Depois de atacarem Pearl Harbor e invadirem Hong Kong, os japoneses cercam Macau. Com o inimigo às portas, o novo governador, Artur Teixeira, tem de enfrentar a maior ameaça ao império português durante an Segunda Guerra Mundial. Diante dele está o coronel Sawa, o violento chefe do Kempeitai, que ameaça invadir a colónia portuguesa na China. Para salvar Macau, o governador conta apenas com o seu engenho - e a ajuda de um punhado de homens e mulheres, incluindo a própria concubina do coronel Sawa, a chinesa Lian hua. Tudo se complica, no entanto, quando se apaixona por ela. Amor e guerra no choque de impérios. A Macau dos juncos e das sampanas, dos casinos e do ópio, do Leal Senado e da Praia Grande, do Fat Siu Lao, do Grémio Militar e do Clube de Macau, do Porto Interior e da Porta do Cerco, dos riquexós, dos contrabandistas chineses e das dançarinas russas, do mahjong e da corrupção, do patois, das canções de Art Carneiro e dos jogos de hóquei na Caixa Escolar.E dos refugiados, dos bombardeamentos e da fome. Baseado em acontecimentos verídicos, A Amante do Governador resgata os dias de Macau sob cerco japonês e mostra como Portugal manteve a única bandeira ocidental hasteada no Extremo Oriente durante toda a Segunda Guerra Mundial. O grande romance português está de volta com a assinatura de José Rodrigues dos Santos, o mestre das nossas letras.
José Rodrigues dos Santos is the bestselling novelist in Portugal. He is the author of five essays and eight novels, including Portuguese blockbusters Codex 632, which sold 192 000 copies, The Einstein Enigma, 178 000 copies, The Seventh Seal, 190 000 copies, and The Wrath of God, 176 000 copies. His overall sales are above one million books, astonishing figures considering Portugal’s tiny market.
José’s fiction is published or is about to be published in 17 languages. His novel The Wrath of God won the 2009 Porto Literary Club Award and his other novel Codex 632 was longlisted for the 2010 IMPAC Dublin Literary Award.
His first novel, The Island of Darkness, is in the process of being adapted for cinema by one of Portugal’s leading film directors, Leonel Vieira.
José is also a journalist and a university lecturer. He works for Portuguese public television, where he presents RTP’s Evening News. As a reporter he has covered wars around the globe, including Angola, East Timor, South Africa, the Israeli-Palestinian conflict, Iraq, Bosnia, Serbia, Lebanon and Georgia. He has been awarded three times by CNN for his reporting and twice by the Portuguese Press Club.
José teaches journalism at Lisbon’s New University and has a Ph. D. on war reporting.
Foi o segundo livro do José Rodrigues dos Santos que li. Confesso que sempre tive alguma desconfiança relativamente às suas obras pelo tamanho e pela frequência com que são publicados. Fui no entanto atraído para este livro devido ao seu enredo ter lugar em Macau, um sitio onde passei dois meses acabando por estar bastante inteirado da sua arquitetura e cultura. Capaz de ser uma opinião um pouco biased por estes motivos, acabei por gostar bastante do livro.
Se a memória não me falha, comecei a ler José Rodrigues dos Santos em 2014. Hoje, terminei o meu décimo terceiro livro. Recordo-me de finalizar As Flores de Lótus e sentir-me imensamente frustrada por, sem saber, ter embarcado numa trilogia onde os restantes livros ainda não tinham sido publicados! Quem nunca, não é verdade? Com ele sou assim, compro à confiança e, por vezes, nem leio as sinopses para não ter qualquer tipo de spoilers. Tem uma capacidade para entreter e ensinar simultaneamente como nunca vi, o que me faz, dizer com orgulho, que o que é nacional é bom e recomenda-se!
