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Noites lebloninas
João Ubaldo Ribeiro consagrou-se como um dos maiores romancistas da literatura brasileira, capaz de compor livros envolventes, como Sargento Getúlio, satíricos, como A casa dos budas ditosos, e grandes romances de formação da identidade nacional, como Viva o povo brasileiro. Ele era também preciso na narrativa curta, e Noites lebloninas é um ótimo exemplo dessa sua outra faceta.
Este projeto, inacabado, seria composto por uma série de textos sobre a boemia carioca, mas o escritor terminou apenas dois dos contos antes de nos deixar. Eles mostram, no entanto, como João Ubaldo era, acima de tudo, um mestre na arte de contar uma boa história. Festas intermináveis, porres quase fatais. Botequins e bebedores singulares. Os cenários e os personagens do Baixo Leblon ganham vida nestes dois contos saborosos, narrados por um porteiro que tudo vê e tudo escuta.
Este projeto, inacabado, seria composto por uma série de textos sobre a boemia carioca, mas o escritor terminou apenas dois dos contos antes de nos deixar. Eles mostram, no entanto, como João Ubaldo era, acima de tudo, um mestre na arte de contar uma boa história. Festas intermináveis, porres quase fatais. Botequins e bebedores singulares. Os cenários e os personagens do Baixo Leblon ganham vida nestes dois contos saborosos, narrados por um porteiro que tudo vê e tudo escuta.
- GenresFiction
83 pages, Kindle Edition
First published November 1, 2014
41 people want to read
About the author
João Ubaldo Ribeiro
54 books135 followersJornalista, escritor e argumentista brasileiro nascido a 23 de Janeiro de 1941, na Ilha de Itaparica, Bahía.
Estreou como jornalista em 1957 no Jornal da Bahia. Estudou Direito na Universidade Federal da Baía e, enquanto estudava, participou na edição de jornais e revistas e numa colectânea de contos editada pela universidade em 1961.
Em 1963, Ribeiro escreveu o seu primeiro romance, Setembro não faz sentido, que só foi publicado cinco anos mais tarde. Fez o mestrado em Administração Pública e Ciência Política, em 1964, na Universidade da Califórnia do Sul, nos Estados Unidos da América, e, de 1965 a 1971, ingressa na Universidade Federal da Bahía como professor de Ciências Políticas.
Insatisfeito com a experiência, Ribeiro retoma a sua actividade como jornalista. Em 1971 publica o seu romance 'Sargento Getúlio', que foi alvo de produção cinematográfica em 1983. Viajou e viveu em vários lugares, entre eles em Portugal, em 1981, em consequência de uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Participou em vários eventos culturais no estrangeiro, como o Festival Internacional de Escritores (1982), no Canadá, e a Feira do Livro de Frankfurt (1994), na Alemanha. Professor catedrático na Universidade de Tubigem, na Alemanha, passou a fazer parte da Academia Brasileira de Letras em 1994.
Entre as várias obras do autor encontram-se os romances O sorriso do lagarto (1989), alvo da elaboração de uma série televisiva, A casa dos Budas Ditosos (1999) e Diário do Farol (2002), as crónicas Um brasileiro em Berlim (1995) e O Conselheiro Come (2000), e na literatura infanto-juvenil Vida e paixão de Pandomar, o cruel (1983).
Ribeiro venceu o prestigiado Prémio Camões em 2008.
Morreu a 18 de julho de 2014, no Rio de Janeiro.
Estreou como jornalista em 1957 no Jornal da Bahia. Estudou Direito na Universidade Federal da Baía e, enquanto estudava, participou na edição de jornais e revistas e numa colectânea de contos editada pela universidade em 1961.
Em 1963, Ribeiro escreveu o seu primeiro romance, Setembro não faz sentido, que só foi publicado cinco anos mais tarde. Fez o mestrado em Administração Pública e Ciência Política, em 1964, na Universidade da Califórnia do Sul, nos Estados Unidos da América, e, de 1965 a 1971, ingressa na Universidade Federal da Bahía como professor de Ciências Políticas.
