishing house Livros do Mal and had some of his works adapted into plays and movies.

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
123 (14%)
4 stars
324 (37%)
3 stars
295 (34%)
2 stars
87 (10%)
1 star
27 (3%)
Displaying 1 - 30 of 91 reviews
Profile Image for Paulo Ratz.
185 reviews5,852 followers
January 31, 2018
É uma pena que uma história com personagens tão legais tenha 20 páginas de história e 180 páginas que não precisavam.

Antes que falem, não acho que livros precisam ser objetivos e óbvios, mas esse em específico ultrapassa todas as barreiras de descrições desnecessárias e forçadamente poéticas.

Em uma palavra: pretensioso.
Profile Image for André Caniato.
280 reviews51 followers
September 23, 2016
É a segunda vez em 2016 que me deparo com um livro que eu gostaria de ter escrito. O primeiro foi Morangos mofados, do Caio Fernando Abreu, e, agora, o Daniel Galera me vem com esse tapa na cara chamado Meia-noite e vinte, que é, em sua maior parte e com algumas ressalvas, uma versão melhorada do livro que estou tentando escrever desde o ano passado — com o detalhe de que escrevo ficção científica, mas aí não é nada de mais.

O que mais me chamou a atenção em 0h20 foi o realismo dos personagens. Embora tenha ficado incomodado com , devo admitir que o diálogo interno dele era completamente crível, e me pergunto o tanto de gente com quem o Galera conversou pra escrever este romance, que consegue ser, ao mesmo tempo, muito diferente de e muito semelhante a todos os outros dele — a assinatura do Galera está aqui, seus diálogos, seu jeito de conduzir as coisas; mas é algo que, estruturalmente, ele ainda não tinha feito, com vários protagonistas e POVs diferentes, incluindo o de . Faz sentido, isso? Faz sentido pra mim. Em uma entrevista, o Galera disse que, antes de escrever 0h20, ele se perguntou se não seria o momento de escrever uma narrativa pós-apocalíptica, mas escreveu, em vez disso, uma pré-apocalíptica. Acho que isso define bem: pré-apocalíptico; um Zeitgeist pesadíssimo, a sensação de fim do mundo que paira por sobre todos nós desde o começo dos anos 2000 — ou desde sempre, para ser sincero.

Meus problemas com o livro foram pontuais, mas fortes. Basicamente, . O final, principalmente, me deixou bastante balançado, e ainda não formei uma opinião concreta sobre ele. Fica uma estrela a menos como dúvida.
Profile Image for Tiago Germano.
Author 21 books124 followers
February 5, 2017
Minha opinião é certamente questionável, mas em termos de estilo (só de estilo, já que em termos de fábula ele de fato deixa a desejar em relação aos demais) acho o melhor do Galera. Gosto do fraseado dos três narradores, da percepção filosófica esboçada por cada um a respeito de sua época. Bom ver o Wallace fazendo mais bem que mal à prosa de alguém hoje em dia.
Profile Image for Suellen Rubira.
954 reviews89 followers
September 17, 2018
O que aconteceu com o autor de Barba ensopada de sangue? Que livro mais fraco, pelamordedeus. Não tem nada que motive o avanço da leitura, só um amontoado de referências a tecnologias e dramas existenciais de gente abastada.

Apocalipse de pleiba. Argh.
Profile Image for Eric Novello.
Author 67 books567 followers
Read
December 6, 2016
Acho louvável que o Galera tente não se repetir, ainda mais depois do sucesso estrondoso que foi o "Barba Ensopada de Sangue", que deve estar lá pela 10ª reimpressão. E entendo a intenção no "Meia Noite e Vinte" de representar um vazio contemporâneo, essa relação com o fim do mundo que é mais um anseio do que um medo, porque ninguém sabe exatamente para onde ir ou o porquê de ir quando se sabe para onde. É legal que haja aqui um equilíbrio entre o hetero de vida mais ou menos, o gay de vida mais ou menos e a mulher de vida mais ou menos. Uma maior diversidade batendo à porta. Mas achei o resultado estranho num todo. Principalmente nas partes que Sade vira mais do que uma referência de ambientação.

Se alguém me dissesse que nunca leu nada do autor, não é um livro que eu recomendaria como porta de entrada.
Profile Image for auserlesenes.
364 reviews16 followers
April 20, 2018
Porto Alegre im Jahr 2014: Andrei Dukelsky wird bei einem Raubüberfall mit nur 36 Jahren getötet. Als großes Talent der zeitgenössischen brasilianischen Literatur ist Duke bekannt und bei vielen beliebt. Sein Tod führt seine früheren Freunde nach mehreren Jahren wieder zusammen: die 33-jährige Stipendiatin Aurora, den 42-jährigen freiberuflichen Journalisten Emiliano und Antero Latvala, Mitte 30, verheirateter Familienvater und Firmenchef. Ende der 1990er-Jahre waren die drei Männer und die Frau ein untrennbares Team, schrieben zusammen für ein Fanzine und galten als die Vertreter einer neuen Gegenkultur. Nun kommen die drei verbliebenen Freunde ins Grübeln: Wie war das früher? Was ist aus ihnen geworden? Und: Wer war dieser Duke wirklich?

„So enden wir“ von Daniel Galera ist ein moderner Roman über die Tiefen der menschlichen Seele.

Meine Meinung:
Erzählt wird die Geschichte aus der Sicht der drei Hauptprotagonisten Aurora, Emiliano und Antero – abwechselnd und jeweils aus der Ich-Perspektive. Dieser Aufbau gefällt mir ganz gut, wobei gerade die Übergänge schwierig sind. Vermutlich spielt der Autor bewusst damit, den Leser länger im Unklaren zu lassen, welche Person gerade im Fokus steht.

Sprachlich ist der Roman sehr interessant. Ungewöhnlich und hervorstechend ist der Schreibstil, der wegen der langen Sätze, die immer wieder eingestreut werden, zum Teil etwas sperrig und anstrengend ist. Der Autor scheut nicht davor zurück, Fremdwörter zu verwenden. Insgesamt ist die Sprache allerdings sehr klar, bisweilen schonungslos offen, derb oder sogar vulgär. Dabei zeigt sich eine Versessenheit in Details. Leider variiert der Erzählstil zwischen den Personen jedoch kaum, wodurch die Ich-Perspektive vor allem in den Aurora betreffenden Passagen nicht besonders authentisch wirkt.

