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A segunda morte de Suellen Rocha

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Quatro adolescentes fazem um pacto de guardar um segredo horrível. Vinte anos depois, uma delas é mutilada e morta. Na parede, próximo ao corpo, uma palavra escrita com sangue fresco: "Assassinas".
Agora, Mariana, Dafne e Cacau serão sugadas pelo redemoinho de intrigas, política e corrupção da sua cidade natal, e precisam encontrar o assassino antes que uma delas seja a próxima vítima.

316 pages, ebook

Published January 1, 2020

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Cláudia Lemes

32 books36 followers

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1 (<1%)
Displaying 1 - 23 of 23 reviews
Profile Image for Paulo Vinicius Figueiredo dos Santos.
977 reviews12 followers
January 19, 2021
Cláudia Lemes é uma autora com a capacidade de nos mostrar o lado obscuro do ser humano. E a cada livro que ela publica, Cláudia consolida ainda mais a sua narrativa precisa, seca em alguns momentos (como bons romances de Rubem Fonseca) em que não existe uma distinção clara entre o bem e o mal. Existem pessoas em seus tons de cinza, objetivos e aspirações que se relacionam umas com as outras e com isso movem a narrativa. Não à toa A Segunda Morte de Suellen Rocha é o melhor romance da autora que eu li até o presente momento e nos traz uma história sobre arrependimentos, cumplicidade e transformações.

A narrativa segue as vidas de Mariana, Suellen, Dafne e Cacau. Quatro amigas que desde jovens mantiveram uma forte conexão entre elas. A adolescência chegou e ambas estão se transformando e estabelecendo novas metas para suas vidas. Mas, um acontecimento trágico vai fazer com que a vida delas mude para sempre. Isso provoca a separação entre elas e cada uma delas continua com suas vidas. Anos mais tarde, o assassinato de Suellen Rocha que teve requintes de extrema crueldade faz com que as amigas novamente se encontrem na cidade de Jepiri. Mas, quem terá matado a amiga? Será apenas um assassino com ódio de mulheres ou alguém ligado ao sombrio passado das quatro?

É curioso porque narrativas de suspense e thriller não são o tipo de história que eu mais gosto. Mesmo assim, fui tragado para dentro dos problemas e dilemas de todos os personagens envolvidos. Curiosamente, eu estava lendo Serpentário, escrito por Felipe Castilho, antes deste livro e o autor usa o mesmo sistema de flashbacks e cenas no presente que a Cláudia usa. Temos capítulos que alternam passado e presente. No passado a narrativa adota um tom mais descritivo e onisciente em que não há um ponto de vista claro. Já as cenas que se passam no momento em que a história acontece são contadas a partir de diversos pontos de vista, como se fossem câmeras colocadas no ombro dos personagens. Embora tenha um bom número de páginas, a narrativa flui bem, demonstrando uma escrita correta e bem encaixada.

Mas, fica a minha puxada de orelha na editora: faltou um alerta de gatilho na orelha da capa ou na quarta capa. A escrita da Cláudia é bastante visceral e possui cenas fortes de violência doméstica e estupro. Sim, eu compreendo que se trata de um livro que trata do tema de assassinato e há violências presentes e até esperadas, mas é preciso apontar que está ali. Estamos em uma realidade em que isso se tornou costumeiro. Algo que não tem a ver com a autora, que fez o seu trabalho de forma bastante competente.

Gostei demais dos personagens criados pela Cláudia. Ela entende bem como funcionam as engrenagens da construção de bons personagens. No passado vemos as quatro protagonistas e sua relação umas com as outras. Lá a autora vai trabalhar as diferenças entre elas e como enxergam o mundo ao seu redor. Os acontecimentos pregressos servem de plataforma para trabalhar a ação no presente. Logicamente que o salto temporal provocou mudanças nas personagens, mas a essência da mentalidade de cada uma está ali. A autora se preocupou em apresentar problemas bem reais para suas personagens. É possível se identificar com cada uma delas. Ou os estereótipos que elas representam.