Insatisfeito com a experiência, Ribeiro retoma a sua actividade como jornalista. Em 1971 publica o seu romance 'Sargento Getúlio', que foi alvo de produção cinematográfica em 1983. Viajou e viveu em vários lugares, entre eles em Portugal, em 1981, em consequência de uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Participou em vários eventos culturais no estrangeiro, como o Festival Internacional de Escritores (1982), no Canadá, e a Feira do Livro de Frankfurt (1994), na Alemanha. Professor catedrático na Universidade de Tubigem, na Alemanha, passou a fazer parte da Academia Brasileira de Letras em 1994.
Entre as várias obras do autor encontram-se os romances O sorriso do lagarto (1989), alvo da elaboração de uma série televisiva, A casa dos Budas Ditosos (1999) e Diário do Farol (2002), as crónicas Um brasileiro em Berlim (1995) e O Conselheiro Come (2000), e na literatura infanto-juvenil Vida e paixão de Pandomar, o cruel (1983).
Ribeiro venceu o prestigiado Prémio Camões em 2008.
Morreu a 18 de julho de 2014, no Rio de Janeiro.
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Community Reviews
Displaying 1 - 9 of 9 reviews
March 23, 2021
João Ubaldo Ribeiro foi um dos maiores romancistas, cronistas e contistas que o Brasil já pode conceber, tendo um estilo literário marcado pela construção dos povos, utilizou-se sempre da ironia para revelar o contexto social e para criar a identidade do brasileiro em suas obras.
Em Noites Lebloninas, nos deparamos com dois contos, dentre muitos que o autor ainda conceberia, caso não viesse a nos deixar em 2014.
Vivendo a mais de 20 anos no Rio de Janeiro, partiu da ideia de retratar os tipos e sujeitos tão caricatos, incomuns, que presenciava em Leblon, assim, apresentou-nos alguns dos melhores contos brasileiros.
O narrador se trata de um porteiro, que como se sabe, tudo se vê, tudo se sabe e nada se fala. Narrado em primeira pessoa, acompanharemos no primeiro conto, uma noite um tanto inusitada, com acontecimentos hilários, absurdos e se nosso narrador pudesse escolher, nunca mais lembrados.
No segundo, presenciaremos um conto aparentemente banal, onde o morador Dagoberto e seu cachorro Falafina, passarão também por maus bocados.
Somente um escritor como Ubaldo Ribeiro poderia escrever sobre um tema como esse e ainda assim, ser o melhor conto da obra.
O livro possui 2 contos, mas poderia ter 20, de tão envolvente que sua escrita é. O leitor é levado para dentro da narrativa, como se fizesse parte do mesmo. Abraçado pela linguagem do carioca, as páginas voam mais do que Augusto César, quando atacado por Falafina, portanto, fica a recomendação.
Em Noites Lebloninas, nos deparamos com dois contos, dentre muitos que o autor ainda conceberia, caso não viesse a nos deixar em 2014.
Vivendo a mais de 20 anos no Rio de Janeiro, partiu da ideia de retratar os tipos e sujeitos tão caricatos, incomuns, que presenciava em Leblon, assim, apresentou-nos alguns dos melhores contos brasileiros.
O narrador se trata de um porteiro, que como se sabe, tudo se vê, tudo se sabe e nada se fala. Narrado em primeira pessoa, acompanharemos no primeiro conto, uma noite um tanto inusitada, com acontecimentos hilários, absurdos e se nosso narrador pudesse escolher, nunca mais lembrados.
No segundo, presenciaremos um conto aparentemente banal, onde o morador Dagoberto e seu cachorro Falafina, passarão também por maus bocados.
Somente um escritor como Ubaldo Ribeiro poderia escrever sobre um tema como esse e ainda assim, ser o melhor conto da obra.
O livro possui 2 contos, mas poderia ter 20, de tão envolvente que sua escrita é. O leitor é levado para dentro da narrativa, como se fizesse parte do mesmo. Abraçado pela linguagem do carioca, as páginas voam mais do que Augusto César, quando atacado por Falafina, portanto, fica a recomendação.
February 28, 2018
se eu pudesse voltar no tempo, gostaria de ter cruzado com Ubaldo em suas andanças pelas noites lebloninas
December 26, 2018
Leitura de 1h30 e o problema do livro é que ele acaba rápido. ♡
April 3, 2021
Uma vontade de ter mais páginas... Bem legal a leitura.
