Santo guerreiro: Roma invicta é o novo livro de Eduardo Spohr, autor dos best-sellers A batalha do Apocalipse e a série Filhos do Éden. O livro, que marca sua estreia no gênero do romance histórico, conta a versão mais fidedigna já escrita sobre a vida de Gergios, o soldado romano eternizado e admirado em todo o planeta como São Jorge.
No fim do terceiro século, o Império Romano estava à beira do colapso. Invasões bárbaras, confrontos religiosos e insurreições militares ameaçavam a soberania dos césares. No Leste, a poderosa rainha Zenóbia reuniu uma tropa de guerreiros montados e assumiu o controle da Síria. Caráusio, o almirante da frota romana no Canal da Mancha, ocupou as províncias do Oeste e se autoproclamou imperador da Britânia.
Em meio à desordem e ao caos, Laios Graco, alto oficial da cavalaria, é morto e suas terras, roubadas. Seu filho, o jovem Georgios, foge para a capital com o objetivo de se apresentar ao imperador Diocleciano, antigo companheiro de seu pai, na esperança de ser aceito no exército, tornar-se soldado, recuperar suas posses e vingar a família.
Santo Guerreiro conta a versão mais fidedigna da vida de São Jorge já escrita. Com base em documentos históricos e vestígios arqueológicos, o autor nos transporta de volta à Antiguidade tardia, a um tempo em que o aço, o amor e a intriga governavam o destino dos homens ― e, por conseguinte, os rumos da história.
Um dos santos mais populares do mundo, São Jorge é adorado por católicos, ortodoxos, anglicanos e devotos das religiões de matriz africana. Na iconografia, ele é representado por um cavaleiro brilhante, usando armadura completa, armado de lança e enfrentando um dragão.
Essa imagem, entretanto, é meramente alegórica. De acordo com a tradição, Jorge ― ou Georgios, seu nome grego ― não foi um guerreiro medieval, mas um soldado romano, que nasceu no século III e morreu executado após repudiar os deuses pagãos.
Embora não haja registros que confirmem a existência do santo, há uma infinidade de fontes históricas que descrevem o mundo em que ele teria vivido. Diocleciano, que governou o Império Romano entre 284 e 305 d.C., promoveu a última grande perseguição aos cristãos, ceifando perto de três mil vidas. Durante sua administração, a sociedade mediterrânea sofreu com a invasão dos persas, o assédio dos germânicos no extremo norte e uma série de revoltas internas. Diocleciano também transferiu a capital de Roma para a Nicomédia, na Anatólia (atual Turquia), e criou uma guarda particular, uma tropa de elite da qual, supostamente, Georgios fez parte.
Santo Guerreiro: Roma Invicta é o primeiro livro de uma trilogia que se propõe a contar a biografia de São Jorge pelo prisma histórico. Trata-se de uma obra de ficção, que não pretende desafiar doutrinas ou dogmas, mas lançar luz sobre esse personagem que, seja real ou simbólico, é tão querido e admirado por milhares de fiéis em todo o planeta.
Roma Invicta será sucedido por Ventos do Norte e O Império do Leste.
Writer, journalist, blogger and member of the NerdCast, podcast published by the site JovemNerd. He is the author of the novel "A Batalha do Apocalipse" and nowadays helps to manage the NerdBooks imprint, focused in fantasy literature. In addition, he is a teacher in Hélio Alonso college, in Rio de Janeiro, where he ministers the literature course "Literary Structure - The Hero's Journey in Cinema and Literature".
Começando com o que gostei: acredito que o Eduardo Spohr conseguiu desenvolver um "roteiro" interessante, o que nem sempre é fácil com as limitações que o gênero de ficção histórica carrega.
Contudo, a leitura não foi, em grande parte do livro, uma experiência agradável e fluida, como normalmente acontece nas ficções históricas que leio.
Claro que o gênero pede, em muitos pontos, uma linguagem/vocabulário diferente, já que estamos tratando de fatos que ocorreram há quase 2.000 anos. Mas a prosa do Spohr me parece truncada demais - é uma redação que me traz uma imagem, que vejo muito na área na qual trabalho (direito) de alguém que consulta demais um dicionário de sinônimos sem perceber que está produzindo apenas um texto empolado, que quebra a fluidez da narrativa. Mesmo quando tinha algum palavrão/gíria ou tentativa de humor, o texto parecia que vinha de uma bula médica ou uma petição em processo.
