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Guerra e Paz, Vol 1

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“O que é Guerra e paz?”, questiona Liev Tolstói em um texto que detalha o processo de pesquisa e de criação de sua obra-prima. “Não é um romance, muito menos uma epopeia, menos ainda uma crônica histórica.” Ao acompanhar o percurso de cinco famílias aristocráticas russas no período de 1805 a 1820, Tolstói narra a marcha das tropas napoleônicas e seu impacto brutal sobre a vida de centenas de personagens. Em meio a cenas de batalha, bailes da alta sociedade e intrigas veladas, destacam-se as figuras memoráveis dos irmãos Nikolai e Natacha Rostóv, do príncipe Andrei Bolkónski e de Pierre Bezúkhov, filho ilegítimo de um conde, cuja busca espiritual serve como espécie de fio condutor e o torna uma das mais complexas personalidades da literatura do século XIX. Ao descrever o cotidiano e os grandes acontecimentos que se sucederam à invasão de Napoleão em 1812, Tolstói retrata uma Rússia magistral, imponente e, sobretudo, profundamente humana.

727 pages, Hardcover

Published January 1, 2017

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About the author

Leo Tolstoy

7,941 books28.4k followers
Lev Nikolayevich Tolstoy (Russian: Лев Николаевич Толстой; most appropriately used Liev Tolstoy; commonly Leo Tolstoy in Anglophone countries) was a Russian writer who primarily wrote novels and short stories. Later in life, he also wrote plays and essays. His two most famous works, the novels War and Peace and Anna Karenina, are acknowledged as two of the greatest novels of all time and a pinnacle of realist fiction. Many consider Tolstoy to have been one of the world's greatest novelists. Tolstoy is equally known for his complicated and paradoxical persona and for his extreme moralistic and ascetic views, which he adopted after a moral crisis and spiritual awakening in the 1870s, after which he also became noted as a moral thinker and social reformer.

His literal interpretation of the ethical teachings of Jesus, centering on the Sermon on the Mount, caused him in later life to become a fervent Christian anarchist and anarcho-pacifist. His ideas on nonviolent resistance, expressed in such works as The Kingdom of God Is Within You, were to have a profound impact on such pivotal twentieth-century figures as Mohandas Gandhi and Martin Luther King, Jr.

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Profile Image for Luís.
2,370 reviews1,361 followers
January 13, 2025
What could be happier than a falling prejudice? I made "War and Peace" a mountain, arduous, inaccessible, and probably littered with boring fighting scenes. False!
"War and Peace" is not a mountain; it is a universe, a "pan-novel" where men are agitated, organize themselves, fight, and seek each other.
It is an enlightened interference in high Moscow society and the actions of the powerful among themselves in the salons of beautiful ladies.
It is a unique historical testimony of the Napoleonic wars, as seen from the Russian side. The scene of the Battle of Austerlitz and the Russian defeat, experienced at human height through the eyes of Rostov, literally captivated me, and I place it at the top of this first volume. (For the record, the Battle of Waterloo by Hugo is the only passage I flew over in Les Misérables.)
It is, before the hour but in the footsteps of the great Victor, the declination of the little story in the big one through the Rostov families and the Bolkonskys that we follow among some five hundred characters who are said to be Tolstoi anime in this book.
This first part is devilishly romantic, served by a beautiful pen and a depth of analysis, which also knows how to surface the futility of beautiful outfits as ambitions.
I now have the second volume awaiting me. I dread the exercise again because it is more of an essay than a novel. It's so arduous, but hey, prejudices.
Profile Image for Célia Loureiro.
Author 30 books960 followers
June 24, 2020
Li o primeiro de quatro volumes do incontornável, assustador, megalómano, “Guerra e Paz” (1865-1869) em oito dias. Até a mim me surpreendi.

Em primeiro lugar, devo dizer que tinha um chavão ao qual recorria em diversas ocasiões na minha vida. Quando me diziam “Não leste o livro de instruções?”, referente a produto tal, eu replicava “Se tivesse tempo, lia o Guerra e Paz”. O meu interesse por esta obra nunca foi grande – tinha-o na lista dos livros que queria muito ler mas não pelo enredo em si, nem sabia se algum dia haveria de lhe pegar. Queria lê-lo por ser um daqueles livros que devemos ler antes de morrer, só para saber o porquê de tanto burburinho ao seu redor. O desejo de vencê-lo intensificou-se o ano passado, quando comecei a dedicar-me à literatura russa. Já tinha lido A Sonata de Kreutzer, que me pareceu um tanto difícil de digerir – são os nomes, a história, os diminutivos, os lugares, o modo de estar, o afrancesamento da aristocracia russa, tudo tão difícil e exótico para quem neles se inicia (por vezes até artificial, o que creio que, em Tolstoi, funciona como crítica social). Depois li Turguenev, Fumo, e pensei “embora não me fascinem, estes russos até não são tão inacessíveis quanto isso”. De Turguenev saltei para Dostoievski, porque tanta gente me afirmou, desde sempre, que Crime e Castigo é o seu romance favorito de sempre. E li-o: um desafio, sem dúvida, mas também um sem fim de emoções, desde a angústia ao riso. Regressada a Tolstoi, leio A Morte de Ivan Iliitch, que se transformou automaticamente numa das minhas novelas favroitas, e de uma simplicidade desconcertante. Atiro-me então aos Os Irmãos Karamázov, uma obra que receava ler por vários motivos: sendo o tamanho e o facto de se tratar de uma história de homens num mundo de homens alguns dos principais. Apaixonei-me por aqueles irmãos, dificilmente esquecerei o Dmitri, o Ivan e o Aliocha. Estou convencida que é outro dos livros que me vai ficar par a vida.

