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O Neto do Homem Mais Sábio
Ilustrador, animador e autor de banda desenhada radicado na Galiza, o espanhol Tomás Guerrero lança-se ao desafio de contar a vida de José Saramago em banda desenhada em O Neto do Homem Mais Sábio, uma obra que tem o seu lançamento mundial nesta sexta série da colecção Novela Gráfica.
“O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever”. Assim iniciava José Saramago o seu discurso diante da Academia Sueca, por ocasião da atribuição do Prémio Nobel da Literatura, em 1998, referindo-se ao seu avô, Jerónimo Melrinho. E é precisamente o avô Jerónimo quem, em conversa com Ricardo Reis, o heterónimo do poeta Fernando Pessoa que Saramago converteu em personagem no romance “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, guia o leitor pela vida e a obra de Saramago, desde a infância na Azinhaga do Ribatejo até aos seus últimos dias na ilha de Lanzarote. Uma viagem tão bem documentada como fascinante, que é também uma bela homenagem à literatura portuguesa, através de dois dos seus maiores nomes: Pessoa e Saramago.
O autor trata cada página como se fosse uma unidade narrativa singular, onde a composição é a protagonista, tão próxima da ilustração como da pintura. Desde esse belo e cru realismo no corpo do romance, até ao toque de abstracção com a ponta dos dedos sempre que a trama quer esticar os braços para lhe tocar.
“Soube sempre que me comoveria uma e outra vez com Saramago para o resto da vida. Assim, agora. De modo surpreendente, através de um livro que, não sendo imediatamente dele, mo traz numa lisura admirável. (…) Tomás Guerrero expõe-no porque o entendeu. Este livro é brilhante. É íntimo, delicado, brilhante. Com ele, Saramago continua a nascer.” – Valter Hugo Mãe (do prefácio a esta edição)
“O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever”. Assim iniciava José Saramago o seu discurso diante da Academia Sueca, por ocasião da atribuição do Prémio Nobel da Literatura, em 1998, referindo-se ao seu avô, Jerónimo Melrinho. E é precisamente o avô Jerónimo quem, em conversa com Ricardo Reis, o heterónimo do poeta Fernando Pessoa que Saramago converteu em personagem no romance “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, guia o leitor pela vida e a obra de Saramago, desde a infância na Azinhaga do Ribatejo até aos seus últimos dias na ilha de Lanzarote. Uma viagem tão bem documentada como fascinante, que é também uma bela homenagem à literatura portuguesa, através de dois dos seus maiores nomes: Pessoa e Saramago.
O autor trata cada página como se fosse uma unidade narrativa singular, onde a composição é a protagonista, tão próxima da ilustração como da pintura. Desde esse belo e cru realismo no corpo do romance, até ao toque de abstracção com a ponta dos dedos sempre que a trama quer esticar os braços para lhe tocar.
“Soube sempre que me comoveria uma e outra vez com Saramago para o resto da vida. Assim, agora. De modo surpreendente, através de um livro que, não sendo imediatamente dele, mo traz numa lisura admirável. (…) Tomás Guerrero expõe-no porque o entendeu. Este livro é brilhante. É íntimo, delicado, brilhante. Com ele, Saramago continua a nascer.” – Valter Hugo Mãe (do prefácio a esta edição)
143 pages, Hardcover
Published September 1, 2020
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Community Reviews
Displaying 1 - 30 of 30 reviews
November 12, 2025
PT Esta leitura surpreendeu-me e acabou por superar todas as expectativas.
É uma forma fantástica de conhecer José Saramago, o nosso único Prémio Nobel da Literatura — e que história extraordinária é a dele. É incrível pensar que alguém que viria a ser distinguido com o maior galardão literário do mundo só começou a dedicar-se seriamente à escrita depois dos 50 anos. Se alguma vez houve prova de que nunca é tarde para recomeçar, é esta.
Também me agradou muito a simplicidade com que Saramago encara a vida e a profunda admiração que nutre pelo seu avô — um homem de natureza igualmente simples. Da minha experiência, as pessoas mais nobres são, muitas vezes, as mais humildes.
No final, fiquei com uma enorme vontade de poder conversar com Saramago sobre os mais variados temas da vida.
--
EN This read truly surprised me and ended up exceeding all my expectations.
It’s a fantastic way to get to know José Saramago, our only Nobel Prize winner in Literature — and what an extraordinary life story he had. It’s incredible to think that someone who would later receive the highest literary honour in the world only began to take writing seriously after turning fifty. If there was ever proof that it’s never too late to start over, this is it.
I was also very taken by the simplicity with which Saramago approached life and by his deep admiration for his grandfather — a man of equally simple nature. From my experience, the noblest people are often the most humble ones.
In the end, I was left with a strong desire to have a conversation with Saramago about the many facets of life.
