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A muralha

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A Muralha narra a bravura, a violência, as paixões, intrigas e ódios dos primeiros desbravadores do Brasil. A paisagem e os costumes, a família colonial, as lutas dos homens na selva e a busca do ouro são recriados neste livro, marcado por personagens fortes como Dom Braz, Isabel, Tiago, Mãe Cândida, Cristina, Margarida e Aimbé.
A Muralha é um romance publicado no Brasil por Diná Silveira de Queirós em 1954, em comemoração aos 400 anos da cidade de São Paulo. Foi escrito originalmente em capítulos que iam sendo publicados na revista O Cruzeiro. Logo depois, apareceu também em livro, tornando-se um dos grandes sucessos da autora. O romance foi traduzido para o japonês—visando a colônia japonesa no Brasil e depois em Tóquio para o público japonês—e para o coreano, na Coréia do Sul e foi quadrinizado em 1957 no Brasil. Foi adaptado para a televisão por três vezes: em 1961, na TV Tupi; em 1968, na TV Excelsior e em 2000, na TV Globo.

400 pages, Kindle Edition

First published January 1, 1954

9 people are currently reading
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About the author

Dinah Silveira de Queiroz

27 books14 followers
Sétima ocupante da Cadeira 7, eleita em 10 de julho de 1980, na sucessão de Pontes de Miranda e recebida pelo Acadêmico Raymundo Magalhães Júnior em 7 de abril de 1981.

Dinah Silveira de Queiroz, romancista, contista e cronista, nasceu em São Paulo, SP, em 9 de novembro de 1911, e faleceu em São Paulo, SP, em 27 de novembro de 1982.

Filha de Alarico Silveira, advogado, homem público e autor de uma Enciclopédia brasileira, e de Dinorah Ribeiro Silveira, de quem ficou órfã muito pequena. Quem lê Floradas na serra, seu livro de estréia (1939), tem sua atenção despertada por aquela cena em que, ao morrer, um personagem, não querendo contaminar a filha pequena, despede-se dela, à distância, e pede que retirem a fita que prendia o cabelo da menina para beijá-la. A cena se passou na realidade com a escritora. Dona Dinorah veio a falecer aos vinte e poucos anos, deixando duas filhas: Helena e Dinah.

Com a morte da mãe, cada uma das irmãs foi para casa de uma parenta. Dinah foi morar com sua tia-avó Zelinda, que tanto influiria em sua formação. Datam desses tempos as temporadas na fazenda em São José do Rio Pardo, na Mogiana. Nas freqüentes visitas que o pai fazia à filha, havia sempre tempo para os livros, quando ele lia, em voz alta, as narrativas de H. G. Wells. As passagens da Guerra dos mundos causariam grande impressão no espírito da menina, assim com os escritos de Camille Flamarion a respeito de astronomia.

Dinah Silveira de Queiroz estudou no Colégio Les Oiseaux, em São Paulo, onde com a irmã Helena colaborou assiduamente no Livro de Ouro, vindo “por motivo de doença de Helena”, como sempre assegurou, a ficar, afinal, com seu troféu literário de menina. Casou-se aos 19 anos com Narcélio de Queiróz, advogado e estudioso de Montaigne, que teria grande influência nas leituras da mulher e a levaria a descobrir a vocação de escritora. Teve duas filhas: Zelinda e Léa. Em 1961, a romancista enviuvou e, no ano seguinte, casou-se com o diplomata Dário Moreira de Castro Alves.

Seu primeiro trabalho literário recebeu o título de Pecado, seguido da novela A sereia verde, publicado pela Revista do Brasil, dirigida por Otávio Tarquínio de Sousa. Seu grande sucesso viria em 1939, com o romance Floradas na serra, contemplado com o Prêmio Antônio de Alcântara Machado (1940), da Academia Paulista de Letras, e transposto para o cinema em 1955. Em 1941, publicou o volume de contos A sereia verde, voltando ao romance em 1949, quando publicou Margarida la Rocque, e em 1954, com o romance A muralha, em homenagem às festas do IV Centenário da fundação de São Paulo. Ainda em 54, a Academia Brasileira de Letras lhe conferiu o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra. Em 1956, fez uma incursão no teatro com a peça bíblica O oitavo dia. No ano seguinte, publicou o volume de contos As noites do morro do encanto, que fora laureado com o Prêmio Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras (1950). Em 1960, publicou outro volume de contos, Eles herdarão a terra, no qual já manifestava seu interesse pela ficção científica, que irá expressar-se melhor em Comba Malina (1969). Em ambos, prevalece a narrativa vazada dentro do chamado realismo fantástico.