Outro ponto que deixou a desejar - e os leitores de ficção histórica normalmente tem expectativa - foi a "Nota do Autor" ao final do livro, que poderia trazer algumas informações complementares sobre quais partes do livro são mais fiéis ao que a história conta (ainda que os historiadores não sejam unânimes) e o que o autor criou para romancear o período.
Enfim, me parece que com um trabalho melhor na escrita, talvez até uma preparação de texto e revisões mais detalhadas, poderíamos ter um grande livro, já que o mais difícil, que é a criação do enredo, me parece ser o forte do autor.
P.S: Tenho que elogiar a escolha de brinde feita para ser entregue na pré-venda do livro - o mapa é maravilhoso. Não dou a mínima pra essa mania de brindes que invadiu o mercado editorial brasileiro, mas meu sonho seria que todo livro de fantasia ou ficção histórica viesse acompanhado de um mapa em separado, com a qualidade do que foi mandado com esse livro!
Excelente livro q nos introduz ao personagem de Georgios/São Jorge.
Como a intenção é não spoilar não há muito mais o que se dizer da obra, no entanto, é válido destacar a evolução do Eduardo como autor.
A trama, diferente do q ocorria em certos momentos de obras anteriores, não se arrasta e nem divaga te deixando mais preso e ansioso pelo o que vai acontecer.
Os personagens e situações pelas quais eles passam tbm receberam um carinho especial, há menos "arquétipos" e, na falta de expressão melhor, "situações padronizadas" e esteriotipadas o q tbm acaba por dar uma dose maior de realidade aos mesmos.
Em suma, uma excelente e promissora introdução a essa nova trilogia.
Não lembro de ter lido algum livro do gênero romance histórico mas ainda sim vi muito elementos da tetralogia angélica, não acho que afetou a proposta, na verdade me fez gostar ainda mais da história. Gostei da divisão em tomos, fez parecer que li livretos ao invés de um calhamaço, no total foram 588 muito boa de serem lidas.
Para os fãs de romances históricos, não faltam opções, mas, às vezes, surgem uns títulos que chegam sem fazer barulho, que reservam uma trama super envolvente, só esperando para ser descoberta. Esse é o caso de SANTO GUERREIRO – ROMA INVICTA, um livro nacional que imagina toda a vida de São Jorge, santo guerreiro da Igreja Católica e imagem de adoração em diversas outras religiões. Sua vida se tornou mito, de mito foi para lenda e agora chega para nós numa roupagem agradável e viciante. Vem que vai valer a pena!
Aqui nós temos o primeiro livro de uma trilogia que não é uma biografia de São Jorge, até porque traçar com exatidão a vida de um mito que viveu há mais de mil anos é praticamente impossível. Mas o autor nos apresenta uma prosa que, junto com elementos reais, desenvolve um caminho a ser perseguido com Jorge no meio das tramas políticas de um Império Romano em decadência. De primeira, eu sei que pode parecer extremamente complexo, mas o autor trabalha com todo o tempo do mundo, primeiro desenvolvendo o ambiente onde a trama vai se passa, antes de sequer apresentar o nosso protagonista.
O plano de fundo é o Império Romano, um dos maiores impérios do mundo, entrando em decadência. Os imperadores são mortos como moscas e seus substitutos carecem de força e dedicação para com o trono, logo eles vão precisar lidar com instabilidades em cada esquina. E é nesse caos que um personagem chamado Laios é apresentado. Ele começa como um simples soldado, sobe de cargo, acumula vitórias nas guerras e em seguida recebe suas recompensas. Sua nova missão é se estabelecer numa pequena cidade e fazer dela o lugar mais próspero possível. Mas porque Laios e essa nova cidade são importantes para trama? Laios é nada mais, nada menos, que o pai do verdadeiro protagonista, o futuro São Jorge.