Zu keinem der drei Hauptprotagonisten konnte ich einen Zugang finden. Positiv anzumerken ist, dass es sich um Personen mit Ecken und Kanten handelt, die einen Einblick in menschliche Abgründe bieten und realitätsnah geschildert werden. Es sind Anti-Helden, die alles andere als sympathisch sind. Sie alle sind gescheitert, was ihre Wünsche und Ideale angeht. Jedoch fiel es mir schwer, ihr Denken und Handeln nachzuvollziehen, was mir am ehesten noch bei Aurora gelungen ist. Sie ist ebenso wie Emiliano und Antero in einer Endzeitstimmung, deren Gründe sich mir leider nicht ganz erschließen konnten.

Die Handlung ist recht überschaubar. Immer wieder gibt es Rückblenden zu der Zeit um den Jahrtausendwechsel, die auf mich jedoch etwas unzusammenhängend wirkten. Das eher offene Ende gibt einen Hoffnungsschimmer.

Gut gefallen haben mir die gesellschaftlichen Themen, die im Roman zum Ausdruck kommen. Dabei gibt es einige interessante Denkanstöße. Es wird recht deutlich, dass hier Krisen und Probleme angesprochen werden, die in Brasilien oder sogar weltweit relevant sind: Umweltverschmutzung, Überbevölkerung, die Schattenseiten des Internets, Armut, Korruption und sonstige Kriminalität. Sogar die berufliche Benachteiligung von Frauen wird thematisiert. Zu viel Raum nehmen dagegen die sexuellen Passagen ein. Selbst extreme Vorlieben und Praktiken werden unnötigerweise fast erschöpfend beschrieben.

Das Cover entspricht mich zwar nicht meinem Geschmack, ist aber durchaus passend. Der Titel ist treffend gewählt.

Mein Fazit:
Der Roman „So enden wir“ von Daniel Galera ist eine gezielte Provokation, ein Buch, das aufrütteln und nachdenklich machen will. Während die Intention und die Ansätze mir sehr zugesagt haben, konnte mich die Umsetzung leider nicht überzeugen.
Profile Image for Khai Jian (KJ).
620 reviews71 followers
October 23, 2020
"The beauty that emerges is one of patterns, filing systems, algorithms, montages, and oppositions plucked from an excess of information. In this new world, the possibility of transgressing or transcending doesn't exist. There is no truth slumbering beneath the surface. Flowers that bloom in excess wither from one day to the next."

Thanks to Times Read for sending this review copy to me. Twenty After Midnight is a translated work written by a Brazilian author, Daniel Galera. It was told from the POVs of 3 main characters: Aurora, Antero, and Emiliano whereby they were reunited due to the shocking murder of their friend, Andrei "Duke". All 4 of them were previously involved in a webzine called "Orangutan". Aurora, Antero, and Emiliano then recount their memories with Duke after attending his funeral.

Based on this premise, the author discussed a very interesting concept: millennial anxiety. As millennials are considered the most tech-savvy generation, their anxiety is closely linked with the culture of digitalization. Through the main characters, the author explored the unprecedented challenges that millennials faced in this digital age: loneliness, debts, sex, addiction, career crisis, choice overload, the Internet bubble and etc. All these were also tied up with the increased desire amongst millennials. This book is really an eye-opening read to me! The concepts introduced by the author herein are very intriguing. For example, there is a part where Antero is giving his TED talk by reconciling the process of quantification of all things (due to digitalization) with sadism. These concepts, while dark and uncomfortable, has its merits.

The only minor problem to me is that at times the concepts introduced in this book are rather overwhelming and I need more time to digest them. Some people may get annoyed with the excessive sexual references in this book. But to me, these references are justified as they are the main forms of millennial anxiety in this age. With the introduction of social media, virtual friendships are common, some of which subsequently turned into virtual exhibitionism and virtual sex. All in all, the author raises an important question: while millennials live in an age with advanced technology, why are they still questioning their place in this digital age? Twenty After Midnight deserves a 4.3/5 star rating. It serves as an awakening to the millennials as they are a generation that falls into the obvious trap of technology.
Profile Image for Lenio Carneiro Jr..
32 reviews11 followers
May 17, 2021
esse livro é sobre rastros. humanos e digitais. pra quem tá habituado com a escrita do daniel galera, consegue ver o estudo da solidão que eu considero típica do autor. dessa vez, porém, a internet e a “modernidade” tem um papel central nisso tudo acompanhado de um certo pessimismo retórico.

impossível pra mim não devorar os romances do galera uma vez que começo a leitura.
Profile Image for Sebastian Uribe Díaz.
734 reviews155 followers
March 6, 2021
Hace días me preguntaba si esta podía ser la novela de nuestra generación.

LO ES.
Profile Image for Mateus Lima.
69 reviews
January 10, 2025
Uma exploração da cabeça das pessoas nascidas no começo dos anos 80. O livro é bom, 3,5 estrelas pra mim, mas em Barba Encharcada de Sangue, o autor consegue fazer esse tipo de análise de forma mais fluída e empolgante. Aqui, é difícil gostar dos protagonistas e da nostalgia excessiva deles, por mais que seja justificada.
Profile Image for Wandaviolett.
468 reviews68 followers
April 6, 2018
Galera ist Gegenwartsautor, er schreibt Zeitgenössisches. Das ist ja meistens nicht besonders gefällig, aber gefällt. Mir. Nicht allen. Das ist mal ausgemacht! Kein Roman für die Masse. Kein Roman für Blümchenleser!

Das relative dünne Buch von Daniel Galera bietet soviel Stoff zum Reflektieren, dass ich kaum weiß, wo ich anfangen soll. Es hat wenig Handlung. Seine Protagonisten sind sexistisch. Wohlaufgemerkt, der Roman ist nicht sexistisch, nur seine Protagonisten sind es.

Im Feuilleton wird das Buch kontrovers besprochen und ich will gleich vorab sagen, dass es mir großartig gefallen hat und dass ich Daniel Galera für einen Stern am Literaturhimmel halte. Auf alle Fälle werde ich sein hochgelobtes Buch „Flut“ bald auf meinen Nachttisch legen.

Im Einzelnen: Südamerikanische Literatur stellt man sich blumig und schwül vor. Und entsprechendes Ambiente bekommt man, wenn Sao Paulo und Porto Alegre beschrieben werden. Fügt man noch verwesend, schmutzig, schweißig und abfallübersät hinzu, verelendet, verarmt, anonym, verbaut, verkehrsreich und stinkend, bekommt man das Hintergrundbild, auf dem Galera schreibt.

