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Afonso Catalão #1
A Célula Adormecida
Um professor universitário vê-se envolvido num ato terrorista de dimensão mundial. As autoridades intervêm e interrogam-no. Mas enquanto as primeiras respostas começam a surgir, uma dúvida persiste: por que motivo continua ele a mentir?
Lisboa desperta para um cenário aterrador. Um bombista suicida barrica-se no interior de um autocarro e o novo primeiro-ministro é encontrado morto. Ao mesmo tempo, uma jornalista tão bela como determinada recebe um ultimato de um ente querido — é sua responsabilidade descobrir toda a verdade.
Os serviços secretos portugueses reúnem provas e concluem que uma célula terrorista adormecida está pronta a ressurgir. Com um evento internacional a aproximar-se, pedem ajuda a Afonso Catalão, um reputado especialista em Ciência Política e Estudos Orientais que já viveu no Médio Oriente. Mas é aí que acabam por se deparar com um poço de mistérios e meias-verdade ainda mais negras do que o novo ataque que está prestes a acontecer.
Pedido pelos fãs, passado durante os 30 dias do Ramadão, abordando temas atuais como a xenofobia e o racismo, A Célula Adormecida transporta-nos numa viagem deslumbrante por locais como Istambul, ou o interior da Mesquita Central de Lisboa. Inovador entre o género dos thrillers religiosos, este é não só um livro de leitura compulsiva e voraz, como também uma incursão temerária aos segredos mais recônditos da vida privada de um homem.
Lisboa desperta para um cenário aterrador. Um bombista suicida barrica-se no interior de um autocarro e o novo primeiro-ministro é encontrado morto. Ao mesmo tempo, uma jornalista tão bela como determinada recebe um ultimato de um ente querido — é sua responsabilidade descobrir toda a verdade.
Os serviços secretos portugueses reúnem provas e concluem que uma célula terrorista adormecida está pronta a ressurgir. Com um evento internacional a aproximar-se, pedem ajuda a Afonso Catalão, um reputado especialista em Ciência Política e Estudos Orientais que já viveu no Médio Oriente. Mas é aí que acabam por se deparar com um poço de mistérios e meias-verdade ainda mais negras do que o novo ataque que está prestes a acontecer.
Pedido pelos fãs, passado durante os 30 dias do Ramadão, abordando temas atuais como a xenofobia e o racismo, A Célula Adormecida transporta-nos numa viagem deslumbrante por locais como Istambul, ou o interior da Mesquita Central de Lisboa. Inovador entre o género dos thrillers religiosos, este é não só um livro de leitura compulsiva e voraz, como também uma incursão temerária aos segredos mais recônditos da vida privada de um homem.
464 pages, Paperback
First published October 1, 2016
20 people are currently reading
652 people want to read
About the author
Nuno Nepomuceno
20 books444 followersNUNO NEPOMUCENO
Nasceu em 1978. É autor da série bestseller de thrillers psicológicos Afonso Catalão, com a qual foi N.º1 de vendas nacional, de duas séries de ficção em formato podcast e de diversos contos.
Nomeado para vários prémios, incluindo o de Ficção Lusófona 2019 das Livrarias Bertrand com A Última Ceia, do qual foi finalista, destacou-se em 2012, quando venceu o concurso literário Note! com a obra O Espião Português, o seu primeiro livro, que a Cultura Editora reeditou em 2021.
Apresenta agora A Noiva Judia, o derradeiro título da série que o notabilizou.
Para mais informações, consulte o site oficial do autor, www.nunonepomuceno.com, ou o microsite do livro, www.anoivajudia.com.
OBRAS
Trilogia Freelancer (em reedição pela Cultura Editora)
O Espião Português, A Espia do Oriente, A Hora Solene
Série Afonso Catalão
A Célula Adormecida, Pecados Santos, A Última Ceia, A Morte do Papa, O Cardeal, A Noiva Judia
Histórias do Bem e do Mal, Os Ficheiros Catalão, O Assassino, A Morte de Dario
Representação literária e imagem
Agência das Letras
e-mail: info@agenciadasletras.pt
Referências
N.º 1 nacional de vendas de livros.
N.º 1 nacional Fnac;
N. 1 nacional Continente;
N.º 1 nacional Bertrand;
N.º 3 nacional WOOK;
N.º 1 nacional Kobo;
N.º 1 nacional Apple;
N.º 1 nacional Amazon;
N.º1 nacional policiais e thrillers Wook.pt;
N.º 1 nacional policiais e thirllers Bertrand.pt;
N.º 1 nacional google play;
Prémios Literários
Prémio Note! 2012 (parceria grupo LeYa, revista Lux Woman e lojas Note!) - O Espião Português.
Finalista Prémio Bertrand Ficção Lusófona 2019 - A Última Ceia.
Geeks de Ouro - Melhor livro nacional 2020 - A Morte do Papa.
Nasceu em 1978. É autor da série bestseller de thrillers psicológicos Afonso Catalão, com a qual foi N.º1 de vendas nacional, de duas séries de ficção em formato podcast e de diversos contos.
Nomeado para vários prémios, incluindo o de Ficção Lusófona 2019 das Livrarias Bertrand com A Última Ceia, do qual foi finalista, destacou-se em 2012, quando venceu o concurso literário Note! com a obra O Espião Português, o seu primeiro livro, que a Cultura Editora reeditou em 2021.
Apresenta agora A Noiva Judia, o derradeiro título da série que o notabilizou.
Para mais informações, consulte o site oficial do autor, www.nunonepomuceno.com, ou o microsite do livro, www.anoivajudia.com.
OBRAS
Trilogia Freelancer (em reedição pela Cultura Editora)
O Espião Português, A Espia do Oriente, A Hora Solene
Série Afonso Catalão
A Célula Adormecida, Pecados Santos, A Última Ceia, A Morte do Papa, O Cardeal, A Noiva Judia
Histórias do Bem e do Mal, Os Ficheiros Catalão, O Assassino, A Morte de Dario
Representação literária e imagem
Agência das Letras
e-mail: info@agenciadasletras.pt
Referências
N.º 1 nacional de vendas de livros.
N.º 1 nacional Fnac;
N. 1 nacional Continente;
N.º 1 nacional Bertrand;
N.º 3 nacional WOOK;
N.º 1 nacional Kobo;
N.º 1 nacional Apple;
N.º 1 nacional Amazon;
N.º1 nacional policiais e thrillers Wook.pt;
N.º 1 nacional policiais e thirllers Bertrand.pt;
N.º 1 nacional google play;
Prémios Literários
Prémio Note! 2012 (parceria grupo LeYa, revista Lux Woman e lojas Note!) - O Espião Português.
Finalista Prémio Bertrand Ficção Lusófona 2019 - A Última Ceia.
Geeks de Ouro - Melhor livro nacional 2020 - A Morte do Papa.
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Displaying 1 - 30 of 167 reviews
June 5, 2020
Este é o segundo livro que leio do autor. Posso dizer, claramente, que estou completamente rendida à sua escrita.
Este livro fala-nos de um ataque terrorista a um autocarro de Lisboa, no qual morreram várias pessoas incluindo uma criança ao colo do bombista. Será que foi o Autoproclamado Estado Islâmico? Será que há uma Célula Adormecida em Portugal?
A partir deste acontecimento, começam a surgir uma avalanche de problemas. Será que está tudo interligado? Quem será que está por detrás destes acontecimentos?
Este livro leva-nos a conhecer mais sobre o Estado Islâmico e a refletir sobre o mesmo. Leva-nos a conhecer a cultura, os ideais.
Acho que esta leitura fez-me crescer enquanto leitora e enquanto pessoa. Há muita coisa que desconhecia antes de ler este livro, muita coisa que não pensava.
Este livro fala sobre um tema forte e atual de uma forma em que conseguimos ver os dois lados da moeda. Fala-nos de duas perspectivas, do terror e do medo.
Esta leitura fez-me despertar diversos sentimentos, fez-me ver o outro lado das coisas, o lado que nunca é referido. Fez-me ver a dor, o medo, a dificuldade. Fez-me ver a força e a luta constante. E ficará para sempre na minha memória.
Este livro fala-nos de um ataque terrorista a um autocarro de Lisboa, no qual morreram várias pessoas incluindo uma criança ao colo do bombista. Será que foi o Autoproclamado Estado Islâmico? Será que há uma Célula Adormecida em Portugal?
A partir deste acontecimento, começam a surgir uma avalanche de problemas. Será que está tudo interligado? Quem será que está por detrás destes acontecimentos?
