This scarce antiquarian book is a facsimile reprint of the original. Due to its age, it may contain imperfections such as marks, notations, marginalia and flawed pages. Because we believe this work is culturally important, we have made it available as part of our commitment for protecting, preserving, and promoting the world's literature in affordable, high quality, modern editions that are true to the original work.
Joseph Conrad was a Polish-British novelist and story writer. He is regarded as one of the greatest writers in the English language and, although he did not speak English fluently until his twenties, he became a master prose stylist who brought a non-English sensibility into English literature. He wrote novels and stories, many in nautical settings, that depict crises of human individuality in the midst of what he saw as an indifferent, inscrutable, and amoral world. Conrad is considered a literary impressionist by some and an early modernist by others, though his works also contain elements of 19th-century realism. His narrative style and anti-heroic characters, as in Lord Jim, for example, have influenced numerous authors. Many dramatic films have been adapted from and inspired by his works. Numerous writers and critics have commented that his fictional works, written largely in the first two decades of the 20th century, seem to have anticipated later world events. Writing near the peak of the British Empire, Conrad drew on the national experiences of his native Poland—during nearly all his life, parceled out among three occupying empires—and on his own experiences in the French and British merchant navies, to create short stories and novels that reflect aspects of a European-dominated world—including imperialism and colonialism—and that profoundly explore the human psyche.
«No creo en brujas, pero que las hay, las hay» (dito popular castelhano, ao qual se atribui origem galega)
1813 Guerra Peninsular Costa Setentrional de Espanha Uma estalagem, duas bruxas, horríveis, grotescas, monstruosas, possessas do demónio, uma com uma muleta, outra com um cabo de vassoura.
Apanhei um susto, mas gostei.
Segundo o narrador, uma história manuscrita achada numa caixa de livros comprada em Londres, numa rua que desapareceu, em casa dum alfarrabista no último grau de ruína.
Quanto menos água meter, melhor é a minha relação com Joseph Conrad, e aqui a acção passa-se maioritariamente em terra firme. Em “A Estalagem das Duas Bruxas” o autor junta géneros, a aventura, o mistério e até o terror, para contar uma história que decorre em Espanha, durante a Guerra Peninsular. O subterfúgio que dá azo à narrativa prendeu-me de imediato.
Fiz este achado numa caixa de livros que comprei em Londres, numa rua que desapareceu, em casa dum alfarrabista no último grau de ruína. Pelo que respeita aos livros, não valiam grande coisa e, depois de examinados, não mereciam sequer o pouco dinheiro que eu dera. Tinha provavelmente a intuição disto mesmo quando sugeri: “Dê-me a caixa também” (...) Um montão de páginas soltas no fundo da caixa só despertou, a princípio, francamente a minha curiosidade.”
Sabe-se por esse manuscrito que um oficial e o seu leal subalterno têm como missão subir às montanhas para encontrar o líder dos guerrilheiros espanhóis que tal como eles combatem os franceses. O marujo Cuba Tom oferece-se para essa busca perigosa e, dado que não regressa, o jovem Edgar Burne vai na sua peugada até à estalagem que dá título à história. Há em toda a narração, descrição e retrato das personagens a sensação de perigo crescente.
Ao voltar-se, viu as duas bruxas “do demónio” e a filha de Satanás olharem-no sem palavra. (...) Tudo à sua volta era silêncio; no meio daquela morna calma, sentiu o sangue bater-lhe nos ouvidos com ruído confuso e perturbante, por entre o qual lhe pareceu discernir uma voz murmurando estas palavras: “Sr. Burne, abra bem os olhos!” - A voz de Tom! Sentiu-se estremecer. As ilusões auditivas são, de todas, as mais impressionantes – pensou.
E o desfecho desta história assustadora dá-se num quarto trancado às sete chaves.
Deu um salto para o meio do quarto, ficou um momento ofegante, e depois olhou em redor. A janela estava bem fechada com uma tranca de ferro. Passou outra vez lentamente o olhar pelas paredes nuas, inspeccionou o tecto e foi novamente examinar os ferrolhos da porta. (...) Foi então que perdeu toda a compostura e todo o domínio que um homem conserva por respeito de si mesmo.
I recently read Half-a-Moon Inn with my children. It was about an old, evil witch who ran an old inn and who kidnapped the young protagonist. This story was mysterious as well. The theme of two evil witches running an Inn makes one wonder if many old, evil hags ran inns of disrepute. Makes for some creepy stories for sure. May I never run across any modern such equivalent.