Die drei Erzähler, Emiliano, Aurora und Antero, und backstage der verstorbene Andrei Dunkelsky, sind von anderem Kaliber. Im Schlüsseljahr 1999, in den Anfängen des Internet, haben sie das beste Jahr ihres Lebens. Unter der Führung des charismatischen Duke (Andrei Dunkelsky) probieren sie sich aus, proben Anarchie, Weltverbesserung, Aufstand, Skandal, Zügellosigkeit, Schamlosigkeit und zelebrieren Pornographie öffentlich als Kunst. Es ist ein Aufbruch in ein neues Zeitalter und alles scheint möglich.

Jahre später, als sie zurückblicken, ist der Idealismus der Jugend auf der Strecke geblieben. Sie sind Anarchokapitalisten geworden, stellt Aurora fest.

Galera entfernt sich schnell vom Blumigen. Seine Protagonisten machen und tun nicht(s), sie sind. Und denken. Oder referieren. Handlung steht nicht im Vordergrund und die Figuren des Autors sind keine Sympathieträger. Worüber denken sie nach? Über den Weltuntergang, „apokalyptisch“ ist das Schlüsselwort des Romans.

Haben sie es kommen sehen, damals, als sie sich noch voller Illusionen, Idealismus und Schwung zusammen mit Duke an der Internetplatform Orangotango beteiligt haben?

Ist es nicht immer schon so gewesen, dass die Menschen den Weltuntergang herbeiphantasiert haben, er aber bisher nie eingetreten ist?

Ist es nicht vollkommen umsonst, sich irgendwo einzubringen und läuft die Welt nicht ihren Gang sowieso, unbeeindruckt von menschlichem Engagement?

Und ist der Point of no Return nicht längst überschritten?

Jeder der drei Freunde ist anders desillusioniert. Aurora ist es am ehesten von allen gelungen, den Traum von der Weltverbesserung auch beruflich umzusetzen, da sie als Biologin mit daran arbeitet, die Menschenmassen auch künftig noch mit Nahrung zu versorgen, „Kunstdünger und Gentechnik hatten die Grüne Revolution vorangetrieben, die es uns ermöglichte, fast sieben Milliarden Menschen zu ernähren, aber was war mit den zehn Milliarden, die für das Ende des einundzwanzigsten Jahrhunderts erwartet wurden?“.

Der Autor hat Auroras Rolle als Wissenschaftlerin authentisch gestaltet, seitenlang referiert sie über ihr Projekt, ganz so, wie es alle Wissenschaftler tun, begeht man den Fehler, ihnen zu viel Interesse zu zollen, sie hören nicht auf zu fachsimpeln, bis dir der Kopf vor Langeweile auf die Tischplatte schlägt. Ausserdem ist es Auroras Traum, einmal im Leben in der berühmten Fachzeitschrift Science zu veröffentlichen, vielleicht sogar mit einem Artikel auf das Titelblatt zu kommen. Der Nobelpreis würde folgen. Auch die Machtstrukturen, die an den Unis herrschen, zeigt Galera geschickt auf. Chapeau!

Antero dagegen, schon damals einer, der (nur) eine Rolle spielt, spielt auch heute eine. Er ist ein gefallener Sexgott. Emiliano sagt: „Vor uns stand die Ruine eines Sexsymbols.“ Antero hat es eigentlich geschafft. Er ist reich und wirkt in der Welt des Scheins, der Werbebranche. Leider ist ihm nur allzu bewusst, was er tut, die Leere und Sinnlosigkeit bringt ihn fast um. "Meine Arbeit … basierte auf Verdorbenheit und Lügen." Seinen Frust lädt er in geheimen Sexorgien mit sich selber in Kleenextücher ab ;-).

Emiliano ist am wenigsten beschädigt aus dieser Zeit hervorgegangen. Vielleicht war er damals ja schon zu alt. Er versucht, eine Biographie über Duke zu schreiben, stellt aber fest, dass da nichts ist, worüber man schreiben könnte. Der Duke war eine leere Hülse. Emiliano ist zudem ein Analytiker. Er sieht sein Leben klar und ohne Illusionen vor sich. Und akzepiert es mit seinen Höhen und vielen Tiefen. Das ist groß. Klar, ist er auch ein elender Wichser ;-).

Daniel Galera punktet nicht mit Sympathieträgern, sondern mit allen Elementen des modernen, südamerikanischen Romans, mit überdeutlichen Charakterisierungen und uncharmantem Realismus. Er widmet sich dem Sosein im Dasein, wartet mit Leere, Depression und Ernüchterung auf. Mit Zynismus gar. Und immer wieder mit schwarzem Humor. Doch bevor man völlig in Apathie versinken möchte, wie zeitweise Aurora, gibt es zwischen den Zeilen da und dort auch einen Funken Licht.

Galera ist brutal, weil er schonungslos mit seinen Protagonisten umgeht und ihre Peinlichkeiten bloßlegt. Das, was man nicht mal dem Psychiater sagen möchte, legt er unaufgeregt auf den Tisch, was gerade deswegen Schockwirkung erzeugt.

Fazit: Eine sehr nüchterne Schreibe eines großen Autors über die Weltuntergangsstimmung im Land. Ein hervorragender Darsteller. Ein Stern am Literaturhimmel. „Vielleicht wollte er (Duke) diesen ganzen Katastrophismus als nihilistische Modeerscheinung enttarnen.“ Und vielleicht möchte das auch Daniel Galera.

Leseempfehlung für Leser, die ungeschminkten Realismus mögen.

Kategorie: Moderne Literatur. Anspuchsvolle Literatur
Verlag: Suhrkamp, 2018
Profile Image for Felipe.
Author 9 books64 followers
May 29, 2017
Ainda é uma memória bem clara pra mim o período, ali pelos idos de dois mil e sete, que topei com Até o dia em que o cão morreu, romance de estreia do Daniel Galera. Era por volta das três da tarde e eu fazia minha ronda semanal na Pernambooks, agora falecida livraria que ficava na Rua Barão de São Borja, coração do bairro da Boa Vista, no Recife. Eu devia ter em torno de quinze anos, e estava na fase mais leitora da minha vida até então. Os anos de Harry Potter haviam passado num flerte discreto, e eu me dedicava a uma investigação feroz da então contemporânea prosa brasileira. Foram anos de Joca Terron, João Paulo Cuenca, Cecília Giannetti, Daniel Pellizzari, Antonio Prata, Chico Mattoso, e nenhum deles fazia comigo o que Galera conseguia fazer. Livro de um fôlego só, Cão era repleto de temas que eu ainda não compreendia muito bem em sua complexidade: estavam lá a inadequação, a incerteza, o ódio, o amor, e tantas outras coisas que eu conhecia, só não sabia nomear. Faço essa introdução só para explicitar os motivos pelos quais a leve decepção com a leitura de Meia-noite e Vinte me foi tão desagradável.