Este livro leva-nos a conhecer mais sobre o Estado Islâmico e a refletir sobre o mesmo. Leva-nos a conhecer a cultura, os ideais.
Acho que esta leitura fez-me crescer enquanto leitora e enquanto pessoa. Há muita coisa que desconhecia antes de ler este livro, muita coisa que não pensava.
Este livro fala sobre um tema forte e atual de uma forma em que conseguimos ver os dois lados da moeda. Fala-nos de duas perspectivas, do terror e do medo.
Esta leitura fez-me despertar diversos sentimentos, fez-me ver o outro lado das coisas, o lado que nunca é referido. Fez-me ver a dor, o medo, a dificuldade. Fez-me ver a força e a luta constante. E ficará para sempre na minha memória.
February 8, 2017
Logo após o término da trilogia Freelancer que esperava com muita ansiedade e expetativa o novo livro de Nuno Nepomuceno.
Depois do enorme sucesso da trilogia será que Nuno conseguiria ver-se livre de André Marques Smith e da espionagem? Como seria o novo livro? Eram questões que me colocava frequentemente.
Quando vi que o autor ia mudar um pouco de registo (deixou a espionagem, ou nem tanto assim), fiquei ainda mais curiosa para saber se tinha feito bem.
A Célula Adormecida (que capa!) começa com o ataque a uma autocarro em Lisboa, que logo é reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico. E quase ao mesmo tempo o vencedor das eleições para o cargo de Primeiro-Ministro suicida-se. Mas será tudo assim tão linear? Será que foi mesmo o autoproclamado Estado Islâmico que esteve envolvido na explosão que mataria várias pessoas? E relativamente à morte do futuro Primeiro-Ministro? Tudo aponta para um suicídio, mas a sua mulher diz que Henrique Brandão Melo não se suicidaria...
opinião completa: http://marcadordelivros.blogspot.pt/2...
Depois do enorme sucesso da trilogia será que Nuno conseguiria ver-se livre de André Marques Smith e da espionagem? Como seria o novo livro? Eram questões que me colocava frequentemente.
Quando vi que o autor ia mudar um pouco de registo (deixou a espionagem, ou nem tanto assim), fiquei ainda mais curiosa para saber se tinha feito bem.
A Célula Adormecida (que capa!) começa com o ataque a uma autocarro em Lisboa, que logo é reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico. E quase ao mesmo tempo o vencedor das eleições para o cargo de Primeiro-Ministro suicida-se. Mas será tudo assim tão linear? Será que foi mesmo o autoproclamado Estado Islâmico que esteve envolvido na explosão que mataria várias pessoas? E relativamente à morte do futuro Primeiro-Ministro? Tudo aponta para um suicídio, mas a sua mulher diz que Henrique Brandão Melo não se suicidaria...
opinião completa: http://marcadordelivros.blogspot.pt/2...
January 18, 2020
Mas. Que. Livro.! Eu sei que não devia estar tão espantada, afinal conheço o Nuno e tenho real noção do seu talento, mas tenho que admitir que superou qualquer expectativa que eu pudesse ter. Não menosprezando a Trilogia Freelancer, A Célula Adormecida está noutro patamar. Se por um lado o volume do livro pode assustar, afinal são quase 600 páginas, por outro lado não lhe adicionava nem tirava uma página que fosse. Quando encontrei o último ponto final, senti que estava perante um livro assombroso, um dos melhores livros da actualidade, sem sombra de dúvidas. Não me custa sequer imaginar que, mais cedo ou mais tarde, se tornará numa autêntica referência no que diz respeito a policiais/thrillers/romances(gerais) relacionados com terrorismo, mais propriamente com o auto-proclamado Estado Islâmico. A quantidade de informação, nunca sendo demasiada, está perfeitamente equilibrada. Cada ingrediente é dado no momento certo e, terminada a leitura, sinto-me uma pessoa muito mais culta, muito mais conhecedora de um tema tão actual e que é alvo de tanta desinformação.
Como vocês sabem, principalmente por ter apresentado os últimos dois livros dele, o Nuno Nepomuceno, mais do que um autor, tornou-se um amigo. E ler o livro de um amigo é sempre um momento de responsabilidade, a sinceridade torna-se ainda mais vital, daí a necessidade de nos afastarmos desse papel e pegarmos na obra como se de um desconhecido se tratasse. E a verdade é que parecia que estava mesmo a ler um livro de um autor que nunca tinha lido. Houve uma espécie de emancipação na maturidade da escrita, muito sóbria, muito sólida, muito dura. A sensibilidade que era tão característica na Trilogia Freelancer transformou-se em algo maior, num pesar bem articulado e factual. Também o formato da narrativa mudou um pouco, com capítulos mais rápidos, vários protagonistas em paralelo que são determinantes para o rumo final da história e mais não digo, para não estragar ou fazer prever algo sobre a leitura.
Não quero falar sobre a história em si. A sinopse diz quanto baste e acho que o essencial a retirar desta leitura é que a minha admiração pela postura deste livro não tem fim. É completamente despretensioso, ao mesmo tempo que é uma lufada de ar fresco necessária. São poucos os livros deste género que se dão ao trabalho de educar o leitor, de fazer questão de elucidar, com pormenor quanto baste, as idiossincrasias que rodeiam o enredo. Muito se fala sobre muçulmanos, radicais, as guerras do médio oriente, os potenciais interesses económicos das principais potencias mundiais, mas pouco se mergulha no que realmente significa ser muçulmano, na crença em Maomé e pelo que é regido o Alcorão. Este livro é precioso em vários sentidos, mas este é um dos principais, principalmente pelas consequências que vamos testemunhando no que toca ao preconceito, à total ignorância consciente, pois é mais fácil colocar as culpas no que se desconhece do que tentar-se conhecer e compreender a diferença.
Tenho tido mesmo muito pouco tempo para ler, mas a minha relação com o livro tornou-se algo dependente. Dei por mim sem me aperceber das horas a passarem, a parar só para comer, e mesmo tendo tanta coisa da faculdade por completar, não resisti em fazer uma pequena maratona para não acabar o fim-de-semana sem o ler. Gostei muito da desenvoltura da história, da mistura de uns quantos géneros, perfeitamente alinhados, de forma a proporcionar ao leitor uma leitura ritmada, apaixonada, expectante e surpreendente. São várias as questões que levantamos sobre a trama ao longo da mesma, são vários os momentos em que sorrimos, outros em que o coração se aperta e outros em que tudo se torna tão negro que houve momentos em que ceguei, de sentir uma revolta tão pura por saber que aquilo acontece na vida real. Lisboa foi o palco escolhido para a ficção, mas podia não ser ficção, em muitas cidades é exactamente aquilo que tem acontecido. E a conclusão é que a incompreensão leva ao ódio e o ódio ao imprevisível. Uma pessoa é capaz de se transformar por completo e ser autor de acções que nunca antes teria sido capaz sequer de se imaginar pensá-las. Gostei. Muito. Na verdade, acho que é um grande candidato a livro do ano.
Como vocês sabem, principalmente por ter apresentado os últimos dois livros dele, o Nuno Nepomuceno, mais do que um autor, tornou-se um amigo. E ler o livro de um amigo é sempre um momento de responsabilidade, a sinceridade torna-se ainda mais vital, daí a necessidade de nos afastarmos desse papel e pegarmos na obra como se de um desconhecido se tratasse. E a verdade é que parecia que estava mesmo a ler um livro de um autor que nunca tinha lido. Houve uma espécie de emancipação na maturidade da escrita, muito sóbria, muito sólida, muito dura. A sensibilidade que era tão característica na Trilogia Freelancer transformou-se em algo maior, num pesar bem articulado e factual. Também o formato da narrativa mudou um pouco, com capítulos mais rápidos, vários protagonistas em paralelo que são determinantes para o rumo final da história e mais não digo, para não estragar ou fazer prever algo sobre a leitura.
Não quero falar sobre a história em si. A sinopse diz quanto baste e acho que o essencial a retirar desta leitura é que a minha admiração pela postura deste livro não tem fim. É completamente despretensioso, ao mesmo tempo que é uma lufada de ar fresco necessária. São poucos os livros deste género que se dão ao trabalho de educar o leitor, de fazer questão de elucidar, com pormenor quanto baste, as idiossincrasias que rodeiam o enredo. Muito se fala sobre muçulmanos, radicais, as guerras do médio oriente, os potenciais interesses económicos das principais potencias mundiais, mas pouco se mergulha no que realmente significa ser muçulmano, na crença em Maomé e pelo que é regido o Alcorão. Este livro é precioso em vários sentidos, mas este é um dos principais, principalmente pelas consequências que vamos testemunhando no que toca ao preconceito, à total ignorância consciente, pois é mais fácil colocar as culpas no que se desconhece do que tentar-se conhecer e compreender a diferença.
