Jump to ratings and reviews
Rate this book

O Meu Suicídio

Rate this book

Henri Roorda Van Eysinga (1870-1925), que também assinava Balthasar, foi, na sua vida de pacato cidadão suíço, professor de matemática. E porque além de ensinar gostava de escrever, não produziu apenas este derradeiro livrinho, que anuncia e explica o seu suicídio. Escreveu também ensaios sobre pedagogia e ainda teatro, poesia e diversos escritos de circunstância, a que ele próprio chamava “prosas de almanaque”. [...]
“Dizem que o último a rir é quem ri melhor. Mas provavelmente é falso. O homem que for último a rir não vai rir quase nada. O seu riso leve será muito pouco ao lado do riso homérico das primeiras idades”. Pensamento extraído do seu ensaio “О riso e os que riem”. Última frase desse ensaio: “A minha avó tinha razão: não estamos cá na terra para nos divertirmos”. 

A 7 de Novembro de 1925 Roorda despede-se dos amigos no café, vai para casa, bebe meia garrafa de vinho do Porto e dispara uma bala no coração. Era um homem que amava apaixonadamente a vida, ele mesmo o diz nesta confissão “in articulo mortis”, que é O Meu suicídio. Mas, acontece, vem também nos livros: aquele que ama apaixonadamente mata aquele a quem ama. Ou aquilo que ama. No caso concreto, a vida. 

Rui Caeiro

90 pages, Paperback

First published January 1, 1926

10 people are currently reading
927 people want to read

About the author

Henri Roorda

19 books5 followers
Henri Roorda van Eysinga was born on November 30, 1870, and killed himself on November 7, 1925. He was raised amidst revolutionary ideals: when he was a child, his family had to relocate to Switzerland after his father was declared persona non grata by the Dutch government, and there his parents befriended the anarchist thinkers Élisée Reclus and Peter Kropotkin. The young Roorda studied math and went on to work as a teacher who was beloved by his students; he was, however, deeply disappointed by his work. Accordingly, Roorda wrote a progressive critique of the prevailing educational structure (Le Pédagogue n'aime pas les enfants), as well as humorous columns for the Swiss dailies, which were collected in numerous compilations. He frequently wrote under the name Balthasar. Before he died, he left behind a brief note to a friend and his final text, My Suicide (Mon suicide).

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
195 (33%)
4 stars
236 (40%)
3 stars
115 (19%)
2 stars
36 (6%)
1 star
5 (<1%)
Displaying 1 - 30 of 100 reviews
Profile Image for Paula Mota.
1,665 reviews563 followers
April 29, 2025
#setembroamarelo

Gastei tudo, em mim e à minha volta; e isso é irreparável.

O Meu Suicídio, escrito em 1925 por um professor de Matemática suíço, é desarmante e dá que pensar.

Tudo é fisiologia. As razões que me decidem a partir não seriam bastantes para outro que não eu. A minha maneira de sentir não é, pois, igual à de toda a gente.

Henri Roorda diz praticamente no início da obra que vai suicidar-se, e todos os argumentos em que poderíamos pensar para o impedir são prontamente rebatidos por ele, e se acharmos que ele não tem nenhum problema que justifique uma atitude tão radical e definitiva, ele convence-nos do contrário com um discernimento e uma sensibilidade muito inquietantes. Num enorme poder de síntese concentrado em 80 páginas, Roorda encontra ainda tempo para falar de pedagogia, de religião, da capacidade de evasão da música e da literatura, de socialismo e da desigualdade social, tomando posições de um verdadeiro libertário.

Gosto imensamente da vida. Mas, para fruir o espetáculo, é preciso ter um bom lugar. Na terra, a maior parte dos lugares são maus. É verdade que os espectadores não são, em geral, muito exigentes.

Não sou apologista do suicídio, mas acredito que viver é um direito e não um dever, e consigo sentir empatia com aqueles que acham que a vida lhes serviu mais do que aquilo que conseguem digerir.

Vou meter uma bala no coração. Far-me-á de certeza doer menos que na cabeça. (...) Tenho de ter cuidado para que a detonação não ressoe alto de mais no coração de um ser sensível.
Profile Image for Fátima Linhares.
933 reviews340 followers
April 29, 2025
Mais um "dano colateral" do apagão. :D

Gosto imensamente da vida. Mas, para fruir do espetáculo, é preciso ter um bom lugar. Na terra, a maior parte dos lugares são maus. É verdade que os espectadores, em geral, não são muito exigentes.

