«[...]O próprio monarca considerava "nobrecimento da cidade de Lisboa", e através dela, do reino, serem aí construídos esses magníficos veleiros de dimensões únicas no conjunto da frota nacional e, até, europeia, desaferrando anualmente em direcção a Cochim. O navio introduzia-se nos meios cortesãos e o exemplo era ditado pelo rei, principal mercador e armador do comércio de pimenta. Nas proximidades do Paço do Terreiro, sobre as areias do Tejo, instalava-se o estaleiro mais activamente empenhado no provimento de cada armada[...]»
Índice Geral
INTRODUÇÃO
1ª PARTE - O CONTEXTO
Capítulo I - O Estado e a construção naval 1.1. A Legislação 1.2. Guerra e Comércio. O espírito das leis Os Navios A Política de Defesa Factores de Inovação
Capítulo II - A medida padrão: a tonelada 1. Tonel e Tonelada 1.1. A Arqueação As Certidões de Arqueação Tonel e Tonelada 2. Tonelada de Registo e Tonelada de Frete A Construção: custos por tonelada 3. Para uma Matricula Geral
Capítulo III - Navios, Portos e Estaleiros: Singularidades da Carreira da Índia 1. As Fontes 2. Características da Frota 3. Portos e Estaleiros Vila do Conde Aveiro Lisboa Lisboa e o Algarve 4. Oferta e Procura: Desajustamentos Conjunturais
Capítulo IV - O Negócio 1. O Investimento 1.1. A Construção. Modalidades de Contrato 1.2. Custos. Manutenção e Duração do Navio Os Custos A Estrutura dos Custos Duração e Manutenção 2. O Transporte e a Rentabilidade dos Navios 2.1. Proprietários e Armadores 2.2. O Fretamento As Avarias A Taxa de Frete 2.3. Taxas de Rentabilidade: "Economia" e "Capitalismo"
2ª PARTE - O ESTALEIRO
Capítulo I - A Organização da Produção 1. Os Espaços 2. O Quadro Institucional 2.1. Os Armazéns de Guiné e Índia 2.2. A Mão-de-obra 3. Para um Balanço das Actividades do Estaleiro
Capítulo II - As Matérias-primas: a Rota do Cabo e as Rotas Atlânticas 1. O Casco e os Mastros 1.1. As Madeiras 1.2. A Calafetagem 1.3. Pregadura e outras aplicações de ferro 2. As Enxárcias 3. As velas
MARIA LEONOR FREIRE COSTA nasceu em Lisboa, a 4 de Novembro de 1961. É licenciada em História, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (1983) e doutorada em História Económica e Social, pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa (2001), onde fez a agregação em História Económica e Social (2009). Actualmente, é Professora Catedrática do Departamento de Ciências Sociais do ISEG, Investigadora do Gabinete de História Económica e Social (GHES-CSG/ISEG/UL), desde 1989, e Investigadora Associada do Instituto de Ciências Sociais (ICS-UL). Coordenou o projecto Dívida Soberana e Crédito Privado em Portugal (1668-1797), entre 2018 e 2022, com financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Foi vice-presidente da Associação Portuguesa de História Económica e Social (APHES).