Esta Trilogia do Lótus aborda várias ideologias muito presentes no século XX, tais como o socialismo, o comunismo, o autoritarismo, entre muitas outras. Alberga a história de quatro países, Portugal, China, Japão e Rússia, e por cada país há uma personagem principal, Artur Teixeira, Lian-Hua, Fukui Satake e Nadezha Skuratov respectivamente, que não se conhecem mas, devagarinho, interligam-se e mostram-nos a triste realidade daquela época. Todos têm vidas e estatutos diferentes mas todos sentem o massivo efeito das guerras. A Amante do Governador é a sequela desta trilogia. Que nos faz reviver estas quatro personagens incríveis mas, desta vez, num cenário completamente diferente. Tudo culmina em Macau. Estamos em 1940, Artur torna-se governador da colónia portuguesa e conta com Jorge Lobo para ser o seu braço direito na governação do território. Juntos terão que lidar com a opressão japonesa sobre Macau, o sufoco de refugiados oriundos da China, a crise alimentar que se abate sobre a colónia e mais mil e uma situações que surgem no decorrer da história. Mas há sempre espaço para o amor e Artur, eterno galã, apaixona-se por uma das concubinas do coronel japonês Sawa. As implicações políticas deste relacionamento são enormes, amante da senhora do prazer do inimigo? Têm mesmo que ler para descobrir como tudo isto acaba!
Mas há mais, muito mais! Fukui é agora cônsul do Japão e Nadezha embarca num navio, que parte de Hong Kong rumo a Macau para ir trabalhar para o Hotel Central. Mas isto não é assim tão simples como parece, para se ter tem que se merecer! Como irá Nadezhda, sendo russa, provar que é digna de entrar na colónia portuguesa?
Uma história pormenorizada que nos transporta totalmente para o meio do enredo. Com José Rodrigues dos Santos já assumo que irei me deparar com grandes quantidades de informação por ser inspirado em factos verídicos e, de facto, confirmou-se. Achei as duas primeiras fases do livro um pouco aborrecidas por encontrar texto extenso sobre momentos marcantes reais e por centrar-se muito em torno do mesmo assunto. Poderia ter sido mais resumido ou mais repartido, pois tudo avançava lentamente. Mas a terceira fase, meu deus! Valeu pelas outras duas! Foi tanta surpresa atrás de surpresa que ainda não sei como lidar com tudo isto!
Maravilhoso, épico. Digno da prequela da trilogia. Envolvente, esclarecedor. É impossível ficar indiferente. Na alegria e na tristeza até que o fim nos separe. Fica a memória de uma bela história muito bem contada, como o autor já nos habituou. Obrigado JRS. Até ao próximo épico.
Темата на книгата е много нетипична, което я прави любопитна (Втората световна, Макао-Португалия-Япония). Хареса ми като цяло, имам проблем само със спънатия език на автора (преводачката не е виновна в случая, даже смятам, че е особено талантлива). Текстът ти дава понякога едно странно чувство, че читателят е силно подценен, сякаш не можем сами да си извадим изводите от този или онзи разговор. Отделно Сантуш звучи като човек, който е писал по времето на Агата Кристи, не мисля, че е задето действието в книгата му се развива през 40-те. Но няма значение. Книгата е приятно предизвикателство, откроява се като тематика и е любопитна.
Португалецът се впуска в област, която традиционно сякаш свързваме с романите на Клавел и основно иконичния “Цар Плъх”, който се развива именно след падането на Хонконг и Сингапур. Той обаче съсредоточава действието си преди това, но наблизо – в португалската колония Макао, която се оказва неутрална точица сред бушуващата война в Китай. Японците са обкръжили колонията, воюват с китайците, а на хоризонта вече се очертава нефтеното ембарго и прякото му следствие – атаката над Пърл Харбър. Сантуш проследява пристигането на новия губернатор в колонията, първите му сблъсъци с японците, опитите да защити независимостта на колонията и да спаси португалските жители на Хонконг след нападението над него.