Se colocadas lado a lado, as vozes do Galera neste e naquele livro poderiam até passar por escritores diferentes, e eu não falo isso num tom totalmente congratulatório de felicitação a um escritor que amadureceu e encontrou sua forma e estilo. Se Cão tinha uma espontaneidade quase adolescente -quase, porque o rigor formal estava todo lá-, Meia-noite soa como um livro forjado pelo estereótipo do escritor: auto-consciente, apaixonado por si mesmo, perdido numa pretensa batalha entre criador e criatura. Galera já havia flertado com um texto mais pretensioso quando escreveu Cordilheira, curiosamente o único de seus outros romances a ter uma voz feminina, mas o foco empregado ali levava o livro para um lugar mais sóbrio, o que não acontece desta vez. As três vozes presentes nesse novo romance tentar abarcar tantos estereótipos e questões contemporâneas quanto as duzentas páginas permitem, o que termina por sufocar qualquer resquício de profundidade.

Para melhor contextualizar; Galera trata aqui da reunião de três amigos porto-alegrenses quando do falecimento do quarto componente de seu antigo grupo. Criadores de um fanzine literário virtual nos idos de noventa e nove (muito como aquele que o próprio autor editava com amigos), os quatro experimentaram breve sucesso nos círculos culturais da cidade, e a ideia se desmantelou meteoricamente. Aurora tomou o caminho da biologia, Antero se transformou num publicitário capitalista voraz, e Emiliano, o mais velho de todos, seguiu como jornalista freelancer. Duque, o quarto e mais talentoso de todos, se manteve na literatura e acabou conseguindo fama e status de grande nome da cena contemporânea brasileira, trajetória ceifada por um latrocínio. É um grupo de personagens curiosas mas, excetuando Aurora, acabam sendo tratados com uma unidimensionalidade bastante sofrível. Antero se transforma numa caricatura de workaholic e pai de família pouco dedicado, Emiliano é sempre tratado como uma pessoa pragmática e bruta, o que pessoalmente me incomoda quando avalio que a homossexualidade do personagem é colocada em perspectiva à partir da maneira como ele não "cede" aos estereótipos que recaem sobre esse grupo, e Duque é sempre representado como o clichê do escritor misterioso e ranzinza.

De novo, quando se colocam essas vidas ao lado daquela existência medíocre porém sempre atenta ao caminho de um pretensa prosperidade que era o protagonista de Cão, os de cá perdem bastante. Não vou fabular em cima do que Galera esperava ou não esperava alcançar com Meia-noite, mas muito me parece um registro levemente biográfico e pessimista de um mundo que existiu e se apresentou como cheio de possibilidades mas agora está quase morto, com apenas uma pontinha de esperança acesa ao longe. A abertura da internet foi, de muitas maneiras, o desvelar de um projeto de mundo e vida mais justos e igualitários, o que anos depois se mostrou apenas ingenuidade. Pode ser uma sátira, no fim das contas, e eu falei um monte de bobagem, mas acho que não. O fato é que aquele Galera, mais próximo das expectativas ingênuas, escreve melhor que o pessimista.

Resenha no blog
168 reviews
March 30, 2023
If it could give it 3.5, I would.

This book is a weird one for me. It succeeds in being a pretty interesting character study. It also succeeds in humorously capturing some of the tedium and dread associated with the millennial population. However, it falls short in terms of plot and narrative. There are multiple small threads to follow, and they’re great. Overall, though, I finished this book with a feeling that I hadn’t really experienced much with it.

The characters are interesting in their various quirks and personalities. Ultimately, the general theme of wealthy urbanites being frustrated with the problems of modern city life is sort of a dead horse, but it was presented well here.

The death at the center of the story adds depth to it all, but it never feels fully explored.

Overall, Emiliano was the most compelling of the narrators (at least to me), but Aurora was also great. Antero’s one chapter just didn’t grab me the same way. (Also, if you’re making a book with multiple narrators, PLEASE mark the sections somehow so your reader doesn’t have to get multiple paragraphs in before they know who they’re hearing from.)

This wasn’t a bad read at all. It’s also not one I see myself thinking of very much in the future.
Profile Image for Thaís Freire.
45 reviews13 followers
February 12, 2019
Galera não é exatamente otimista, mas sempre em seus livros ele nos dá "pistas" de algo mais simbólico e positivo, com ares de sobrenatural. Isso acontece em "Barba Ensopada de Sangue" e em "Até o Dia em que o Cão Morreu", e acontece também em "Meia-Noite e Vinte". Na história, três amigos passaram a encarar sua própria mortalidade, imaturidade e escolhas de vida após a morte de um quarto elemento do grupo, o mais enigmático: Andrei, o escritor bem sucedido. A trama é contada a partir do ponto de vista dos três, que lidam com o fato de formas diversas mas que, no fundo, sentem a mesma coisa: uma espécie de "fim de mundo", um fim de ciclo. Recheado de nostalgia, o livro volta sempre às lembranças dos amigos que comparam a vida animada e cheia de expectativas que tinham quando eram responsáveis por um zine de sucesso em Porto Alegre, no fim dos anos 1990, contra a vida bruta e cheia de pequenas decepções diárias no contexto de 2014, logo após as grandes manifestações no Brasil. Dois dos personagens são mais interessantes, enquanto o terceiro, Antero, parece caricato demais para criar algum sentimento de empatia, mas todos cumprem uma boa função ao contar a história.
Profile Image for Jenny (knasentjej).
1,520 reviews23 followers
did-not-finish
July 12, 2022
Efter 24 sidor (= 12 %) ger jag tyvärr upp.

Boken är knepig, snårig och helt plötsligt svamlar den om saker som jag tycker verkar helt ovidkommande för handlingen. Det kan vara något typiskt för brasiliansk litteratur, men jag har läst för lite av den sorten för att uttala mig mer än så.