Tenho tido mesmo muito pouco tempo para ler, mas a minha relação com o livro tornou-se algo dependente. Dei por mim sem me aperceber das horas a passarem, a parar só para comer, e mesmo tendo tanta coisa da faculdade por completar, não resisti em fazer uma pequena maratona para não acabar o fim-de-semana sem o ler. Gostei muito da desenvoltura da história, da mistura de uns quantos géneros, perfeitamente alinhados, de forma a proporcionar ao leitor uma leitura ritmada, apaixonada, expectante e surpreendente. São várias as questões que levantamos sobre a trama ao longo da mesma, são vários os momentos em que sorrimos, outros em que o coração se aperta e outros em que tudo se torna tão negro que houve momentos em que ceguei, de sentir uma revolta tão pura por saber que aquilo acontece na vida real. Lisboa foi o palco escolhido para a ficção, mas podia não ser ficção, em muitas cidades é exactamente aquilo que tem acontecido. E a conclusão é que a incompreensão leva ao ódio e o ódio ao imprevisível. Uma pessoa é capaz de se transformar por completo e ser autor de acções que nunca antes teria sido capaz sequer de se imaginar pensá-las. Gostei. Muito. Na verdade, acho que é um grande candidato a livro do ano.
February 21, 2021
#LerNepi
Adorei a experiência de ler pela primeira vez um livro deste autor nacional!
A escrita do Nuno é maravilhosa é de facil acesso. Tem uma optima forma de abordar o tema dos refugiados e do terrorismo que a eles é a muito associado. A mistura da ficçao e de acontecimentos reais foi super bem conseguida... sem duvida ansiosa pela proxima leitura ( pecados santos)
Adorei a experiência de ler pela primeira vez um livro deste autor nacional!
A escrita do Nuno é maravilhosa é de facil acesso. Tem uma optima forma de abordar o tema dos refugiados e do terrorismo que a eles é a muito associado. A mistura da ficçao e de acontecimentos reais foi super bem conseguida... sem duvida ansiosa pela proxima leitura ( pecados santos)
November 17, 2016
A minha opinião em vídeo: https://youtu.be/GqH3Y5aoHBU
Um livro muito bem construído e conseguido.
Dentro do género, é sem dúvida o melhor que li, embora não seja o meu género de leitura e não o tenho adorado por isso mesmo.
A escrita e o léxico estão superiores a muitos autores da nossa praça.
O autor está de parabéns!
Um livro muito bem construído e conseguido.
Dentro do género, é sem dúvida o melhor que li, embora não seja o meu género de leitura e não o tenho adorado por isso mesmo.
A escrita e o léxico estão superiores a muitos autores da nossa praça.
O autor está de parabéns!
June 2, 2020
Se em 2016 "devorei" a primeira edição (podem ler e ver o meu vídeo AQUI), o que dizer desta nova re-edição? Comecei a lê-lo na 3ª feira à noite, dia 19, e na noite seguinte, dia 20, terminei-o, contabilizando as horas devo ter lido o livro num total de cerca 5h30. Sim, eu sei, sou uma papa-livros =D
Apesar de ter sido uma releitura, e de me recordar dos contornos gerais e de alguns acontecimentos marcantes, a verdade é que, também havia montes de pormenores que já não me lembrava e, por isso, foi muito bom voltar a conhecer o professor Afonso Catalão.
Na mesma noite, temos um ataque a um autocarro no centro de Lisboa e que foi reivindicado pelo auto-proclamado Estado Islâmico; e vencedor das eleições para Primeiro-Ministro é encontrado morto.
O ataque terá sido um acto isolado ou a preparação para algo maior? Será que terá mesmo sido levado a cabo pelo auto-proclamado Estado Islâmico? E quanto à morte do futuro Primeiro-Ministro, terá sido suicídio ou assassinato? Tudo aponta para suicido mas a sua esposa discorda. E estarão os dois acontecimentos relacionados?
Estas são apenas algumas das questões que são abordadas ao longo da narrativa.
Afonso Catalão, professor universitário e especialista em Ciência Política e Estudos Orientais, acaba por se ver envolvido na investigação e tem um passado cheio de segredos. Também a jornalista Diana Santos Silva, começa a investigar os dois acontecimentos e cruzar-se com o nosso professor Catalão.
Temos ainda uma família muçulmana, onde vamos conhecendo quer as dificuldades que enfrentaram como refugiados, mas também a adaptação social a um país com costumes diferentes.
Mas não pensem que o Nuno se limita apenas a Lisboa, não, nada disso. Viajamos também até Istambul e também vamos até ao passado, quer de Afonso mas também de outros personagens.
Quatro anos depois da primeira edição, os temas continuam ainda muito actuais. O drama dos refugiados, terromismo, vingança, preconceito e intolerância.
Com uma escrita directa, uma narrativa muito interessante, cheia de segredos a desvendar, e os capítulos curtos, tornam a leitura muito rápida.
Esta nova edição, além da fantástica capa, traz ainda um final alternativo, que serve de ponte ao livro Pecados Santos, bem como um conto inédito, escrito pela Sarita e é lindo.
Se já recomendava antes, volto a recomendar ainda mais =D
Apesar de ter sido uma releitura, e de me recordar dos contornos gerais e de alguns acontecimentos marcantes, a verdade é que, também havia montes de pormenores que já não me lembrava e, por isso, foi muito bom voltar a conhecer o professor Afonso Catalão.
Na mesma noite, temos um ataque a um autocarro no centro de Lisboa e que foi reivindicado pelo auto-proclamado Estado Islâmico; e vencedor das eleições para Primeiro-Ministro é encontrado morto.
O ataque terá sido um acto isolado ou a preparação para algo maior? Será que terá mesmo sido levado a cabo pelo auto-proclamado Estado Islâmico? E quanto à morte do futuro Primeiro-Ministro, terá sido suicídio ou assassinato? Tudo aponta para suicido mas a sua esposa discorda. E estarão os dois acontecimentos relacionados?
Estas são apenas algumas das questões que são abordadas ao longo da narrativa.
Afonso Catalão, professor universitário e especialista em Ciência Política e Estudos Orientais, acaba por se ver envolvido na investigação e tem um passado cheio de segredos. Também a jornalista Diana Santos Silva, começa a investigar os dois acontecimentos e cruzar-se com o nosso professor Catalão.
Temos ainda uma família muçulmana, onde vamos conhecendo quer as dificuldades que enfrentaram como refugiados, mas também a adaptação social a um país com costumes diferentes.
Mas não pensem que o Nuno se limita apenas a Lisboa, não, nada disso. Viajamos também até Istambul e também vamos até ao passado, quer de Afonso mas também de outros personagens.
Quatro anos depois da primeira edição, os temas continuam ainda muito actuais. O drama dos refugiados, terromismo, vingança, preconceito e intolerância.
Com uma escrita directa, uma narrativa muito interessante, cheia de segredos a desvendar, e os capítulos curtos, tornam a leitura muito rápida.
Esta nova edição, além da fantástica capa, traz ainda um final alternativo, que serve de ponte ao livro Pecados Santos, bem como um conto inédito, escrito pela Sarita e é lindo.
Se já recomendava antes, volto a recomendar ainda mais =D
December 20, 2017
Por onde começar a falar deste livro?
Acabado de ler ainda me está a custar desligar deste cenário, destas personagens que tanto me fizeram devorar cada palavra, frase e cada capítulo..
Um livro em que a escrita, o enredo e a religião mulçumana se completam!
Uma verdadeira lição do Médio Oriente!
Este escritor não só trouxe um tema muito debatado nos últimos tempos como nos ensina a sermos mais humanos e compreendermos o que nos rodeia!
A ação vai-se intercalando em Lisboa e Istambul e segue várias personagens..
Do passado ao presente, a ação decorre durante um mês, no Ramadão, que nos vai dando a conhecer um pouco mais sobre o que isso representa para a cultura mulçumana...
Apesar de em Portugal encontrarmos várias culturas e religiões diferentes, na minha opinião devemos todos respeitar o que os outros escolhem e nunca usar a religião como uma arma, ou uma desculpa para alcançar objetivos que possam destruir alguém!