É uma forma fantástica de conhecer José Saramago, o nosso único Prémio Nobel da Literatura — e que história extraordinária é a dele. É incrível pensar que alguém que viria a ser distinguido com o maior galardão literário do mundo só começou a dedicar-se seriamente à escrita depois dos 50 anos. Se alguma vez houve prova de que nunca é tarde para recomeçar, é esta.
Também me agradou muito a simplicidade com que Saramago encara a vida e a profunda admiração que nutre pelo seu avô — um homem de natureza igualmente simples. Da minha experiência, as pessoas mais nobres são, muitas vezes, as mais humildes.
No final, fiquei com uma enorme vontade de poder conversar com Saramago sobre os mais variados temas da vida.
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EN This read truly surprised me and ended up exceeding all my expectations.
It’s a fantastic way to get to know José Saramago, our only Nobel Prize winner in Literature — and what an extraordinary life story he had. It’s incredible to think that someone who would later receive the highest literary honour in the world only began to take writing seriously after turning fifty. If there was ever proof that it’s never too late to start over, this is it.
I was also very taken by the simplicity with which Saramago approached life and by his deep admiration for his grandfather — a man of equally simple nature. From my experience, the noblest people are often the most humble ones.
In the end, I was left with a strong desire to have a conversation with Saramago about the many facets of life.
November 9, 2025
E quando chegava ao Casalinho, chegava a casa. Essa era realmente a sua casa, como José mais de uma vez afirmou com rotundidade...
"essa casa e esses avós foram quem mais influência tiveram em mim"
Neste livro, temos a vida de José Saramago contada pelo seu avô, José Melrinho e por Ricardo Reis (Fernando Pessoa) que, em diálogo um com o outro, vão passando pelas principais estações da vida de um dos nomes maiores da nossa literatura. As férias de infância passadas na Azinhaga, os primeiros escritos, a direção de um jornal, o encontro com Pilar, o prémio Nobel e Lanzarote, onde o mestre fechou os olhos para sempre.
Apesar de não ser uma biografia aprofundada, nem o poderia ser, contém os principais eventos da vida de um homem fiel às suas raízes e aos seus. Gostei muito da forma escolhida para contar a sua história e o traço do autor fez com que tudo fosse mais bonito e interessante.
"essa casa e esses avós foram quem mais influência tiveram em mim"
Neste livro, temos a vida de José Saramago contada pelo seu avô, José Melrinho e por Ricardo Reis (Fernando Pessoa) que, em diálogo um com o outro, vão passando pelas principais estações da vida de um dos nomes maiores da nossa literatura. As férias de infância passadas na Azinhaga, os primeiros escritos, a direção de um jornal, o encontro com Pilar, o prémio Nobel e Lanzarote, onde o mestre fechou os olhos para sempre.
Apesar de não ser uma biografia aprofundada, nem o poderia ser, contém os principais eventos da vida de um homem fiel às suas raízes e aos seus. Gostei muito da forma escolhida para contar a sua história e o traço do autor fez com que tudo fosse mais bonito e interessante.
November 19, 2022
Adorei esta GN, sobretudo pela viagem que me proporcionou fazer pela vida do Mestre através das mãos e companhia de dois sábios!
NOTA - 09/10
NOTA - 09/10
November 15, 2020
Esta foi a leitura deste fim-de-semana. Ainda a saborear, de tão agradável que é. Uma bonita homenagem de um leitor que adora Saramago e que também é ilustrador. Pequenos instantes que percorrem uma vida que não imaginava um Nobel. Uma história de amor lindíssima e um legado de obras que pertence ao mundo 😊
Sei que me estou a repetir, mas descobrir Saramago tem sido das melhores coisas que este louco ano de 2020 trouxe!!
Sei que me estou a repetir, mas descobrir Saramago tem sido das melhores coisas que este louco ano de 2020 trouxe!!
November 17, 2022
Em jeito de homenagem a José Saramago, no centenário do seu nascimento, decidi que era a altura certa para finalmente ler esta novela gráfica.
A história do escritor é aqui contada por duas figuras que foram importantes na sua vida. Ricardo Reis, o heterónimo de Fernando Pessoa que Saramago transformou em personagem em "O Ano da Morte de Ricardo Reis". Este, acompanha o avô Jerónimo que Saramago evocou no seu discurso na Academia Sueca quando recebeu o Prémio Nobel da Literatura: "O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever".
Da Azinhaga do Ribatejo, Lisboa e Lanzarote, da infância até à data da sua morte, vamos passando por acontecimentos que marcaram a sua vida. Uma viagem também pelos seus livros, através de citações e de referências à publicação de cada um deles.
Quanto à forma, os desenhos "escapam" frequentemente dos quadrados e por vezes oa quadrados são páginas inteiras. Talvez por isso, por vezes parece mais um livro ilustrado e menos uma BD, mas na minha opinião, resulta numa estética muito bonita. A solução encontrada para melhor distinguir as falas de cada personagem, com cores diferentes nos respectivos balões, facilita muito a leitura. Agradou-me muito.