Vou começar pela própria Suellen. Um espírito livre quando adolescente podemos dizer que ela era a cola que unia as demais. Mas, ao ser criada por uma família formada por fanáticos religiosos dedicados a uma igreja neopentecostal, ela tinha muito de sua liberdade cerceada pelos pais. Esse é o tipo de ambiente tóxico para uma adolescente em fase de transformação. Suas amigas são sua fonte de escape até que acontece uma situação trágica. Passando para o presente, ela acaba se convertendo e se tornando parte do rebanho de fiéis da igreja local. Ou seja o refúgio na religião acaba se tornando a maneira que ela encontrou para se redimir de seus pecados passados. A relação conturbada que ela tinha com seu irmão Davi é o espelho do que era com o resto da família. Mas, após sua conversão eles se tornaram bons amigos já que ela decidiu deixar de lado todos os seus hábitos.

Já Mariana é uma das principais personagens dentre as quatro. Quando era mais jovem se apaixonou por Reno, um colega de escola. Uma pessoa amorosa e que tem uma forte conexão com suas amigas. É uma que acaba se punindo após aquilo que marcou as quatro. Ela acaba se casando com um delegado e deixando de lado o seu amor juvenil. Só que esse marido é um homem violento e cujo sentimento de ciúmes acaba fazendo da vida de Mariana um inferno. Com surras frequentes, ela acaba se tornando uma mulher submissa, que encontra todo o tipo de estratégia para fugir das surras. Aquela que um dia foi a corajosa do grupo agora é aquela que se submete a uma relação de dependência. Reno continua a fazer parte de seu coração e esse sentimento por ele apenas aumentou.

Maria Cláudia, ou Cacau, é aquela que conseguiu tocar a vida após os eventos trágicos. Por incrível que pareça o seu egoísmo acabou lhe servindo como um atenuante para o que aconteceu. Ela conseguiu reverter bem a situação e lidar com seus próprios sentimentos. Das quatro, achei que a autora trabalhou menos a Cacau e isso fez com que eu apenas pudesse supor que o fato de ela ser incapaz de ter filhos possa ser algo emocional. Pelo menos no livro não é dito nada a respeito de alguma condição médica. Curiosamente, a personagem se torna médica de forma a ajudar as pessoas, um traço que estava presente já na adolescência.

E Dafne é a estrategista, a pragmática do grupo. Assim como Mariana as duas possuem um forte senso de liderança, motivo esse que pode ter levado a várias discussões entre as duas. Por outro lado, a proximidade entre as personagens também é enorme. Ao compartilharem do mesmo amor por Reno, algo que certamente vai gerar alguma confusão mais tarde já que elas deixam de se falar por boa parte da vida adulta, isso pode tê-las feito se aproximar ainda mais. Ela assume o papel de gestora dos negócios de seu pai na gráfica. Das quatro é a única que estabelece uma vida fora da cidade. Isso porque ela não consegue mais ficar presa a um ambiente que lhe trazia tantas lembranças ruins. Mas, era inevitável que ela retornasse. Ao retornar ela precisa fazer as pazes com suas dúvidas e amarguras.

A narrativa tem um bom pedaço dedicado a explorar as memórias das quatro mulheres. Como um quebra-cabeças, Cláudia vai montando as peças pouco a pouco para o leitor. À medida em que a história avança mais vamos nos dando conta de o quanto o assassinato de Suellen tem muito a ver com a história de todas. E o quanto a situação passada fez com que seus laços se rompessem irremediavelmente. Mais do que isso: é como se as personagens tivessem parado no tempo e não avançassem mais com suas vidas. O relógio da vida delas parou naquele dia no meio da floresta.

Uma das grandes estratégias da autora para manter a história interessante é não ser previsível na maior parte do tempo. Imaginamos que a solução para os mistérios é uma quando a resposta para tudo está sendo balançada bem na nossa frente o tempo todo. É o truque do prestidigitador que desvia o foco da atenção do leitor em pontos que nada tem a ver com a resposta. Ao mesmo tempo eu achei que a Cláudia criou uma super trama no final que acabou ficando grande demais para a proposta inicial. Gostava mais quando a narrativa tinha um teor mais íntimo e pessoal. Quando ela assume um ar conspiratório, para mim foi como se o foco tivesse se perdido. Mas, isso é uma preferência minha. Costumo preferir narrativas que usam menos para contar mais. O assassino poderia ter tido uma motivação bem mais simplória se focando mais em como ele absorveu aquilo que lhe foi dito e usou de forma errada.