Como o título tão bem indica, este livro trata do suicídio do seu autor. O senhor quis terminar a sua passagem nesta sala de espetáculos e, se bem o pensou, melhor o fez.
Profile Image for Celeste   Corrêa .
381 reviews324 followers
September 13, 2020
A 7 de Novembro de 1925 Henri Roorda, um cidadão suíço professor de matemática, despediu-se dos amigos no café, foi para casa, bebeu meia garrafa de vinho do Porto e disparou uma bala no coração.
Deixou uma carta de suicídio escrita num tom sóbrio, lúcido e analítico explicando as suas razões; não faz a apologia do suicídio como meio de resolver os males, e termina escrevendo:
«Se as leis fossem feitas por homens caridosos, facilitava-se o suicídio aos que se querem ir.»

Não querendo opinar sobre o que penso do suicídio, opto por escrever um resumo pessoal da carta e afirmar que recomendá-la será provavelmente delicado não vá cair nas mãos erradas. Mas, antes um cumprimento à SNOB pela edição tão cuidada, que deveria inspirar as grandes editoras, e pela decisão em total acordo de desacordar do acordo ortográfico.

Aqui vai:

Estou cansado, depois de trinta e três anos de trabalho. Prefiro ir-me embora a suportar privações penosas. A felicidade duradoura é impossível, qualquer que seja a forma de a concebermos. A sociedade exige que trabalhemos longas horas e esquece que carecemos de tempo para amar, para desfrutar do corpo e exercitar a inteligência. Os Interesses Superiores da Humanidade? Não os compreendo. Demasiado tarde me apercebo da importância da função que o dinheiro desempenha na sociedade moderna. O rico pode refazer a sua vida. O rico tem escolha, o pobre não. Uma sociedade de bons cidadãos que obedecem à ordem de «Crescei e multiplicai-vos», uma vida de prudência, uma existência de pequenas coisas permitidas sem exaltação nem adoração. Não compreendo esta sociedade: a desordem é necessária para que coisas novas possam acontecer. A minha vida pede minutos deslumbrantes, poesia, música, boas comidas, vinhos nobres. Também não fui feito para viver num mundo que consagra a juventude à preparação da velhice.
Gosto imensamente da vida, mas vou meter uma bala na cabeça. Há existências anormais que desembocam naturalmente no suicídio.
Profile Image for João Reis.
Author 108 books613 followers
February 16, 2021
Dans Mon Suicide, Henri Roorda explique succinctement, avec ironie et sans tomber dans le sentimentalisme, pourquoi il a l'intention de se suicider. Et, en fait, il s'est suicidé. Un livre intense d'un homme lucide, plein de critiques de la société, de l'hypocrisie humaine et du capitalisme. Génial.

« (…) si je restais sur la Terre, je n’aurais pas cette vie facile qui me tente. Pour réparer les fautes que j’ai commises, je devrais, longtemps encore, accomplir des besognes monotones et supporter des privations pénibles. J’aime mieux m’en aller. »
« Il y aura toujours des pauvres parmi nous ; une société composée uniquement de riches ne serait pas viable. Mais à l’individu qui n’a aucun goût pour les travaux forcés, il reste une ressource : c’est de s’en aller. »
« Je suis un égoïste qui a beaucoup aimé. J’ai gaspillé ma tendresse comme j’ai gaspillé mon argent. »
« J’aime énormément la vie. Mais, pour jouir du spectacle, il faut avoir une bonne place. Sur la Terre, la plupart des places sont mauvaises. Il est vrai que les spectateurs ne sont en général pas très difficiles. »
---
Henri Roorda wrote a little book to justify his imminent suicide. And, among his reasons to kill himself, one can find sharp reflections on life, society, capitalism, and mankind. Amazing.
Profile Image for Uroš Đurković.
903 reviews229 followers
January 7, 2023
Moj prikaz se samoubilački samoponištio. Da je drukčije, bilo bi neuljudno.

Ostali su samo dugmići-citati.

"Minimum neuljudnosti je neophodan za život."

"Dok radim, misli su mi čiste kao u deteta."

"Postoje tako plemenita vina da, dok ih pijem, osećam potrebu da. se nekome zahvalim."

"Sve što je moje dugujem drugima: ideje, radosti, pa i odeću."