Jag fastnar inte alls för berättelsen utan tankarna svävar snarare iväg på andra äventyr. Då brukar det vara god tid att ge upp boken, vilket jag nu då gör.
Profile Image for Erika.
359 reviews4 followers
July 27, 2017
O segundo favorito, depois de Mãos de Cavalo. Gostei do uso da nostalgia e da tecnologia na narrativa.
Profile Image for matylda.
50 reviews
July 18, 2024
absolutely the fuck not. it had potential to be such a nice read, i really had good hopes that the book will get better. however, the excessive internet buzzwords and clear fetishes of the author are unbearable. i do not believe a 3-page description of one character looking up porn were necessary for the plot of the book.

stay away from the book, not recommended
Profile Image for Jo Ann.
24 reviews1 follower
October 5, 2025
Maybe this book just isn’t my genre, but it seemed pretentious, overly descriptive, with a cast the characters I just did not care about. The story takes place in Brazil with a group of millennials who have just lost one friend to murder, and the story tells about how they react to this murder. I just didn’t have any sympathy for them and just couldn’t come to care about the characters or the story.
Profile Image for Cristiano Carneiro.
96 reviews1 follower
October 18, 2016
Vários temas presentes nos livros anteriores do autor retornam aqui: a solidão, a dificuldade de comunicação entre as pessoas, a dicotomia entre a vida pública e a vida privada, etc.

É meio perturbador ler um retrato de sua própria geração como esse que o Galera construiu. Ao final fiquei com aquele gosto amargo de me perceber mais parecido com os personagens do que eu gostaria, principalmente em suas frustrações, em seu sentimento de insignificância.

Tenho curiosidade de saber como o livro soa para outras gerações, se ele funciona da mesma forma, ou se essa comunicação mais profunda só vai acontecer com pessoas que estão mais ou menos na minha faixa etária.
Profile Image for Mauro Amaral.
6 reviews3 followers
October 23, 2016
É 1999 e uma turma boa começa a criar os conceitos do que seria trabalhar com mídia digital. Pedro Ivo Resende, Flavio Salles, Pedro Milliet, Pedro Giglio e tantos outros.

Pouco tempo depois, 2005, estamos sentados em algum quiosque, acho que no Pepê, na praia da Barra do Rio de Janeiro. Nós somos eu, Alex Castro, Luiz Biajoni e Rafael Galvão. O plano: tomar de assalto a "early web" (na época era somente web...) com um projeto envolvendo literatura e monetização. Claro, ingenuidade pura e o papo não passou de alguns chopps quentes e ideias meio mornas. E não foi pra frente.

Depois vieram outros projetos e parceiros. Tentei montar um painel de jobs com o Cris Dias onde quem pagava era o contratante. Acho que vendemos um anúncio.

O bom e já velho (vintage...) Carreirasolo.org já tentou ser plataforma de comércio social e rede social, mas hoje segue consolidado como hub de conteúdo. E ajudou a formar uma comunidade que hoje pilota seus próprios negócios.

Até uma startup com Rafael e Fabiano que donos de cachorros recebiam em casa caixas com brinquedos para seus filhos de quatro patas, rolou.

(corte seco. respira)

Só não tinha uma obra que conseguisse capturar o espírito da época em que sites eram feitos à mão. E tudo parecia ser possível e promissor. Onde o bug do milênio assombrava e nos divertia a todos e "rings" de blogs eram feitos de forma orgânica. Aliás, só existia o orgânico.

Não tinha, mas agora tem. Daniel Galera com seu "Meia Noite e Vinte", consegue capturar o momento exato de formação das bases do que seria o universo digital, analisando o quase-fim de uma adolescência infinita de seu núcleo central, um grupo de amigos que criaram um e-zine de sucesso no final do século XX.

Em 2014, uns viraram publicitários caçadores de tendências e altamente cínicos, outros, pesquisadores frustrados que não compreendem a política do mundo acadêmico, outros ainda, freelancers. E o mais talentoso deles, morreu.

Acompanhá-los é ficar preso (por alguns minutos ou eternamente) nos primeiros anos que descrevi acima. É ser levado de volta, vá lá. E, até por isso, indico a todos os que viveram os primeiros anos do mundo on-line. Principalmente se eles foram os últimos.

Para você que chegou depois, esqueça. Não vai fazer sentido.

Até por isso, considero o Meia Noite e Vinte uma boa obra, um bom retrato. Mas não a obra definitiva.

Essa, bem, ainda aguarda seu porta-voz.
Profile Image for Newton Nitro.
Author 6 books111 followers
April 4, 2017
Existe um tipo de literatura que parece tirar sua força do modo como registra com detalhes um "espírito de época", permitindo ao leitor de perceber, através da narrativa, como é estar vivo em um determinado tempo e espaço. Uma literatura de "zeitgeist", onde o escritor procura passar, com o máximo de detalhes possíveis, a sensação de vivenciar uma determinada realidade, de fazer parte de um universo particular.

"Meia-Noite e Vinte", assim como a literatura de Daniel Galera, tem esse foco, esse impulso de passar para o leitor como um grupo de personagens frutos da geração que se tornou adulta junto com o nascimento da cultura digital da internet, encara suas primeiras crises de meia-idade, dentro de uma vida urbana de classe média brasileira com todas as suas complexidades e contradições.

Mesmo com a trama percorrendo o mistério de uma morte, o que mais gostei, e o que sempre curto na ficção do Daniel Galera, é o hiperealismo detalhista que irrompe na prosa e fragmenta a percepção, as gavetas de detalhes que se abrem, adensando os persoangens, introduzindo discussões interessantes, e registrando a intimidade de trintões da geração X nessas primeiras décadas do século XXI.

Gostei demais do livro, é muito denso, aborda uma quantidade absurda de temas em poucas páginas, e curti muito os detalhes e tangentes, como os lances da biologia da cana de açúcar, a relação de Sade com publicidade e pornografia online, etc. O registro das Jornadas de Junho de 2013 ficou muito bom, pegou bem a sensação daquele momento, de revoltas múltiplas misturada com catarse nacional e mistureba ideológica que tomou as ruas, interpretadas pela visão de um dos protagonistas.

Sei que tem muito de biografia e de registro da geração literária digital representada pelo Galera, a Averbuck e outros misturados na ficção do livro. Eu participei como leitor desse período do Cardoso Online e do blog da Brasileira Preta, mas estava envolvido em diversas listas de discussão e criação literária pelo Yahoo, blogs de RPGs e o escambau, e me lembro de como era doidimais esse período selvagem da net, no final dos anos 90. Recomendo para quem se lembra dessa época, a nostalgia é terrível!