A Segunda Morte de Suellen Rocha é, sem dúvida, um livro instigante, escrito por uma autora habilidosa na arte de criar situações terríveis que levam a mudanças de caráter. Ela entende muito bem como seus personagens funcionam e sua tridimensionalidade os tornam verossímeis ao leitor. O que é excelente para uma autora cujas narrativas dependem de ter os dois pés fincados na realidade. Ela aproveitou e tocou em temas bastante atuais como violência doméstica, fundamentalismo religioso e preconceito étnico. Só fica minha observação para a editora por não ter colocado um aviso de gatilho, necessário àqueles que vão se debruçar na obra de Cláudia e se depararem com alguma situação que cause algum problema emocional.
August 4, 2020
Que thriller bacana, e 100% nacional. Jepiri é descrita como uma típica cidade do interior, neste caso do estado de São Paulo, e os costumes, o cotidiano, tudo, é muito realista, muto parte do universo da gente. Eu gostei tanto da ambientaço porque me senti transportada para essa cidadezinha onde parece que nada acontece mas, conforme a leitura avança a gente vai descobrindo que eles são é muito bons em varrer a sujeira pra debaixo do tapete.

O mistério que a Claudia conseguiu criar ao redor da morte da Suelen é cheio de novas reviravoltas, através da personagem a autora foi desenrolando toda uma teia de corrupção e impunidade, de jogos de poder que regem a pequena cidade. Eu gostei como ela consegue expor realidades da sociedade brasileira de maneira tão clara e direta, ao mesmo tempo em que nos apresenta um assassino misterioso e determinado, e quatro ex-amigas super diferentes entre si.

A narrativa é intensa e mega envolvente porque vem intercalada entre vários personagens: as três garotas restantes, Reno, o investigador do caso André Peralta e o delegado/marido psicótico de Mariana, Gustavo. Essa agilidade que traz o leitor poder vislumbrar vários lados da mesma estória deixou a trama irresistível, amei como tudo estava conectado e vai se revelando em pequenas revelações ao longo das páginas.

Claudia escreve tão bem, a gente sente na escrita da autora o quanto ela trabalhou em nos trazer uma trama bem escrita, cheia de profundidade, com críticas sociais importantes e relevantes, e personagens que, embora de início pareçam apáticos, aos poucos vão tomando forma e prendendo o leitor.

As três garotas sobreviventes conseguem ser tão reais. Cada uma com suas quallidades e defeitos, a maneira de ser delas faz a gente como leitor conseguir visualizar elas como um grupo unido que foi desfeito. Das três minha favorita foi a Dafne, ela é tão resolvida e perspicaz, e conseguia enxergar as coisas além do óbvio. Gostei bastante assim como a Mariana que representa bem o papel da mulher que sofre constantes maus tratos mas se vê impedida de reagir, por amor aos filhos e por medo, uma mulher que foi deteriorando mais com cada abuso sofrido, até setornar uma casca do que foi. Mariana representa a realidade de muitas garotas mundo afora.

Esse livro me manteve no escuro até o final, eu não conseguia nem ter um suspeito, porque cada vez que eu imaginava uma teoria, acontecia alguma reviravolta que mudava totalmente os rumos e os suspeitos da vez. Claudia Lemes sabe como escrever um bom thriller e como cativar o leitor com os mistérios que apresenta.

O final foi engenhoso, complexo e surpreendente. Me pegou de surpresa e fiquei muito satisfeita em ver como autora foi caminhando para o desfecho, encerrando todas as pontinhas prontas e nos entregando um final completinho e bem escrito. Arrasou!

Em resumo, A segunda morte de Suelen Rocha é um thriller policial incrível! Claudia Lemes me surpreendeu com uma trama extremamente intrincada, inteligente e imprevisível, e os personagens, todos eles, agregaram algo relevante, trazendo junto à um mistério genial um pouco de crìtica social real e necessária, mostrando os segredos mais obscuros de uma cidadezinha que, aos olhos de todos, parecia ser pacata. Eu adorei a ambientação e cada detalhe da trama! Vale muito a pena conferir esse thriller nacional impressionante, que prende e cativa mais a cada página.
Profile Image for Tha.
36 reviews5 followers
February 10, 2022
Fiquei bem decepcionada, pois o livro começa MUITO bem, mas da metade para o fim vai sistematicamente cometendo deslizes que foram mais e mais me desanimando.