Um livro que agradará a muitos dos que gostam dos livros de Saramago, mas que também poderá ser bastante interessante para aqueles que o queiram começar a ler.
Fico com a urgência de ler em breve alguns dos livros que ainda não li, e com muita vontade de reler vários dos outros, lidos há mais de 20 anos.
A história do escritor é aqui contada por duas figuras que foram importantes na sua vida. Ricardo Reis, o heterónimo de Fernando Pessoa que Saramago transformou em personagem em "O Ano da Morte de Ricardo Reis". Este, acompanha o avô Jerónimo que Saramago evocou no seu discurso na Academia Sueca quando recebeu o Prémio Nobel da Literatura: "O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever".
Da Azinhaga do Ribatejo, Lisboa e Lanzarote, da infância até à data da sua morte, vamos passando por acontecimentos que marcaram a sua vida. Uma viagem também pelos seus livros, através de citações e de referências à publicação de cada um deles.
Quanto à forma, os desenhos "escapam" frequentemente dos quadrados e por vezes oa quadrados são páginas inteiras. Talvez por isso, por vezes parece mais um livro ilustrado e menos uma BD, mas na minha opinião, resulta numa estética muito bonita. A solução encontrada para melhor distinguir as falas de cada personagem, com cores diferentes nos respectivos balões, facilita muito a leitura. Agradou-me muito.
Um livro que agradará a muitos dos que gostam dos livros de Saramago, mas que também poderá ser bastante interessante para aqueles que o queiram começar a ler.
Fico com a urgência de ler em breve alguns dos livros que ainda não li, e com muita vontade de reler vários dos outros, lidos há mais de 20 anos.
December 24, 2020
Em termos gerais, gostei deste álbum por causa do tema em si (Saramago é, para mim, um dos melhores escritores portugueses de sempre), mas estou de acordo com os comentários de outros leitores no que se refere aos narradores da história (o avô de Saramago e Ricardo Reis)... Não creio que Saramago acreditasse na "vida além da morte", por isso pôr o espírito do avô morto e o espírito de um heterónimo de Pessoa (que nunca teve existência propriamente dita) a passearem-se por Estocolmo, Lisboa e Lanzarote pareceu-me uma opção narrativa não muito acertada, não sei...
Gostei da arte gráfica (fez-me lembrar um outro autor, Sergio Toppi), ainda que os desenhos não sejam sempre perceptíveis devido ao "preenchimento" de natureza mais abstracta. Mas a narrativa ganha fluidez sem o "espartilho" que os "quadradinhos" típicos da BD exigiriam.
Um livro é feito de histórias e, ainda que se calhar venha um pouco a despropósito, gostei de ficar a saber a história mais pormenorizada da razão pela qual a revolução portuguesa de 1974 ter ficado conhecida como Revolução dos Cravos.
Enfim, vale a pena ler este livro, ainda que o mesmo não vá permanecer na nossa memória de forma muito permanente. Não deixa, contudo, de ser uma agradável leitura.
Gostei da arte gráfica (fez-me lembrar um outro autor, Sergio Toppi), ainda que os desenhos não sejam sempre perceptíveis devido ao "preenchimento" de natureza mais abstracta. Mas a narrativa ganha fluidez sem o "espartilho" que os "quadradinhos" típicos da BD exigiriam.
Um livro é feito de histórias e, ainda que se calhar venha um pouco a despropósito, gostei de ficar a saber a história mais pormenorizada da razão pela qual a revolução portuguesa de 1974 ter ficado conhecida como Revolução dos Cravos.
Enfim, vale a pena ler este livro, ainda que o mesmo não vá permanecer na nossa memória de forma muito permanente. Não deixa, contudo, de ser uma agradável leitura.
August 22, 2022
Biografia gráfica sobre José Saramago.
Devo confessar que não sou fã deste tipo de arte.
Muitos traços a negro.
Quase como se um risco entrasse em conflito com o risco seguinte.
Torna as feições humanas difíceis de contemplar com serenidade. Parece que toda a gente está com uma expressão zangada.
Torna as paisagens muito confusas, muito profusas, muito obtusas.
Mas a parte escrita gostei e muito.
Li e aprendi.
Principalmente aprendi sobre a senhora Celeste Caeiro e a importância que teve no 25 de Abril.
E adorei a parte sobre as obras deste autor.
Devo confessar que não sou fã deste tipo de arte.
Muitos traços a negro.
Quase como se um risco entrasse em conflito com o risco seguinte.
Torna as feições humanas difíceis de contemplar com serenidade. Parece que toda a gente está com uma expressão zangada.
Torna as paisagens muito confusas, muito profusas, muito obtusas.
Mas a parte escrita gostei e muito.
Li e aprendi.
Principalmente aprendi sobre a senhora Celeste Caeiro e a importância que teve no 25 de Abril.
E adorei a parte sobre as obras deste autor.