Μ' έχωσε μες στο σκηνικό του, μ' έπεισε ν' αναζητώ σημεία και σύμβολα του υπερφυσικού, ενώ την ίδια στιγμή έδωσε μια εξήγηση της φονικής μηχανής, την οποία επηρεασμένος αγνόησα και χρειάστηκε να γυρίσω πίσω και να ξαναδιαβάσω την περιγραφή, μόλις με βεβαίωσε στο τέλος της ιστορίας πως επρόκειτο για μυστήριο με λογική εξήγηση όμως και τίποτε περισσότερο.
Ισάξιο ενός Πόε αν μη τι άλλο.
Μια διασκεδαστική ιστορία με την οποία απόλαυσα το φαγητό μου :)
Enquanto prossigo a leitura do enorme A Queda dos Gigantes, decidi ir lendo livros mais curtinhos para não deixar o blogue tão abandonado e, ao mesmo tempo, ir diminuindo a pilha. Este A Estalagem das Duas Bruxas, de Joseph Conrad, saiu numa coleção do DN em 2008 e trata-se de um dos vários contos do escritor polaco (que, no entanto, escrevia em inglês) e que é mais conhecido por livros como Heart of Darkness.
O narrador do conto encontra perdido num alfarrabista um relato escrito em 1813 sobre um episódio muito curioso. O relato foi escrito por Edgar Byrne e conta como o seu barco aportou a uma remota localidade espanhola, nas Astúrias, com o objetivo de falar com um tal Gonzalez, um líder local que tem combatido os franceses. O companheiro de Byrne, Tom Curbin, fica encarregue de subir a montanha e encontrar Gonzalez, depois de dois encontrarem personagens muito estranhas na localidade e, quando Byrne regressa ao navio, começa a temer pelo amigo e decide ir atrás dele. A estalagem a que o título se refere é um edifício que se encontra na subida para a montanha, onde vivem duas estranhas velhas, e que acaba por ser central ao desenrolar da narrativa.
Para ser muito sincera, este conto não me aqueceu nem me arrefeceu. O que achei mais bem conseguido foi o ambiente gótico que caracteriza a história, mas a escrita, altamente descritiva e elaborada, acabou por me distrair e me fazer desinteressar do que se passava. Não fiquei muito impressionada com este autor, mas ainda assim fica a vontade de ler mais coisas dele para confirmar (ou não) esta primeira impressão.
Gostei bastante deste livro. É um conto, com apenas 72 páginas, mas é muito interessante. Decidi lê-lo pelo título e pela sinopse, pois apela bastante a mistério e suspense. Não fiquei nada desiludida, pois foi um momento bom de leitura. A história faz-nos ficar um pouco apreensivos em alguns momentos e é isso que se espera de um livro que à partida tem por objetivo ser um pouco assustador.
Não há muitos detalhes, não há muita caracterização, mas há emoção. A história é contada pelo narrador, que começa por apresentar o objeto da sua história: uma resma de papéis que encontrara numa caixa velha que comprara a um velho alfarrabista, juntamente com alguns livros. Esses papéis contavam a história (na primeira pessoa) de uma aventura vivida em 1813, por um jovem oficial inglês de vinte e dois anos. Esse jovem conta um episódio em que ele o o seu fiel companheiro de mar, Tom Corbin, foram a terra para falar com os seus apoiantes (o contexto é a guerra de Napoleão, as Invasões Francesas) em terras de Espanha, uns guerrilheiros espanhóis das Astúrias. Ao desembarcarem, veem-se num local ermo, uma aldeola pobre com pessoas assustadas. Sem haver montadas na estalagem para fazer o percurso pelas montanhas até ao acampamento dos guerrilheiros, Tom decide ir a pé, sozinho, mandando Edgar Burne (o oficial) à corveta para avisar sobre o percurso pelas montanhas. Depois de se separar de Tom, Edgar encontra-se com um estranho homem, que lhe diz que o seu companheiro, Tom, corre perigo pelas montanhas e também que o estalajadeiro tinha mentido pois havia um jumento na estalagem. No meio da conversa, diz que no meio das montanhas há uma estalagem, que antes pertencia ao zarolho estalajadeiro da aldeia, mas que agora é só das duas tias do velho estalajadeiro, velhas bruxas hediondas, afirmando que muitos viajantes haviam desaparecido por aquelas bandas. Pede a Edgar ajuda para reaver o jumento, rogando-lhe para ir atrás de Tom, pois dois sempre são mais do que um por aqueles caminhos. Edgar não aceita a proposta e parte para a corveta, para contar ao capitão. Os dois acabam por achar tudo muito estranho e Edgar volta a terra e vai atrás de Tom, acabando por chegar à estalagem das velhas. Aí vai enfrentar momentos e puro terror e estranheza.