Tendo viajado por todas estas obras, e vendo-me em casa devido ao confinamento, comecei a estudar russo básico, o que me esclareceu mais alguns pontos sobre a cultura russa. Aportei num documentário do Youtube em oito episódios, sobre os 300 anos da Dinastia Romanov, e agora entendo que a contextualização dos reinados de Catarina, A Grande (ep. 5) e de Pavel I (ep. 6), bem como de Aleksandr I (ep. 7) me ajudaram a compreender a situação das várias camadas sociais na Rússia Imperial, bem como um pouco das suas relações com o estrangeiro.

Voltando a Guerra e Paz, Volume I, e a importância de o ter lido em 8 dias… É que este primeiro volume introduz uma miríade de personagens, lugares, ligações, interesses e estratégia militar. Também contextualiza o momento histórico, as alianças militares e algumas batalhas históricas como Austerlitz, em que o próprio Napoleão conduziu as suas tropas contra a aliança russo-austríaca. Por tudo isto, creio que será, dos quatro volumes que compõem este colosso, o mais desafiante. Quase na viragem das 200 páginas, estive prestes a desistir. De repente saía dos salões de S. Petersburgo, onde tudo era etiqueta, e da nobreza despreocupada de Moscovo, para a tomada de uma ponte algures numa Europa que sofreu inúmeras alterações geográficas desde esse distante ano de 1805. Estava no meio de ajudantes-de-campo, generais, hussardos e cossacos, com os seus sabres, baionetas, espadas e penachos. Perguntei-me se seria capaz. Mas o obstáculo não durou mais de dois capítulos, e de repente a guerra já me acelerava o pulso; começava a conhecer as personagens que vou acompanhar ao longo destas cerca de 1200 páginas em situações de vida ou morte, e a deslindar os corajosos dos cobardes, os valorosos dos mesquinhos. Comecei a preocupar-me com os seus destinos, a desejar que a Rússia triunfasse sobre o inimigo imbatível, e, terminado este primeiro volume, lancei-me ao segundo, ansiosa por acompanhar estas personagens no rescaldo dessa batalha sangrenta.

Diria que as personagens principais são as seguintes: Nikolai Rostov, Andrei Bolkônski, Pierre (Conde Bezukhov) e Natacha Rostova. Parece-me que a acção irá sempre decorrer em torno dos destinos destas personagens, auxiliadas por dezenas – se não centenas – de personagens secundárias (li algures que o romance conta com 550 personagens), o que torna esta obra tão rica e tão complexa. Muitas dessas personagens e dos eventos aqui descritos são históricos: os generais, como Kutúzov e Napoleão, o Imperador Aleksandr I que faz as suas aparições em batalha, e recepções como a organizada em honra do príncipe Bragation, felicitando-o pelo seu brio militar em Moscovo, existiram de facto.
description
Fiz um esquema das personagens na primeira página do primeiro volume, coisa que me ajudou a reconhecer quem é quem, quem se dá com quem e, principalmente, a associar os nomes, diminutivos, famílias e títulos a cada personagem. Foi assim que entendi que Hélène é Elena, e também Liólia. Anna também é Annette, Piotr também é Pétia, e Petrushka, Mária também é Marie, e Macha, Vassili também é Vássia, e Vasska, e por aí fora. Conforme a personagem que toma a palavra, refere-se ao outro de um modo ou de outro. É de pôr a cabeça a andar à roda, mas sinto que toda essa confusão está arrumada no segundo volume. A partir daqui já sabemos distinguir as inúmeras personagens (desisti de acompanhar os cargos militares). Importamo-nos realmente com eles, apesar de tantos e de tão distintos, cada um com a sua responsabilidade no combate a Bonaparte e, em breve, na defesa da mãe Rússia. Esta tradução é muito boa, e sigo sempre as várias notas que ajudam a esclarecer o contexto dos diálogos e da narrativa.

Há trechos de enorme beleza narrativa ao longo deste primeiro volume, em que as personagens são pela primeira vez confrontadas pela brutalidade da guerra.
"Apesar de ainda não ter passado muito tempo desde que o príncipe Andrei deixara a Rússia, já mudara bastante. Na expressão do seu rosto, nos movimentos e no andar já não se lhe notava o antigo fingimento, o cansaço e a preguiça: o ar dele agora era o de uma pessoa que não tem tempo para pensar na impressão que pode causar aos outros () O seu rost exprimia mais concórdia () o sorriso e o olhar eram mais alegres ()"