Como sempre digo, o JRS não é o autor dos meus livros preferidos mas é sem dúvida o meu escritor preferido. A capacidade que ele tem de ensinar e entreter ao mesmo tempo é algo que consegui encontrar em muito poucos autores. Este livro é uma sequela da Trilogia de Lótus. No fim de ter lido a trilogia senti que faltava algo... Esse algo foi dado aqui. Não é dos seus melhores romances históricos, mas gostei 🙂
O problema de se escrever ficção com base em factos verídicos é que não temos nem uma coisa nem outra. JRS já nos habituou a uma escrita fluida que consegue manter o leitor num ritmo bastante rápido de leitura. No entanto cada vez fico mais com a ideia que o mesmo livro poderia ser escrito com metade do tamanho. Este em particular tem uma primeira metade que é verdadeiramente aborrecida, o terceiro quarto agarra efectivamente o leitor porque representa efectivamente o núcleo central da história que se pretende contar mas acaba num final muito xoxo e com pouco sal. Com "A Filha do Capitão" a bitola dos livros de JRS regem-se por esse nível ao qual o autor ainda não conseguiu voltar.
Във втората част войната вече се вихри, а тепърва предстои преминаването на инициативата от ръцете на японците в американските – Сантуш обаче не я проследява хронологично, по-скоро прескача през времето, за да покаже различни моменти от противопоставянето между японците и португалците, онагледени основно в битката на воля между жестокия полковник Сава, който жадува да му бъдат развързани ръцете и да се разправи с Макао, и губернатора Артур, който успява както да помага на съпротивата, така и да защитава поверения му глад, макар в него да върлува жесток глад.
Новият роман на Жозе душ Сантуш ни пренася в Макао през 1940 г. Новият губернатор на португалската колония е генерал Артур Тейшеира. Той е изправен пред трудната задача да запази неутралитета на Макао по време на Втората световна война. Малката португалска колония е подложена на постоянни "атаки" от страна на Императорската армия на Япония. Романът е много близък до "Азиатската сага" на Джеимс Клавел. Пренася ни в Азия през 20ти век. Интересен е сблъсъкът между местните традиции и философия за живота и европейските нрави и порядки. Всичко това, поставено в контекста на военните действия по време на Втората световна война прави книгата изключително интересна и увлекателна. Единственият минус е, че това е само първата част от оригиналния труд на автора, който е събран в един том. Основното действие, изглежда е събрано във втората книга.
Apesar de JRdS não ser um escritor assim tão dotado na sua prosa, as suas obras são de facto ao mesmo tempo instrutivas e agradáveis de se ler. A história de Portugal está repleta de episódios ignorados pela maioria, e isso é lamentável pois faz de nós quem somos e nos enriquece! É de louvar a intenção, ainda que romantizada, de nos informar sobre estes tempos!
Quanto ao livro considerei que foi um belo ponto final à Triologia de Lotus deixada antes em aberto! Ainda assim as personagens estão, na minha opinião, ligeiramente modificadas no seu âmago, o que me fez pensar ‘será este Artur o mesmo da Triologia?’, ainda que entenda a necessidade de heroicizar o dr.Lobo, e para isso desconstruir as anteriores personagens principais.
Uma leitura à imagem do JRS. Muita gente, com todo o direito que cada um tem à sua opinião, afirma peremptoriamente que o autor em questão não é muito versado na sua prosa. Quero acreditar que essas pessoas tratam-se de escritores exímios, porque para fazer uma crítica deste género perante um estilo de escrita tão rico e trabalhado, bom.. é preciso certamente ter um nível de conhecimento de escrita bem acima da média. Quanto ao livro, sem querer alongar-me mais, a história convida-nos a recuar no tempo até aquele que poderá muito bem ter sido um dos períodos mais negros do século XX. Mais concretamente, o autor oferece-nos a oportunidade 'testemunhar' as experiências vivenciadas em Macau, um local que sofreu muito com a guerra e cuja história estará sempre ligada a Portugal.