February 19, 2024
review aqui 🥰
August 20, 2023
José de Sousa Saramago, sendo este último nome uma alcunha do seu pai. Nasce em 1922 e morre em 2010. Foi o nosso único Prémio Nobel até ao momento. Ainda me lembro da emoção que todos sentimos quando lhe foi atribuído.
O Portugal cavaquista obrigou-o a tomar a decisão de ir viver para Lanzarote com Pilar Del Rio. Disseram que o "Evangelho Segundo Jesus Cristo" estava mal escrito... Sobre isto apenas tenho a dizer que este país despreza talentos, como planta eucaliptos...
Esta novela gráfica percorre a vida e a obra de Saramago, sob a narração do avô sábio, Jerónimo Melrinho, e de Ricardo Reis, um dos heterónimos de Pessoa. Muito engraçada esta ideia.
Não sou entendida em Saramago e faltam-me muitos livros para ler, mas esta novela consegue aguçar a vontade de ler Saramago, ao mesmo tempo que traça um perfil do homem que foi.
É uma boa introdução ao universo de Saramago. Recomendo.
O Portugal cavaquista obrigou-o a tomar a decisão de ir viver para Lanzarote com Pilar Del Rio. Disseram que o "Evangelho Segundo Jesus Cristo" estava mal escrito... Sobre isto apenas tenho a dizer que este país despreza talentos, como planta eucaliptos...
Esta novela gráfica percorre a vida e a obra de Saramago, sob a narração do avô sábio, Jerónimo Melrinho, e de Ricardo Reis, um dos heterónimos de Pessoa. Muito engraçada esta ideia.
Não sou entendida em Saramago e faltam-me muitos livros para ler, mas esta novela consegue aguçar a vontade de ler Saramago, ao mesmo tempo que traça um perfil do homem que foi.
É uma boa introdução ao universo de Saramago. Recomendo.
October 1, 2023
Decidi que a leitura deste fim-de-semana seria esta novela gráfica. Há muito tempo que a curiosidade recaía sobre ela e já que a tinha em casa, chegou o momento de ser lida.
Neste livro, e com base nas gravuras de Tomás Guerrero, fiquei a conhecer um bocadinho melhor a vida do mestre José Saramago.
Os narradores foram o avô Jerónimo (o homem mais sábio do mundo) e Ricardo Reis (heterónimo de Fernando Pessoa convertido em personagem no romance “O ano da morte de Ricardo Reis”), numa viagem no tempo, que atravessa a vida de José Saramago, desde a sua infância até à sua morte, em lugares como Azinhaga do Ribatejo, Lisboa e Lanzarote.
Aqui fiquei a conhecer mais alguns pormenores da sua existência, assim como cresceu em mim a vontade, e diria mesmo, necessidade de ler e reler as suas obras, algumas delas lidas há muitos anos.
“O que define o caráter de uma pessoa?
A sua educação, as suas paisagens, o adquirido e o perdido, os seus sonhos...
Ou somos o que somos pela ciência infundida?”
Neste livro, e com base nas gravuras de Tomás Guerrero, fiquei a conhecer um bocadinho melhor a vida do mestre José Saramago.
Os narradores foram o avô Jerónimo (o homem mais sábio do mundo) e Ricardo Reis (heterónimo de Fernando Pessoa convertido em personagem no romance “O ano da morte de Ricardo Reis”), numa viagem no tempo, que atravessa a vida de José Saramago, desde a sua infância até à sua morte, em lugares como Azinhaga do Ribatejo, Lisboa e Lanzarote.
Aqui fiquei a conhecer mais alguns pormenores da sua existência, assim como cresceu em mim a vontade, e diria mesmo, necessidade de ler e reler as suas obras, algumas delas lidas há muitos anos.
“O que define o caráter de uma pessoa?
A sua educação, as suas paisagens, o adquirido e o perdido, os seus sonhos...
Ou somos o que somos pela ciência infundida?”
September 7, 2020
Visualmente, a novela gráfica é muito bonita, gostei do formato em que é narrada e da divisão dos capítulos. O traço é diferente e complexo e, embora em certos desenhos tenha dificuldade em distinguir o que lá está, achei que se adequa à vida e obra de Saramago. No entanto, e não que a tenha achado má ou inútil, deixou muito a desejar... tinha outras expectativas, pois esperava algo parecido com as obras do autor. Não senti a alma do Saramago presente, basicamente. Não gostei dos narradores nem dos diálogos toscos e muitas vezes desnecessários, nem sei se faz sentido a personagem que escolheram para acompanhar o avô do autor na jornada que foi a sua vida. Em determinada parte, perde-se o foco e conta-se outras histórias que em muito pouco têm a ver com Saramago. Senti falta de Pilar e do amor que os unia, senti falta de uma abordagem mais aprofundada das obras que o autor nos deixou. Foi tudo muito superficial, e logo quando se perde espaço e tempo com coisas que em nada acrescentam. Esperava algo melhor e mais cuidado... em suma, não gostei do tom geral da BD.