"Misao i razmišljanje odlikuju nesavršenu inteligenciju. Beskrajna Inteligencija ne misli: ona je isto što i potpuna glupost! Bogu sigurno ništa ne pada na pamet."
Profile Image for Bepina Vragec.
258 reviews54 followers
Read
January 3, 2023
atmosfera

Meni je ovo bilo zanimljivo da pročitam, a ocenu ne mogu da stavim, s obzirom da je nakon pisanja ovog traktata/melanholične ispovesti o svom neuspešnom životu, Henri Roorda zaista i sproveo u delo svoju odluku, te i preminuo od posledica samoubistva.

Na 37 strana izložio je, bez ulaženja u ikakve dubine, crnohumornim tonom prostih istina, iz zdravorazumske vizuru jednog (ne)običnog profesora matematike što je po profesiji i bio; svoja premišljanja na teme koje su česte i svima na pameti: novac i nemanje, društvo i socijalne nepravde, porodica (slobodna ljubav nasuprot moralu), iskonska prirodnost želje za neradom i lagodnim životom, šta starost nosi ... da li su, na kraju, ultimativna životna suština radost, ljubav i strast.

Knjižica može da se čita u ključu revolucionarnog političkog čina jednog deklarisanog anarhiste ["From time to time, disorder must break out in the world so that new things may be born. Disorder is always provoked by bad citizens, fanatics drunk with words. I understand these people. [...] And I also become excited when thinking of the work that I will begin."], ili u psihološkom ključu (kao ogledni primer kliničke “nasmejane deprisije”) [samog sebe Roorda opisuje kao "veselog pesimistu"], a moguće je jednostavno se tekstu prepustiti i razumeti ga/osetiti ga na poetičkoj ravni.

Za one koje mrzi da čitaju integralno, važniji nasumično odabrani citati (iz engl. prevoda) nalaze se u spojleru.


Profile Image for Milan.
48 reviews13 followers
January 2, 2023
Roordinu oproštajnu poruku sam čitao sa kombinacijom interesovanja i negodovanja koje je otpočelo sa rečenicom “If I had money, I would not inflict the death penalty on myself, and I could console the one whom I harmed so much”. Tada je već bilo jasno da najverovatnije ništa korisno neću izvući iz teksta, ali sam ipak odlučio da nastavim otvorenog uma, voljan da se predomislim.

Za početak treba pomenuti da je Roorda svoj naum sproveo u delo te se može zaključiti da rad zaista ogleda njegovu životnu filozofiju. U njemu nabraja, pretpostavljam - u redu po važnosti, razloge za svoj čin.

Prvi razlog – a on ih ne numeriše, svakako se u mnogome preklapaju te se mogu gledati kao celina – ilustrovan je citiranom rečenicom. Siromaštvo, ili tačnije, nedostatak materijalnih sredstava koji ga mori, posledica je, kako priznaje, rasipništva a ne okolnosti na koje se ne može uticati. Prosta činjenica da nema imetka i da je mnogima dužan, koja nagoveštava, pre svega, izbore čije posledice oseća, služi kao odskočna daska za generalizacije i poređenja siromašnih i bogatih na takav način kao da govori o dve različite vrste bez ikakvih dodirnih tačaka. Ne razmatrajući da imovinska stanja nisu ni nepromenjiva, ni nužno indikatori subjektivnog osećanja zadovoljstva, stvar postavlja, u tom smislu, gotovo kao presudnu, i pritom, van sfere sopstvenog uticaja, ili drugim rečima – ne preuzima nikakvu odgovornost iako želi da se drukčije misli. Neki su bogati, neki siromašni – tek tako. U površnosti analize, i uopšte, u korišćenju dihotomije koja ne ogleda uistinu njegov pravi problem vidim prvi nedostatak. Iako siromaštvo kao pojam definiše tek trenutni položaj, a ne nužno karakteristike siromašnog, da bi poslužilo kao argument trebalo bi ujedno pretpostaviti ozbiljnije prepreke produktivnom životu –svakako ozbiljnije od rasipništva i neodgovornosti zdravog, inteligentnog čoveka sa marketablinim umećem - kao što su, na primer, invaliditeti, bolesti ili zaostalost neke vrste. Po njegovom merilu, ko nije u stanju da postane već sutra siromašan i zar je teško neprestano udovoljavati sebi?

My intelligent taste for luxury never helped me grow stronger; as a delicate man i lived to lavishly spend the money others earned.



Data dijagnoza je dakle pogrešna: siromaštvo nije (njegov) problem, niti bi bogatstvo bilo izlaz iz problema, a ovo postaje još jasnije kada se priča o materijalnim dobrima pretvori u drugi argument: lična priroda. Poruka je sledeća: ja sam čovek sa zdravim apetitima i istančanih ukusa, te rado, kako slikovito kaže - pojedem, ono što imam i ono što nemam, svoje i tuđe, zbog toga mi je žao ali priroda mi je takva, krivi moju prirodu. Rezon dvogodišnjeg deteta.