Não consigo parar de ler, sou apenas vencida pelo cansaço, pela falta de posição e pela necessidade de repouso da vista. Por isso sinto que, se ler o segundo livro ao ritmo do primeiro (coisa que desconfio que hei de ler muito mais rápido, porque estou muito motivada), em duas semanas terei lido metade de Guerra e Paz. Em um mês terei lido o livro completo. E cumpre-se, assim, um sonho que cheguei a arrumar para o lado, por julgar impossível.
Profile Image for Célia | Estante de Livros.
1,188 reviews275 followers
March 5, 2019
Muito pouco do que eu possa dizer sobre Guerra e Paz será novidade para a maioria dos leitores, especialmente ao nível da importância deste livro na literatura mundial. Portanto, apenas vos posso dar a minha perspetiva pessoal do que foi começar a ler esta obra – as edições que estou a ler, da Editorial Presença, dividem o livro em quatro partes. A minha história com Lev Tolstói não é muito feliz: apenas li Anna Karénina há 9 anos e, ainda que lhe tivesse reconhecido mérito literário, não apreciei por aí além. Tenho a sensação que o li demasiado cedo no meu percurso de leitora e que, entretanto, os meus gostos se alteraram um pouco. Talvez um dia lá regresse…

A história narrada em Guerra e Paz tem início em 1805 e começa por nos apresentar várias famílias de círculos mais abastados da sociedade russa da época. As principais personagens, bem com as relações entre elas, vão-nos sendo apresentadas a um ritmo calmo e, para minha surpresa, com várias matizes de ironia e humor. Para já, as principais personagens são Pierre, que assume toda uma importância na sociedade depois da herança que consegue após o falecimento de seu pai; o príncipe Andrei, por enquanto uma personagem bastante reta e de valores inabaláveis, mas que me parece poder alterar a sua forma de ver as coisas pelas vicissitudes da vida; e Nikolai Rostov, um jovem ávido de participar nas batalhas contra Napoleão, representando o seu amado czar Alexandre I.

Entre estes retratos da sociedade russa, o autor vai intercalando vários capítulos que decorrem no terreno de guerra, quando a Rússia se juntou às tropas austríacas nas semanas que precederam a famosa Batalha de Austerlitz, da qual Napoleão saiu como grande vencedor. O leitor tem a possibilidade de ver as manobras táticas de guerra sob o ponto de vista das personagens que já nos foram apresentadas, tanto a nível dos decisores como a nível de quem estava no terreno. Tenho de confessar que foi nas secções de guerra que fiz as maiores paragens de leitura. Gostava muito de ter um forte interesse por táticas de guerra, mas não é a minha praia e Tolstói não conseguiu fazer-me interessar por elas, com exceção da secção final, que descreve a Batalha de Austerlitz, mas aí penso que se deveu a um maior ênfase no efeito da guerra em quem nela participou, em vez de nos acontecimentos propriamente ditos.

Não posso dizer que esta primeira parte de Guerra e Paz me tenha arrebatado completamente, mas ainda assim gostei bastante. Encarei-o mais como uma apresentação de personagens, bem como uma contextualização social, política e militar que deixa adivinhar desenvolvimentos futuros muito interessantes. O estilo de escrita não foi novidade para mim, pela experiência anterior, mas penso que desta vez estou a conseguir apreciar melhor, em especial quando Tolstói entra em campos mais filosóficos (pelo que já li, esta é uma tendência que aumenta mais para a frente na obra). Portanto, para já a experiência é bastante positiva e já estou embrenhada no segundo volume.
Profile Image for Vanita.
93 reviews33 followers
August 22, 2017
10 dicas para ler "Guerra e Paz" de Tolstoi

Eu tinha prometido, portanto, aqui vai o meu pequeno contributo para quem ainda não se aventurou na leitura daquele que é considerado um dos maiores clássicos da literatura russa. Deixem-me ressalvar apenas que não me vou pronunciar sobre a riqueza do texto, as maravilhas da estrutura da obra ou as reflexões, militares, emocionais, psicológicas e filosóficas de Lev Tólstoi. Ler o "Guerra e Paz" é uma experiência única, pessoal e pouco há a acrescentar a tanto que foi sendo dito e ainda se diz sobre esta espécie de ensaio histórico que aborda a invasão das tropas de Napoleão à Rússia e a sua entrada em Moscovo. Não tenho formação para fazer uma análise literária e nem é isso que pretendo. Feito o esclarecimento, aqui ficam algumas dicas para quem, como eu, pretende um dia saber do que se fala.

1. Antes de mais nada, é preciso ter disponibilidade. Disponibilidade mental para embarcar na leitura de um livro que, na melhor das hipóteses, se encontra dividido por dois generosos volumes. Entre 1200 páginas a cerca de 1600, são as ofertas que existem nas traduções portuguesas. Esqueçam essa coisa de já estarem habituados a devorar calhamaços ao pequeno-almoço. Aqui nem sempre será assim tão fácil. Mas quando digo disponibilidade também falo de tempo. Pela minha experiência, não acredito que seja boa ideia intercalar a leitura desta obra com outros livros, sob pena de nunca chegarem ao fim de linha. A mim, levou-me três meses. Parece muito? Não é.