Em 1962 foi nomeada Adido Cultural da Embaixada do Brasil em Madri. Após o casamento com o diplomata Dário Moreira de Castro Alves, seguiu com o marido para Moscou. Permaneceu na União Soviética quase dois anos, escrevendo artigos e crônicas, que eram veiculados na Rádio Nacional, na Rádio Ministério da Educação e no Jornal do Commercio. A ausência do Brasil criou em Dinah Silveira de Queiroz a necessidade de uma contribuição à vida brasileira, à qual concorria com suas crônicas diárias, mais tarde recolhidas no livro de crônicas Café da manha (1969), e ainda em Quadrante I e Quadrante II.

De volta ao Brasil, em 1964, escreveu Os invasores, romance histórico em comemoração do IV Centenário da fundação da Cidade do Rio de Janeiro. Em 1966, partiu novamente para a Europa, fixando-se

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5 stars
51 (36%)
4 stars
56 (40%)
3 stars
26 (18%)
2 stars
2 (1%)
1 star
3 (2%)
Displaying 1 - 24 of 24 reviews
Profile Image for Rita.
905 reviews185 followers
May 25, 2022
Gostei muito da força das personagens femininas. São mulheres fortes, ousadas, que demonstram garra ao lidar com a guerra, com as propriedades que têm de administrar na ausência dos homens, a devastação, o patriarcalismo e a busca por ouro.

— Com homens assim, assim loucos e teimosos, e mulheres tão atrevidas e obstinadas... sabes o que me veio agora à cabeça? Que esta sujeira... — e ela quase cuspiu de raiva naquele desafio à grandeza de Deus, mas se dobrou, cativa da imensidão — ... bem pode tornar-se, um dia, uma grande cidade.

Profile Image for Nathan "N.R." Gaddis.
1,342 reviews1,654 followers
Read
September 24, 2016
This pairs very well with The Devil to Pay in the Backlands. Even if it be not quite so oriented toward pushing possibilities of literary expression, still, thematically the two will resonate quite well. The title alone should be informative here. In order to cut the saturation of masculinity in The Devil to Pay, maybe I should've preferred this. And to add sugar to the salt of the BURIED and oop, this one is available and affordable. I'd almost say, Not to be missed.
Profile Image for Mariana.
367 reviews54 followers
March 6, 2021
https://www.instagram.com/p/CJYf2e2jXzR/

“A Muralha” de Dinah Silveira de Queiroz, foi publicado originalmente em 1954 e ganhou nova edição em 2020 pela @editorainstante que me enviou um exemplar de cortesia.⁣

Eu me lembro de ter assistido a minissérie na Rede Globo em 2000 com minha avó e mãe, momentos preciosos que guardo com muito carinho na memória. ⁣

O ritmo de leitura é crescente, começa tranquilo com apresentação de Cristina, uma jovem com ideais românticos que chegou de Portugal para casar com seu prometido e dá de cara com a falta de luxo da colônia.⁣

A autora tem um ótimo senso de humor e sabe o momento certo para usá-lo e como tirar melhor proveito dele para fazer com que sua protagonista amadureça perante as adversidades que vai enfrentar.⁣

Conforme o livro avança, os homens saem para desbravar as terras, buscar ouro e as mulheres precisam cuidar da casa, plantações, defender suas terras. Aqui a autora entra com dureza, sem piedade, as mulheres são fortes, capazes e auto suficientes. ⁣

A leitura acelera ao mesmo tempo em que a profundidade dos personagens aumenta e o enredo desenvolve suas camadas que vão além do romance Cristina/Tiago. Ela também consegue falar sobre a colonização sem romantizá-la, não omite a violência, brutalidade, escravidão e assassinatos.⁣