Vou começar pelos problemas. O menor de todos é que eu senti uma necessidade de mais edição, revisão, de reescrever algumas passagens, organizar melhor algumas frases - mas nada muito grave. O que realmente me incomodou foi o modo como a escritora trata uma das duas únicas personagens negras da história; o modo como ela trata superficialmente, mas perigosamente, a questão da homofobia; o modo como aborda a gordofobia, querendo parecer crítica, mas reforçando padrões de beleza. Tudo isso foi apresentado aos poucos, me fazendo desapegar cada vez mais do livro, me afastar da história - chegando a me irritar em alguns momentos (não com os personagens, mas com as decisões da autora).

Então, para não fechar com um gosto tão amargo, vou às qualidades. A escritora escreve bem, ela organiza bem os capítulos, a narrativa é dinâmica. Repito que o livro começa muito bem e me agradaram especialmente os capítulos que se passam nos tempos "atuais" do que os capítulos que trazem o passado das personagens. Gosto da história ser contada sob pontos de vista diversos, o que até "minimiza" alguns dos problemas apontados acima. Inclusive, os momentos em que a história se concentra no drama pessoal de Mariana são os mais realistas e bem desenvolvidos. Gosto muito também do cenário bem brasileiro, na cidade, na escolhas de nomes, na realidade que evoca.

Também acho pertinente avisar que o livro trata de temas pesados (como estupro, assassinato, etc) e de uma maneira bastante gráfica. Então, procure se informar sobre todos os possíveis gatilhos antes de ler.

Enfim, foi um livro que me deixou incomodada não pelos temas difíceis que aborda, mas pela maneira como são abordados. E decepciona por ter, de cara, me conquistado e me trazido a sensação de que poderia ter sido uma das melhores leituras do ano.
Profile Image for Diana Hartmann.
4 reviews
January 8, 2025
Fazia muito tempo que eu não lia livros de suspense, não sei se foi uma boa escolha para o começo de ano... hahah
O livro me prendeu muuuito, do tipo que eu lia antes de dormir e não conseguia parar de ler para ir dormir (acho que isso acabou perturbando um pouco meu sono e passei a lê-lo durante o dia). Fora esses aspectos pessoais, gostei bastante da história, encontrei alguns erros de português mas nada que comprometesse o entendimento da história. Não imaginava que teriam tantos crimes acontecendo mas achei o enredo bem construído, não achei óbvio o culpado pela segunda morte de Suellen (apesar de não ser muito boa em resolver mistérios), mas achei óbvios alguns outros acontecimentos, além de ter ficado irritada no momento em que uma das personagens fica conversando com o assassino (sabendo que é ele) ao invés de fugir. Enfim, mostra um pouco de esquemas de poder e corrupção em cidades pequenas e de como seu passado pode te assombrar pra sempre se você deixar.
185 reviews6 followers
May 4, 2020
Sabe aquele tipo de livro que você concluí e tem que esperar uns dias pra ficha de tudo o que leu cair? Esse é o tipo de reação que os livros da Cláudia Lemes causam; e, obviamente, foi o que aconteceu quando terminei de ler seu mais recente lançamento. "A Segunda Morte de Suellen Rocha" narra história de quatro amigas e, entre o passado o presente, nos mostra como era o relacionamento entre elas antes e depois que um evento extremamente significativo e terrível abalou a vida de todas elas. E acho que o que mais me surpreendeu foi conseguir me identificar um pouco em cada uma dessas amigas e entender os sentimentos que as assolavam durante a história, tanto os bons quanto os ruins.
A narrativa da Cláudia é maravilhosa e os temas que ela traz a tona são daqueles que fazem a gente refletir a respeito do mundo em que vivemos e daqueles que o habitam da forma mais profunda possível. A maneira como a violência doméstica é relatada, tanto em relações de marido e mulher, pais e filhos, irmãos e irmãs me causou uma angústia tremenda na alma, principalmente por saber que isso acontece e muito; assim como as pessoas que se escondem atrás da religião para realizar todo tipo de maldade. Isso sem mencionar o machismo e a corrupção. Este é um livro extremamente real e acho que, por isso mesmo, todo mundo devia lê-lo!
Espero ter a chance de ler todos os trabalhos da Cláudia Lemes porque ela é uma autora que, sem dúvidas, merece ser lida muitas e muitas vezes!
Profile Image for Trix.
128 reviews7 followers
October 15, 2021
DNF (DESISTI DE LER)