Voltar à vida das personagens que conheci na trilogia Lótus foi bom. Embora este livro se foque mais em Artur Teixeira (personagem que eu menos gostei devido aos capítulos demasiado históricos nos livros anteriores) gostei, pois este livro fez me ver outro lado desta personagem e criar mais simpatia por ela. Há partes na leitura que são demasiado difíceis e tristes de ler.
Bem, tenho lido basicamente todos os livros do autor, excepto aqueles que seguiram o modismo dos mistérios cruzados no tempo. Este desceu um pouco baixo no que toca a rigor. Contém demasiados anacronismos (não creio que nos anos 40 alguém dissesse "bomboca", por exemplo) erros tão grosseiros, mas tão grosseiros que tive que ler uma segunda vez para ter a certeza que afinal ele tinha mesmo escrito aquilo.... como atribuir o comando de uma embarcação da marinha a um "capitão", coisa que não existe naquele ramo das forças armadas mas, acima de tudo, pasme-se, referir-se aos Aliados como "Nações Unidas" (!!!!).
Toda a linguagem é popularuxa, o que não tem mal nenhum, terá o seu público, mas sou eu que estou a dar a minha opinião e não uma pessoa desse público. Lugares comuns, todo muito expectável e o caminho fácil do estabelecimento de uma linha a preto e branco, entre os "bons" e os "vilões".
Como em praticamente todos os livros do José Rodrigues dos Santos, a componente histórica é riquíssima. Nem precisamos aulas de história ou documentários para aprender história. Muita investigação tem mostrado que a associação de imagens ou uma retórica a factos permite a absorção e aprendizagem mais eficaz de qualquer que seja o tema. Nos livros do José Rodrigues dos Santos acontece precisamente esta situação. As histórias ricas das personagens, ainda por cima baseadas em factos reais, permite-nos absorver factos históricos do contexto das vidas das mesmas. É um grande prazer ler estes livros. Uma pessoa começa e quer chegar ao fim da história rapidamente. Tinha feito uma pausa dos livros dele durante alguns anos mas vejo agora que foi um erro. Pelo menos um por ano é quase necessário, para quem gosta deste tipo de leitura claro.
Não fazia ideia do papel difícil que Macau teve em mãos durante a 2ª GMM. O facto de sermos um país neutral mas estarmos geograficamente entalados entre o conflito que existia entre o Japão e a China, em que ambos os lados nos acusavam de proteger o seu inimigo só foi conseguido à custa da diplomacia de 2 grandes homens de quem nunca tinha ouvido falar. O Dr. Lobo e o General Teixeira que aqui no livro no que aos aspetos da sua vida pessoal, foram ficcionados, mantendo todos os factos históricos verdadeiros. A Forma como o Japão sentindo-se ameaçado pela Europa e pela América invadiu a concessão internacional de Xangai, Hong-Kong,Singapura, Filipinas,indochina, Índias Orientais Holandesas, Malásia e Birmãnia, sendo Macau a uma concessão na Ásia que permaneceu com bandeira de um país europeu deveu-se á diplomacia destes dois homens. Muitas vezes o Japão com uma força bélica gigante ameaçou tomar Macau, pessimamente armando, por supor que estavam a escoar alimentos para a China e só com diplomacia isso foi evitado. Os episódios de fome extrema são chocante e eram desconhecidos para mim. Um território com 15 metros quadrados acolhem milhares de refugiados vindo de hong-Kong e da China chegando a ter 1 milhão de pessoas para alimentar, sem ter nenhuma industria agrícola para o suportar. Adorei aprender isto tudo, e só não dou um 5 porque tenho sempre algum pudor na parte do diálogo amoroso que não me parece jogar com a seriedade de todo o conflito histórico. Percebo que é um romance e não um ensaio, uma bibliografia ou um livro histórico, e que essa parte da relação amorosa é perfeitamente adequada, eu é que a dispensava.