A riqueza de detalhes históricos apresentados pela autora é algo impressionante e feito na medida certa, é capaz de transportar o leitor sem o perdê-lo nas descrições de ambiente ou dos costumes. ⁣

Gostei demais da leitura e espero ter a oportunidade de ler outras obras da autora.⁣
Profile Image for Lud Oliveira.
467 reviews8 followers
November 21, 2021
Estava gostando do livro no começo, mas depois foi difícil de avançar a leitura. Entendo a importância de retratar essas histórias, apesar que me incomoda demais o tratamento dado a indígenas e escravos, que mal possuem nome na narrativa. Mesmo sabendo que aconteceram coisas similares na vida real, é uma leitura bem incômoda pra mim.
Profile Image for Fernanda.
363 reviews6 followers
November 7, 2025
"Odiava tudo, desejava mil vezes não ter vindo. Que estúpida fora em vir casar tão longe, no meio dos bugres e desses pretensiosos habitantes de um fim de mundo!"

Amei a leitura!
Mas o final do livro deixa a pergunta principal sem resposta e Cristina atrelada à sua sina de uma maneira triste, que não condiz com suas maneiras...
This entire review has been hidden because of spoilers.
Profile Image for Angelo Farina.
22 reviews
September 18, 2023
Rich portrait of Brazil's colonial era and the birth of Sao Paulo city as a hub for the pioneers expeditions launching to explore the country.
Profile Image for Lucas Melo.
69 reviews
September 22, 2022
É um bom romance histórico, no entanto, tal qual a maioria do gênero, tem uma generosa barriguinha onde parece q a história não leva a lugar algum.

Dito isso, é um relato interessante da época de bandeiras de São Paulo.

A saga da protagonista portuguesa tentando se adequar a realidade mais rústica brasileira é bem interessante embora se torne um pouco cansativa em alguns momentos.

Acho q o ponto forte mesmo da história é descrever a participação das mulheres naquela época, em especial durante as expedições e a ausência da maior parte dos homens da região.

Pra quem gosta do gênero é uma leitura válida e interessante mesmo não se tratando de uma história memorável (na falta de palavra melhor)
103 reviews
September 6, 2016
Amazing reconstitution of the city of São Paulo when it was no more than a village, surrounded by vastness. To get to the village, coming from the sea, one had to overcome a range of mountains which formed a natural barrier. Hence, the title "A Muralha" (The Wall).
Profile Image for Ana Paula.
100 reviews2 followers
March 19, 2023
Primeiro eu preciso dizer que a leitura é muito fluida, a descrição e narração de Dinah Silveira de Queiroz é feita de modo a fisgar o leitor, me senti realmente adentrando as páginas do livro e nesse novo mundo. Também gostei de termos tantas e tão variadas figuras femininas de destaque: Mãe Cândida, a matriarca de pulso firme, Margarida a sonhadora, Basília, a prática, para citar algumas. Gosto também que as mulheres conseguem bem se virar sem os homens, são capazes de resolver coisas do dia a dia sem depender de seus maridos ou pais. Tudo isso me agradou bastante. É por isso mesmo que tive um problema no desfecho da história, porque achei que o livro acaba por abraçar a ideia de que mulheres só são felizes de verdade ao lado de seus homens. Achei que a emancipação foi meio que pro brejo, mas também acredito que isso se deva até ao contexto histórico em que o livro foi escrito pois na década de 50 ainda há esse pensamento da mulher que não é feliz sem se casar e ter filhos. Por isso mesmo, não culpo a leitura, sei que ela é fruto de seu tempo, mas ainda não consigo dizer que gostei do final. De toda forma, recomendo a leitura.
Profile Image for Henrique Iamarino.
72 reviews21 followers
February 2, 2022
A cheerful surprise is having an awesome journey when you’re not expecting one. The book takes you on a time travel to XVI century, following a Portuguese lady who is traveling to a small villa called Sao Paulo to get married to an unknown cousin. On this untouched Brazil you get in touch with all the beauty and evilness of our history. From the beaches of our coast, climbing the 'High Wall' formed by our Geography, through S. Paulo and the big plans of our countryside. Here love, friendship, hope, betrayal, slavery and exploration, all parts of what we are as Brazilians — are splendidly translated into people and moments of this classic.
Profile Image for Danielle Gomes.
697 reviews4 followers
June 15, 2024
Não sei se um dia escolheria esse livro para ler mas adorei que li por causa do clube. Uma ficção histórica muito envolvente e além dos personagens, a gente sabe mais um pouco da história do Brasil. Além de todo o aprendizado a autora trás mulheres fortes que tomam a própria rédia de sua vida e as que são fadadas a viver por causa dos costumo. O livro trouxe bastante discussões construtivas e valeu muito a pena.
Profile Image for Tats Mng.
11 reviews
July 7, 2024
É interessante o foco na narrativa das mulheres. É irritante o tratamento de pessoas escravizadas - maior número de indígenas e alguns negros. E isso tornou a minha experiência de leitura entre o amor e o ódio.