Boa parte inicial do livro é reservado para o total desenvolvendo de Laios e sua esposa, os pais de São Jorge, que são de lugares extremamente distintos. Mas a convivência entre eles não é tudo, o que temos são interessantíssimas guerras políticas e um intenso jogo de poder. Esse começo é basicamente um “Game of Thrones” romano, com direito a muita traição e até mesmo sangue. É impossível chamar esse arco de enrolação, já que é aqui que todo o terreno é preparado, pois toda a calmaria é posta no chão com o passar do tempo. Acompanhamos literalmente nosso personagem principal, São Jorge, ser concebido, nascer, crescer, se desenvolver e se tornar um autêntico homem com vivências que nenhum jovem deveria ter nessa idade.
As páginas vão passando e, com o tempo, São Jorge assume o mando de protagonista e a história segue sendo um poço de qualidades. É aquela velha trama clássica do personagem que precisa superar diversos obstáculos, ir de baixo para cima. Mas aqui o clichê é aceitável, pois o plano de fundo é interessantíssimo. O protagonista passa por lugares exóticos e faz contato com os mais diferentes e curiosos povos que existiram nas regiões que hoje conhecemos como Ásia, Oriente Médio e até mesmo partes da Europa. Acompanhamos uma evolução extremamente rica e palpável, é muito difícil não torcer pelo personagem principal.
Além da trama ser rica, a forma que ela é contada é muito bacana. Basicamente dentro da narrativa, uma mulher que conviveu perto dos personagens, está escrevendo a história. E conforme ela avança, a mesma manda os capítulos para um padre revisar. A cada novo arco, nós temos algumas cartas trocadas entre a autora e o padre, discutindo curiosidades do que acabamos de ler e em como ela pode melhorar daqui para a frente. É uma interação que funciona demais dentro da narrativa e só enriquece. E tudo isso é feito numa prosa sensacional pelo autor. O livro é gigante, quase seiscentas páginas, mas ele é extremamente particionado em diversos capítulos pequenos e agradáveis, que fazem a leitura ser tão gostosa e interessante, que é até mesmo possível de uma vez só, sentar, se maravilhar com a prosa e devorar quase o livro por completo e falo isso por experiência própria.
Começamos acompanhado os pais de Jorge, depois o próprio Jorge e, às vezes, temos alguns capítulos de outros personagens, que estão aqui para deixar a trama mais rica, nos mostrando as maquinações que estão acontecendo do outro lado do tabuleiro. Essas atualizações não são tão frequentes, mas funcionam perfeitamente bem na hora que são apresentadas.
Os personagens são bastante carismáticos e cheios de nuances, medos e limitações que eles mesmos buscam vencer a todo o instante. O livro também é muito feliz ao abordar o lado religioso com tanta força, já que na época onde a história se desenvolve, o cristianismo ainda não era a potência que é hoje. Nas palavras, o embate entre esses novos fiéis seguidores de um Cristo que foi crucificado com os fiéis de outras religiões antigas é muito forte e intrigante. Mais uma vez fazendo de tudo para não deixar nunca essa narrativa cair na falta de base e profundidade.
SANTO GUERREIRO – ROMA INVICTA é apenas o primeiro volume dessa nova trilogia que ainda tem muito chão para percorrer. A trama basicamente não termina, ela apenas se encerra dizendo que já volta, a gente sabe que ainda falta muita coisa para acontecer, nosso personagem principal ainda é jovem, ainda não é o mito do Santo Guerreiro que conhecemos hoje em dia. Se eu tivesse que falar alguma coisa do que não é perfeito, como todo o resto, seria o final que não deixa um impacto no leitor. A gente quer o próximo porque ainda não vimos nem a metade da vida desse mito, não porque aconteceu algo bombástico. Aqui faltou o autor inserir no leitor aquela sensação gostosa de pânico e desespero, tipo, PRECISO DA CONTINUAÇÃO AGORA!
Mas isso não chega a ser uma coisa ruim, a trama é extremamente contagiante, os personagens são ricos o suficiente para deixar o leitor motivado a continuar. Mesmo se passando num período tão antigo, tudo é feito com cuidado para ser agradável a qualquer tipo de leitor. O que lê clássicos ou aquele que é amante dos contemporâneos, o autor foi muito feliz ao deixar sua prosa tão aceitável para qualquer um, porque de longe seu livro parece um monstro, mas quem for se aventurar nele, vai ser fisgado, pode ter certeza!