Fica a recomendação, gostei pacas, e o final me pegou de jeito!
11 reviews
June 26, 2018
Nähe – Fremde – Gegenwart
„Die Moral von der Geschichte war, dass man hochhalten müsse, was uns zu Menschen machte, und dazu gehörte auch die Angst vor dem Tod und der Apokalypse.“ Vielleicht bringt genau dieser Satz aus Daniel Galerals neuem Roman So enden wir die Erzählung auf den Punkt. Dieses Buch mit dem unscheinbaren und zunächst etwas kryptisch erscheinenden Cover bietet maximalen Inhalt bei nahezu minimaler Handlung. Galera hat nach seinem ersten deutschsprachigen Roman Flut (2013) ein Werk geschaffen, das der Gegenwartsgesellschaft den Spiegel vorhält, indem es die Frage nach der Authentizität des Einzelnen sowie der Beständigkeit von Kultur, Denken und Existenz der Welt in Zeiten von Big Data, Globalisierung und Klimakatastrophen stellt. Doch es ist auch ein Roman, der versucht, das verworrene Geflecht zwischenmenschlicher Beziehungen näher zu beleuchten, der das Erinnern und alles Vergangene feiert und vor allem aber den Kampf zwischen den Idealen der Jugend und denen des Erwachsenseins beschreibt.
Galera malt mittels seiner abwechselnd erzählenden Protagonisten Aurora, Emiliano und Antero, die sich auf der Beerdigung des gemeinsamen Freundes Duque nach fünfzehn Jahren wiedertreffen, ein düsteres Bild und wählt als Schauplatz hierfür ausgerechnet seinen eigenen Wohnort, die Stadt Porto Alegre aus, die er detailversessen und mitunter beinahe obsessiv in all ihren heruntergekommenen und kriminellen Facetten beschreibt. Mit Duques Tod und dem Wiedertreffen der Protagonisten beginnt die nicht enden könnende Erinnerung an die gemeinsam erlebten Studienjahre in den 90er Jahren. Es sind Erinnerungen an die gemeinsame Zeit in der Redaktion ihres Online Fanzines Orangotango, Erinnerungen an den Glaube an eine Zukunft, in der das noch in den Kinderschuhen steckende Internet alles möglich machen könne und vor allem sind es Erinnerungen an Zeiten voller Partys, Drogen, Sex und Weltverbesserungspläne.
Inzwischen haben sich jedoch alle drei, mittlerweile Ende dreißig, von ihren Träumen und Illusionen der Jugend verabschiedet und blicken mit Frustration auf die Gegenwart, die in ihren Augen nur der Beginn sein kann „einer langsamen, irreversiblen Katastrophe.“ Sinnbildlich hierfür steht die Stadt Porto Alegre, in der sich Hitze und Gestank wie in Zeiten des Mittelalters über die Stadt zu legen scheinen. Keiner der drei will verständlicherweise an diesem lebensfeindlichen Ort bleiben, doch man fragt sich nach der Lektüre, ob sie denn überhaupt noch leben wollen. Alles scheint falsch an dieser Gegenwart und auch wenn es Galera gelingt, an diesen Stellen Raum für die großen Gesellschaftsfragen der Zeit aufzumachen, so wird doch auch klar, dass es hier noch um etwas anders geht: Den Kampf zwischen Jugend und Erwachsensein. Verzweifelt wird hier versucht nach den einstigen Idealen zu streben und die Vergangenheit in der Gegenwart noch einmal auszuleben, doch ebenso verzweifelt müssen die Freunde feststellen, dass diese Ideale nicht mehr in die Gegenwartsgesellschaft hineinzupassen scheinen.
Auf eine brillant-indirekte Weise gelingt es Galera, diesen Kampf durch eine Ambivalenz in der Sprache auszudrücken. Da ist zum einen die mitunter komplexe Syntax, welche überwiegend die kausalen, vernunftgeleiteten Gedankengänge eines Erwachsenen nachzuzeichnen vermag und zum anderen jedoch lassen sich in genau jenen Satzgebilden jugendsprachliche Begriffe wie „ficken“ und einen typisch jugendlichen Sexismus finden, der in einigen Passagen zwar fehl am Platz wirkt, an anderer Stelle aber geschickt auf den Wunsch der drei Protagonisten verweisen, sich die verlorenen, avantgardistischen Jugendideale zu bewahren und wenigstens in Gedanken so zu sein wie früher. Im Verlauf wird aber immer deutlicher: Dieser Kampf ist verloren. Ausbruchversuche aus der durch Massenmedien geformten Normalität und deren Oberflächlichkeit sind kaum mehr möglich. Antero bringt es auf den Punkt: „Die Zeiten, in denen ein Mensch andere schockieren kann, sind vorbei.“ und „Unaufrichtigkeit ist in ihrer reinsten Form die Ästhetik der Zukunft.“ Man gewinnt den Eindruck, dass die drei ehemaligen Freunde, dessen Verhältnis über die Jahre doch etwas gelitten hat, aufgrund des permanenten Abschweifens in Erinnerung eigentlich mehr in der Vergangenheit leben als im Hier und Jetzt. Während die Erinnerungen immer bunter und ausschweifender werden, fährt die Handlung in der Gegenwart bis zum unvorhergesehenen Schluss des Romans beinahe auf den Nullpunkt und dient nur dazu die Jugend noch einmal zu wiederholen, was mit Auroras ungeplanter Schwangerschaft und Anteros verantwortungslosem Verhalten in die Katastrophe führt. Ob von Galera beabsichtigt oder nicht: Hier entwickelt der Roman eine belehrende Wirkung. Wer in der Vergangenheit lebt, negiert die Gegenwart und Zukunft und zerstört und manipuliert sie mitunter sogar.
Galera trifft die Gegenwart an ihrer vielleicht empfindlichsten Stelle: Ihrer Oberflächlichkeit. Was verbirgt sich denn noch hinter einer Gesellschaft, in der Schönheit massenmedial genormt wird? Im Zeitalter von Photoshop und Fakenews sehnen sich die Enddreißiger nach Authentizität und treffen damit vermutlich das Lebensgefühl so einiger Menschen, die mit Polaroidbildern und verpixelten Videos aufgewachsen sind. Die Oberflächlichkeit ist jedoch kein kollektives Phänomen, sondern findet auch Einzug auch auf Individualebene, in direkter zwischenmenschlicher Beziehung und hat genau dort vielleicht ihren Ursprung. Mittels seiner Protagonisten und der wechselnden Erzählhaltung zeigt Galera uns, wie wir aus der Oberfläche eines Menschen, seinem Öffentlichkeitsauftritt in sozialen Netzwerken auf dessen Charakter und seinen Gefühlszustand schließen und uns ein fatal oberflächliches und zumeist falsches Bild machen. So fügen sich die drei ehemaligen Freund in ihrer mangelnden Kommunikation und ihrer Verschwiegenheit letztlich doch ins Bild der Zeit ein, obwohl keiner der drei sich dies einzugestehen vermag. Es scheint beinahe, als habe Galera das Geheimnis zwischenmenschlicher Nähe in der Gegenwart auf eine düstere Weise gelöst: Wir begegnen einander, betasten die Oberfläche des jeweils anderen, glauben, dass unsere Twitter-Follower unsere Freunde sind und leben letztlich ohne echte Kommunikation und Nähe immer mehr aneinander vorbei, einander ein ewiges Geheimnis bleibend und sterben schließlich geistig einsam.
Am Ende bleibt die beklemmende Frage: Wollen wir so enden?
Zum weiterlesen: https://www.suhrkamp.de/buecher/so_en...