Comecei a ler este livro com fracas expectativas e acabou por se tornar numa boa surpresa. JRS aliou o estudo da História a um romance cheio de desventuras, sem pausas para momentos mortos e que, pelo caminho, ainda nos transportou para um local tão diferente quanto Macau numa altura em que a política tinha de ser um jogo calculista, perigoso e impossível de contornar. O nome, no entanto, foi muito mal escolhido. A amante tem zero influência na estória, não é sequer uma personagem relevante, e se não existisse também não fazia falta. Achei muito mais interessantes os jogos políticos que tentavam guardar (quase em vão) a neutralidade de Portugal numa II Guerra ao virar da esquina. Lê-se bem e não desilude.
Интересен исторически роман, действието се развива на фона на Втората световна война в Макао, описвайки напрежението между китайци, японци, англичани и неутралните португалци. Според анотацията на книгата част от историята трябваше да се развие между китайска наложница и португалския губернатор. След като стигнах до последната страница, а тази линия отсъстваше, книгата свърши по нелогичен начин /мога да кажа на най-интересното място/, потърсих информация и разбрах, че оригинала е от 700 страници. Издадената в България е първа част, а втората така или иначе още не е преведена. А това поникакъв начин не е отбелязано, споменато или написано! 😤
Um romance histórico com muita informação e muita investigação por detrás, é uma leitura interessante e informativa sobre o período da segunda Guerra Mundial em Macau. Um romance longo, detalhado mas que consegue manter a tensão e o interesse do leitor. A única falha na minha opinião é que o autor em certos pontos começa a resvalar para os floreados e metáforas que para além de não acrescentarem nada à história se revelam na maioria dos casos muito pouco subtis. Felizmente essas passagens limitam-se praticamente às cenas românticas que representam um componente muito pequeno do livro.
A história de Macau durante a 2a guerra mundial. Personagens interessantes, mas a história podia estar mais coesa. Há capítulos que se seguem, mas que distam vários anos, sendo que as referências temporais poderiam estar melhor explicitadas.
Este livro descreve de forma bastante gráfica Macau durante a segunda guerra mundial. Permite obter uma perspetiva bastante realista e chocante das consequências da guerra. Apesar de me ter sentido triste no final recomendo a qualquer pessoa que goste de ficção histórica!
Истинско разочарование. Книгата за мен е най-слабата в сравнение с останалите на автора, който ми е любим в жанра. Монотонен сюжет, оскъдни исторически факти и нелеп край.
No final do livro, o relato feito por uma personagem sobre a destruição causada pelos USA no Japão, com a segunda bomba atómica em Nagasáqui, é chocante e dá que pensar:
"É o que resta da catedral de Urakami. A bomba explodiu mais ou menos ali, a quinhentos metros do edifício. [...] No raio de um quilómetro em torno do epicentro da explosão não foi encontrada uma única criatura viva. Nem pessoas, nem insetos, nem sequer plantas. Morreram todos. [...] Esta era a zona cristã da cidade. Mas tratava-se também de uma zona de hospitais e de escolas. A Escola Primária Shiroyama, o Liceu Keiho, a Escola Nacional Yamazato, a Escola para os Surdos, a Faculdade de Medicina de Nagasáqui, a Escola de Farmácia... perdeu-se tudo. Foram destruídas dezoito escolas e universidades. Além disso, era aqui em Urakami que estavam os principais hospitais da cidade, sobretudo o Hospital da Universidade, que tinha três quartos de todas as camas hospitalares existentes em Nagasáqui, e ainda o Hospital Número Um de Urakami e o Sanatório dos Tuberculosos. Num abrir e fechar de olhos a cidade ficou sem sistema de saúde, justamente no momento em que mais precisava dele. [...] O ataque ocorreu no dia da Ascensão de Maria e a nossa catedral estava cheia de fiéis para celebrar a missa."