September 1, 2021
"O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever". Esta foi a frase com que Jos�� Saramago começou o seu discurso diante da Academia Sueca, por ocasião da atribuição do Prémio Nobel da Literatura, em 1998, referindo-se ao seu avô, Jerónimo Melrinho. Este livro trás-nos precisamente o avô Jerónimo que, em conversa com Ricardo Reis, o heterónimo do poeta Fernando Pessoa que Saramago converteu em personagem no romance O Ano da Morte de Ricardo Reis, nos guia pela vida e a obra de Saramago, desde a infância na Azinhaga do Ribatejo até aos seus últimos dias na ilha de Lanzarote. Uma viagem tão bem documentada como fascinante! Muito, muito interessante para quem gosta de Saramago como eu.
Com desenhos lindos. Adorei e recomendo!
Com desenhos lindos. Adorei e recomendo!
Read
December 10, 2025Opinião aqui
December 27, 2025
Mil estrelas para esta maravilhosa novela gráfica/biográfica daquele que se me afigura desde há muito o maior, o melhor, o único: José Saramago (não consigo não ficar emocional e não explanar aqui a minha admiração infinita).
Os desenhos extraordinários, a escrita belíssima (e claramente influenciada pelo escritor sobre o qual versa a obra) a homenagem, a condução da narração pelo “homem mais sábio” que Saramago conheceu, o seu avô Jerónimo Melrinho, o contador de histórias, o escritor em potência, analfabeto.
Saramago reverenciou toda a vida os seus avós, tal como eu os meus. Saramago foi um homem de profundo humanismo, muitíssimo à frente do seu tempo, muitíssimo à frente do nosso também - que devíamos já estar mais adiante nesta “coisa” do humanismo.
Comoveu-me como me comoveram todas as belíssimas obras que honram este Ser Humano, a que o seu país não soube fazer justiça. Pouco importa. Os milhões que o amam, leem e admiram mundo fora, os que sobre ele ainda publicam, desenham, escrevem, e a academia sueca que lhe atribuiu o Nobel, trataram disso.
Para sempre Saramago ❤️
Os desenhos extraordinários, a escrita belíssima (e claramente influenciada pelo escritor sobre o qual versa a obra) a homenagem, a condução da narração pelo “homem mais sábio” que Saramago conheceu, o seu avô Jerónimo Melrinho, o contador de histórias, o escritor em potência, analfabeto.
Saramago reverenciou toda a vida os seus avós, tal como eu os meus. Saramago foi um homem de profundo humanismo, muitíssimo à frente do seu tempo, muitíssimo à frente do nosso também - que devíamos já estar mais adiante nesta “coisa” do humanismo.
Comoveu-me como me comoveram todas as belíssimas obras que honram este Ser Humano, a que o seu país não soube fazer justiça. Pouco importa. Os milhões que o amam, leem e admiram mundo fora, os que sobre ele ainda publicam, desenham, escrevem, e a academia sueca que lhe atribuiu o Nobel, trataram disso.
Para sempre Saramago ❤️
May 11, 2021
É sempre emocionante para mim recordar Saramago. Neste livro estive acompanhado de umas ilustrações magníficas.
January 21, 2023
Que bela forma de conhecermos um pouco da vida e obra de Saramago.
March 13, 2022
"O neto do homem mais sábio" já estava na minha lista de desejos há algum tempo, e por isso não hesitei quando o vi à venda na plataforma Tradestories. Comprei esta novela gráfica sem nunca o ter folheado, e por isso a arte e a forma como a história de José Saramago iriam ser contadas foram surpresa revelada apenas quando me sentei para apreciar o livro. Porém, eu não fui a leitora que este livro pretendia. Quero com isto dizer que há qualidade na arte, no traço, na forma como a história está contada. Só não é uma qualidade que me apele enquanto leitora (é um verdadeiro "o problema não és tu, sou eu"). Li todo o livro de uma só vez, mas sem o entusiasmo que eu esperava acompanhar cada virar de página.
O que posso apontar livre de qualquer subjetivismo e que impactou negativamente a minha experiência de leitura foram os erros constantes no livro. Colocar Saramago a nascer em 1992 (p. 29), ler frases como "Cada dia há mesma hora" (p.53), para numerar apenas dois, dificultou o meu entusiasmo com a leitura.
Consigo, no entanto, apreciar a estratégia utilizada pelo autor para nos contar a vida de José Saramago: fê-lo a partir de um diálogo entre o avô de Saramago (mencionado pelo mesmo como "o homem mais sábio" no seu discurso aquando do recebimento do Prémio Nobel) e Fernando Pessoa. Juntos visitam vários locais de importância na vida de Saramago enquanto deambulam por episódios da vida dele, relatando ao leitor aqueles considerados como mais relevantes.