Eu até tentei chegar no final desse livro mas depois de 10% eu só resolvi deixar pra lá. A segunda morte de Suellen Rocha tem uma das diagramações mais bizarras que eu já vi na minha vida, é uma coisa tão ruim que é impossível não sentir raiva quando você tá lendo. A história e os personagens também não conseguiram me pender, então eu só resolvi procurar um livro melhor pra ler mesmo.
Profile Image for natália.
175 reviews3 followers
September 9, 2023
4,5!
é o segundo livro que leio da autora e dessa vez também gostei muito da história. é um livro bastante violento, mesmo, então fica o toque para checar os avisos de conteúdo antes de ler...
acho que gostei mais do que o primeiro que li, a vibe de cidade pequena cheia de segredos sórdidos funcionou muito bem e eu fiquei curiosa durante todo o livro pra ver o desfecho.

pra quem gosta, é um livro cheio de personagens com moral duvidosa mas carismáticos.
Profile Image for Silvia.
356 reviews20 followers
March 9, 2025
3,5. Os personagens são críveis e muito bem construídos. O enredo faz sentido e não tem nada daquelas bobajadas dos gringos do gênero, que com frequência tiram a resolução dos mistérios da cartola. Só não dou mais estrelas porque achei que demorou um pouco para me fisgar. Meu segundo da autora (o primeiro foi Medeia Morta) e definitivamente não o último.

Gatilho para tudo: o livro é extremamente violento.

Profile Image for Carol Vidal.
Author 12 books42 followers
April 14, 2020
Gostei muito como a história foi construída, alternando os diversos pontos de vista para que a gente pudesse ir tentando juntar as peças ao longo da leitura. O destaque desse livro, pra mim, mais do que o "quem matou", é toda a trajetória das personagens e a relação entre elas.

Apesar de achar algumas decisões de narrativa convenientes demais, foi uma ótima leitura e eu indico muito.
Profile Image for Sarah.
55 reviews1 follower
June 6, 2022
Eu amo tanto esse livro que chega a ser difícil de descrever. Obrigada, autora, por ter escrito um livro tão incrível. Eu simplesmente amei as personagens e as histórias delas. Eu só queria que a Cacau tivesse sido mais explorada, de forma que eu realmente sentisse algo pela morte dela. Fora isso, eu amei muito.
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Profile Image for Carol Nery.
188 reviews
September 6, 2021
Cláudia Lemes tem aquele ingrediente secreto que sempre, sempre te segura mais uma página!
Ela é uma excelente autora e suas obras são recheadas de material de qualidade. Foi uma leitura rápida, e proveitosa!!!
Profile Image for Gabrielli Mendes.
16 reviews
January 14, 2021
Livro incrível! Um thriller intenso, com muitas reviravoltas. A forma como a autora escreve é maravilhosa, te faz querer devorar a leitura, amei!
Profile Image for Priscila M.
7 reviews
February 26, 2022
Excelente!!!

Uma estória intrigante, bem elaborada, com críticas sociais importantes e que você não consegue parar de ler. Parabéns pelo ótimo trabalho, Claudia Lemes!
Profile Image for Helena Faria.
57 reviews
February 27, 2024
Achei o enredo muito bem construído. A história consegue te envolver com os personagens e sentir a dor deles.