2. Por outro lado, nada de fazer bichos de sete cabeças por causa da dimensão do livro. O tamanho não é tudo. Se na altura em que foi escrito, o "Guerra e Paz" se assumia como um colosso pelo seu tamanho e quantidade de páginas, hoje em dia o que não falta são romances de muitas centenas de páginas a encher os escaparates das livrarias. E nem por isso deixamos de os ler num ápice. É com esse espírito que devem seguir para este livro.

3. Nada de pressas. Isto não é uma corrida e embora cada vez mais pessoas tenham o hábito de ler um livro ao almoço e outro ao jantar, tal a velocidade com que devoram tudo o que lhes aparece à frente, o "Guerra e Paz" é um livro que requer um ritmo próprio e deve ser digerido de acordo com disposição do leitor. Há momentos que se lêem de uma assentada, tal como estamos habituados, mas há muitos, bastantes mesmo, que obrigam a pousar o livro e deixá-lo de lado durante um bom bocado. Lembrem-se que esta é uma obra que levou sete anos a ser escrita. Levem o vosso tempo, não há qualquer mal nisso. Ah, e volto a dizer: nestes momentos, resistam à tentação de agarrar noutro livro.

4.Escolham bem a edição que querem ler. Este é um dos conselhos que ninguém me deu antes de me atirar de cabeça neste desafio mas que me apercebi imediatamente do quão importante pode ser para que esta experiência corra bem. Ainda assim, penso que a minha opção, embora com falhas, foi a que melhor se ajusta a mim. Basicamente, em Portugal existem duas traduções directas do russo para português. Uma é editada pela Presença, por Nina e Filipe Guerra, e divide-se por quatro volumes. A outra é mais recente e é assinada por António Pescada, disponível em dois volumes editados pela Relógio D'Água. Li a da Presença.

5. A tradução conta. Até aqui o mundo das traduções era inexistente para mim e apenas posso opinar acerca da edição da Presença. Lamento a quantidade de erros, gralhas e faltas de concordâncias que existem num livro como este. Ainda assim, acredito que foi uma boa escolha porque, movida pela curiosidade, espreitei a da Relógio D'Água e a mancha de texto não me agradou, talvez por estar compilado em dois volumes e não em quatro. Atendendo a que partes do livro são maçadoras, não vos vou mentir, prefiro a versão em quatro volumes. Com as ressalvas que já mencionei.

6. No primeiro volume, deixem-se contagiar pelas descrições psicológicas das personagens de Tolstoi. Qual hereges, sentir-se-ão tentados a comparar a história apresentada inicialmente com a "Guerra dos Tronos", de George RR Martin, ou qualquer outro épico de estratégia militar, onde o romance e a intriga são palco para alianças determinantes para o campo de batalha. É compreensível que a ideia vos passe timidamente pela cabeça, mas irão perceber que não poderiam estar mais errados. A seu tempo. Agora é altura de desfrutar de todo o talento de Tolstoi para descrever as emoções, os medos e anseios de cada uma das personagens. Ah, e as intrigas da alta sociedade? Há alguma coisa mais deliciosa?

7. O conceito dramalhão russo ser-vos-á servido de bandeja no segundo volume. Tem tanto de bom quanto de mau. Se por um lado vos enche de vergonha alheia, pela semelhança com a mais vulgar novela brasileira de horário nobre, por outro, nada como entregarem-se ao sentimento e descobrir que, por alguma razão, o romantismo exacerbado ainda hoje é uma arma para a conquista de audiências. Seja em que formato for. O segundo livro lê-se de uma assentada e é impossível sair incólume de todas as ironias e batalhas a que somos expostos. E quando falo de batalhas, não me refiro apenas às invasões russas. Há grandes conflitos pessoais e de personalidade a que não vão ficar indiferentes. Dou-vos um cheirinho. Sabiam que, apesar de combaterem a invasão das tropas francesas, a classe russa mais abastada continuava a falar e a aprender francês, considerada a língua das pessoas cultas?

8. Bebam chá. Descansem e façam uma pausa sempre que for necessário. A descrição meticulosa de estratégias militares pode ser cansativa e isso começa a notar-se a partir do terceiro volume. O meu conselho? Entrem no espírito da coisa e vejam em Tolstoi um velho professor com muito para ensinar. Ele fá-lo de forma muito interessante, se estiverem dispostos a entender a mensagem que está a passar. As mensagens. Porque são imensas e vale a pena viver a experiência sem dar parte de fraco. Além disso, o romance ajuda a levar a bagagem às costas.

9. Não desistam. Chegaram até aqui, não vão desistir agora. No quarto volume terão duas certezas: este não é um romance histórico, talvez seja um ensaio ou até uma reflexão, mas não cabe no formato de romance de ficção, como já nos vínhamos a aperceber; Lev Tolstói não conhece o conceito de climax mas, quanto a isso, não me quero pronunciar mais. Peço-vos apenas para não desistirem quando a leitura se tornar mais difícil. Afinal estão a ler um grande clássico da literatura e isso é obra.