Primeira parte de uma trilogia, o livro nos deixa com a sensação de um grande "prólogo" ou "introdução" de algo grandioso porvir em boa parte da leitura.
O início do livro serve, para aqueles que não haviam lido nenhuma outra obra do autor, para mostrar que Spohr sabe como escrever narrativas épicas e batalhas colossais. Ao longo da leitura destaca-se o esmero com que o cenário é explicado e descrito transportando o leitor para aquela época e parte do mundo como poucos são capazes. As cartas trocadas são uma boa maneira de quebrar a narrativa e explicar alguns pontos históricos da trama apresentada.
O livro dá vontade de se conhecer mais dos personagens e lugares apresentados, mas às vezes isso pode sobrepujar um pouco a história, nos deixando com a sensação de que o cenário e o que não estamos vendo acontecer é mais interessante que os personagens apresentados.
Recomendo a leitura. O livro é leve, a leitura é fluida e a narrativa entretém. Ainda assim, não considero um livro particularmente marcante ou memorável ainda que uma leitura bastante agradável.
Excelente trama e cliffhanger. Com contexto histórica que mostra uma pesquisa impecável e a construção de um clímax essencial para um início de trilogia.
Eduardo Spohr é um perito em adicionar toques ficcionais às histórias que ouvimos a vida toda, e toca em um período pouco abordado que é a queda do Império Romano.
Spohr entrega mais um livro excelente. No livro, você entra na pele de Georgios (posteriormente São Jorge), e vive todas as alegrias e dificuldades do personagem, em pleno declínio do império romano.
Gente… Que saudades que eu estava de ler o Eduardo Sporh. Adoro a narrativa dele. E gostei de todos os outros livros que ele já escreveu. Sempre adorei a temática de anjos e mitos antigos tudo misturado e junto.
Mas quase chego a dizer que esse pode ser o meu mais novo favorito dele. E o tema é diferente. Ele até se arrisca a dizer que sai do gênero da ficção fantástica e vai para o gênero da ficção histórica. Algumas pessoas ficaram bravas porque ele deixou escapar algo de místico e fantástico nesse livro que supostamente era pra ser histórico apenas, mas eu fico feliz por ele não ter deixado sua essência totalmente de lado. Quem disse que milagres não existem/existiram? Porque eles não podem ser reais? Eu adoraria que fossem. Adoraria que as coisas tivessem um pouco de poder mágico de resolver as coisas. Adoraria que coisas oferecessem a nós proteção contra todo mal. Então porque não um pitada disso, já que coisas como essas estão presentes no dia-a-dia da maioria das pessoas? Essas pitadas não desmerece em nada o esforço claro para contar a história respeitando fatos maiores que pode ser apurados em outras fontes de relevância.
Esse é o primeiro livro de uma trilogia que conta a história de São Jorge. No Brasil esse santo está muito mais ligado ao Corinthians e a religiões de matrizes africanas do que necessariamente à Igreja Católica. Mas na Europa, principalmente leste europeu e parte da Ásia existem catedrais dedicadas a São Jorge. Ele é um santo muito forte no catolicismo romano e ortodoxo no Velho Continente. Eu nunca entendi porque essa devoção não atravessou o Atlântico. Talvez eu descubra nos livros a seguir. E que saiam logo!
O que dizer desse livro que tanto esperei e agora que finalizei a leitura só posso dizer: Obrigado Eduardo Spohr!!
A escrita primorosa, rica em detalhes e sem enrolar demais, Spohr detalha o necessário para te ambientar seja no quesito ambiente (local) ou na questão dos personagens, onde você fica sabendo o suficiente para discernir uma pessoa da outra caso não lembre dos nomes. Suas reviravoltas me fisgaram de jeito, e estou ansiosa para os próximos volumes!!!!
