O amor, muitas vezes, é um sentimento complicado, que provoca mudanças na vida de alguém. No caso de Cristiana, protagonista de O efeito urano , a transformação foi radical: ao se envolver com Helena, ela arriscou o casamento e uma vida confortável ao lado de um marido apaixonado para embarcar em uma aventura. Com o olhar ácido que lhe é característico, a autora conta a história desse relacionamento e suas consequências. Alternando trechos em primeira pessoa com a interferência de um narrador desconhecido, o livro mostra como Cristiana foi se interessando cada vez mais por Helena, se deixando seduzir pela experiência nova – um relacionamento homossexual – e mergulhando em um turbilhão de sensações, que vão da felicidade plena ao mais profundo grau de tristeza e decepção. A protagonista mistura passado e presente para explicar como se envolveu nesse amor e tentar entender de que forma se tornou uma mulher solitária. Comportando-se como uma adolescente mimada, Cristiana testa os limites de Guido, deixando o marido de lado para ficar perto de Helena o máximo possível. Ao idealizar o relacionamento com Helena, Cristiana vive um breve sonho, que se transforma em pesadelo no instante em que o peso da realidade cai sobre seus ombros. Mais do que uma história de amor, O efeito urano trata de escolhas e mostra como elas afetam a vida das pessoas envolvidas. Sem julgar os personagens, a autora dá pistas sobre o perfil de cada um e descreve seu cotidiano. Cabe ao leitor perceber o impacto que as reações de causa e efeito têm na rotina de Cristiana, Helena e Guido, e concluir se os riscos assumidos valeram ou não a pena.
Fernanda Maria Young de Carvalho Machado foi uma escritora, roteirista, apresentadora de tv e atriz brasileira.
O primeiro trabalho de Fernanda escrevendo para a televisão foi em 1995, na série A comédia da vida privada. O texto original era de Luis Fernando Verissimo, no entanto, Fernanda e o seu marido (Alexandre Machado) adaptaram o clássico para a televisão. Em parceria com o marido, ela também escreveu para a rede Globo as seguintes produções: Os Normais (2001-2003), Os Aspones (2004), Super Sincero (2005), Minha Nada Mole Vida (2006), O Sistema (2007), Nada Fofa (2008), Separação?! (2010), Macho-Man (2011), Como Aproveitar o Fim do Mundo (2012).
Em 1996, Fernanda Young lançou o seu primeiro livro intitulado Vergonha dos pés.
Normalmente quando eu não gosto de um livro eu abandono ele, pq não consigo ler. Me esforcei pra ler esse até o final pra poder ter alguma opinião concreta kkkkkk.
"Não há fronteiras para onde alguém pode ir. Há, no entanto, dentro de todos nós, um alarme contra as correntes mais fortes. Nunca temi afogar-me. Helena sempre."
A escrita da Fernanda Young é cheia de belas frases e analogias, que me fizeram grudar em alguns trechos e pensar. O livro tem um tempo psicológico muito bacana também, e que é colocado a prova por um narrador onisciente e pelo marido psiquiatra.
Mas, sendo um livro de 2011, tem certos esteriótipos, palavras, e pensamentos que me incomodaram muito, em relação a LGBTs, pessoas gordas, entre outros. Não valeu a pena.
O ritmo e a cadência de Fernanda fazem a mais chata receita de bolo ser a mais interessante das coisas. Porque é como alguém falando absurdos em mesa de bar: é impossível não olhar. Não ficar puto. Não discordar mesmo sabendo que a pessoa em questão só fala absurdos pra que alguma coisa se contorça naquilo que chamamos normal.
Fernanda faz isso o tempo todo. Fez isso nos Normais, faz isso de maneira brilhante em qualquer livro. E me desculpem os fãs - eu aqui incluso, há-há - mas os livros de Fernanda são tão maiores que suas personagens engraçadinhas que tenho vontade de berrar na rua: Fernanda é uma gênia e fodam-se os Ruis e Vanis! Fernanda! Fernanda!
Eu adoraria que você tivesse tido uma bombinha de asma quando precisou. Ou que ela tivesse funcionado. A morte é mesmo uma coisa muito estúpida.
Um registro visceral de uma paixão. A história tem um ritmo acelerado e interessante, um discurso bem colocado, com palavrão junto, que adoro. Recomendo.
É um belo relato sobre como é se apaixonar de forma avassaladora.
O livro corre de forma muito fluida, dá vontade de continuar lendo, a autora tem frases, analogias e metáforas muito boas, me fez marcar vááários trechos.
É também um livro sobre traição, sobre a comunidade LGBTQIAP+ que, acredito que pelo ano de publicação, traz termos e formas de se referir aos membros dessa comunidade que hoje em dia não são mais utilizados por serem ofensivos e/ou pejorativos. Apesar disso, não me incomodou ao ponto de não querer terminar a leitura.
Que abracinho caloroso e sincero numa época tãoooooo solitária quando falamos de "vida real", e o maremoto de ilusões que criamos nas diferentes personas da psique, que alimentam a gente dia e noite. Ao mesmo tempo que te faz chorar, te faz rir e gritar tb, dentro de si. Completamente dentro.
Fernanda, que mulher! Sempre transformando tudo, até coisas bestas da rotina, em coisas grandiosas. O livro é urbano, realista, tem esse toque ácido de ver um mundo cinza que só a autora é capaz de trazer. Ela tinha sempre esse toque de Midas. Sinto falta!
O enredo é bom, mas a narração é muito arrastada, além de ser recheado de esteriótipos que atingiram o meu íntimo como mulher lésbica. Não recomendaria para ninguém.
Fernanda podrida escribir tan solo una letra en un papel y aun así me encantaría, me fascina. acoto, no digo que sea la mejor escritora del mundo... pero me encanta.