10. Parabéns! Vivam a experiência. É única, pessoal e intransmissível. Amem, odeiem, sejam indiferentes. Vocês decidem. Sejam resistentes e não cedam ao bullying de serem obrigados a gostar de uma grande obra-prima da literatura. Façam disso uma escolha vossa.
Profile Image for Sofia Silva.
154 reviews42 followers
September 23, 2024
Não posso dizer que esta primeira parte de Guerra e Paz me tenha arrebatado completamente, mas ainda assim gostei bastante. Encarei-o mais como uma apresentação de personagens, bem como uma contextualização social, política e militar que deixa adivinhar desenvolvimentos futuros muito interessantes. O estilo de escrita não foi novidade para mim, pela experiência anterior , mas penso que desta vez estou a conseguir apreciar melhor , especialmente quando Tolstói entra em campos mais filosóficos ( pelo que já li, esta é uma tendência que aumenta mais para a frente na obra ). Portanto para já a experiência é bastante positiva e já estou embrenhada no segundo volume.
Profile Image for Nelson Zagalo.
Author 15 books466 followers
December 8, 2023
Um quarto do livro, não dá para emitir uma opinião. Do que li, gostei sem me deslumbrar. Quase todo o livro introduz personagens, por isso raramente nos agarra, existindo no final da descrição de cada grupo momentos de incerteza que geram motivação para descobrir os seus desfechos e assim continuar a leitura.


"Napoleão em Austerlitz" (1810) de François Gérard

O momento alto surge nas últimas 30 páginas com a batalha de Austerlitz a fazer brilhar o melhor de Tolstoy e a prometer muito para os próximos livros.

4 estrelas por agora, mas a julgar por esta parte final, talvez venha a mudar para 5.
Profile Image for Lúcia Parreira.
98 reviews62 followers
January 18, 2024
É uma grande obra. Está maravilhosamente bem escrita.💯
Este romance expõe as ideias do autor, o Tolstoi, sobre o sentido da vida e desenvolve as suas reflexões filosóficas em favor de uma sociedade mais justa e fraterna.
É um clássico dos clássicos!! Adorei ler!!👏👏❤❤
Profile Image for Maria Ferreira.
227 reviews50 followers
March 21, 2019
O poeta e crítico britânico Matthew Arnold opinou que "um romance de Tolstói não é uma obra de arte, mas um pedaço de vida". Estou inteiramente de acordo.

A escrita de Tolstoi é soberba, a descrição do campo de batalha, com tanta minuciosidade, faz-me crer que Tolstoi era um grande observador. Os rostos, as palavras, a linguagem corporal tão minuciosamente detalhado, nada escapa aos olhos de Liev Tolstoi, e tudo é transcrito no papel com uma linguagem simples e fluida. Os pensamentos e os sentimentos aplicado aos personagens denotam uma psicologia refinada e complexa.

Neste primeiro volume temos mais de uma dezena de personagens que: amam, tramam, matam, se convertem em Deus, mas também se desconvertem. Há de tudo um pouco de acordo com as circunstâncias: em Guerra ou em Paz, em sofrimento ou em amor.

Na Guerra e na Paz, os soberanos decidem e os lacaios obedecem, durante a guerra, se dá e leva. Os soldados morrem ou ficam mutilados e os Condes festejam e são condecorados.

A história remonta ao início do século XIX, aquando da invasão da frança à Rússia. Retrata a fome da população, com os campos por tratar, os milhares de mortos no campo da batalha, a riqueza dos ricos, a alianças que se fazem pelo matrimónio, o adultério e as conspirações do reino.

Agora estamos em tempo de paz, e tempo de beijar e apertar a mão ao inimigo, vamos ver o que o próximo livro nos reserva.
Profile Image for Cristiana de Sousa.
305 reviews23 followers
January 8, 2016
Ainda nem acredito que fui capaz de ler o primeiro volume deste clássico russo, tao importante e imponente de toda a literatura mundial. Sendo eu fascinada pela cultura russa, já seria de esperar que iria gostar, mas sinceramente nunca pensei ficar tao envolvida na historia. Todo o ambiente envolvido e a riquesa das personagens são sem duvida os pontos fortes da obra. A linguagem apesar de ser um clássico senti facilidade em entender as tramas que iam acontecendo. Sem duvida que foi a melhor forma de começar o ano xD
Profile Image for Lou.
19 reviews15 followers
August 21, 2016
Про войну по-прежнему скучно безумно.
Profile Image for Lúcia Fonseca.
299 reviews54 followers
April 26, 2018
Começamos bem. Já conhecemos algumas personagens interessantes e que seguramente vão dar que falar. A personagem que mais gostei neste volume 1 é o príncipe Nikolai Andréevitch e a princesa Mária. Devo referir que as cenas das batalhas não me despertam muito a atenção e por vezes até as acho enfadonhas. Mas são algo de extrema importância na obra.
Agora siga para o livro 2.
Profile Image for Ricardo.
28 reviews
August 14, 2018
É difícil atribuir uma classificação a um livro que no fundo é 1/4 de uma história... Para já fica assim, no final revejo esta e as futuras notas.