Esse é o primeiro volume de uma trilogia que mistura história, ficção e lenda, centrando-se na figura de São Jorge, mas também explorando o contexto do Império Romano, suas batalhas, intrigas políticas e a formação de um herói. A narrativa começa apresentando a história de Geórgeus, um jovem que nasce em um período turbulento, marcado por guerras e conflitos políticos. Seus pais, Laios — um guerreiro romano e governador de Lida — e sua mãe, que possui visões proféticas, desempenham papéis essenciais na formação de sua identidade. Laios se destaca em batalhas, incluindo a captura da rainha Zenóbia, uma personagem histórica com vários destinos na história, o que já dá uma ideia do cenário político complexo em que a história se passa. Após a morte de Laios em combate contra os germânicos, há uma forte carga emocional na narrativa, que retrata a dor da perda e a dúvida de Geórgeus sobre a possível sobrevivência de seu pai, criando um conflito interno que o acompanha ao longo de sua jornada. Essa dúvida alimenta seu desejo de descobrir a verdade e serve de motivação para suas ações futuras, além de explorar temas como identidade e busca por propósito. O livro também apresenta uma forte influência do contexto histórico, com referências a figuras como Diocleciano, Constantino, Santa Helena e a perseguição aos cristãos. Essas referências dão uma base realista à trama, que mistura elementos históricos com fantasia, como a espada mágica Asclon, forjada por Efesto, símbolo da linhagem de Geórgeus e seu potencial heroico. Ao longo da narrativa, Geórgeus passa por treinamentos rigorosos, enfrentando desafios físicos e morais, e crescendo como guerreiro e indivíduo. Sua relação com o sábio escravo, que atua como mentor, é fundamental nesse processo, assim como a construção de sua coragem e fé. Momentos de tensão, como invasões, a morte de sua mãe e humilhações, ajudam a moldar seu caráter. Sua relação com Tisa, uma figura que começa com um amor infantil, evolui e reflete como as circunstâncias moldam os relacionamentos pessoais. O livro também introduz profecias que indicam que Geórgeus terá um papel crucial na queda de Roma, elevando o mistério e a expectativa sobre seu destino. Sua conexão com a figura mítica de São Jorge é reforçada pela narrativa do combate contra o dragão — que simboliza o mal — uma cena que mistura heroísmo, fé e sacrifício, destacando a importância de lutar contra as forças do mal com coragem e esperança. A história de São Jorge, como retratada por Eduardo Spohr, mistura lenda com elementos históricos, incluindo a famosa batalha contra o dragão, que simboliza a vitória do bem sobre o mal. São Jorge é apresentado não apenas como um guerreiro, mas como um símbolo de fé, sacrifício e resistência. A narrativa também aborda sua figura como mártir, com detalhes sobre suas torturas e sua firmeza na fé, mesmo diante da morte. Além disso, o livro explora a influência de São Jorge ao longo da história, desde as cruzadas até sua presença em igrejas e na cultura popular, como na Turma da Mônica, e sua representação como um santo guerreiro que combate o dragão — símbolo do mal. A relação com as lendas, as interpretações diversas ao longo do tempo e seu papel como padroeiro de várias regiões reforçam sua importância simbólica. A narrativa também traz momentos de reflexão, como a importância da humildade, a luta interna contra o medo e o mal, e a esperança de que a fé e a coragem podem transformar vidas. A história de Geórgeus, sua jornada de autodescoberta, suas batalhas e sua fé, visam mostrar que o verdadeiro combate é muitas vezes interno, e que a força de espírito é tão importante quanto a força física. Em suma, "Santo Guerreiro - Roma Invicta" é uma obra que mistura história, lenda e ficção para criar uma narrativa épica e emocional, que celebra a coragem, a fé e a luta contra as forças do mal, tudo isso através da figura emblemática de São Jorge, cujo legado é explorado de forma rica, detalhada e envolvente.