Vivemos num mundo que ainda precisa de mudar, onde a liberdade faz falta em certas sociedades, mas muitas sociedades mais abertas ainda encontramos o preconceito e o racismo, sendo que são das lutas mais constantes no mundo!
Um livro que recomendo imenso e um autor que lerei mais de certeza!
Acabado de ler ainda me está a custar desligar deste cenário, destas personagens que tanto me fizeram devorar cada palavra, frase e cada capítulo..
Um livro em que a escrita, o enredo e a religião mulçumana se completam!
Uma verdadeira lição do Médio Oriente!
Este escritor não só trouxe um tema muito debatado nos últimos tempos como nos ensina a sermos mais humanos e compreendermos o que nos rodeia!
A ação vai-se intercalando em Lisboa e Istambul e segue várias personagens..
Do passado ao presente, a ação decorre durante um mês, no Ramadão, que nos vai dando a conhecer um pouco mais sobre o que isso representa para a cultura mulçumana...
Apesar de em Portugal encontrarmos várias culturas e religiões diferentes, na minha opinião devemos todos respeitar o que os outros escolhem e nunca usar a religião como uma arma, ou uma desculpa para alcançar objetivos que possam destruir alguém!
Vivemos num mundo que ainda precisa de mudar, onde a liberdade faz falta em certas sociedades, mas muitas sociedades mais abertas ainda encontramos o preconceito e o racismo, sendo que são das lutas mais constantes no mundo!
Um livro que recomendo imenso e um autor que lerei mais de certeza!
March 11, 2019
Para mim, um dos melhores livros que li.
September 29, 2018
5* porque não pode ser mais. Gostei do tema, da forma com o autor o aborda... Adorei a escrita! Dos melhores livros que li este ano! Com certeza vou ler outras obras do Nuno Nepomuceno!
March 7, 2021
Este é o primeiro livro que leio do Nuno Nepomuceno e posso dizer que fiquei agradavelmente surpreendida. Tanto que o li entre ontem e hoje de manhã. Isso aconteceu por dois motivos: ter tempo livre, claro, e a ação desenrolar-se de forma bastante rápida e de forma a aguçar a curiosidade do leitor, o que fez com que quisesse sempre virar as páginas e saber o que ia acontecer a seguir e isso é um trabalho fantástico do autor.
Confesso que poderia ter algum preconceito com o livro pois o tema do terrorismo, conspirações políticas e religião é algo que estou mais habituada a assistir em filmes de Hollywood ou nos livros do Dan Castanho e não imaginei que Portugal, um país onde não se passa nada, desse um bom fundo para este tipo de ação, mas consoante ia avançando na leitura isso não me fez nenhum tipo de confusão - mérito total do autor, que não transformou o livro em tiros e perseguições e pegou num tema bastante atual e tratou-o de forma inteligente e nada sensacionalista ou pouco verosímil.
A única coisa que me fez comichão no livro, ou coisas, pois foram duas e ambas relacionadas com a coprotagonista, a jornalista Diana. A constante referência ao seu cabelo vermelho, ruivo, cor de fogo, cor de cenoura e outras comparações para a sua cor. Compreendo que faça sentido a constante menção sempre que aparecia, principalmente depois do episódio na Turquia e da descoberta subsequente, mas parecia que a mulher era só o cabelo de cor exótica. Também me irritou a subserviência da Diana, que me pareceu ser uma mulher inteligente, que sabe o que quer, emancipada e senhora do seu nariz a rebaixar-se àquele traste do Gustavo, mas finalmente impôs-se.
No geral foi uma excelente leitura e agora estou curiosa com Pecados Santos, que será o próximo a vir da biblioteca.
Confesso que poderia ter algum preconceito com o livro pois o tema do terrorismo, conspirações políticas e religião é algo que estou mais habituada a assistir em filmes de Hollywood ou nos livros do Dan Castanho e não imaginei que Portugal, um país onde não se passa nada, desse um bom fundo para este tipo de ação, mas consoante ia avançando na leitura isso não me fez nenhum tipo de confusão - mérito total do autor, que não transformou o livro em tiros e perseguições e pegou num tema bastante atual e tratou-o de forma inteligente e nada sensacionalista ou pouco verosímil.
A única coisa que me fez comichão no livro, ou coisas, pois foram duas e ambas relacionadas com a coprotagonista, a jornalista Diana. A constante referência ao seu cabelo vermelho, ruivo, cor de fogo, cor de cenoura e outras comparações para a sua cor. Compreendo que faça sentido a constante menção sempre que aparecia, principalmente depois do episódio na Turquia e da descoberta subsequente, mas parecia que a mulher era só o cabelo de cor exótica. Também me irritou a subserviência da Diana, que me pareceu ser uma mulher inteligente, que sabe o que quer, emancipada e senhora do seu nariz a rebaixar-se àquele traste do Gustavo, mas finalmente impôs-se.
No geral foi uma excelente leitura e agora estou curiosa com Pecados Santos, que será o próximo a vir da biblioteca.
December 20, 2016
Quem me conhece sabe que 5* para mim é coisa rara!
Este livro é fantástico! Posso dizer que aprendi bastante, que se fica com uma ideia diferente de muitas coisas e se passa a desconfiar de outras.
Parabens Nuno por mais um grande livro e asseguro que quando houver um próximo vou querer lê-lo!
Este livro é fantástico! Posso dizer que aprendi bastante, que se fica com uma ideia diferente de muitas coisas e se passa a desconfiar de outras.
Parabens Nuno por mais um grande livro e asseguro que quando houver um próximo vou querer lê-lo!
November 6, 2016
8 de 10*
Tenho quase a certeza que se tivesse lido este livro sem saber o seu autor, iria descobrir quem era. Isto porque, apesar de ser um jovem escritor, Nuno Nepomuceno coloca um cunho muito pessoal nos seus livros. Primeiro, a forma como descreve os seus personagens, como os rodeia de mistério antes de nos dar a conhecê-los. Depois toda a preparação que revela sobre os temas que aborda e locais onde se passa a acção. Nuno não escreve nada em vão nem sem estar devidamente documentado, o que torna as suas histórias ricas e credíveis.
Comentário completo em:
http://abibliotecadajoao.blogspot.pt/...
Tenho quase a certeza que se tivesse lido este livro sem saber o seu autor, iria descobrir quem era. Isto porque, apesar de ser um jovem escritor, Nuno Nepomuceno coloca um cunho muito pessoal nos seus livros. Primeiro, a forma como descreve os seus personagens, como os rodeia de mistério antes de nos dar a conhecê-los. Depois toda a preparação que revela sobre os temas que aborda e locais onde se passa a acção. Nuno não escreve nada em vão nem sem estar devidamente documentado, o que torna as suas histórias ricas e credíveis.
Comentário completo em:
http://abibliotecadajoao.blogspot.pt/...
February 14, 2021
Adorei está leitura. Personagens que vão surgindo e vão se desenvolvendo ao longo da história, uma leitura compulsiva e viciante e que nos faz rir e sofrer com as personagens. Gosto do Afonso Catalão e dos seus mistérios e da sua compaixão e retidão de pensamento e de ações, mesmo que às vezes seja difícil ser-lhes fiel.
A principal mensagem, na minha opinião, é: não é por ser muçulmano que é terrorista, nem por ser crente do Islão que é terrorista. Todas as religiões são contra a violência gratuita e a destruição de vidas inocentes. Mas coisas como a pobreza, a humilhação, a crueldade, o desprezo e o desespero é uma porta para o extremismo e a radicalização e a sociedade está demasiado presa a esteriótipos e a repudiar o que lhe é diferente que se esquece que somos todos iguais independente da cor da pele, da religião ou da sexualidade.
A minha estreia com este escritor e fiquei fã.
5*
A principal mensagem, na minha opinião, é: não é por ser muçulmano que é terrorista, nem por ser crente do Islão que é terrorista. Todas as religiões são contra a violência gratuita e a destruição de vidas inocentes. Mas coisas como a pobreza, a humilhação, a crueldade, o desprezo e o desespero é uma porta para o extremismo e a radicalização e a sociedade está demasiado presa a esteriótipos e a repudiar o que lhe é diferente que se esquece que somos todos iguais independente da cor da pele, da religião ou da sexualidade.
A minha estreia com este escritor e fiquei fã.
5*
February 6, 2017
4.3
« O Nuno é detentor de uma narrativa fotográfica invejável, quando descreve cenários além-fronteiras oferece um retracto vivo, dinâmico e extraordinário. É um prazer viajar nas palavras de Nuno.