Contudo, a qualidade, já sobejamente conhecida por todos, está lá. É quase impossível largar o livro. Os capítulos são curtos, a escrita é cativante e a leitura flui. Para quem não gostar muito de cenários de guerra com descrição de batalhas, aquartelamentos, estratégias militares, etc. é capaz de ter algumas páginas mais difíceis de ultrapassar.
Profile Image for Sorin Hadârcă.
Author 3 books259 followers
February 24, 2018
After volume 1 I think that War and Peace is seriously overrated. In peace, same as in war, it is just one thing after another. If this is the point, it’s an awfully long way to prove it. Well... three more volumes to go, Tolstoy!
Profile Image for Álvaro Curia.
Author 2 books538 followers
January 26, 2023
Início entusiasmante! Não estava à espera de uma prosa tão fluida e de um enredo tão novelesco!
Profile Image for Ivan DS.
152 reviews9 followers
February 3, 2021
„Важно е било и ще бъде винаги само онова, което е необходимо за благото не на един човек, а на всички хора.”

Преди 150 години е отпечатан за първи път епохалният роман „Война и мир“ на великия писател Лев Толстой, който го представя без излишна скромност „като „Илиадата“ на Омир“. И има защо. Това е може би най-великият роман издаван някога въобще. Нечовешко повествование, обхванало различни картини от националния и европейски живот, както и светът като цяло с неговите битовизми, войни и законите на човешкото съществуване.

„Животът на всеки човек има две страни: личен живот, който е толкова по-свободен, колкото по-отвлечени са интересите на тоя живот, и с��ихиен живот, живот на общността, дето човек неизбежно изпълнява предписаните му закони.“

Изградени са изключителни художествени и реални исторически образи - Болконски, Безухов, Курагин, Наташа Ростова, Мария Болконска, Наполеон, Кутузов и много други.
Изобразени са много реалистични картини на битки с хилядни армии, такова множество от хора, всевъзможни житейски ситуации от обществен и личен характер, като войните на европейска територия, битката при Бородино, опожаряването на Москва, прощаването на Андрей Болконски с баща му, раняването на Андрей и неговата смърт и много други, обхванали в цялост всички мигове на човешкия живот - от раждането, през израстването и любовта до смъртта, описани така сякаш всичко това се случва пред теб. Ето какви мисл�� са вълнували Болконски преди последните мигове от живота му:

„Обич? Какво е обич? Обичта пречи на смъртта. Обичта е живот. Всичко, всичко, което разбирам, е само защото обичам. Всичко живее, всичко съществува само защото аз обичам. Всичко се държи само от нея. Обичта е Бог и да умра - значи аз, една частица обич, да се върна към Общия и Вечен Извор.“

Капитален източник за войната на Русия с Наполеон от 1812 година. Наситен с изключителен художествен реализъм е този роман-епопея. Много красив и дълъг разказ за обединението, съгласието и духовното човешко общуване на цял един народ, който се вдига като исполин срещу вероломното наполеоново нападение. Въпреки войната, наречена Отечествена от руският народ, преобладават щастието и красотата в руската душа. Тази война е може би един от най-щастливите мигове в руската история.

„Бородинското сражение до изгонването на французите доказа, че едно спечелено сражение не само не е причина за завоюване, но дори и не е постоянен белег за завоюване; то доказа, че силата, която решава участта на народите се крие не в завоевателите, дори не в армиите и сраженията, а в нещо друго. Това друго е духът на войската. Ония хора, който имат най-голямо желание да се бият, винаги сами ще се поставят в най-изгодните условия за бой, независимо дали се бият под командването на гении или не, за което типичен пример е партизанската война. Духът на войската, умножен по масата, дава силата. Да се определи и изрази значението на духа на войската, на тоя неизвестен множител, е задача на науката.“

Такъв роман, написан разбираемо с живи картини пред нас, няма достоен аналог в художествената литература. Който от любителите на литературата и четенето не го е прочел все още, е длъжен да го стори най-вече от уважение към себе си, а после и към това епохално енциклопедично произведение в световната литература. Побързайте, защото романът е дълъг и си заслужава всяка една секунда от времето ни.

„Всеки иска да промени човечеството, но никой не се замисля как да промени себе си.”

„Търсете царството на Бога и Неговата правда, а останалото ще ви се придаде. А ние търсим останалото и очевидно не го намираме.“
Profile Image for Natasha Belle.
344 reviews4 followers
May 11, 2023
С первых же глав вводится такое многочисленное количество персонажей, причём у всех есть титул/имя/отчество/фамилия, что невероятно сложно за всеми уследить, всех запомнить, кто кому кем приходится и прочее и прочее.

Пьер приехал из-за границы и для него столичные встречи были очень в диковинку, как в лавке сладостей, где всегда разбегаются глаза. Раньше всегда симпатизировала Пьеру, но сейчас (как минимум в первом томе) этот персонаж мне не интересен, у него слишком низкие интересы и скверный характер (несмотря на всю его «скромность»).

В первой половине книги сюжет разворачивается на острой теме наследства: Кому оставит граф своё состояние?

Болконский несчастлив в браке, уезжает на войну, оставляя беременную жену, про которую Толстой никак не может изъясняться без упоминания её усиков и подрагивающих губ.

Один из самых наинтереснейших эпизодов - так это тот, когда Николай Романов влюбляется в государя Александра I на войне, да так, что готов жизнь за него отдать, просто так.