Este é o meu primeiro livro lido de Eduardo Sporh e fica evidente a forma fluida como ele escreve. Com objetividade, sem deixar a profundidade tanto histórica como dos personagens a desejar, me conectei rapidamente à história. É evidente também a influência de Bernard Cornwell na sua escrita. Os relatos e descrições das batalhas, a presença enigmática da magia/misticismo, deixando para o leitor a interpretação da sua existência ou não, torna a obra ainda melhor para quem é fã do escritor britânico. Apesar da grande quantidade de personagens, todos têm sentido, não só para a história, mas também para seu papel na narrativa proposta pelo autor. A divisão de protagonismo entre pai traz ao personagem principal mais contexto e endossa bastante as motivações de Georgios, além de ser uma ferramenta importante para trazer contexto histórico para nós, leitores. O momento escolhido pelo "dudu" para usar como pano de fundo é bastante desafiador tanto para o autor como para o personagem. A crise do terceiro século, principalmente para o Império Romano, é um caldeirão fervilhando de conspirações políticas, assassinatos, revoltas e expansão religiosa. E, ao meu ver, o autor mandou muito bem, citando os pontos importantes para a história (a fim de dar contexto), mas focando no essencial para o personagem e os lugares de importância para o protagonista. O livro possui algumas cenas que podem gerar gatilhos, principalmente envolvendo violência sexual e violência contra animais, mas todas fazem sentido para a evolução do personagem. Cabe aqui o relato. De forma geral, recomendo a leitura para quem gosta de história, principalmente história romana, e para quem gosta de autores como Bernard Cornwell e Ken Follet. Eduardo Sporh conseguiu me transportar para uma viagem ao passado e fiquei bastante contente e feliz com a leitura. Já vou adquirir o segundo livro da trilogia.
Em Santo Guerreiro, Roma Invicta, acompanhamos os primeiros anos, até a vida adulta, de Georgios Graco, mais conhecido como São Jorge.
Neste primeiro livro de uma trilogia, somos transportados para o fim do século III e início da decadência do império romano.
Trata-se de uma ficção histórica envolvente, onde além do desenvolvimento de personagens interessantes, vemos também guerras e intrigas políticas se desenrolando.
O livro foi organizado de uma forma que tornou sua leitura bem dinâmica, são 60 capítulos, divididos em cinco partes.
Comprei o livro logo no lançamento, ainda em pré-venda, junto com alguns brindes. Até comecei a ler na época, mas decidi segurar a leitura para terminar juntamente com o lançamento do 2º livro da trilogia.
Sou fã do Eduardo Spohr. Ele é ótimo em nos engajar você numa história. Estou com meu segundo volume em mãos, e já já volto para a Roma antiga. Recomendo!!!
A nova trilogia lançada por Eduardo Spohr é um um romance histórico com várias qualidades. Apresenta bons personagens coadjuvantes, sendo que alguns também são personagens históricos - e uma boa descrição e narrativa dos diferentes cenários e costumes da época em se passa a história de Georgios, o grego que se tornaria Santo cristão. Tem boas passagens, sobretudo o quarto final do livro. Como sou apaixonado pela figura mítica de São Jorge e muito fã das narrativas e histórias passadas na Roma Antiga - adoro livros como "Guerreiros de Roma", "Under the Eagle" e "Aguia da Nona" - decidi encarar a trilogia. A edição é simples, porém bonita. Acompanha com cards e mapas, tudo com valor acessível, valeu muito a pena. Agora é aguardar os outros dois calhamaços.
Gostei bastante da forma como o autor usou da História para criar sua narrativa, fazendo um texto leve e muito informativo ao mesmo tempo, deixando evidente a pesquisa histórica robusta feita para a escrita do livro.
O livro mergulha na ficção histórica de maneira saborosa e te atrai para dentro dos acontecimentos deixando aquela vontade de querer mais. Principalmente a forma como algumas liberdades históricas são colocadas sempre bem costurado e amarrado com a trama.
Recomendo o livro para quem gosta de ficção histórica, para quem gosta de livros épicos ou para aqueles que querem uma introdução interessante para esse período tão conturbado que foi a antiguidade tardia.
Santo Guerreiro: Roma invicta only got 5 stars because I can't give 6.
Eduardo Sporh is in my opinion one of the best Brazilian authors today. This book made me scream, hold my breath, hate some people, want the best for others and fall in love with Georgios. It's been a long time since I read a book so fluid, delicious and engaging.
Perfect, looking forward to the next book: Santo Guerreiro: Ventos do Norte.