Nema pomene samodiscipline! ali se zato pojavljuje, u formi trećeg razloga, kritika društva - jedna od onih klasičnih, o ispraznosti života modernog čoveka – s kojom se, uostalom, svesrdno slažem premda je već viđena i neuporedivo bolje iskazana u drugim delima, od kojih su mnoga, priznajem, nastala nakon ovog eseja. Usvajam primedbe, ali postavljam pitanje: šta sa tim? Iz kritike društva ne sledi argument za okončanje (njegovog) postojanja s obzirom na jednu od prvih izjava: na ovaj korak se ne bih odlučio kada bih imao novca. Očigledno mu ne bi smetalo društvo da je u njega integrisan na način koji nalazi zadovoljavajućim, a ako bi i dalje imao slične zamerke - zašto bi njegovo materijalno stanje bilo faktor, i zašto čekati da ono postane problem, zašto se na delo odlučiti u poznim godinama kada se tako malo žrtvuje, zar su nedostaci društva do tog trenutka bili skriveni? Ne. Nit vodi natrag manjku discipline i strukture, a tumačenje društvenih nedostataka, ma koliko razložno i pametno, u kontekstu njegove priče ne može biti ništa sem izgovor.

Roordino priznanje kako voli život i konstatacija da ne zaslužuje kaznu kojoj se podvrgava, dodatno problematizuje stvar. Pokazuje, protivno svojim rečima, da ne odbacuje “igru” jer mu ne odgovaraju njena pravila, već isključivo jer u njoj nije uspešan. Naravno da jedno drugo vuče ali prva rečenica koju sam citirao stavlja tačku na svaki stvaran princip. Stvarajući privid da čin proizilazi samo iz misaonog procesa, a on zbilja može biti proizvod ozbiljnog misaonog procesa, u prosečnom čitaocu izaziva sumnju, ako ne i mišljenje, da procesi ovog tipa tako inače izgledaju, te kada uvide nedoslednosti i prozru farsu - odbace čitav koncept. Time iz nehata pothranjuje upravo onu zatucanost i jednodimenzijalnost razmišljanja koje se u društvu grozi.

I pored toga dodajem da uvažavam doživljaj pisca kao individue. Da se nije (loše) objašnjavao, zavlačio u pukotine sistema, prirode i koječega, ili ukratko: da je bio iskren – ne bih imao ni jednu primedbu. Nema spora da su razlozi, ma kakvi bili, njemu validni i stvarni. Sam čin se s tim na umu ne može dovoditi u pitanje, niti bih imao dovoljno drskosti da tako nešto preduzimam. Svakako nije (direktno) reč o odluci, već o eseju čiju vrednost osporavam.

Šta bih voleo da sam pročitao u ovom delu, ako se uopšte može poželeti čitanje oproštajne poruke predviđene za objavljivanje?

Jednu od dve stvari: valjano promišljen rad koji sadrži gledište o ljudskom životu uopšte (nezavisno od trenutnog materijalnog stanja i društvenog uređenja) kao što čine zastupnici filozofskog pesimizma (uzimam ih za primer s obzirom na svrhu) ili alternativno, prikaz duševnog raskola koji sve podređuje iskrenosti – pa čak i nauštrb kvaliteta ( što samo po sebi često govori o bezvoljnosti), neka bude i patetičan ako mora, ali bar istinit (kao kod Dazaija npr). S obzirom da nije ni jedno ni drugo, ni intelektualno postojano ni psihološki transparantno, gotovo bez ikakvih elemenata i jednog i drugog, ovde ne nalazim ni užitak ni korist.
Profile Image for la poesie a fleur de peau.
508 reviews63 followers
April 23, 2021
"É necessário que no mundo aconteça, de tempos a tempos, uma desordem, para que as coisas novas possam nascer. A desordem é sempre provocada por maus cidadãos, por entusiastas que se embebedaram de palavras.
A esses eu compreendo. Sou indulgente com as suas fraquezas. Como eles, tenho necessidade de viver com exaltação. A minha vida precisa de ter muitos minutos deslumbrantes. A poesia e a música podem proporcionar-mos. Também me exalto ao pensar no trabalho que vou começar. Será que daríamos início a alguma coisa se primeiro não estivéssemos emocionados pela beleza do que vamos criar?"

