A primeira vez em que Isak viu Martino, não pensou que eles se tornariam tão amigos. Anos depois é que percebeu que se aproximar de Martino era uma coisa óbvia, natural, que aconteceria em sua vida. Não apenas porque Isak era o único da turma dos dois que sabia a língua de sinais e, por consequência, o único que conseguiria se comunicar claramente com Martino, mas também porque eles eram parecidos demais para não se aproximarem.
A primeira vez em que Isak viu Martino, ele não se chamava Isak. As pessoas o chamavam por outro nome, outro gênero. Um que não era e nunca foi o seu.
A primeira vez em que Isak viu Martino, não imaginou que iria se apaixonar tanto assim por ele.
"Ele é calmo, como eu soube que seria. Tudo nele sempre foi calmaria. Calmaria e conforto. Calmaria e conforto e amor. Calmaria e conforto e amor e casa. É esse o gosto dele. A essência dele."
estou encantada com esse livro. podemos contar com representatividade surda, trans e pan. QUER SURRA DE REPRESENTATIVIDADE? ENTÃO TOMA !
a escrita é incrível, leve e fluida, o desenvolvimento dos personagens é maravilhoso, apesar do livro ser curto. estou simplesmente apaixonada por isak e martino ❣
ps: o martino de coque, gente fiquei imaginando... que homem 😋
gostei da história, gostei dos personagens, achei a forma como eles se conheceram e tudo muito fofo, mas não consegui gostar da maneira com que a história foi contada. Gosto de histórias que posso ir descobrindo junto com os personagens, mas em Camomila com 37% da leitura já era previsível o fim, e disso eu não curti. Não curti também a escolha de frases curtas durante todo o conto, senti que jogava os sentimentos mas não eram desenvolvidos. Meu problema não é ser curto, já li diversos contos e não é essa minha questão, é mais sobre a escolha estilística.
mas de todo modo é uma história fofa e leve, de personagens gostáveis, e que vale a leitura
Bem legal! A escrita é MARAVILHOSA e acho que isso segura muito. É um conto que abarca um período longo de tempo e vários acontecimentos, então acho que poderia ter ficado bem tosco se não fosse a forma da escrita.
As questões não são super explicadas, o que acho bom. Não se explica porque capacitismo é ruim ou porque trans tem que ser respeitados, etc. Isso é óbvio e é tratado como óbvio.
O discurso do Malvino é lindo.
Só queria um pouquinho menos de drama pra ter um pouquinho a mais de romance <3
8:56 da manhã eu ainda não fui dormir porque eu tava CHORANDO GRITANDO SOFRENDO por esse conto.
eu não consigo acreditar até agora o quão linda é essa história, e quando eu digo que chorei eu REALMENTE chorei. e ri. e me senti orgulhosa. e me senti feliz. e me senti triste. e me apaixonei por cada detalhe.
agora são 8:57 e eu quero muito um chá de camomila, e eu nem gosto de chá. mas o chá do martino parece muito bom.
Outro livro que por influência da Ju e amei demais, comecei sem saber do que se tratava e sai com quentinho no coração, totalmente apaixonada por essa história. A amizade desses dois personagens e a representatividade que ambos carregam é sensacional! Me lembrou a vibe de "Extraordinário" mas ainda melhor, é um livro nacional com representatividade LGBTQIA+ e fala sobre inclusão de não ouvintes.
Perfeição! A escrita e os personagens são muito envolventes, não parei de ler até terminar. A história é uma fofura, super adorável. Tudo combinou perfeitamente, uma maravilha. Amei, recomendo demais.
Tão bom quanto um golinho de chá no frio. Sério, dá vontade de ser amiga dos dois personagens e abraça-los bem apertado! Acaba mega rápido deixando o leitor com um gostinho de quero mais, mesmo que extremamente satisfeito. Recomendo horrores!
que história mais gostosinha de ler !!! me identifiquei demais com isak e queria só proteger o bichin <3 desejei que a história continuasse e se densevolvesse mais, falando um pouco mais da questão familiar e até mesmo da relação com o martino
Fofo e quentinho. Gostaria que tivesse sido mais longo para poder desenvolver melhor a história e talvez ser menos óbvio. Mas foi uma ótima leitura de fim de tarde. Combina com um cházinho e bolo.
A história de como uma amizade feita na infância e anos depois, após tantas mudanças, o relacionamento se transforma em amor na época da faculdade. Além disso, há uma excelente jornada de descobrimento do protagonista em ser tanto trans e pansexual e seu amigo em ser um jovem gay. Gosto bastante de como a não-conformidade de gênero e a surdez e linguagem de sinais está presente em toda a história, mas não são necessariamente o foco dela. O desenvolvimento do relacionamento desses dois jovens é o ponto principal e é feito da forma mais sensível e confortável possível. Outro elemento interessante da história é como os sentimentos deles em nenhum momento é visto como “menor”, por serem sentidas por jovens – e é na faculdade, com seu círculo social se expandindo, que eles podem se sentir mais confortável consigo mesmo e não depender completamente do amigo/interesse romântico.
Li esse conto ontem para uma leitura coletiva do clube Lendo Com as Poc's, que propõe leituras de livros e contos com protagonismo LGBT. Eu não tinha lido a sinopse, embora o conto já tivesse aparecido várias vezes para mim como recomendação de leitura enquanto navegava pela Amazon. Não sabia do que a história se tratava, e acabei me surpreendendo bastante. A primeira surpresa que tive foi com a representatividade surda. Se pessoas LGBT se sentem pouco ou mal representadas na mídia, pessoas com deficiência também têm as suas lutas para serem vistas e percebidas além da deficiência. Por ter certa noção disso é que fiquei muito feliz de encontrar uma história com personagens que surdos que são apresentados com pessoas com desejos, sonhos, personalidade e gostos próprios - como qualquer personagem deve ser representado - e que não são definidas apenas pela deficiência. Claro que Martino e Isak só se aproximam pelo fato de Isak ser a única pessoa no colégio que pode se comunicar com Martino em LIBRAS, além de sua intérprete, mas a sintonia que os dois estabelecem um com o outro é profunda, sincera e muito bonita, e ao longo da história, fica evidente que eles sabem se compreender e comunicar mesmo sem os sinais. As descobertas de ambos os personagens sobre sexualidade e identidade de gênero são apresentadas de forma singela, e me agradou muito ver como esse conhecimento de si mesmo, no caso de Isak, consegue dar fim à angústia e deslocamento que o personagem apresentava desde o início. Também me chamou a atenção o fato de a narração (em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Isak) evitar o uso de adjetivos e substantivos com marcação de gênero até o momento em que Isak se dá conta de que é um garoto e assume isso. Achei muito simbólico e bonito. Não quero me alongar mais, porém preciso dizer que foi uma leitura linda, sensível e que me conquistou desde o início. No fim, eu só queria poder abraçar Isak e Martino.