Apreciei a pesquisa que verteu no livro. O cuidado e a linearidade que utilizou na explicação dos eventos. Foram descritos e explicados rituais que desconhecia, tal como as razões que os suportam.
Gostei do toque sombrio e realista que acompanha o livro. Os eventos dilacerantes que acontecem a algumas personagens são crus, “em bruto” e dão personalidade ao livro! Apesar de muito dramáticos e em “catapulta” são importantes, no objectivo que julgo acompanhar o livro.
Na minha opinião, a necessidade de contextualizar a história, de explicar determinados eventos, por vezes deslocou/afastou a tensão que a ficção requer em determinado momento da curva da narrativa. Nada que afecte a qualidade do livro, longe disso. Até porque a escrita é para ser ousada e quebrar estereótipos e moldes.
Dos 4 livros que li do autor este é o mais sombrio, o que tem mais “substância” ou retorno para o leitor, se preferirem. O que tem a mensagem mais forte E acaba por mostrar de uma forma muito simples que a vida não é feita de linhas rectas, antes de linhas retorcidas que se enrolam e se prendem umas nas outras. E cabe (...)
Ler mais em:
Opinião: A Célula Adormecida de Nuno Nepomuceno |Livros e Marcadores
« O Nuno é detentor de uma narrativa fotográfica invejável, quando descreve cenários além-fronteiras oferece um retracto vivo, dinâmico e extraordinário. É um prazer viajar nas palavras de Nuno.
Apreciei a pesquisa que verteu no livro. O cuidado e a linearidade que utilizou na explicação dos eventos. Foram descritos e explicados rituais que desconhecia, tal como as razões que os suportam.
Gostei do toque sombrio e realista que acompanha o livro. Os eventos dilacerantes que acontecem a algumas personagens são crus, “em bruto” e dão personalidade ao livro! Apesar de muito dramáticos e em “catapulta” são importantes, no objectivo que julgo acompanhar o livro.
Na minha opinião, a necessidade de contextualizar a história, de explicar determinados eventos, por vezes deslocou/afastou a tensão que a ficção requer em determinado momento da curva da narrativa. Nada que afecte a qualidade do livro, longe disso. Até porque a escrita é para ser ousada e quebrar estereótipos e moldes.
Dos 4 livros que li do autor este é o mais sombrio, o que tem mais “substância” ou retorno para o leitor, se preferirem. O que tem a mensagem mais forte E acaba por mostrar de uma forma muito simples que a vida não é feita de linhas rectas, antes de linhas retorcidas que se enrolam e se prendem umas nas outras. E cabe (...)
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Opinião: A Célula Adormecida de Nuno Nepomuceno |Livros e Marcadores
November 13, 2016
A leitura foi rápida. As quase seiscentas páginas são feitas de adrenalina e o ritmo imposto não tem piedade do leitor. Mas isso eu já esperava, pois foi assim com a Trilogia Freelancer (O Espião Português, A Espia do Oriente e A Hora Solene). Desta vez eu queria mais.
Tem-se tornado algo difícil ler os livros de quem estimo. E o Nuno, pela sua dedicação e capacidade de trabalho, é um autor que cada vez mais admiro e que gosto de acompanhar de perto. Curiosamente, em vez de me tornar benevolente e dar palmadinhas nas costas, torno-me mais exigente e severa com as pessoas de quem gosto. Mas só com aquelas que acho que podem chegar mais longe. É uma forma esquisita de demonstrar carinho, eu sei, mas sou dura porque acredito e porque quero (quero mesmo) que quem tem talento e investe tempo e suor na escrita tenha a devida compensação.
Bom, está mais do que visto que esta opinião dificilmente será imparcial, mas, dada a natureza do que explico acima, o meu grande receio era prejudicar o autor. E isso eu não podia conceber.
O livro está lido e os receios postos de parte. O Nuno superou as expectativas e poupa-me os remorsos de ter que escrever que esperava melhor. Bom, na verdade espero mais. Espero sempre. Mas para o próximo livro.
Depois desta longa introdução quero dizer-vos que esta foi uma leitura envolvente, com várias áreas de acção, cheia de mistério e pulso acelerado. O tema é extraordinário, não só por ser actual, mas por permitir tantas possibilidades de intriga que o Nuno soube (muito bem) aproveitar.
Quem nunca pensou na possibilidade de um atentado terrorista em Portugal? Nos tempos que correm é fácil conceber essa hipótese, infelizmente. Um atentado em Lisboa na noite das eleições legislativas é a premissa para esta fantástica viagem que, mais do que um romance policial ou de espionagem, é uma brilhante chamada de atenção para a intolerância religiosa.
É notória a pesquisa e a preparação do autor para este livro, eu diria até notável, e, ao contrário do que verifiquei nos livros anteriores, a forma como a informação passa para o leitor é mais cuidada. Os dados (políticos, sociais ou geográficos) são tema suculento de diálogos, por vezes acesas discussões que aumentam o estado de alerta para assimilar informação. Os locais vão sendo descritos de modo cadenciado, sem precipitações, como um palco que vai sendo montado à medida que se desenrola a trama. Em algumas ocasiões senti que podia estar a ler um livro de viagens, nomeadamente na parte que decorre na Turquia.
Em resumo, neste novo livro, Nuno Nepomuceno toca na ferida de temas polémicos da actualidade com a sua escrita envolvente e elegante. De forma fluída e muito bem conseguida expõe o drama dos refugiados sírios, o conflito do médio oriente (ou talvez conflitos seja mais adequado) e a guerra do petróleo. Mostra uma Lisboa multicultural e (infelizmente) intolerante. Leva o leitor pela mão à Mesquita Central de Lisboa e ensina (ou não tivesse sido ele professor) o que significa ser muçulmano. Faz uma viagem pelo mundo fútil de quem vive da imagem e pela manipulação dos media. Apresenta uma das minhas personagens preferidas de sempre, Afonso Catalão, que, como tem de ser, não é o que aparenta. E é, de resto, o principal símbolo da maturidade deste livro. André Marques-Smith ficou lá atrás. Confesso que gostava de me voltar a encontrar com o Afonso noutros livros.
Se é previsível? Sim, quanto baste, mas se calhar no que menos importa. Descansem que as surpresas são muitas e estarão constantemente a repetir com os olhos arregalados “só mais um capítulo!”.
Leiam-no! É aposta segura.
http://planetamarcia.blogs.sapo.pt/a-...
Tem-se tornado algo difícil ler os livros de quem estimo. E o Nuno, pela sua dedicação e capacidade de trabalho, é um autor que cada vez mais admiro e que gosto de acompanhar de perto. Curiosamente, em vez de me tornar benevolente e dar palmadinhas nas costas, torno-me mais exigente e severa com as pessoas de quem gosto. Mas só com aquelas que acho que podem chegar mais longe. É uma forma esquisita de demonstrar carinho, eu sei, mas sou dura porque acredito e porque quero (quero mesmo) que quem tem talento e investe tempo e suor na escrita tenha a devida compensação.
Bom, está mais do que visto que esta opinião dificilmente será imparcial, mas, dada a natureza do que explico acima, o meu grande receio era prejudicar o autor. E isso eu não podia conceber.
O livro está lido e os receios postos de parte. O Nuno superou as expectativas e poupa-me os remorsos de ter que escrever que esperava melhor. Bom, na verdade espero mais. Espero sempre. Mas para o próximo livro.
Depois desta longa introdução quero dizer-vos que esta foi uma leitura envolvente, com várias áreas de acção, cheia de mistério e pulso acelerado. O tema é extraordinário, não só por ser actual, mas por permitir tantas possibilidades de intriga que o Nuno soube (muito bem) aproveitar.
Quem nunca pensou na possibilidade de um atentado terrorista em Portugal? Nos tempos que correm é fácil conceber essa hipótese, infelizmente. Um atentado em Lisboa na noite das eleições legislativas é a premissa para esta fantástica viagem que, mais do que um romance policial ou de espionagem, é uma brilhante chamada de atenção para a intolerância religiosa.
É notória a pesquisa e a preparação do autor para este livro, eu diria até notável, e, ao contrário do que verifiquei nos livros anteriores, a forma como a informação passa para o leitor é mais cuidada. Os dados (políticos, sociais ou geográficos) são tema suculento de diálogos, por vezes acesas discussões que aumentam o estado de alerta para assimilar informação. Os locais vão sendo descritos de modo cadenciado, sem precipitações, como um palco que vai sendo montado à medida que se desenrola a trama. Em algumas ocasiões senti que podia estar a ler um livro de viagens, nomeadamente na parte que decorre na Turquia.