***

Só alguém que amasse realmente a vida e nela conseguisse ver beleza é que poderia escrever estas palavras: o livro é uma despedida, mas também uma justificação. Matar-se não basta, há que explicar o porquê dessa decisão... e é aqui que os dedos entram pela ferida purulenta das sociedades envelhecidas, desarticuladas e profundamente doentes, onde o indivíduo é esmagado por normas que o uniformizam e por pilares sociais e económicos que se alimentam das desigualdades. É um livro cheio de dor mas, agora que o folheio novamente e vejo as notas que fui tirando, sinto que talvez Roorda procurasse um caminho de esperança para quem o lesse (será que podemos continuar a considerar que boa parte dos suicídios são "pedidos de ajuda" que ficarão eternamente sem resposta?). O livro poderia ser a galinha que lhe permitisse pagar as suas dívidas materiais, mas poderia, também, ser uma denúncia de tudo quanto existe que comprime e que constrange — que oprime e que sufoca —e que deve ser mudado para que a nossa existência seja menos (nem que seja um pouco menos) angustiante...
Profile Image for WillemC.
598 reviews27 followers
February 21, 2025
In "Mijn zelfmoord" legt Roorda op soms ironische manier uit hoe hij tot de beslissing is gekomen om uit het leven te stappen: geldnood, de dodelijke routine van zijn job als wiskundeleraar, een verwaterd huwelijk, ... Een zwaarwichtig onderwerp dat echter nergens zwaarmoedig of overdreven serieus wordt behandeld, onderverdeeld in verschillende korte hoofdstukjes, met naar het einde toe wat aforismen. Zoals Brouwers terecht opmerkt in het nawoord (een essay uit "De laatste deur") is er ergens verwantschap met Cioran.

"Leugen, hypocrisie: dat is misschien waarmee de mens het best van het dier kan worden onderscheiden."

"Ik ben niet bang meer voor de toekomst sinds ik tussen de veren van mijn matras een geladen revolver verstopt heb."

"Ik hou enorm van het leven. Maar om van het schouwspel te genieten heb je een goede plaats nodig. Op aarde zijn de meeste plaatsen slecht. Toegegeven, de toeschouwers zijn meestal ook niet erg kieskeurig."
Profile Image for S̶e̶a̶n̶.
978 reviews581 followers
May 6, 2019
Ethics teachers are civil servants (among the professionals there are, by the way, many amateurs) paid by the state to intimidate the individual while he is still young, so that later he will be ashamed to show himself as he is. This is an excellent way for society to defend itself and, in the process, reduce the size of its police to a minimum.
Profile Image for okrabooks.
383 reviews60 followers
October 10, 2021
Le había puesto 4 estrellas, pero lo he releído de nuevo y me decanto por las 5. ¡Qué maravilla! ¡Qué disfrutable! Y es que lejos de dramas o lamentos y con algunas dosis de humor negro, Henri Roorda escribió este texto para anunciar y, de alguna manera, justificar su decisión de quitarse la vida. En Mi suicidio, Roorda aborda los grandes temas existenciales y reflexiona sobre ellos con una mirada lúcida, concisa, directa y brutalmente honesta. Coged papel y lápiz porque el texto no tiene desperdicio. Una carta de despedida inigualable y llena de vitalidad.
Profile Image for josé almeida.
358 reviews18 followers
June 6, 2020
costuma aplicar-se aquele velho ditado do cão que ladra não morde a quem anuncia publicamente ir matar-se em breve. pois o senhor roorda, após uma vida dedicada ao ensino da matemática e à escrita, resolveu deixar uma espécie de manual para suicidários e, talvez para dar o exemplo, pedagogo mesmo no último dia da sua vida, seguiu as respectivas instruções até ao fim. e, todavia, era um homem que gostava "imensamente" da vida - apenas não da sua, naquilo que a tornava insuportável. como ele dizia, "para fruir o espectáculo, é preciso ter um bom lugar", e o seu foi sempre mau. com tradução e prólogo assinado por rui caeiro e uma bela capa de rui cunha viana, esta espécie de "autojustificação" de um suicídio anunciado é um pequeno grande livro. e imagino o autor, com a sua ironia particular, a recomendá-lo como bastante útil em tempos de pandemia e tele-trabalho...
Profile Image for Tom Klinge.
58 reviews1 follower
May 8, 2023
"Een immoreel mens is soms niets anders dan een moreel mens die niet op zijn plaats is."