This entire review has been hidden because of spoilers.
Profile Image for Ízargos.
135 reviews6 followers
February 5, 2017
Ano passado a leitura de virada de ano foi Barba Ensopada de Sangue e esse ano calhou de ser um livro do Daniel Galera.

Eu adorei BEdS. Tava com muita expectativa pra ler Meia-noite e vinte e o que posso falar, tendo terminado de ler há poucos minutos é que me sinto frustrado. Frustrado porque esperava um livro tão bom quanto o anterior .

A escrita do Galera continua linda e gostosa. Acontece que varias vezes eu meio que me perdia na estória no meio de tanta divagação. Começava uma estória, no meio da narrativa uma divagação, me perdia e depois de um tempo quando voltava pra estória eu já tinha esquecido o que ele tava narrando.

Tirando isso eu admiro como ele escreve bem, como faz com que um acordar, abrir a geladeira e tomar um café da manhã soe poético!

Apesar de não ter gostado da estória deste livro, ter dado 3 estrelas por causa da escrita, eu adorei ter lido BEdS e pretendo ler mais dois livros do autor que já tenho em casa pra saber se ele entra para minha lista de autores favoritos ou pra lista de bom autor.
Profile Image for Zoni.
Author 5 books26 followers
January 31, 2018
Eu comecei a ler esse livro em setembro de 2017, porém, só tive disposição para terminar o mesmo agora esse ano. E que livro chato, hein? Não me lembro de muita coisa quando comecei esse livro, mas tenho certeza que quando o comecei já me bateu a decepção. Galera, nos da uma história tão lenta, chata e sem propósito que fica difícil de entender.

Durante toda a leitura eu senti que não fazia sentido, nada na história me atraiu, a escrita é genérica e não tem nada de novo ou marcante. Os personagens são distantes, vazios e não nos deixam conhecer. A coisa mais chata do livro são as mudanças abruptas de narração e personagens, isso me deixava perdido e confuso.

Já tinha visto outras pessoas falarem mal de outros livros do Daniel Galera, mas ainda assim dei uma chance para esse livro, e bem, não rolou. É um péssimo livro, já que tem quinze páginas de história e o resto de narrações desnecessárias.
Profile Image for Danielle Gilaberte.
74 reviews
May 24, 2018
Surpresa em encontrar aqui a salvação pela conquista de uma energia que brota mesmo que "à nossa revelia", a descoberta da magia e da beleza inocente em meio à realidade que se diria sórdida. A pureza que não vive das expectativas cínicas dos nossos projetinhos tão adultos - frente a ela, o mundo não merece o fim do mundo.
Profile Image for Leslie.
723 reviews20 followers
January 5, 2021
Thanks to NetGalley and Penguin Books for the digital galley of this book.

Aurora, Antero, and Emiliano, kids of the 90s, were promised the world with the advent of the internet age. Now in their 30s, they are struggling with adulting and faced with a digital world only interested in the capital their desires can bring. Is there anything left to believe in, or were we doomed from the start?

I almost stopped reading this several times. The summary promised, “pre-apocalyptic tale of millennial longings,” a book about my generation, the first children of the digital world, promised so much, and disappointed by a broken world. What I got more than was overly-long, blunt descriptions of porn, masturbation, and meaningless sex. Sure, we’re way more sex positive than previous generations, but that’s not the only thing we care about, at least not in my experience, though even in the portions of the book I enjoyed, it permeated every facet of the story.

It’s seems a bit uninspired, and I was expecting a little more. Though there is a gay man in this book, it has been a minute since I read a book about largely straight, white, millennials, so that could have been my bad for expecting something deeper. I stuck with it to the end, because it was short, but it was difficult for me to identify with the characters, and the shallowness of at least one of the characters did nothing to endear me to them.

The characters try so hard to be unflinchingly “real,” but their sterile narratives seemed unrealistic to me. perhaps they are resigned to the disappointment of a world they expected more from, that their lack of depth is intentional. Interesting approach, but the reader should still feel something for characters, and I never warmed up to them.

I was grateful for the POV changes, and the section of the book about the woman at least explores the issues such as women who prioritize their careers, access to and the need for abortions. I identified with her more than the other characters, and perhaps if her narrative led the novel, I’d have enjoyed it more, but by the time I got to her, I had already been turned off by the entire thing, and it was hard to refocus and try to enjoy it.

I could have totally missed the point, so don’t let this review sway you if you might identify with a disenchanted generation with little hope, trying to find some meaning and put the pieces of broken promises back together.
Profile Image for João Lourenço.
25 reviews2 followers
September 29, 2016
Lembro a primeira vez que vi o filme Blade Runner, e o impacto que causou em mim. É evidente que a história, a fotografia, efeitos, atores e direção perfeitas já são motivos suficientes. Mas a cada vez que revejo o filme percebo algo novo, além de quando descobri o real motivo do impacto principal.

Falo isso porque hoje sei que, pessoas, livros, filmes, vinhos e qualquer coisa que possa ser considerada interessante e muito boa tem densidade. Tem muitas e muitas camadas, nunca se consegue ter todas as possíveis interpretações e entendimentos. E sempre tem algo novo a perceber.

Daniel Galera é um escritor paulista que cresceu em Porto Alegre, isso é mais que evidente nos seus livros. Sempre imaginei ele um escritor da tal de literatura pop, mas percebo que não. Estão lá as referências a cultura pop, o texto é direto, mas ele não quer ser amiguinho do leitor, ser simpático e popular.

Sua escrita é extremamente detalhista e cheio de referências locais, produzindo verdadeiros mapas de Porto Alegre, tudo tem data definida. Não escreve como um roteiro de filme, ele escreve livros. Já vi ele dizendo, em entrevista, que isso vai contra as expectativas das editoras nacionais.