Agora, pesadíssimo. Chego de gatilho.
Profile Image for Yasmin Vasilenskas.
79 reviews1 follower
September 16, 2025
Leitura fácil e que prende. A narrativa em várias pessoas e vários tempos deixa bem fluida e interessante
5 reviews
October 13, 2020
A história é suspense envolvendo 4 mulheres, que em sua adolescência assassinaram alguém e resolvem manter isso em segredo para o resto da vida. Isso fica bem óbvio logo no prólogo e ao longo da história são dados detalhes sobre os motivos do assassinato. No primeiro capítulo, uma destas 4 mulheres morre, revivendo a história que todas tentavam esquecer e dando início a toda trama.

De longe, o ponto mais forte do livro são os personagens. Nenhum deles é inteiramente bom ou inteiramente mal, todos estão em um meio termo perigoso. Esta representação é tão humana que chega a ser assustadora. Atos de maldade são, na cabeça dos personagens que cometeram o ato, justificados através de uma lógica distorcida que os exime da culpa. Até mesmo Max tem em sua mente uma justificativa bizarra que o estupro de Suellen na verdade não foi um estupro, foi o clássico: Ela estava pedindo por isso.

A autora possui um domínio da escrita, as descrições e a prosa são muito boas. O próprio diálogo é bem real e, apesar de ter momentos em que não ficava muito claro quem estava falando, não tenho do que reclamar.

O mistério por trás de quem era o assassino acaba não sendo o ponto forte da história, com os pensamentos do assassino logo na primeira parte, e a apresentação de Davi como sendo uma pessoa religiosa que não se dava bem com a irmã, é possível ligar os pontos. Achei interessante que, mesmo ele sendo um dos principais antagonistas, no fim era apenas uma vítima de um ciclo de ódio propagado pela igreja e de um grupo de aproveitadores que usaram seu ódio para fazê-lo matar. Com isso, a história mostra que qualquer pessoa, nas condições certas, é capaz de realizar atrocidades, às vezes por necessidade, às vezes por motivos que nem entendem direito.

A conclusão da história no geral foi boa, porém seu único defeito foi ser um pouco conveniente demais. Não acho crível que alguém como Garanata não manteria alguém de guarda no caso de André Peralta, o investigador que sabia dos crimes na cidade e poderia estar indo atrás dele, aparecesse.
This entire review has been hidden because of spoilers.
Profile Image for Paulina M..
575 reviews22 followers
May 29, 2021
4.75, arrendodado

Gatilho: abuso psicológico/físico/sexual, aborto, violência doméstica, estupro, pedofilia, abuso de animal, intolerância e preconceito - mas não gratuitos ou levianos. Eles servem seu propósito para história.

Ameeeeei essa obra. Foi minha volta a livros em português e vou continuar a checar essa autora.

Livro em partes -Vários pontos de visto, todos relevantes

O passo do livro foi maravilhoso e a autora construiu muito bem os personagens! Ela não poupou o leitor em nada, expôs a pobreza e podridão humana sem economia! O livro traz angústia, alívio, ódio, raiva, pena, dor, empatia, claustrofobia e esperança. Tem personagens bem desprezíveis e outros extremamente frágeis.

O livro alternar entre o presente e o passado, e focaliza em quatro melhores amigas que seguem caminhos divergentes após uma sequência de traumas que as atingem na adolescência. Aos poucos descobrimos o que aconteceu em 1996 e no presente.

O livro começa com as quatro amigas enterrando um corpo. A partir de então o passado é contado em flashback que termina nesse incidente.

O ponto inicial do presente é a morte brutal da Suellen Rocha. Que reúne a Cacau, a Dafne e a Mariana que estavam afastadas desde o enterro daquele corpo.

Eu não quero estragar muito o livro. Mas recomendo para toodooooo mundo! A narrativa foi muito cuidadosa, os personagens maravilhosos e o clima de angústia foi muito bem criado. Ela conseguiu passar um efeito de luz e trevas ao narrar a vida das meninas antes e depois do trauma.

Amei o tema permeante de Corrupção - da alma, da inocência, literal, da humanidade. Eu tambem gostei muito do cuidado com o qual ela tratou temas dificeis como o aborto, o estupro, o abuso. Em nenhum momento ela criticou explicitamente, mas deixou bem claro os danos emocionais que deles resultam. Eu também gostei da forma como expôs o comércio da fé, ao mesmo tempo que exaltou o fato de que a fé tem o poder de curar e oferecer plenitude àqueles que a possuem.
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