A língua portuguesa numa escrita luminosa, num livro de memórias na linha de Livro das Horas. Uma narrativa de impressões sobre a vida e a morte, sobre as relações humanas, o amor, a paixão, a pertença, num exercício literário de rara beleza.
Uma Furtiva Lágrima reúne pensamentos, reflexões, memórias, aforismos e confissões.
Nélida Piñon is a Brazilian writer born May 3, 1937 in Rio de Janeiro of Spanish immigrants. Her first novel was Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo (The Guidebook of Gabriel Arcanjo), written in 1961 which concerns a protagonist discussing Christian doctrine with her guardian angel. In the 1970s she became noted for erotic novels A casa de paixão (The House of Passion) and A força do destino (The Force of Destiny), written in 1977. In 1984 she perhaps had her greatest success with A Republica dos Sonhos, English translation The Republic of Dreams. The work involves generations of a family from Galicia who emigrated to Brazil. This relates to her own family's experience. She is a former President of Academia Brasileira de Letras and on a personal note she is said to be fond of American television.
Há uma época da vida em que aceitamos um papel de assistente de realização e decidimos vislumbrar vários fotogramas do nosso filme. Num paradoxo perfeito, como ciclo vital, esse momento surge invariavelmente aquando da percepção da banal efemeridade da vida.
Num rol de memórias, Nélida Pinon discorre sobre assuntos díspares - do cristianismo orientador (embora com uma estrela polar desborteada) à mitologia grega amada (por ela e por mim), do passado edificante ao presente desafiante, das dúvidas e das certezas. Com uma utilização sublime de um português que debelaria o Adamastor, a autora presenteia o leitor com algumas críticas ao colonialismo invasor e apropriador, ao papel ofertado a uma mulher também racional, aos raciocínios infundados numa existência embotada e não degustada. Um destaque seja dado às sublimes pequenas "definições", que ocupando menos de uma página, tentam explicar termos estruturantes, de forma liricamente instigante.
Não é um livro para massas - nem seria essa a ideia. Quais são os pensamentos que agradam a gregos e troianos? Ainda assim, sulca uma reflexão nos leitores que queiram fermentar e cozinhar tais ideias - das memórias nascem caminhos para o futuro!
"A arte narrativa, além de avaliar o que foi pretérito e hoje é presente, perpetua a fala da alma, restaura a crença no que há por trás da harmonia e da discórdia." (pág. 71)
Primeira contagem: 145 textos sobre tudo e coisa nenhuma. Recordações; pensamentos "profundos"; "mini-lições" de cinema, pintura, música erudita, literatura, mitologia grega, etc. Pelo enquadramento, estes textos parecem ter como objectivo revelar a sabedoria da autora a vários níveis e isto, para mim, não passa de caganças. Para piorar, não apreciei a forma de expressão, com frases como esta (de um texto dedicado à experiência de Nélida no Festival de Bayreuth): exposta a uma partitura sublime que jorrava abundância ao meu corpo, enquanto ia recebendo o beneplácito do Valhala.
Segunda contagem: 10 prémios literários atribuídos a Nélida Piñon. O que significa que a minha fraca opinião sobre este livro não conta...
Colección de pensamientos de la escritora brasileña Nélida Piñón, cargadas de una nostalgia a causa de su peregrinación continental; nostalgia por sus tierras gallegas y Río siempre tan mágico, bello, su infancia de luz. A través de una prosa exquisitamente elaborada, dulce, delicada, Nélida nos transporta a sus días libres y a sus días de sombra. Reflexiona acerca de su pasado. Piensa en su porvenir. Nos entrega sus pasiones y sus miedos. El amor por el arte, a la naturaleza, a todo en lo que ella cree. Un hermoso libro para tocar sus pensamientos, y esas furtivas lágrimas que se asoman al rostro: a veces de felicidad, otras de dolor. Pero siempre, de asombro.
En España se ha traducido por la editorial Alfaguara. Leí anteriormente "Voces del desierto" que no me emocionó, así como "Aprendiz de Homero" que guarda mucha semejanza con este último. Si bien en "Aprendiz de Homero" se centraba en reflexiones literarias, "Una lágrima furtiva" narra en una prosa muy cuidada fragmentos de vida, pensamientos de quien ya no tiene que dar explicaciones a nadie. Me he quedado con un gusto agridulce, porque no consigo enamorarme de esta autora de la que no dudo de su oficio de escritora.
La verdad, ni terminó de gustarme ni me atrapó demasiado. No se por qué esperaba algo más cautivador.
Tiene cierto toque lírico en algunas ocasiones, pero también me cansó mucho leer todo el tiempo lo mismo: soy brasileña, multifacética, muy cultural, muy escritora, muy gallega, muy etc.
Sí hay momentos en los que las reflexiones me hacían sentido o eco, pero fueron fugaces. En sí, me pareció redundante y pesado de leer. No entendí el propósito real de escribir el libro, o lo que pretendía transmitir.
ela escreve de uma forma tão linda e sútil, tudo que ela fala mexeu comigo em algum lugar do meu corpo. essa mulher é incrível, a descobri sem querer mas acho que o universo queria cruzar nossos caminhos, porque sua escrita me inspirou a continuar escrevendo. como diz a contracapa do livro, nélida piñon é uma civilização!
Nélida Piñón nos va contando en esta especie de diario de vida su historia, la de su familia, sus raíces, su dualidad de española y brasileña, nos enseña un retrato íntimo de su familia, de sus intereses y de ella misma.
Una especie de dietario más que diario de esta famosa escritora brasileña. Un estilo sobrio y elegante que mueve a la reflexión serena y apacible. Queda pendiente iniciar la lectura de sus novelas.