Em resumo, neste novo livro, Nuno Nepomuceno toca na ferida de temas polémicos da actualidade com a sua escrita envolvente e elegante. De forma fluída e muito bem conseguida expõe o drama dos refugiados sírios, o conflito do médio oriente (ou talvez conflitos seja mais adequado) e a guerra do petróleo. Mostra uma Lisboa multicultural e (infelizmente) intolerante. Leva o leitor pela mão à Mesquita Central de Lisboa e ensina (ou não tivesse sido ele professor) o que significa ser muçulmano. Faz uma viagem pelo mundo fútil de quem vive da imagem e pela manipulação dos media. Apresenta uma das minhas personagens preferidas de sempre, Afonso Catalão, que, como tem de ser, não é o que aparenta. E é, de resto, o principal símbolo da maturidade deste livro. André Marques-Smith ficou lá atrás. Confesso que gostava de me voltar a encontrar com o Afonso noutros livros.
Se é previsível? Sim, quanto baste, mas se calhar no que menos importa. Descansem que as surpresas são muitas e estarão constantemente a repetir com os olhos arregalados “só mais um capítulo!”.
Leiam-no! É aposta segura.
http://planetamarcia.blogs.sapo.pt/a-...
March 28, 2023
Um ataque terrorista num autocarro em Lisboa, em noite de eleições legislativas?
Estará relacionado com o autoproclamado estado islâmico? Haverá uma célula adormecida em Portugal? Infelizmente, nos tempos que correm é fácil conceber essa hipótese.
Com esta premissa, adicionei imediatamente este livro na minha wishlist.
A "Célula Adormecida" é o primeiro livro que leio do Nuno Nepomuceno e, neste momento, estou entusiasmado para ler os restantes já publicados com as aventuras do professor Afonso Catalão.
A história é muito empolgante. Para além de muita ação são discutidos temas da atualidade, alvos de tanta desinformação: o conflito do médio oriente, os refugiados, a guerra do petróleo, o que é ser um muçulmano, uma Lisboa intolerante,... Nota-se que houve um grande trabalho de investigação e a informação é apresentada de uma forma muito equilibrada.
São histórias como esta que me fazem relembrar o quão prazeroso é ler um livro. E que orgulho ser de um autor nacional.
Estará relacionado com o autoproclamado estado islâmico? Haverá uma célula adormecida em Portugal? Infelizmente, nos tempos que correm é fácil conceber essa hipótese.
Com esta premissa, adicionei imediatamente este livro na minha wishlist.
A "Célula Adormecida" é o primeiro livro que leio do Nuno Nepomuceno e, neste momento, estou entusiasmado para ler os restantes já publicados com as aventuras do professor Afonso Catalão.
A história é muito empolgante. Para além de muita ação são discutidos temas da atualidade, alvos de tanta desinformação: o conflito do médio oriente, os refugiados, a guerra do petróleo, o que é ser um muçulmano, uma Lisboa intolerante,... Nota-se que houve um grande trabalho de investigação e a informação é apresentada de uma forma muito equilibrada.
São histórias como esta que me fazem relembrar o quão prazeroso é ler um livro. E que orgulho ser de um autor nacional.
May 16, 2017
3.5*
September 16, 2018
A célula adormecida, de Nuno Nepomuceno, é a quarta obra do autor e, à semelhança das anteriores, foi editada pela topbooks.
Nuno Nepomuceno volta a surpreender-nos com uma estória muito bem desenhada e cuja malha, bastante fina, só se encontra ao alcance dos grandes escritores.
Esta obra está muito bem documentada e aborda várias questões da actualidade, entre as quais: a guerra no médio oriente, as migrações, o terrorismo e as clivagens religiosas, cada vez mais acentuadas, entre ocidente e oriente.
A descrição dos locais é também bastante perfeita e pormenorizada, transportando a mente dos leitores para uma realidade que, embora abstracta para alguns, se torna muitíssimo próxima e realista.
Ainda que nos encontremos perante uma narrativa um pouco mais pausada do que, por exemplo, no espião português, o certo é que o autor nos deixa muitas vezes sem ar e em suspenso no final dos capítulos, já de si curtos, tornando a leitura mais atractiva e estimulante para qualquer leitor.
A escrita é escorreita, veloz, cinematográfica, rica, mas não exageradamente densa ou descritiva, razão pela qual não se torna entediante.
Note-se que existe, na construção desta obra, um trabalho preparatório enorme quer ao nível da investigação, quer ao nível da informação recolhida através dos meios de comunicação social.
As personagens são, também elas, surpreendentes, complexas, realistas e arrasadoramente humanas, tanto no seu melhor como no seu pior.
No entanto, o autor não espera pela recta final do livro para relacioná-las, pelo contrário, vai começando, praticamente desde o início, a desconstruir os intrincados novelos que as interligam.
Embora estejamos perante uma obra de ficção, grande parte do cenário de fundo que dá enquadramento à trama é real. Por essa razão é correto afirmar que futuramente esta obra não será apenas uma estória ficcionada pelo autor, mas um valiosíssimo documento histórico que espelhará, fielmente, a realidade dos nossos dias.
Nuno Nepomuceno volta a surpreender-nos com uma estória muito bem desenhada e cuja malha, bastante fina, só se encontra ao alcance dos grandes escritores.
Esta obra está muito bem documentada e aborda várias questões da actualidade, entre as quais: a guerra no médio oriente, as migrações, o terrorismo e as clivagens religiosas, cada vez mais acentuadas, entre ocidente e oriente.
A descrição dos locais é também bastante perfeita e pormenorizada, transportando a mente dos leitores para uma realidade que, embora abstracta para alguns, se torna muitíssimo próxima e realista.
Ainda que nos encontremos perante uma narrativa um pouco mais pausada do que, por exemplo, no espião português, o certo é que o autor nos deixa muitas vezes sem ar e em suspenso no final dos capítulos, já de si curtos, tornando a leitura mais atractiva e estimulante para qualquer leitor.
A escrita é escorreita, veloz, cinematográfica, rica, mas não exageradamente densa ou descritiva, razão pela qual não se torna entediante.
Note-se que existe, na construção desta obra, um trabalho preparatório enorme quer ao nível da investigação, quer ao nível da informação recolhida através dos meios de comunicação social.
As personagens são, também elas, surpreendentes, complexas, realistas e arrasadoramente humanas, tanto no seu melhor como no seu pior.
No entanto, o autor não espera pela recta final do livro para relacioná-las, pelo contrário, vai começando, praticamente desde o início, a desconstruir os intrincados novelos que as interligam.
Embora estejamos perante uma obra de ficção, grande parte do cenário de fundo que dá enquadramento à trama é real. Por essa razão é correto afirmar que futuramente esta obra não será apenas uma estória ficcionada pelo autor, mas um valiosíssimo documento histórico que espelhará, fielmente, a realidade dos nossos dias.
January 10, 2021
Mas que bela surpresa, foi um agradável achado este livro e dou parabéns ao autor, Nuno Nepomuceno, pela escrita e o enredo que foi desenvolvido neste livro. Simplesmente adorei, se gosta do José Rodrigues dos Santos, então recomendo ler este livro e a continuação da série Afonso Catalão, que são no total 4 livros.
Afonso Catalão é um professor universitário em Lisboa que cujo a sua especialidade é estudos e a cultura do Meio Oriente. Quando um autocarro fez-se explodir na baixa de Lisboa, houve rumores de poder haver uma célula adormecida na capital portuguesa. Durante o mesmo dia, o recém primeiro ministro que foi eleito pelos portugueses, foi encontrado morto. Haverá ligação entre estes dois acontecimentos ? Será que o estimado Professor Afonso Catalão, seja a chave para encontrar quem está por trás disto ?
Um verdadeiro thriller psicológico, que leva como pano de fundo, Lisboa e Istambul. Recomendo ler !
5 ⭐️
Afonso Catalão é um professor universitário em Lisboa que cujo a sua especialidade é estudos e a cultura do Meio Oriente. Quando um autocarro fez-se explodir na baixa de Lisboa, houve rumores de poder haver uma célula adormecida na capital portuguesa. Durante o mesmo dia, o recém primeiro ministro que foi eleito pelos portugueses, foi encontrado morto. Haverá ligação entre estes dois acontecimentos ? Será que o estimado Professor Afonso Catalão, seja a chave para encontrar quem está por trás disto ?
