Em um minúsculo planeta, vive o Pequeno Príncipe Preto. Além dele, existe apenas uma árvore Baobá, sua única companheira. Quando chegam as ventanias, o menino viaja por diferentes planetas, espalhando o amor e a empatia. O texto é originalmente uma peça infantil que já rodou o país inteiro. Agora, Rodrigo França traz essa delicada história no formato de conto, presenteando o jovem leitor com uma narrativa que fala da importância de valorizarmos quem somos e de onde viemos - além de nos mostrar a força de termos laços de carinho e afeto. Afinal, como diz o Pequeno Príncipe Preto, juntos e juntas todos ganhamos.
Fiquei apreensiva quando percebi que O Pequeno Príncipe Preto era literalmente uma releitura de O Pequeno Príncipe. Mas, apesar de todos os elementos em comum, todos os outros que os diferenciam têm um peso enorme, um peso representativo, um peso cultural, um peso racial. Imagino quantas crianças agora conseguirão se identificar com o Pequeno Principe Preto, quantas conseguirão captar melhor a mensagem que o livro passa e esse pensamento enche meu coração de esperança. Esse livro é representatividade e também modernidade - trazendo elementos que Exupéry jamais iria imaginar que existiriam hoje. Mais acima de tudo, esse livro é esperança. Esperança de um mundo mais unido, mais justo em suas diferenças. Esperança que enche o peito. Esperança que se transmuta em amor.
Uma agradável releitura de O Pequeno Príncipe onde, embora o original já sirva para todos os públicos, ainda é válida ao tentar transmitir suas excelentes mensagens de forma mais direcionada para pessoas com outros tipos de vivências, ajustando as situações e os personagens para que se encaixem em suas perspectivas e causem maior reconhecimento.
Mas ele não é meramente uma adaptação e em sua pouca duração ainda nos consegue presentear com novas interpretações sobre a vida bastante frutíferas e o recomendo tanto para adultos quanto crianças, tenham lido o escrito por Antoine de Saint-Exupéry ou não.
I read this book as part of a college assignment, and I’m so glad I did. This beautiful and powerful book is much more than a children's story, it’s a meaningful tool for promoting diversity, identity, and representation in early education. The book brings important reflections on Black identity, ancestry, self-love, and the value of Afro-Brazilian culture. It challenges stereotypes in a gentle, poetic way and creates space for children to see themselves represented with pride and dignity. I was especially moved by how it addresses issues like skin tone representation, celebrates African heritage (with references to orixás like Iansã and Xangô), and introduces the concept of ubuntu, "I am because we are." This is a book that every teacher and parent should know about. It shows how children literature can be a powerful ally in building a more inclusive and respectful society, starting with the youngest readers.
A palavra “afeto” vem de afetar o outro. Afete com verdade.
Que leitura linda! Vou me lembrar para sempre da alegria que foi ler esse livro. Eu já li O pequeno príncipe e adoro aquela história, mas ver ela recontada com um menino pretinho protagonizando a história e, além do que já era abordado, falar também de ancestralidade, era o que eu precisava no momento. As ilustrações são lindas, parabéns à ilustradora pelo trabalho incrível. Presenteiem crianças com esse livro!
Que livro lindo e significativo! Comprei para minha filha de dois anos e nós duas amamos. É um livro maravilhoso para ensinar sobre ancestralidade, amor próprio, cultura negra... Isso tudo usando uma linguagem de fácil compreensão, além, é claro, das ilustrações belíssimas. Enfim, recomendo demais a leitura.
Uma releitura potente do clássico O Pequeno Príncipe, feita pelo Rodrigo França. Mas aqui, o personagem central não é o príncipe original, e sim uma criança negra que enfrenta o mundo com olhos atentos e questionadores.
O autor usa essa narrativa para trazer à tona temas importantes como racismo, identidade, pertencimento e resistência. A simplicidade da linguagem e a delicadeza das ilustrações ajudam a contar uma história que é ao mesmo tempo lúdica e contundente.
Representatividade é o grande pilar deste livro. Em uma das minhas andanças trabalhando em projetos sociais percebi o quão raro ainda é para as crianças se reconhecerem como pessoas pretas. Eu me apaixonei por esse livro na primeira vez que li e carrego vários ensinamentos dele... É sempre bom limpar a lente, ajustar valores, esperançar. Parabéns, Rodrigo!