Erg mooi, scherp, ontroerend boekje van een man die duidelijk moeite heeft met het deelnemen aan de maatschappij waarin hij leefde. Relevante kritiek op die maatschappij wordt kunstig ondergedompeld in het emotionele sausje van een afscheidsbrief!
Profile Image for Laurent De Maertelaer.
804 reviews163 followers
February 7, 2016
'Daarnaast moet mijn fundamentele motor genaamd levensinstinct wel in heel slechte staat verkeren, aangezien ik zonder dat ik ziek ben de dood verkies boven een leven dat net als haast alle levens gevuld is met dagelijkse beslommeringen, zorgen en ontberingen. Een vriend wees me erop dat ik als ik in leven bleef, mijn lot de meeste mensenkinderen nog altijd benijdenswaardig zou voorkomen. Hij heeft gelijk. Maar ik begrijp die oude, arme en ongelukkige schepselen niet die koste wat het kost willen voortbestaan. Waar hopen ze op?'
Een bijzonder indringend kleinood: een filosofisch essay over zelfdoding en de waarde van het leven, eindigend met een afscheidsbrief (Roorda voerde uit wat hij predikte). Een lucide analyse van een aangekondigde dood, prachtig verwoord in korte vlijmscherpe zinnen, vol pathos, ironie en zelfspot. De aangrijpende enscenering van de onafwendbare wanhoopsdaad van Henri Roorda (1870-1925), een in Brussel geboren Zwitserse anarchist-pedagoog. Een kleine klassieker uit de zelfmoordliteratuur, schitterend vertaald - als vanouds - door Rokus Hofstede.
Profile Image for carmensittttt.
127 reviews129 followers
April 11, 2022
“¿Soy desdichado o es que las palabras desesperadas que me digo a mí mismo me hacen creer que lo soy? Resulta imposible distinguir nuestros males reales de nuestros males imaginarios. ¿Qué es lo real? ¿Qué no lo es?”

Se ve en este libro uno de los principales factores predictores de la conducta suicida: la desesperanza. Y también esos destellos de alegría y apreciación de lo que lo rodea a uno cuando ya se ha tomado la decisión de irse.

Un libro para digerir.
Profile Image for Mariana Rivera.
121 reviews8 followers
October 10, 2020
"Me figuro la cara que pondrían los ricos si los pobres adoptaran la costumbre de suicidarse para abreviar su triste y gris existencia. Con toda seguridad dirían que es inmoral. ¡Y qué medios no emplearían para impedir la evasión de sus prisioneros!" .
Profile Image for Estela Méndez.
48 reviews
November 23, 2022
"Si las leyes hubieran sido promulgadas por hombres caritativos, se les facilitaría el suicidio a aquellos que quieren abandonar el mundo".
Profile Image for Nuno.
87 reviews29 followers
September 27, 2020
Um livro recomendado para aqueles leitores, que como o autor gostam da vida.
Profile Image for Vero.
248 reviews37 followers
January 8, 2023
"Mi suicidio será severamente juzgado. Pero ya que considero que en su inmensa mayoría los hombres son seres mediocres y poco inteligentes, ¿qué importancia debo conceder a la opinión pública?"
Profile Image for Alicia.
13 reviews1 follower
October 10, 2025
Pf muy fuerte la verdad un señor muy sesudo y muy sensible
Profile Image for Esencia a libro nuevo.
248 reviews1 follower
May 10, 2021
Todo el texto denota una indiferencia atroz, que antaño pudo ser odio, hacia la sociedad de entonces (y la actual) marcada por el dinero, el tiempo, las imposiciones sociales y el trabajo esclavizador. Si la sociedad no puede cambiar y no me ajusto a ella, ¿qué más se puede hacer sino abandonar la vida? En 1925, con 55 años, Henri Roorda se pega un tiro. Y como último legado deja este librito corto, pero sumamente profundo, dando visibilidad a una forma de morir que parece prohibida, tabú, propia de bohemios, románticos empedernidos, débiles y degenerados. Sólo en España, en 2018, hubo 3.539 personas que se quitaron la vida. Y aquí está este hombre para romper tabúes, prejuicios y esquemas; porque Roorda fue un librepensador, pedagogo y profesor de matemáticas que disfrutaba de los placeres terrenales, un dandi cuya felicidad conseguía al zambullirse de lleno en la música, la poesía, el alcohol, la comida exquisita… Hedonismo o la búsqueda incansable del placer, el gozo y el disfrute. ¿Una vida condenada a acabar así? ¿Se puede tener una vida plena cuando sólo hay placer de por medio? “Hay existencias anormales que conducen de manera natural al suicidio. Eso es todo”. A lo largo de los 10 capítulos cortos, hay pequeñas dosis de filosofía y reflexiones del autor sobre la sociedad, el dinero, los buenos ciudadanos, la moral, la vejez, el amor y el pensar en el futuro. Esta novela no sólo me ha gustado, es que la he entendido a la perfección, sus motivos, sus porqués y su visión de la vida. Henri Roorda no estaba loco ni deprimido, sólo que vivir así no le merecía la pena. Y decidió partir, no sin antes dejarnos este maravilloso epitafio que os recomiendo: “Soy un jugador que no pediría otra cosa que continuar jugando, pero no quiere aceptar las reglas del juego”.
Profile Image for Menna.
10 reviews
September 24, 2019
I have to say that the words in this book although some would consider depressing, I considered to be the raw thoughts in many human minds.
He had so much to say about the monotony of life and I loved it.
Profile Image for Sanne.
38 reviews
February 10, 2022
Ik doe niet aan het herlezen van boeken. Maar misschien maak ik voor dit boek een uitzondering.
Profile Image for Martijn van Bruggen.
273 reviews21 followers
March 22, 2024
Op 6 november 1925 legde columnist en leraar wiskunde Henri Roorda de loop van een pistool op de linkerkant van zijn borstkas en haalde de trekker over. 'Alles heb ik verbruikt, in en om mij heen, en dat is onherstelbaar,' verklaarde hij in het briefje dat hij achterliet voor zijn vriend, die hem zou vinden.