Para quem gostar de saber um pouquinho mais sobre a vida de José Saramago (sendo que a história constante desta novela gráfica não é propriamente reveladora de factos não comummente conhecidos) e apreciar novelas gráficas, esta é uma boa opção de leitura. 🙂
Opiniões:
- no blogue: https://onomedolivro.wordpress.com/
- no instagram: https://instagram.com/o.nome.do.livro
O que posso apontar livre de qualquer subjetivismo e que impactou negativamente a minha experiência de leitura foram os erros constantes no livro. Colocar Saramago a nascer em 1992 (p. 29), ler frases como "Cada dia há mesma hora" (p.53), para numerar apenas dois, dificultou o meu entusiasmo com a leitura.
Consigo, no entanto, apreciar a estratégia utilizada pelo autor para nos contar a vida de José Saramago: fê-lo a partir de um diálogo entre o avô de Saramago (mencionado pelo mesmo como "o homem mais sábio" no seu discurso aquando do recebimento do Prémio Nobel) e Fernando Pessoa. Juntos visitam vários locais de importância na vida de Saramago enquanto deambulam por episódios da vida dele, relatando ao leitor aqueles considerados como mais relevantes.
Para quem gostar de saber um pouquinho mais sobre a vida de José Saramago (sendo que a história constante desta novela gráfica não é propriamente reveladora de factos não comummente conhecidos) e apreciar novelas gráficas, esta é uma boa opção de leitura. 🙂
Opiniões:
- no blogue: https://onomedolivro.wordpress.com/
- no instagram: https://instagram.com/o.nome.do.livro
May 14, 2023
Considero esta novela gráfica uma belíssima homenagem a José Saramago, mas também a Fernando Pessoa, por via do seu heterónimo Ricardo Reis.
Tomás Guerrero foi feliz ao pegar na frase, “O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever”, proferida por Saramago no discurso em Estocolmo, aquando da atribuição do Prémio Nobel em 1998, referindo-se ao seu avô Jerónimo Melrinho.
A tarefa de narrar em banda desenhada a vida e obra de Saramago é arriscada, mas Guerrero foi genial ao colocar os “defuntos” Jerónimo Melrinho (avó de Saramago) e Ricardo Reis, inspirando-se na obra O Ano da Morte de Ricardo Reis, em conversa animada sobre Saramago e, assim, vão guiando o leitor ao longo das páginas que o mesmo é dizer, ao longo da vida do biografado.
Esta narração a duas vozes, iniciada em Estocolmo, em 1998, vai instruindo o leitor com informações biográficas desde a infância na Azinhaga até aos últimos dias em Lanzarote, com citações muito bem enquadradas nas ilustrações, que considero magníficas, e ainda com a divulgação das obras publicadas.
A representação da história através das ilustrações, dos desenhos sai fora do comum, não temos as convencionais vinhetas tornando-o mais próximo de um livro ilustrado do que propriamente de uma banda desenhada. Como referiu Valter Hugo Mãe no prefácio “ as suas pranchas são riquíssimas, equilibradas, surpreendentes. Sem exageros, mantendo até uma estranha atmosfera da mesma humilde personalidade de Saramago.” Poder-se-á referir que por vezes os desenhos nada acrescentam ao texto em termos de informação, são naturalmente um complemento, tornam-no mais belo, mais poético.
Outra característica facilitadora da leitura do texto é a cor diferente atribuída a cada uma das duas vozes, permitindo a sua identificação imediata.
Apesar de gostar muitos da ilustração, é sobretudo o texto que mais aprecio, a conversa mantida por Jerónimo Melrinho, o homem mais sábio, que não sabia ler, e Ricardo Reis traduz a visão que Saramago tinha de si próprio, dos seus familiares e do mundo.
Recorrendo de novo ao prefácio escrito por Valter Hugo Mãe, subscrevo a sua opinião que a expressa de forma notável: “ Este livro é brilhante. É íntimo, delicado, brilhante. Com ele, Saramago continua a nascer”.
Tomás Guerrero foi feliz ao pegar na frase, “O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever”, proferida por Saramago no discurso em Estocolmo, aquando da atribuição do Prémio Nobel em 1998, referindo-se ao seu avô Jerónimo Melrinho.
A tarefa de narrar em banda desenhada a vida e obra de Saramago é arriscada, mas Guerrero foi genial ao colocar os “defuntos” Jerónimo Melrinho (avó de Saramago) e Ricardo Reis, inspirando-se na obra O Ano da Morte de Ricardo Reis, em conversa animada sobre Saramago e, assim, vão guiando o leitor ao longo das páginas que o mesmo é dizer, ao longo da vida do biografado.
Esta narração a duas vozes, iniciada em Estocolmo, em 1998, vai instruindo o leitor com informações biográficas desde a infância na Azinhaga até aos últimos dias em Lanzarote, com citações muito bem enquadradas nas ilustrações, que considero magníficas, e ainda com a divulgação das obras publicadas.