A escrita de Dinah consegue nos envolver, com personagens femininas tão fortes, corajosas, inteligentes e complexas. Margarida é o máximo! Cristina, uma mimada mas que teve um arco interessante, de reinol se converte em mais uma mulher da terra.
Profile Image for Isabel Luna.
1,221 reviews18 followers
January 20, 2020
Esta novela fue escrita para conmemorar los 400 años de fundación de la ciudad de Sao Paulo, Brasil. La recuerdo como una historia de amor sencilla, sin grandes artificios pero complicada, bien costumbrista.
Me gustó bastante, y me dejó una buena impresión.
7 reviews
May 13, 2021
a leitura foi a mais difícil desde então. Mas a brasilidade presente foi a que salvou. Alguns personagens me deram muita raiva e indignação. Mas depois de saber do contexto histórico, ficou um pouco mais fácil. A leitura das últimas 100 páginas foi a melhor. Leitura finalizada em abril de 2021
Profile Image for Gabriel Padilha.
137 reviews62 followers
October 15, 2021
Romance colonial realmente não faz muito meu estilo. Tentei novamente por ser de uma escritora, mas meu problema é com o gênero mesmo.
Apesar de ter achado o livro interessante e bem escrito, não desceu...
Profile Image for Fernando Cidade.
16 reviews
February 17, 2025
Tem seus pontos fortes e personagens interessantes. Contudo, a narrativa jamais apresenta algo demasiadamente marcante, e a escrita é pouco ousada. Um livro bom para passar o tempo e se divertir, mas não se pode esperar muito além disso.
Profile Image for Osman Junior.
330 reviews8 followers
April 28, 2025
Exceto pela escrita que estranhei, não só pelo vocabulário regionalista mas por uma estilística anacrônica, o romance tem ótimos elementos, como enredo inusitado e personagens complexos. Gosto como a autora não os julga desde o início anticlimático até o final ambíguo. Ambicioso.
Profile Image for Tina Lilian  Azevedo.
83 reviews2 followers
July 30, 2025
A escrita da Dinah é surpreendente! A narrativa é envolvente, fluida e conta uma história coerente. Repleta de metáforas o enredo vai se desvelando aos poucos e a trama que finaliza a estória é repleta de subcamadas e muito bem construída. Linda história.
Profile Image for Ana Monteiro.
310 reviews
March 28, 2025
Uma obra relativamente pouco conhecida em Portugal, que se tornou mas popular depois da série televisiva.
Um livro brilhante. Na perfeição da escrita, no enredo, na mistura de ficção com factos históricos, na dimensão poética. De uma sofisticação invulgar.
Profile Image for Rogerio Lopes.
820 reviews18 followers
February 19, 2023
Creio que o ponto mais importante a ser considerado na leitura desse livro, pelo menos aos que assistiram a minissérie que alega ter sido baseada no mesmo, é que isso não corresponde bem à verdade, fui informado da história narrada na minissérie e as incongruências são muitas, ouso dizer, o que não me surpreende em absoluto que o livro é muito superior. Entendido esse ponto o livro narra a vinda de Cristina, jovem portuguesa que vem ao Brasil casar-se com Tiago filho de um importante senhor de terras e bandeirante de São Paulo de Piratininga, atual cidade de São Paulo.