O livro fala de uma turma de quatro amigos que fizeram e agitaram a literatura digital no final do século passado, desbravando um terreno inexplorado, que era a internet na época. Muito a ver com o autor.

Três deles se reúnem após um longo tempo, em função da morte do quarto amigo. O livro é narrado em primeira pessoa sob o ponto de vista dos três sobreviventes. Mesmo sendo pessoas distintas em gênero e opções sexuais a narrativa é similar sob o ponto de vista técnico.

Li um outro livro meio parecido (narrativa em primeira pessoa de três personagens), também de um gaúcho, mas esse outro autor tenta mostrar intimidade com um mundo que conhece, mas não é o seu, não consegue dar profundidade ao texto e personagens. Já Daniel, cria personagens quase esteriótipos, mas possíveis.

Toda essa aura apocalíptica, que percebemos, pelo menos eu percebo, está no livro e está nos personagens, com visões talvez diferentes. Violência, aquecimento global, polarizações, raiva, conflitos, solidão, narcisismo..

Anotei muitas coisas e marquei muitas páginas, um exemplo: “Vislumbrei com nitidez o caleidoscópio de vídeos virais, hashtags e ações de mídia que diriam àquelas pessoas o que elas desejavam ouvir a respeito de si mesmas.” Pensamento do personagem publicitário e transgressor falando sobre as manifestações de 2013.

Uma das camadas do livro que percebi e é um assunto que me ronda faz bastante tempo, é sobre uma possível causa dessa aura apocalíptica, de polarizações e nervos a flor da pele. O planeta não aguenta mais tanta gente! Um dos personagens, o mais perturbado com isso, é uma bióloga que pesquisa e tenta ver na ciência uma possível saída para alimentar o mundo, mas não consegue acreditar que sempre terá uma saída para o crescimento demográfico, pela exploração dos recursos finitos. Vem a tona o caos consumista que estamos e a euforia de uma felicidade artificial.

Outra visão, principalmente expressa no personagem publicitário, é que perdemos todas as nossas referências rápido demais, a religião se diluiu, o estado ruiu, a visão de comunidade, clã, família, ruiu. Os substitutivos para esses apaziguadores de solidão e sentido de vida, vieram embalados por ações de marketing, só que a bolha não está aguentando, estamos diante de uma ruptura. O solo está tremendo, não sabemos onde ele vai se abrir, mas uma hora vai, por mais que busquemos distrações.

Um insight que tive, foi sobre a falta de profundidade, de personalidade das pessoas. Sempre houve, só que hoje existem muitos mecanismos para unir essas superficialidades. Unem-se facilmente pessoas vazias diante de assuntos toscos, como se fossem cardumes. E o comportamento desses grupos homogeniza mais ainda essas ações, criando monstros muito poderosos. E o consumo está de olho nisso, moldando e alimentando mais ainda esses monstros.

Muitas e muitas coisas poderia falar, mas fica para outra. Gosto muito do autor e de seus livros, mesmo tendo personagens, histórias e ambientes, foge-me a palavra, mas diria na linguagem do vinho, com um tanino meio duro, ou na linguagem de filtros de imagem, com um contraste meio estourado.
Profile Image for Zeka Sixx.
Author 4 books2 followers
December 18, 2023
Entendo quem não tenha achado o livro grande coisa, parece-me realmente que não é uma leitura que desperta o interesse de todos. Para mim, foi algo viciante, até mesmo pela minha familiaridade com o universo do livro: a cidade de Porto Alegre - e sua assustadora decadência, aqui brilhantemente retratada -, a "midlife crisis" antecipada da minha geração - a única a abraçar o mundo pré e pós-internet com a mesma intensidade -, as lembranças dos sonhos dos jovens e da vibrante vida noturna da cidade no final dos anos 90 e início dos anos 2000, as referências ao mítico e-zine Cardosonline...
Galera talvez tenha mirado em um grupo seleto, mas ao acertá-lo, acertou em cheio, criando uma narrativa fantástica.
Sim, os personagens são um tanto clichês. Mas não somos todos nós, no fim das contas, clichês ambulantes, de certa forma?
Meu único porém ao livro é que ele poderia ser melhor desenvolvido: parece que acaba quando a história vai engrenar de vez, deixando um gosto de "quero mais" após tantas páginas desenvolvendo tão bem os personagens e o cenário. Senti que havia história para mais umas 50 ou 100 páginas, tranquilamente.
Profile Image for Hilário Souza.
69 reviews16 followers
April 7, 2019
Tem alguma coisa nos romances do Galera que eu ainda não consegui identificar, mas que sempre me fazem retornar aos livros dele. Talvez seja a construção das personagens extremamente bem elaborada, a trama simples e instigante, os diálogos críveis e no tom certo, o ambiente criado e que eu sempre sinto falta depois que viro a última página. A sensação que eu tive ao terminar este livro era de que adoraria ficar mais tempo com os personagens nessa história, seja em uma possível sequência, surgindo aleatoriamente em outros romances, numa série pra TV. Os escritos do Galera me lembram muito roteiros de cinema, inclusive, e as referências utilizadas me situam perfeitamente no tempo e espaço onde tudo acontece. Não é um livro perfeito, longe disso. Mas eu gosto que só e recomendo a (quase) todo mundo!!! :)

- Possível problema: as referências ajudam a situar, mas podem também datar o livro. Penso que seja intencional, algo já pensado pelo autor. É possível. No entanto, daqui uns tempos um leitor talvez se questione o que é uma coisa ou outra que aparece na história. Resta saber como o livro vai amadurecer ao longo dos anos.
Profile Image for Aline Job.
Author 2 books9 followers
July 26, 2017
Um bom livro, com uma narração que envolve a leitora, mas, apesar disso, nada muito memorável. Nem sempre as vozes das personagens são muito identificáveis no início de cada parte; é preciso avançar a leitura para que alguma pista identifique o narrador do trecho em questão. O pano de fundo da história (o passado conjunto das personagens) é um pouco autobioficcional (inventei agora), já que o Galera teve uma turma de amigos que escreviam um zine na época em que a internet era tudo mato. São muitas referências identificáveis para uma geração que, agora, está entre 30 e 40 e tantos anos, mas também um pouco mais jovem, com referência a jogos e a narrativas em jogos. Leitura válida, até pelo fato de que desconstrói essa ideia de que a literatura precisa de grandes histórias. Temos um evento particular que marca a vida das nossas personagens, mas as vidas delas continuam da forma mais realista possível, sem nenhum fechamento literário usual, apenas seguem. Recomendo.
Displaying 1 - 30 of 91 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.