Um verdadeiro thriller psicológico, que leva como pano de fundo, Lisboa e Istambul. Recomendo ler !
5 ⭐️
June 4, 2018
A primeira vez que ouvi falar da “A Célula Adormecida” fiquei com uma certa curiosidade, mas pensei, deve ser um thriller igual a tantos outros e como é de um autor ainda pouco conhecido é melhor não arriscar.
Entretanto foi publicado “Pecados Santos” e decidi que estava na hora de conhecer a escrita de Nuno Nepomuceno, comprei o livro e dei por mim a lê-lo compulsivamente.
Decide então ler “A Célula Adormecida” e fiquei completamente rendida. A escrita é envolvente e muito elegante, as personagens bem construídas e existe uma interligação perfeita entre os acontecimento reais e os fictícios. Temos acesso privilegiado a uma aula sobre religião, politica e economia com todo o mistério de um thriller.
Entretanto foi publicado “Pecados Santos” e decidi que estava na hora de conhecer a escrita de Nuno Nepomuceno, comprei o livro e dei por mim a lê-lo compulsivamente.
Decide então ler “A Célula Adormecida” e fiquei completamente rendida. A escrita é envolvente e muito elegante, as personagens bem construídas e existe uma interligação perfeita entre os acontecimento reais e os fictícios. Temos acesso privilegiado a uma aula sobre religião, politica e economia com todo o mistério de um thriller.
June 2, 2017
Está muito bem escrito, nota-se uma pesquisa enorme do autor.
Não me custou a ler mas, tornou-se demasiado politico para mim.
Acabei por não sentir grande empatia com as personagens.
No entanto foram 600 páginas que passaram rápido. Gostei de ter ficado tudo com as "pontas atadas" no final :)
Não me custou a ler mas, tornou-se demasiado politico para mim.
Acabei por não sentir grande empatia com as personagens.
No entanto foram 600 páginas que passaram rápido. Gostei de ter ficado tudo com as "pontas atadas" no final :)
October 24, 2016
A Célula Adormecida inicia-se com dois acontecimentos, na mesma noite, que vão marcar toda a história. Um ataque a um autocarro no centro de Lisboa e que foi reivindicado pelo auto-proclamado Estado Islâmico; e o futuro Primeiro-Ministro é encontrado morto. Este ataque terá sido um acto isolado ou a preparação para algo maior? A morte do futuro Primeiro-Ministro, terá sido suicídio ou assassinato? Estarão os dois acontecimentos relacionados? Estas são apenas algumas das questões que são abordadas ao longo da narrativa.
O nosso protagonista é Afonso Catalão, um professor universitário, que é especialista em Ciência Política e Estudos Orientais, que acaba por se ver envolvido na investigação, e que tem alguns segredos escondidos. Mas a história não se centra apenas no professor Afonso Catalão pois temos outros pontos de acção, como uma jornalista e uma família de refugiados em Portugal.
A escrita do Nuno é bastante acessível, com uma história muito interessante e sempre com um excelente ritmo, que aliado capítulos pequenos, nos fazem ir avançando muito rapidamente. E foi mesmo um livro de leitura compulsiva pois li-o em menos de 3 dias.
Com temas muito actuais como o terrorismo, o drama dos refugiados, a xenofobia. Mas também do esforço que as famílias de refugiados fazem para se adaptarem à sociedade ocidental, e ainda da "sede" de vingança.
Nota-se que o autor fez um excelente trabalho de investigação mas não nos "bombardeia" com demasiada informação. O Nuno transmite-nos as informações de forma a contextualizar a narrativa e todos os acontecimentos mas sem nos sentimos assoberbados.
Um livro que recomendo, com temas muito mas muito actuais.
Opinião no blogue e link para vídeo de opinião: http://o-prazer-das-coisas.blogspot.p...
O nosso protagonista é Afonso Catalão, um professor universitário, que é especialista em Ciência Política e Estudos Orientais, que acaba por se ver envolvido na investigação, e que tem alguns segredos escondidos. Mas a história não se centra apenas no professor Afonso Catalão pois temos outros pontos de acção, como uma jornalista e uma família de refugiados em Portugal.
A escrita do Nuno é bastante acessível, com uma história muito interessante e sempre com um excelente ritmo, que aliado capítulos pequenos, nos fazem ir avançando muito rapidamente. E foi mesmo um livro de leitura compulsiva pois li-o em menos de 3 dias.
Com temas muito actuais como o terrorismo, o drama dos refugiados, a xenofobia. Mas também do esforço que as famílias de refugiados fazem para se adaptarem à sociedade ocidental, e ainda da "sede" de vingança.
Nota-se que o autor fez um excelente trabalho de investigação mas não nos "bombardeia" com demasiada informação. O Nuno transmite-nos as informações de forma a contextualizar a narrativa e todos os acontecimentos mas sem nos sentimos assoberbados.
Um livro que recomendo, com temas muito mas muito actuais.
Opinião no blogue e link para vídeo de opinião: http://o-prazer-das-coisas.blogspot.p...
December 6, 2016
Opinião publicada no Efeito dos Livros
Nestes últimos meses, quantas vezes ficaste pregado à tv a seguir atentamente as notícias sobre um novo ataque terrorista?
Quantas vezes sentiste o pânico por ver os ataques acontecer em cidades que te são familiares, em sítios cada vez mais perto de casa?
Quanto tempo achas que vai demorar até Lisboa aparecer no final da frase "atentado terrorista em..."?
...
No mesmo dia em que um homem se faz explodir em pleno centro de Lisboa, uma bandeira do auto proclamado Estado Islâmico é hasteada no cimo do Parque Eduardo VII e como uma desgraça nunca vem só, nessa mesma altura aparece morto o recém eleito primeiro ministro.
Este dia negro para o país é ponto de partida para o mundo de "A Célula Adormecida", um livro que me deixou mais elucidada em termos políticos, que me deu a conhecer aspectos da cultura muçulmana que me eram desconhecidos e que me fez devorar umas centenas de páginas em meia dúzia de dias.
Continua a ler AQUI...
Nestes últimos meses, quantas vezes ficaste pregado à tv a seguir atentamente as notícias sobre um novo ataque terrorista?
Quantas vezes sentiste o pânico por ver os ataques acontecer em cidades que te são familiares, em sítios cada vez mais perto de casa?
Quanto tempo achas que vai demorar até Lisboa aparecer no final da frase "atentado terrorista em..."?
...
No mesmo dia em que um homem se faz explodir em pleno centro de Lisboa, uma bandeira do auto proclamado Estado Islâmico é hasteada no cimo do Parque Eduardo VII e como uma desgraça nunca vem só, nessa mesma altura aparece morto o recém eleito primeiro ministro.
Este dia negro para o país é ponto de partida para o mundo de "A Célula Adormecida", um livro que me deixou mais elucidada em termos políticos, que me deu a conhecer aspectos da cultura muçulmana que me eram desconhecidos e que me fez devorar umas centenas de páginas em meia dúzia de dias.
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September 20, 2022
Esta é um bocado difícil!
Por um lado, até gostei da história. E vê-se que Nuno Nepomuceno fez a sua pesquisa.
Mas não gostei por aí além das personagens. Achei Diana bastante irritante. E nem vale a pena mencionar o seu namorado, Gustavo. Que casal mais desagradável! Quanto à personagem principal, Afonso Catalão, gostei que ele não fosse um mulherengo, a armar-se em bom. É exactamente o oposto disso. Mas houve ali qualquer coisa que me decepcionou, talvez todo o drama que acompanha a personagem.
Depois há a questão das mulheres. Quase todas são belas. Excelente cabelo, pernas maravilhosas, um enjoo. O que me leva a outro ponto de irritação: o excesso de descrições físicas. Não contei, mas foram várias as vezes em que é referido o físico "seco" de Catalão. E as pernas de Diana são mencionadas, sabe-se lá porquê, quando ela sai do prédio onde vive uma amiga (que terá um papel importante na história). É desnecessário.
Como escrevi acima, a história, no geral, é interessante. E lê-se muito bem, graças aos capítulos bastante curtos. Mas não foi o suficiente para chegar às quatro estrelas. E para transformar Nuno Nepomuceno num autor favorito.
Por um lado, até gostei da história. E vê-se que Nuno Nepomuceno fez a sua pesquisa.