Roorda liet niet alleen dat briefje achter, maar zelfs een geheel manuscript waarin hij uiterst nauwkeurig uitlegt waarom zijn 'zelfopgelegde doodstraf' onvermijdelijk is. Het komt door zijn schulden, die zo groot zijn geworden dat hij ze alleen nog vereffenen kan met zijn leven. Het komt door de armoede, waardoor hij weet dat hij zich nooit de luxe zal kunnen veroorloven zichzelf opnieuw uit te vinden omdat hij niet het kapitaal heeft om zich terug te trekken. Het komt door het huwelijk, waarin hij niet gelooft maar waarin de maatschappij hem dwingt. En het komt door zijn onvermogen om een brave burger te zijn, die genoegen neemt met machinale regelmaat.

Ik hield er over het leven volstrekt onjuiste denkbeelden op na. Ik hechtte veel te veel waarde aan wat uitzonderlijk is: geestdrift, vervoering, roes. Maar in een mensenleven wordt bijna alle plaats ingenomen door alledaagse, eentonige arbeid, door uren van wachten, uren waarin er niets gebeurt. De normale mens is iemand die kan vergeteren. (51)

Ik vond dit echt een interessant essay waarbij Roorda me uitdaagde om zijn logische gevolgtrekkingen te weerleggen. Dat viel nog niet mee. Hij weet heel inzichtelijk te maken dat hij de regie over zijn leven al heel lang kwijt is en dat de enige manier om die terug te krijgen is om er een einde aan te maken.

Er zullen altijd armen onder ons zijn; een maatschappij die uitsluitend uit rijken bestaat, is niet levensvatbaar. Maar het individu dat geen voorliefde voor dwangarbeid heeft, kan eruit stappen. (17)

Blijft daarentegen toch staan dat hij ook schrijft:

Binnenkort breng ik me om. Die straf verdien ik niet. Ik weet zeker dat ik minder gemene gedachten heb gehad dan de meeste brave burgers die slagen in het leven en die zelfmoord nooit ook maar een seconde overwegen. De schone gedichten die ik voor mezelf opzegde, brachten zuiverheid in mijn geest. Ze hebben me elke dag een minuut ontroering geschonken. Ach! Wat zou ik graag op aarde blijven! (46)

Daardoor vraag ik me uiteindelijk toch af in hoeverre hij de regie nu echt teruggepakt heeft; hij heeft eerder iedereen de regie ontnomen, zichzelf incluis.
Profile Image for Eni Gajanova.
306 reviews14 followers
Read
October 26, 2024
„Moje samoubistvo” Anri Rorda

*Upozorenje o sadržaju.
Htela bih da naglasim da knjigu čitate na svoju odgovornost jer za neke može da bude ozbiljan okidač.