É um conto simples, sem floreados e com uma escrita direta. Alguns termos são mais antigos e denotam a época em que foi escrita (1913), sendo interessante reviver tais épocas por estes meios. O conto tem todos os ingredientes para dar lugar a um sentimento de suspense ao leitor, principalmente antes de Edgar chegar à estalagem e durante o tempo que lá está. É de fácil leitura, bastante rápida. Não muito mais a dizer, por isso termino com um elogio ao conto, recomendando a sua leitura.
Um pequeno livro que se lê muito rápido, perfeito para quem procura uma distracção leve e ligeira. A história deste conto é interessante e bem estruturada, apesar de ser contada em tão poucas páginas. No início da narrativa ainda fiquei de pé atrás, pois o narrador enrola muito até começar a contar o que realmente nós queremos saber, mas depois acabamos por nos embrenhar na história (até porque a forma como é feita a passagem entre o ponto de vista do narrador e a história propriamente dita é bastante natural) e rapidamente chegamos ao fim com uma sensação agradável de missão cumprida. A trama não é elaborada, mas entretém o suficiente para passar um bom bocado.
Um livro pequenino que foi oferecido pelo DN no verão de 2008 e que possui um pequeno conto.
Gostei bastante do que li. Uma história pequena, que entreteve, que está muito bem escrita com um vocabulário rico mas que no entanto se lê sem qualquer esforço.
O que se passava naquela estalagem deixou-me espantada com a originalidade e com a simplicidade de uma armadilha tão bem criada.
Um livro ideal para levar para a praia ou para a esplanada e sentirmos o prazer do sol na pele e do sussurro das páginas a virar.
Este relato de terror y suspense ambientado en la costa cantábrica española durante la guerra de independencia, es, a mi parecer, uno de los mejores relatos de Joseph Conrad. Un oficial inglés desembarca en el norte de España siguiendo la pista de un marinero desaparecido, la búsqueda le conduce a una aldea en donde el tiempo parece haberse detenido en el pasado. Lugareños extraños, muertes misteriosas, superstición y suspense, son los elementos que mantienen viva la trama de esta historia hasta el final.
This tale, episode, experience-call it how you will-was related in the fifties of the last century by a man who, by his own confession, was sixty years old at the time. Sixty is not a bad age-unless in perspective, when no doubt it is contemplated by the majority of us with mixed feelings. It is a calm age; the game is practically over by then; and standing aside one begins to remember with a certain vividness what a fine fellow one used to be. I have observed that, by an amiable attention of Providence, most people at sixty begin to take a romantic view of themselves. Their very failures exhale a charm of peculiar potency. And indeed the hopes of the future are a fine company to live with, exquisite forms, fascinating if you like, but-so to speak-naked, stripped for a run. The robes of glamour are luckily the property of the immovable past which, without them, would sit, a shivery sort of thing, under the gathering shadows.
This Story gave me chills! And the writing is beautiful. For example, on coming upon the house he writes :
“Yes. It was a house right close, as though it had risen from the ground or had come gliding to meet him…”
I mean it builds dread perfectly, the descriptions of the various colourful characters are brilliant in their sarcasm and detail. This should be a cult horror classic!
Listened to an audio version. This story is a slow burn terror story that gets more interesting as it goes on. It's told as a third hand story repeated from what an old man claimed to have gleaned from loose diary pages, a common framing trope in Victorian and Edwardian horror literature. It contains some of the usual xenophobia and racism, the latter being aimed mostly at the Romani people.
The narrator for the audiobook was DREADFUL. I think she might have spoiled the short story a little. Or maybe the writing itself felt a bit… less than engaging. I can’t be sure. However I dread reading Heart of Darkness even more now.
The Inn of the Two Witches is a great little read if you like slow gothic horror, at least that's how I thought of it. I enjoyed it and the revelations at the end. The setting of the small inn was great and very atmospheric.
I listened to an audio recording and that was sublime.
Very scary story of tale at sea. Watch out for the gypsy girl with the tempting eyes. A friend from the depths of death always gives warning . Good short story.