February 27, 2024
João Ubaldo é o único autor que já me fez gargalhar, e aqui fez de novo! Bom demais.
December 21, 2015
Não sou muito fã da literatura de João Ubaldo (sempre gostei mais da pessoa simpática que sempre me acenava com a cabeça quando eu entrava no restaurante Tio Sam). Já li o famoso "A casa dos Budas ditosos" e acompanhava a sua coluna domingo no jornal e embora admire seu senso de humor acho os textos e o estilo meio enrolados...
Então dei de cara com o livro "Noites Leblonianas" na parte de "novidades" da minha biblioteca predileta ( gávea) e peguei, pra ser sincero peguei esse livro por se tratar do bairro do Leblon onde nasci e fui criado, e onde sei que temos alguns amigos em comum e eles estavam lá: o jornaleiro, garçons, a turma da padaria Rio-Lisboa...
O livro não foi acabado em decorrência a morte de Ubaldo, e acabou sendo publicado apenas com 2 longos contos, engraçados de verdade, mas que infelizmente não fazem muito meu estilo.
Levou 3 estrelas pelas gargalhadas que me proporcionou e pela ótima definição sobre paulista, mineiros e cariocas.
Então dei de cara com o livro "Noites Leblonianas" na parte de "novidades" da minha biblioteca predileta ( gávea) e peguei, pra ser sincero peguei esse livro por se tratar do bairro do Leblon onde nasci e fui criado, e onde sei que temos alguns amigos em comum e eles estavam lá: o jornaleiro, garçons, a turma da padaria Rio-Lisboa...
O livro não foi acabado em decorrência a morte de Ubaldo, e acabou sendo publicado apenas com 2 longos contos, engraçados de verdade, mas que infelizmente não fazem muito meu estilo.
Levou 3 estrelas pelas gargalhadas que me proporcionou e pela ótima definição sobre paulista, mineiros e cariocas.
January 31, 2018
Olha só, se não dou as cinco estrelas para “Noites...” é porque trata-se de um livro inconcluso, pois João ubaldo Ribeiro morreu quando estava escribiendo este livro.
Gostei muito do prólogo do livro (quase tanto como das dois histórias pequenas que o livro contém). O estilo do João ubaldo é inconfundível: ácido, incisivo, confuso as vezes, misógino algumas vezes também e engrasado sempre.
Duas últimas considerações: primeira, os cariocas não vão gostar tanto do livro como o resto das pessoas do Basil e do mundo. João ubaldo faz uma piada trás outra sobre os cariocas e o seu jeito de entender a vida e o mundo; e a segunda consideração é similar mas tem relação só com o mundo gay. Se você tem prejuízo com os gays, ou vc é gay, então tal vez você não goste muito do livro.
Dito de outra maneira, se você não é nem carioca nem gay tem muitas posibilidades de gostar do livro!
Gostei muito do prólogo do livro (quase tanto como das dois histórias pequenas que o livro contém). O estilo do João ubaldo é inconfundível: ácido, incisivo, confuso as vezes, misógino algumas vezes também e engrasado sempre.
Duas últimas considerações: primeira, os cariocas não vão gostar tanto do livro como o resto das pessoas do Basil e do mundo. João ubaldo faz uma piada trás outra sobre os cariocas e o seu jeito de entender a vida e o mundo; e a segunda consideração é similar mas tem relação só com o mundo gay. Se você tem prejuízo com os gays, ou vc é gay, então tal vez você não goste muito do livro.
Dito de outra maneira, se você não é nem carioca nem gay tem muitas posibilidades de gostar do livro!
August 17, 2016
Dois contos de humor que se passam no Leblon. Não é o do Manoel Carlos, é o do Ubaldo, que consegue ilustrar bem sua visão do bairro, de quem nasceu na Bahia mas que morou por mais de 30 anos nas terras de Monsieur Le Blond. As histórias são narradas por porteiros, sem dúvida as figuras mais interessantes que podem ser encontradas por lá, a sociologia espontânea de quem transita mas não vive nesses locais é construída com maestria e bom humor. Nessa linha fica claro como a chacota que os cariocas tanto se orgulham de fazer, na visão de quem fica por baixo, são os próprios cariocas.
December 6, 2023
★★★★★★★★★✩
9/10 Extremamente bom
9/10 Extremamente bom
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