A representação da história através das ilustrações, dos desenhos sai fora do comum, não temos as convencionais vinhetas tornando-o mais próximo de um livro ilustrado do que propriamente de uma banda desenhada. Como referiu Valter Hugo Mãe no prefácio “ as suas pranchas são riquíssimas, equilibradas, surpreendentes. Sem exageros, mantendo até uma estranha atmosfera da mesma humilde personalidade de Saramago.” Poder-se-á referir que por vezes os desenhos nada acrescentam ao texto em termos de informação, são naturalmente um complemento, tornam-no mais belo, mais poético.
Outra característica facilitadora da leitura do texto é a cor diferente atribuída a cada uma das duas vozes, permitindo a sua identificação imediata.
Apesar de gostar muitos da ilustração, é sobretudo o texto que mais aprecio, a conversa mantida por Jerónimo Melrinho, o homem mais sábio, que não sabia ler, e Ricardo Reis traduz a visão que Saramago tinha de si próprio, dos seus familiares e do mundo.
Recorrendo de novo ao prefácio escrito por Valter Hugo Mãe, subscrevo a sua opinião que a expressa de forma notável: “ Este livro é brilhante. É íntimo, delicado, brilhante. Com ele, Saramago continua a nascer”.
June 7, 2022
Este ano vou ler mais algumas obras de Saramago. Só li "O Ensaio Sobre a Cegueira", que adorei, mas as minhas tentativas de ler mais alguma coisa dele não surtiram efeito. Aconselharam-me o Claraboia e queria ainda este mês começá-lo.
Fiquei maravilhada com esta graphic novel. Com prefácio de Valter Hugo Mãe, esta obra merece todo o reconhecimento que lhe puderem dar. Introduz-nos à vida e obra de Saramago de uma forma cheia de imaginação e bom gosto. Pouco sabia da vida deste Nobel e, desta forma tão original, fiquei a par dos aspectos mais relevantes da vida de Saramago.
É numa conversa entre José Meirinho, avô do escritor, com um heterónimo de Fernando Pessoa, Ricardo Reis (também personagem do seu livro "O Ano da Morte de Ricardo Reis") que somos postos ao corrente dos aspectos da vida do escritor.
As ilustrações são quase todas monocromáticas excepto nalguns apontamentos, como por exemplo, nas capas das obras de Saramago em que uma cor forte foi escolhida. E são belas porque nos obrigam a olhar para os múltiplos detalhes que contêm.
Uma obra para reler pois o olhar será outro certamente. Mais completo, mais atento. Mais pormenores apanharei de certeza porque os traços de Tomás Guerrero contêm múltiplos detalhes, enchendo as páginas muitas vezes por completo, deixando para segundo plano a palavra/escrita/conversa entre o avô de Saramago e Ricardo Reis. Avô esse que, para o escritor, era tão somente um sábio que não sabia ler nem escrever! Daí o título.
Fiquei maravilhada com esta graphic novel. Com prefácio de Valter Hugo Mãe, esta obra merece todo o reconhecimento que lhe puderem dar. Introduz-nos à vida e obra de Saramago de uma forma cheia de imaginação e bom gosto. Pouco sabia da vida deste Nobel e, desta forma tão original, fiquei a par dos aspectos mais relevantes da vida de Saramago.
É numa conversa entre José Meirinho, avô do escritor, com um heterónimo de Fernando Pessoa, Ricardo Reis (também personagem do seu livro "O Ano da Morte de Ricardo Reis") que somos postos ao corrente dos aspectos da vida do escritor.
As ilustrações são quase todas monocromáticas excepto nalguns apontamentos, como por exemplo, nas capas das obras de Saramago em que uma cor forte foi escolhida. E são belas porque nos obrigam a olhar para os múltiplos detalhes que contêm.
Uma obra para reler pois o olhar será outro certamente. Mais completo, mais atento. Mais pormenores apanharei de certeza porque os traços de Tomás Guerrero contêm múltiplos detalhes, enchendo as páginas muitas vezes por completo, deixando para segundo plano a palavra/escrita/conversa entre o avô de Saramago e Ricardo Reis. Avô esse que, para o escritor, era tão somente um sábio que não sabia ler nem escrever! Daí o título.
May 23, 2022
Uma leitura que me cativou ainda mais o interesse por José Saramago, não só pela sua obra mas também pela sua vida pessoal, as suas crenças, opiniões, sentimentos, encontros e ações - do que poderemos eventualmente saber.
Fala-nos de alguns momentos marcantes na sua vida e desenvolve-os. Paralelamente à sua biografia, vai desvendando cronologicamente e acompanhando com a publicação dos livros, num contexto coerente.
Os desenhos, mesmo nas páginas mais abstratas, são fabulosos, simples, mas que me puxam para a história de Saramago, que me levam pelos seus caminhos.
Com pormenores deliciosos sobre algumas vertentes da sua vida que eu desconhecia. Como digo, incitou-me a procurar mais.
Fala-nos de alguns momentos marcantes na sua vida e desenvolve-os. Paralelamente à sua biografia, vai desvendando cronologicamente e acompanhando com a publicação dos livros, num contexto coerente.