*Ova knjiga je zapravo vid oproštajnog pisma švajcarskog anarhiste i profesora Anrija Rorda koji je preminuo od suicida 1925. godine i tri meseca pre je napisao ove spise. Pored toga što nam daje uvid u svet i um jedne osobe koja ne vidi svetlo na kraju tunela, on nam daje i kritiku kapitalističkog društva u duhu jednog anarhriste na savremen način iako je je napisana pre sto godina.
*Anri je i sam odrastao u jednoj anarhističkoj porodici i to ga je formiralo kao osobu. On smatra da je za održavanje društva takvog kakvo jeste potrebno da se liši nepodobnih pojedinaca: „Da bi se život nastavio, potrebno je da ljudi pristanu na to da svakog dana, po nekoliko sati budu mašine. Ali mašina nije sve. Od onih čiji je zadatak da obogate unutrašnji život mladih bića prave se automati i manijaci... Onima koji podučavaju đake država ne pruža priliku da obnove svoj posao i da tako podmlade svoju misao.Da li je državi stalo da se mladi ljudi oduševe? Ne, entuzijazam je opasan.”.👌

„Ono što zauzima gotovo čitav prostor u ljuskom životu jesu svakodnevni jednolični poslovi, to su sati posvećeni čekanju, sati u kojima se ništa ne dešava. Normalan čovek je onaj koji ume da tavori.”

„Da sam ja stvorio svet, smestio bih ljubav na kraj života. Ljude bi do samog kraja održavala neodređena i čudesna nada.”

Ovo je jedna sjajna kritika društva, ali i jedna od jako potresnih knjiga, neki delovi koje ne bih izdvajala u ovom postu su me jako potresli i prodrmali.
Nekad su tu knjige da nas zabave, da nas nešto nauče a nekad da nas rastrzaju i prodrmaju u sopstvenom crnilu.
Profile Image for gallizio.
1,061 reviews53 followers
January 31, 2023
L’importanza reale dei problemi non può essere misurata.
Profile Image for Johnny Quest.
3 reviews
January 3, 2022
En Mi suicidio, Henri Roorda explica brevemente, irónicamente y sin caer en sentimentalismo, por qué tiene la intención de suicidarse. Y, de hecho, se suicidó. Un libro intenso de un hombre lúcido, lleno de críticas a la sociedad, la hipocresía humana y el capitalismo.

"Siempre habrá gente pobre entre nosotros; una sociedad compuesta únicamente por ricos no sería viable. Pero para el individuo que no tiene gusto por el trabajo forzoso, todavía hay un recurso: es irse. "

Henri Roorda escribió un pequeño libro para justificar su inminente suicidio. Y, entre sus razones para suicidarse, uno puede encontrar reflexiones agudas sobre la vida, la sociedad, el capitalismo y la humanidad. Increíble.
40 reviews1 follower
February 17, 2022
Pakt dat een zelfmoordbrief zich niet zo goed leent tot sterretjes geven op Goodreads
Profile Image for Ale (Libros Caóticos).
440 reviews26 followers
October 12, 2021
⭐5⭐

Gracias a Okrabooks por haber recomendado este libro. El tema de la muerte siempre es un tema interesante, un tema tabú pero a la vez un tema real que sucede cada día y todos llegaremos al famoso Juicio final. Cuando los autores hablan de la realidad sin medias ideas y con las cosas claras, es cuando a mí personalmente me conquistan. Esta larga carta o relato corto de suicidio es súper interesante. El autor, cansado de los momentos vacíos e hipócritas de su vida, (sobretodo socialmente hablando) quiere dar fin a ésta. Sin dramas, sin despedidas, sin miedo. Sabe que se quiere ir pero también sabe todo lo que se perderá al irse. Esos pequeño placeres, como disfrutar el buen vino, mirar el azul del cielo, es lo que hace que estemos vivos. No será la única vez que lo lea porque es un libro para disfrutar cada párrafo, cada frase. 🖤
Profile Image for La Repisa de Elena.
322 reviews78 followers
July 30, 2021
Tal como da título al libro, mi suicidio es una despedida de la vida del autor. Pone fin a una vida en la que ha tenido todo y cansado de la sociedad pone punto final a ella. Profundo y muy sincero a su vez. El amor, el trabajo, la sociedad, el placer son temas que se tratan de manera muy filosófica. Me ha llamado la atención una cita de este libro que aquí os la comparto.
Hubiera situado el amor al final de la vida. Los seres humanos se habrían visto sostenidos, hasta el final, por una esperanza confunsa, pero prodigiosa.
⭐️⭐️⭐️💫
Displaying 1 - 30 of 100 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.