Com descrições vívidas e alguns personagens marcantes, a despeito da linguagem mais “pesada”, não chegando a ser rebuscado, o livro é escrito num estilo mais austero que estamos acostumados; a força e o drama vivido pelos personagens nos prendem a história, particularmente no que concerne à própria Cristina, Tiago, Isabel, Mãe Cândida, Margarida e Aimbé. É um livro de emoções fortes, de amores e ódios, mormente ódios intensos, onde o orgulho predomina o tempo todo. Veladamente critica-se a vida das mulheres na época do Brasil Colônia. Mulheres fortes, orgulhosas que se tornam mais “senhores” que os próprios maridos, os quais saiam à procura de ouro por meses a fio. Critica-se veladamente o machismo da época, que exigia que essas mesmas mulheres fortes, aceitassem os “casos” e filhos bastardos dos maridos, que em meio às bandeiras, tomavam índias como concubinas enquanto as esposas mantinham a castidade exigida para uma mulher cristã.
É nesse ambiente que chega Cristina, a qual decepção sobre decepção vê seu sonho de uma vida tranquila se desintegrar; a chegada a São Paulo, uma vila miserável; a chegada a Lagoa Serena, seu novo Lar e a decepção com seu esposo prometido que não está ali a sua espera; sua fria acolhida quando o mesmo chega tudo isso vai solapando as ilusões de Cristina, que apesar de tudo se resigna e aceita essa nova vida.
Um evento vem, alias dois eventos, entretanto a desestruturar a vida em Lagoa Serena por completo, Isabel aparece misteriosamente grávida, as dúvidas e incertezas a respeito de quem seria o misterioso pai, iniciam uma avalanche de desgraças sobre a família. Em paralelo, Rosália a filha mais moça envolve-se com um homem de reputação duvidosa, a semente de desgraça plantada aí vai gerar frutos mais a frente, com consequências imprevisíveis a todos.
Em meio a isso temos de pano de fundo as Bandeiras, a Guerra dos Emboabas, a narrativa vai seguindo ao seu final, rumando vertiginosamente à desgraça. A autora soube dosar os acontecimentos prendendo o leitor, algumas cenas são vívidas o bastante arrancar lágrimas do leitor, tamanha a força da descrição e o desespero sugerido na trama.
O final é um tanto frustrante, não por ser inesperado, mas por de certa confirmar o quão limitado eram as escolhas das mulheres naquela época (naquela época??). Remete-nos diretamente a um dos pontos altos do livro quando Cristina, a poucos dias do casamento vai confessar-se, o padre que se subentende seja o chefe dos Jesuítas, ouve Cristina a qual de repente expõe toda a sua mágoa e frustração. Ele então compara o casamento de uma moça vindo do Reino, a missão dos Jesuítas ao vir a uma terra desconhecida que não os queria e os molestavam, entretanto entre amor e ódio resignavam-se a cumprir sua missão sabendo que no futuro isso geraria frutos. Causa-nos surpresa a forma com que o padre a acolheu, ele de fato não criticou sua dor, entretanto veladamente o conselho era entregar o sofrimento como oferta a Cristo. Perfeito para a época, mas um tanto revoltante nos nossos dias. É exatamente o que ela acaba fazendo no fim. O livro encerra com uma profecia, de como aquela vila miserável de gente orgulhosa poderia afinal se tornar uma grande cidade.
(04/01/2012)

Histórico de leitura
04/01/2012
100% (414 de 414)
"Eis uma saga que é puro orgulho... inegável apaixonante, mas em certos pontos detestável.."
04/01/2012
58% (241 de 414)
03/01/2012
55% (227 de 414)
02/01/2012
36% (147 de 414)
"Revoltante... numa palavra é isso.."
31/12/2011
7% (29 de 414)
This entire review has been hidden because of spoilers.
Displaying 1 - 24 of 24 reviews

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