Os desenhos, mesmo nas páginas mais abstratas, são fabulosos, simples, mas que me puxam para a história de Saramago, que me levam pelos seus caminhos.
Com pormenores deliciosos sobre algumas vertentes da sua vida que eu desconhecia. Como digo, incitou-me a procurar mais.
February 7, 2025
Andava a arrumar os livros que tenho aqui em casa, de Saramago ou relacionados com Saramago e encontrei esta novela gráfica no meio das dezenas de outras que tenho das colecções do Público.
Confesso que fiquei surpreendido. Muito surpreendido mesmo.
Tão bom quando algo nos dá mais que aquilo que estamos à espera.
A biografia de Saramago é-nos apresentada numa conversa entre o seu avô e Ricardo Reis utilizando citações de todos os seus livros.
Ideia fantástica e executada de forma primorosa.
E ainda o prólogo do VHM.
Sempre a somar.
Um daqueles em que o todo é francamente superior à soma das partes.
Essencial para quem goste de Saramago e de BD, como este que vos escreve.
Confesso que fiquei surpreendido. Muito surpreendido mesmo.
Tão bom quando algo nos dá mais que aquilo que estamos à espera.
A biografia de Saramago é-nos apresentada numa conversa entre o seu avô e Ricardo Reis utilizando citações de todos os seus livros.
Ideia fantástica e executada de forma primorosa.
E ainda o prólogo do VHM.
Sempre a somar.
Um daqueles em que o todo é francamente superior à soma das partes.
Essencial para quem goste de Saramago e de BD, como este que vos escreve.
June 30, 2022
É a primeira vez que leio uma novela gráfica que é uma biografia. Esta biografia passa em revista a vida e a obra de José Saramago através do diálogo entre o avô de Saramago e Ricardo Reis.
Apreciei o cuidado gráfico e a tonalidade monocromática do livro. O autor resumiu a obra e a vida de Saramago com excertos de algumas das suas obras e, penso que isso, trará mais leitores deste fantástico autor.
Tal como diz Valter Hugo Mãe no prefácio, com este livro, "Saramago continua a nascer".
Apreciei o cuidado gráfico e a tonalidade monocromática do livro. O autor resumiu a obra e a vida de Saramago com excertos de algumas das suas obras e, penso que isso, trará mais leitores deste fantástico autor.
Tal como diz Valter Hugo Mãe no prefácio, com este livro, "Saramago continua a nascer".
February 14, 2025
Muito bom. Gostei imenso!
November 26, 2020
Descobri esta novela gráfica na semana passada e tive que a comprar. Já não consegui apanhar a coleção toda, mas pelo menos tenho esta. 🤗
Adorei o facto de ser o avô de José Saramago a contar a história do autor a Fernando Pessoa, neste caso em específico a Ricardo Reis, que ele tanto adorava. Vamos sempre encontrando referências aos livros de Saramago, mas também algumas de Ricardo Reis.
Senti só que podiam ter incluído mais pormenores ao abordar os acontecimentos da vida de Saramago, mas compreendo que não o tenham feito. Se o fizessem não existia espaço para tudo.
As ilustrações são cativantes e, algumas vezes, abstratas. A ilustração de Pessoa e de Saramago estão muito parecidas com o real. Quanto às ilustrações abstratas, acho que foram bem escolhidas porque nesta novela marcam um ponto de transição e fazem-nos parar um pouco para pensar no que estamos a ler.
O documentário de José e Pilar nunca me saiu da cabeça desde que o vi há uns anos. E penso muitas vezes na frase que José Saramago diz no início "Pilar, encontramo-nos noutro sítio.".
Adorei o facto de ser o avô de José Saramago a contar a história do autor a Fernando Pessoa, neste caso em específico a Ricardo Reis, que ele tanto adorava. Vamos sempre encontrando referências aos livros de Saramago, mas também algumas de Ricardo Reis.
Senti só que podiam ter incluído mais pormenores ao abordar os acontecimentos da vida de Saramago, mas compreendo que não o tenham feito. Se o fizessem não existia espaço para tudo.
As ilustrações são cativantes e, algumas vezes, abstratas. A ilustração de Pessoa e de Saramago estão muito parecidas com o real. Quanto às ilustrações abstratas, acho que foram bem escolhidas porque nesta novela marcam um ponto de transição e fazem-nos parar um pouco para pensar no que estamos a ler.
O documentário de José e Pilar nunca me saiu da cabeça desde que o vi há uns anos. E penso muitas vezes na frase que José Saramago diz no início "Pilar, encontramo-nos noutro sítio.".
November 17, 2020
Um belo retrato da vida de Saramago. Contado de uma forma muito bonita, pelos olhos de uma personagem importantíssima na vida de Saramago. As ilustrações são bonitas e combinam na perfeição com o texto. Recomendadíssimo para os apreciadores de Saramago.
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