Mais à frente, diz-se que o objetivo dos USA era a destruição de alvos militares, mais concretamente os estaleiros Mitsubishi. A mesma personagem afirma: "[...] se o alvo era esse, falharam por completo - apontou para sul - ora veja ali ao fundo. Os estaleiros ficaram praticamente intactos, não vê?"
Recapitulando, este foi o resultado: milhares de crianças, jovens, doentes, pessoas necessitadas, famílias inteiras... que de um momento para o outro foram pulverizadas. Para não falar dos milhões de pessoas que foram afetas pela radiação nas décadas seguintes, com sequelas que ainda hoje as torturam. Posto isto, as perguntas ficam no ar. Terão os americanos enganado-se no alvo? Com o Japão cercado e asfixiado pelos USA a oriente e pela URSS a ocidente, terá sido esta a única alternativa? Será que esta amostra de poder e supremacia bélica justificaram o sacrifício destas vidas?
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Поредна невероятна книга от Жозе. Всяка негова книга е 5 звезди за мен, защото научавам нови неща за някое интересно събитие от миналото и също така — начинът на писане! Жозе разказва историята на Макао през годините на Втората световна война. Двамата ни главни герои са страхотни — изключително отдадени на Макао и предизвикани от обстоятелствата да правят много въпросителни неща с една единствена цел — да осигурят храна на масата на всеки човек в Макао.
Историята, разказана, е изпълнена с тъга, страдание, загуба, болка, шок, приятелство, лицемерие и любов.
За разлика от поредицата с Томаш Нороня, тук нашите герои не са представени като върховни, изключително интелигентни или остроумни. Тук се наблюдава как хората работят заедно срещу едно общо зло. Самата история, разказана от автора, е базирана на документи и истории от хора, преживели или изследвали преживяванията на обществото по онова време.
Дори любовта в книгата беше представена с цел да покаже китайските семейни ценности. Тази сюжетна линия показва как, въпреки че любовта няма една и съща стойност навсякъде, отдадеността към семейството и семейната гордост и ценности много често са приоритет на наследниците в едно китайско семейство.
Интересно наблюдение, което имах по време на книгата, бяха разговорите между португалците и японците. Най-вероятно това, което ще опиша, е малко субективно, но все пак реших да го споделя. Уменията на португалските герои да се договарят с японските им колеги са на светлинни години едни от други. Португалският губернатор успяваше ловко и хитро да се измъкне от ситуации, в които, по мое мнение, на база изградения от Жозе японски колега, не би могъл. Сякаш японците в книгата са представени малко като едно изключително войнолюбиво племе, без способност да водят добри преговори. Естествено, това е субективно наблюдение от моя страна — все пак книгата е написана от човек, който е португалец, и най-вероятно нарочно е опростил японските герои.
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Quite a disappointing ending. From a series that's known for having 4 main characters that switch each of their points of view between each chapter, to having one of the MAIN characters not have a single point of view in the entiry of this book is atrocious. Not only that, but also killing Fukui because he tried to remediate things so that Artur and Lian-hua could be together only FOR THEM TO NOT GET TOGETHER. It feels like they killed him just because. And them to learn that his wife and kids (yes, Ren and the 3 children) DIED because they went to Nagasaki to meet with his mother, just some days before the atomic bomb. It absolutely kills me that they downgraded Fukui to the "advising best friend of the main character" after he achieved his dream of meeting the portuguese people. He had so much potential for this final 2 books, and they absolutely destroyed him. We could have had him have an internal debate whether it was worth trying to save Japan from the inevitable defeat they would face or if he should betray his international friends and fully embrace his nation to save his family and secure their safety. Artur and Lian-hua's ending made absolute zero sense, technically thinking that Bang had been open to the idea of Lian-hua marrying a foreigner before, and he also has lived in the USA before so it also made no sense for him not to be open to lining in Portugal. All in all, they assassinated his character and replaced him with any old, close-minded chinese man. As for Nedazhda, it was okay. I'm happy she got a man who respected her work and the fact that she had a child to raise and still found her amazing.
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