Занятно, читаем дальше.
Profile Image for Marta Clemente.
750 reviews19 followers
January 15, 2023
Tinha vontade de ler este clássico russo já há bastante tempo. Foi desta, com o incentivo do @ensaiosobreodesassossego e o seu desafio #tolstoidesassossegado. Não estou a achar uma leitura fácil. Apesar da escrita fluída, as personagens confundem-me. Exige bastante concentração para ser uma leitura prazerosas. Este volume divide-se entre episódios da sociedade russa e episódios de guerra da Campanha da Rússia, no início do século XIX.
No final deste volume Andrew está gravemente ferido e foi feito prisioneiro pelo seu ídolo Napoleão Bonaparte.
Amanhã continuo com o próximo volume.
Profile Image for Anton Shayakhov.
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February 14, 2017
Ваще не понимаю, почему эту книгу заставляют читать в школе. Ведь ничего же не поймешь. Более того, будешь считать это каким-то говном.
А книга на самом деле прекрасна и интересна.
Слышал от жены и еще нескольких девушек, что Война и мир им не понравилась прежде всего описанием сражений. А я от них больше всего и кайфанул. Читал, и представлял себя там же на поле боя. Интересно конечно, каково это со знаменем рвануть под пули. Кажется, что у меня бы для этого не хватило яиц.
Profile Image for Olga.
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April 10, 2022
Не понимаю оснований для мемов про небо на Аустерлицем. Ожидала многочасового описания, но всё компактно.
Profile Image for Vítor Caixeiro.
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August 20, 2020
Guerra e Paz é um livro colossal. Embarcar nesta leitura é uma aventura ambiciosa que, compreensivelmente, não seja aliciante para a maioria. Com o peso do nome e da literatura agregado às mais de mil e seiscentas páginas que compõem esta edição, espera-se algo marcante porém difícil e assustador. Se inicialmente é este o estado de espírito, gradualmente tal ideia se dissolve perante o deslumbramento que Tolstói provoca com a sua obra-prima.


O início da viagem marca presença nos belos salões onde convivem as mais ilustres e singulares figuras da nobreza russa nos primórdios do século XIX. Entre São Petersburgo e Moscovo, move-se um conjunto amplo de personagens que partilham ligações mais ou menos substanciais entre si. Apresentam-se três núcleos familiares, os Kuráguin, Rostov e Bolkônski, de onde emergem os principais intervenientes que dão voz à trama. Cada qual possui as suas vivências, apropriando-se do seu momento e sustentando-se com robustez e carácter. Sem existir alguém que claramente sobressaia, é no panorama colectivo que reside a força que permite alcançar uma harmonia perfeita entre eles.

Opinião completa em https://refemdasletras.blogspot.com/2...
Profile Image for Svetomir Kostov.
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April 12, 2020
“Най-слабото първо изречение на книга”. Склонен съм да се съглася. Въведението на автора в този епос става постепенно, бавно и дори мудно. Трудно се ориентираш в първоначалната пирова обстановка, но нюансите в характерите на героите започват да се проявяват още тогава. Ключово за цялата книга са първиначалните маниери, възгледи и очаквания на героите. Княз Амдрей е строг и благонадежден, докато Пиер е своенравен и недотам сдържан. Началнито усещане за героите помага за следването на човешкото им развитие през цялото време. Хаотична е битката при Аустерлиц, но е пиков момент, ако гледаме на епохалната творба като на хоризонтална крива. Огромно предизвикателство и търпение се изисква за съвременен човек, за да прочете целия епос. Но както казва героят на Робърт Де Ниро в Ронин “All good things come to those who wait”.
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July 22, 2016
Я не любитель русской классики, но данное произведение необходимо прочитать. Да сложно, да затянуто и да, чертовски много, но необходимо. А в общем, мне понравился первый том, но я понятия не имею что можно описывать еще в трёх. В скором (очень надеюсь, потому что иногда очень не хочется читать) времени узнаю.
P.S Болконский мне симпатизирует, поэтому очень уж интересно узнать, что же будет с ним дальше.
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February 15, 2021
São tantas personagens, que me perdi em algumas partes mais no início. Mas assim que comecei a reconhecer algumas, até as cenas de guerra consegui acompanhar.

Estou a gostar muito da alternância entre ambientes, que também alivia um bocadinho a tensão, a adorar o sentido de humor do Tolstoi e a sentir as difíceis descrições da guerra.

Farei uma pausa antes de passar ao segundo volume, mas continuo muito entusiasmada com a leitura.
Profile Image for Lira.
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December 8, 2015
It was real (at least it felt so) and I loved it.Tolstoy is I find the master of putting in words even the most complicated thoughts that wander our heads. I will definitely keep on reading.
Profile Image for ftsio.
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May 1, 2022
фашист ебаный
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Read
June 20, 2023
gostaria de agradecer a autoescola por ter me dado a oportunidade de ler durante as aulas teóricas
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October 21, 2017
"Война и мир" один из тех романов, который входит в список "обязательных к прочтению" книг (в этом же списке и "Преступление и наказание").
Я не буду восхвалять Льва Николаевича за эту "великую книгу", но и не буду ныть о том, что " 4 тома - это же очень много, скучно и т.д.".
Я просто поделюсь своей историей знакомства с этой книгой.

