Por que o neoliberalismo não nos levará a uma sociedade mais justa
Depois dos bestsellers Desigualdade e O que os donos do poder não querem que você saiba, em Economia do desejo, Eduardo Moreira revela por que é insustentável economicamente a ideia de que o Estado deve se preocupar mais com a economia do que com o atendimento das necessidades básicas dos cidadãos. Para isso, ele conceitua o que é a economia do aquela que trabalha com a falta incessante, que inclusive é responsável pelo alto consumo de supérfluos por determinada parcela da sociedade, enquanto outra parcela ainda está em situação de pobreza ou na linha abaixo da pobreza. Segundo o autor, para que o Brasil se torne um país sem pobreza, é necessário haver um passo em direção à economia da necessidade. Assim, as necessidades básicas de todos serão atendidas e a economia se tornará mais forte.
Texto de orelha de Frei Betto e prefácio de Luiz Gonzaga Belluzzo.
como mero estudante de economia acredito que tenha propriedade para dizer que: fraco. e veja bem não é ruim. li os três livros do eduardo moreira (desigualdade, o que os donos do poder não querem que você saiba, e esse). para um acadêmico, é vazio; para um trabalhador que recebe um salário mínimo, perde 4h de seu dia no transporte público, que chega em casa e tem que se preocupar com a comida no prato e as contas a pagar, que talvez fosse a quem esse conteúdo deveria chegar, esses livros nem existem; para um empresário milionário, que talvez serviria para dar uma luz a sua consciência, a questão é que eles sabem e gostam da sua posição e tudo que eles causam; e para um liberaloide, a quem esses livros poderia converter, faltam neurônios (e isso que é uma leitura fácil inclusive para o ensino infantil). fico feliz com o surto de consciência do eduardo, e seria muito bom que seus livros chegassem a quem precisa de leituras dessas, são um bom instrumento introdutório para os debates econômicos, e é de fundamental importância que a gente saiba o mínimo, para que não nos passem a perna. eu só gostaria de saber se a fonte dele são as vozes na cabeça, já que não se teve o trabalho de incluir uma bibliografia.
É a primeira vez que leio um livro do Eduardo Moreira. Gostei bastante da forma como ele escreve por utilizar uma linguagem acessível e sensível também, mesmo tratando de questões econômicas. É uma leitura rápida, mas daquelas que nos deixam com vontade de buscar a transformação.
livro perfeito para quem deseja desbancar as teses, maioritariamente errôneas, neoliberais. adorei a forma como eduardo conseguiu conciliar economia, filosofia, religiões e poesia — uma combinação improvável e perfeita.
contudo, tenho que discordar com as propostas sugeridas para “melhorar” as contradições capitalistas que agravam a injustiça e a desigualdade no tecido mundial. não discordo com as propostas em si e muito menos com seus objetivos, mas sim com os resultados a longo prazo. se o autor reconhece a imperfeição contínua e inerente ao sistema capitalista, talvez atenuar tais imperfeições não seja a melhor das saídas a longo prazo. há que pensar cada vez mais alto, na teoria e na prática, e visualizar o fim do sistema, pois os problemas são estruturais e, como tal, apenas a destruição do sistema apresenta uma resolução viável e eficiente a longo prazo.
por fim, me encantei pelo último parágrafo e as breves considerações sobre luta. cada palavra representou o eco da “revolução” e me fizeram pensar em como persistir na luta (lendo, se informando cada vez mais, informando e incentivando outras pessoas na busca pelo saber, formando comunidades que visam o desbanque do status quo…) é importante para fugir do que fisher nomeou “realismo capitalista” e para alcançar grandes mudanças.
Interessante a tese de economia do Desejo, realmente nós somos insaciáveis e consumistas desenfreados. Porém, acho muito limitada a visão de que o Estado, para atuar como redistribuidor de renda, deve frear a iniciativa privada. Poderia fazer os dois, estimulando a iniciativa privada a crescer o bolo e atuando fortemente para dividi-lo. Infelizmente, como todo livro mais "à esquerda", tem muito viés ideológico embutido e é pouco propositivo. Questiona muito o modelo atual mas não propõe nada minimamente viável para substitui-lo.
Seguindo a didática impecável dos livros anteriores, esse trás a tona como quem comanda o crescimento do capitalismo são os desejos mais supérfluos, ao invés do que deveria ser óbvio e mais simples, que são as necessidades básicas.
Só podia ter aprofundado um pouco mais, mal comecei a ler e ele acabou antes que eu me desse conta.
Já me considero grande fã do Eduardo Moreira, torcendo por mais obras pela frente!
Excelente Livro, fala de forma didática e clara sobre temas que normalmente são restritos a nichos acadêmicos e, muitas vezes, somente narrativas vazias chegam de forma simples à população. Pulei o prefácio, mas de resto valeu cada página.
O livro toca em questões importantes do mundo atual, mas ao meu modo de ver falta um pouco mais de análise das questões levantadas ou, pelo menos, uma indicação de bibliografia para quem quiser se aprofundar no tema.
Livro curto, bem escrito e que explica o capitalismo como a economia do desejo x a economia da necessidade. Nada muito revolucionário mas definitivamente uma leitura recomendada.
Péssimo, isso não chega nem a ter quantidade de páginas de uma tese de mestrado. É pobre de fontes que embasem o que autor expõe, é literalmente quase nada. Para refutar o liberalismo, assim como socialismo etc, o mínimo que você tem que ter é um bom tempo de estudo e outra, expor a farsa "neoliberal" em 96 páginas já é querer demais, é completamente impossível.
Aos antiliberais, procurem outras fontes, porque isso é piada.