Mas não gostei por aí além das personagens. Achei Diana bastante irritante. E nem vale a pena mencionar o seu namorado, Gustavo. Que casal mais desagradável! Quanto à personagem principal, Afonso Catalão, gostei que ele não fosse um mulherengo, a armar-se em bom. É exactamente o oposto disso. Mas houve ali qualquer coisa que me decepcionou, talvez todo o drama que acompanha a personagem.
Depois há a questão das mulheres. Quase todas são belas. Excelente cabelo, pernas maravilhosas, um enjoo. O que me leva a outro ponto de irritação: o excesso de descrições físicas. Não contei, mas foram várias as vezes em que é referido o físico "seco" de Catalão. E as pernas de Diana são mencionadas, sabe-se lá porquê, quando ela sai do prédio onde vive uma amiga (que terá um papel importante na história). É desnecessário.
Como escrevi acima, a história, no geral, é interessante. E lê-se muito bem, graças aos capítulos bastante curtos. Mas não foi o suficiente para chegar às quatro estrelas. E para transformar Nuno Nepomuceno num autor favorito.
October 31, 2016
provavelmente a melhor leitura de 2016
December 9, 2020
"A célula adormecida" traz-nos o primeiro livro da série de Afonso Catalão. Trata-se de um interessante thriller psicológico que traz para cima da mesa assuntos que, ainda hoje, continuam bastante actuais. Conflitos no Médio Oriente, fluxo permanente de migrantes que chegam à Europa e necessitam de alojamento/apoio, ameaça de grupos terroristas ao mundo ocidental em nome da religião, violação sexual entre jovens e o trabalho que os serviços de informações nacionais fazem permanentemente sem nos darmos conta.
Este livro traz-nos um profundo trabalho de investigação feito por Nuno Nepomuceno e que só traz densidade e interesse a toda a escrita. Em algumas partes, o autor acaba por aprofundar um pouco a sua descrição dos acontecimentos, da época ou de determinados eventos mas que se justifica pela maior parte das pessoas não ter um conhecimento aprofundado sobre o Médio Oriente, o Islão, tradições e hábitos culturais dos países de que se fala no livro (como a Turquia, Síria ou Egipto). Vemos um Afonso Catalão que tem pequenos episódios de stress pós-traumático fruto do tempo que viveu em Istambul e dos relacionamentos que por lá desenvolveu. Ao mesmo tempo, entramos também nos meandros do que pode ser o jornalismo de investigação (através da personagem de Diana Santos Silva) e os perigos associados a essa investigação e as repercussões que pode ter a procura de apoios para campanhas eleitorais que podem, facilmente, entrar por vias menos legais. Brevemente, fala-se no grupo Bilderberg e dos efeitos que esse grupo e os interesses económicos e políticos a ele subjacentes podem ter na sociedade actual e nas dinâmicas entre países.
Gostei particularmente como o Nuno vai introduzindo novos aspectos na trama que não nos fazem querer parar de ler e que nos prendem à narrativa desde o seu início. Um bom thriller tem de ter eventos que mudam o rumo ao que se espera e penso que Nuno consegue alcançar isso neste livro. Também gostei muito de todo o enquadramento que o autor fez sobre o Alcorão e o Islão, nem sempre conhecido de todos nós. Temos tendência a recear aquilo que nós é estranho e penso que o autor fez uma boa aposta e ajudar-nos a ver o outro lado desta religião e destes ensinamentos religiosos e que nos faz compreender que os ensinamentos de Maomé não implica obrigatoriamente terrorismo, trata-se mais da interpretação que é dada aos textos do Alcorão e à forma como se tenta que isso justifique determinadas ideologias. Afinal, já se passou isso com a Bíblia, não é verdade? Gostei também da parte final em que o autor nos dá o enquadramento dos eventos verídicos em que se baseou para construir a sua história e enquadrar todos os acontecimentos que Afonso Catalão vive e que são essenciais para compreender toda a realidade que está inerente aos acontecimentos ficcionados. Sem dúvida, um thriller bem construído e que nos faz ficar ansiosos pelo segundo livro desta série, "Pecados santos".
Este livro traz-nos um profundo trabalho de investigação feito por Nuno Nepomuceno e que só traz densidade e interesse a toda a escrita. Em algumas partes, o autor acaba por aprofundar um pouco a sua descrição dos acontecimentos, da época ou de determinados eventos mas que se justifica pela maior parte das pessoas não ter um conhecimento aprofundado sobre o Médio Oriente, o Islão, tradições e hábitos culturais dos países de que se fala no livro (como a Turquia, Síria ou Egipto). Vemos um Afonso Catalão que tem pequenos episódios de stress pós-traumático fruto do tempo que viveu em Istambul e dos relacionamentos que por lá desenvolveu. Ao mesmo tempo, entramos também nos meandros do que pode ser o jornalismo de investigação (através da personagem de Diana Santos Silva) e os perigos associados a essa investigação e as repercussões que pode ter a procura de apoios para campanhas eleitorais que podem, facilmente, entrar por vias menos legais. Brevemente, fala-se no grupo Bilderberg e dos efeitos que esse grupo e os interesses económicos e políticos a ele subjacentes podem ter na sociedade actual e nas dinâmicas entre países.
Gostei particularmente como o Nuno vai introduzindo novos aspectos na trama que não nos fazem querer parar de ler e que nos prendem à narrativa desde o seu início. Um bom thriller tem de ter eventos que mudam o rumo ao que se espera e penso que Nuno consegue alcançar isso neste livro. Também gostei muito de todo o enquadramento que o autor fez sobre o Alcorão e o Islão, nem sempre conhecido de todos nós. Temos tendência a recear aquilo que nós é estranho e penso que o autor fez uma boa aposta e ajudar-nos a ver o outro lado desta religião e destes ensinamentos religiosos e que nos faz compreender que os ensinamentos de Maomé não implica obrigatoriamente terrorismo, trata-se mais da interpretação que é dada aos textos do Alcorão e à forma como se tenta que isso justifique determinadas ideologias. Afinal, já se passou isso com a Bíblia, não é verdade? Gostei também da parte final em que o autor nos dá o enquadramento dos eventos verídicos em que se baseou para construir a sua história e enquadrar todos os acontecimentos que Afonso Catalão vive e que são essenciais para compreender toda a realidade que está inerente aos acontecimentos ficcionados. Sem dúvida, um thriller bem construído e que nos faz ficar ansiosos pelo segundo livro desta série, "Pecados santos".
March 21, 2017
"A Célula Adormecida" foi a minha estreia com o autor Nuno Nepomuceno e fiquei bastante agradada com esta estreia. Este foi um dos livros que em 2016 me chamou a atenção aquando do seu lançamento, especialmente devido à capa.
Comecei esta leitura tentando afastar-me das críticas que tenho visto aqui no GR e dei por mim mais presa ao livro do que poderia supor. É espantosa a forma como esta história nos agarra e quando dei por mim já tinha lido cem páginas, foi decididamente uma leitura compulsiva.
É um livro bem construído com um enredo actual e cativante. Quanto às personagens, infelizmente, apenas me senti cativada pela família síria e eram sem dúvida os capítulos dedicados a eles que mais gostava.
Apesar de ter gostado desta leitura e da escrita do autor este acabou por ser um livro que raramente me conseguiu surpreender ou emocionar, com a excepção do início e dos acontecimentos em torno da Sarita. Estava ainda há espera de mais do livro, mais acção, mas qualquer coisa... pois tudo soube a pouco.
Resumindo foi uma boa leitura e será mais um autor português a seguir.
Comecei esta leitura tentando afastar-me das críticas que tenho visto aqui no GR e dei por mim mais presa ao livro do que poderia supor. É espantosa a forma como esta história nos agarra e quando dei por mim já tinha lido cem páginas, foi decididamente uma leitura compulsiva.
É um livro bem construído com um enredo actual e cativante. Quanto às personagens, infelizmente, apenas me senti cativada pela família síria e eram sem dúvida os capítulos dedicados a eles que mais gostava.
Apesar de ter gostado desta leitura e da escrita do autor este acabou por ser um livro que raramente me conseguiu surpreender ou emocionar, com a excepção do início e dos acontecimentos em torno da Sarita. Estava ainda há espera de mais do livro, mais acção, mas qualquer coisa... pois tudo soube a pouco.
Resumindo foi uma boa leitura e será mais um autor português a seguir.
October 28, 2016
Leitura absolutamente magnífica que me tornou uma pessoa ainda mais consciente do que me rodeia.
Fica aqui a opinião em vídeo! https://www.youtube.com/watch?v=45v7d...
Fica aqui a opinião em vídeo! https://www.youtube.com/watch?v=45v7d...
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