И начну с того, что я читала "Войну и мир" от корки до корки два раза.
Первый раз я осилила только один том на первом курсе колледжа (в далеком 2007 году).
Военные баталии мне давались с большим трудом и усыпляли своей бессмысленностью.
Я не стала продолжать читать.

Второй раз я взялась за прочтение этой книги на втором курсе колледжа во время зимних каникул. Все 4 тома я прочитала за 2 недели. И сразу же замечу, что ни один из снятых фильмов (на данный момент) не снят по книге. Все режиссеры вносили что-то своё, а иногда и вообще меняли сюжетные линии героев. Но сейчас не о фильмах, я лишь хочу заметить, что не стоит судить об этой книге по кинематографу-слишком много вымысла и несоответствия.
Когда я прочитала роман в первый раз, то просто стала иметь представление о реальном сюжете романа, ну и в беседе теперь могла признаться: "Да. Читала. Сильных эмоций не вызвало." - вот и все впечатления о первом полном прочтении "Войны и мира".

Второй раз я прочитала "Войну и мир" в июле этого года, за 10 дней. Прошло больше 10 лет с моего первого знакомства с этой книгой. И теперь мне есть что сказать.

1. Это книга не для возраста 16-17 лет (хотя она и входит в школьную программу). В этом возрасте совсем ничего не понятно из мотивов и поступков героев: почему Наташа отказала Андрею? Как Пьер мог жениться на Элен? Как Наташа могла выйти за Пьера, после смерти Андрея? Полная неразбериха в чувствах героев. Я думаю, что эта книга подойдет для тех, кому 20 и более лет. Тогда, имея опыт и знания можно будет понять не только, что хотел сказать автор, но и то, чего он не хотел сказать. Вы поймете что-то очень важное для себя и о себе. А лучше всего прочитать эту книгу несколько раз, с разницей в несколько лет, тогда вы совсем по-новому осмыслите прочитанное.

2. Я не буду пересказывать сюжет 1,2,3 и 4 томов, я поделюсь своим мнением об основных героях романа.
Пьер Безухов - любимый персонаж автора, многие утверждают, что Толстой писал этот образ с самого себя. О Пьере пишут как о добром, умном и очень стеснительном молодом человеке, которых хочет своими действиями принести благо всем людям. Вроде неплохо, да? Далее, он богат и не скуп -помогает материально всем кто просит и не просит. Хочет осчастливить всех крестьян, научить их грамоте и т.д. Поиски смысла жизни у Пьера чередуются с кутежами и пьянством, стыд сменяется новыми идеями благоустройства мира. Пьер тот персонаж, который меняется по сюжету (так гласит официальная теория учителей). В моем видении Пьер инфантильный лентяй. Ему была дана возможность выбрать себе сферу деятельности не ориентируясь на выгоду (богатство и положение), у него и так всё это было. Но Пьер ленив и пассивен. Он не хочет сам выбирать, он хочет, чтобы ему указали путь, а лучше, чтобы выбрали за него. В своих мечтах он творец и реформатор, ученый и полководец, а в реальности он просто пьяный мечтатель. Для того чтобы сделать что-нибудь значимое, надо начать делать, надо изучить область в которой ты хочешь что-то изменить, улучшить и нужно непрерывно делать, делать, делать. А Пьер что? А Пьеру лень! Ему лень изо дня в день что-то делать, он хочет чтобы всё изменения происходили мгновенно, как у него в голове (сегодня построил школу, завтра все крепостные становятся грамотными, послезавтра решаются все социальные проблемы). Отсюда и неудачи Пьера в делах, отсюда и непонимание смысла жизни и своего места в ней. Пьеру бы понять, что когда нет нужды отвлекаться на удовлетворение необходимых потребностей в еде, жилище, безопасности и т.д., можно направить всё своё время на решение волнующих вопросов. Пьер быстро перегорает так и не достигнув цели. На мой взгляд это весьма жалкий персонаж.
Андрей Болконский - за что не возьмётся - всё получается. Этим персонажем я прониклась, очень интересный образ. Дотошный, въедливый, целеустремленный. Он знает чего хочет от жизни, ставит перед собой цель, идет к ней и добивается её. Да, на протяжение всего романа цели князя Андрея менялись в противоположные стороны: хочу славы - хочу домашнего очага, хочу оградиться от мира - хочу чтобы мир меня принял и полюбил, хочу блага стране - хочу счастья себе и т.д. Он живет и его приоритеты меняются в зависимости от жизненных обстоятельств и потрясений. Но что характерно для него -он всегда прикладывает максимальные усилия для достижения своих целей и достигает их. Если берется за благоустройство родного имения, то оно у него процветает, если хочет улучшить жизнь простого крестьянина, то он, пользуясь законом 1803 года "О вольных хлебопашцах" освобождает крестьян от крепостной зависимости (он делает то, о чём Пьер только разглагольствует и мечтает). Андрей растет и развивается на протяжении всего романа и доходит до своего пика в конце 4 тома. Интереснейший персонаж, пример истинного благородства, железной воли, доброго сердца и неподдельного героизма и смелости. Человек дела. По внутреннему благородству и силе духа из всех персонажей романа, на мой взгляд, к нему может приблизиться только Соня. Почему не Наташа? Об этом я напишу в своей рецензии ко второму тому в следующий раз.
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