Fluido e envolvente! Um livro que tomava de certa forma meu tempo de dedicação a ele, difícil parar de ler. O recorte da história foi muito bem escolhido, quando presenciamos parte da história antes do nascimento do nosso carismático protagonista. O detalhamento dos cenários e arredores são materiais para uma viagem espetacular de imaginação. Agora é partir para o segundo volume, para continuar caminhando junto com Georgios e sua história. Valeu, Eduardo! Deveria virar um filme, hein!😀👍🏼🙏🏼
Uma narrativa histórica sobre a pessoa que atualmente é conhecida como São Jorge. Neste primeiro livro conhecemos a história de seus pais, sua infância e adolescência. E vemos como a história o colocou no caminho da derrocada do império romano, também vemos como a influência de sua educação e seu contato com o fervo cultural que o império era moldou seu caráter.
Para quem gosta da época do império romano, muito boa e envolvente história, gostei principalmente do retrato de como eram difíceis as viagens naquela época.
A história de São Jorge, mesclando fatos históricos com ficção gerou um roteiro excelente e cativante. Amei o livro e estou na expectativa pelos próximos dois volumes.
A decadência do império Romano do Ocidente é muito bem retratado nesse romance ficcional que conta a história de São Jorge, o santo guerreiro. Um início extremamente feliz de uma trilogia que entrega muita emoção, personagens maravilhosos, um herói em construção e todo o background familiar e histórico de um momento ainda pouco explorado pela literatura. Vale cada página e o sentimento de quero mais é muito presente ao final da leitura.
Santo guerreiro é a biografia fantástica sobre um herói romano. Um santo que também foi guerreiro, mas que, antes de tudo, foi homem.
Eduardo Spohr nos oferece uma obra rica em referências históricas e passagens fantásticas. Ambientado em uma Roma antiga e em declínio, somos apresentados à personagens cativantes, cheios de personalidade, e a um protagonista carismático e gentil, aberto ao novo e ao mundo.
Recheada de conflitos, Santo Guerreiro é uma aventura épica, com muito sangue, guerras e delírios. Um livro para aqueles que querem aprender sobre um período histórico denso, pouco falado, mas ao mesmo tempo curioso e único, muito verossimilhante.
É uma história que não se rende a clichês baratos e que nos prende do começo ao fim — mérito da narrativa acessível e direta de seu autor.
Se o cristianismo é amor, paz e perdão, como um soldado, um comandante de guerra, acostumado ao aço, à matança, amante do império romano e devoto de deuses pagãos, tornou-se um Santo Cristão? Como as circunstâncias da história e dos conflitos da época moldou o herói? Como o homem, de carne e osso, tornou-se sagrado? Se essas perguntas atiçam sua curiosidade, esse livro é para você.
Uma viagem a época da Crise do Terceiro Século. Eduardo Spohr consegue levar o leitor para uma viagem temporal com esse livro. Georgios é um personagem carismático e humano (o que me surpreendeu). A santidade do Santo Guerreiro pouco é abordada.
As licenças poéticas que o autor toma, encaixam muito bem com a história.
Infelizmente esse livro não é para qualquer um, diferente dos livros da batalha do Apocalipse, com leitura fácil, democrática, que te empolga a cada parágrafo e facilmente te faz imaginar a cena, esse livro Santo Guerreiro é difícil, a leitura é tediosa, não apenas pela tentativa de linguagem antiga e nomes complexos mas a escrita em si é bem mais elitista e complicada que os outros livros, parágrafos se vão e pouco se entende. Se assume que o leitor já conhece muito de Roma e Grécia antiga antes de ler esse livro, com referências e termos sem explicação. Tentei 3 vezes engajar na leitura porque os outros livros do autor estão no meu top 10, mas infelizmente o máximo que consegui foi terminar o epílogo e o primeiro capítulo, consegui ententer o epílogo mas nao sei o que aconteceu no primeiro capítulo, mesmo depois de lê-lo três vezes (em períodos e tentativas diferentes). Gostaria que tivesse sido mais um livro do Eduardo no meu top 10, mas não foi dessa vez.
É estruturado como um roteiro e a partir daí o autor vai enchendo esse roteiro com dados, tornando ele mais complexo, aprofundando em pontos históricos, termos, expressões, nomes de lugares e cargos e hierarquia. Tudo muito bem feito. Sinto falta ainda de um ponto mais humanístico do Eduardo, um momento em que o personagem pensa como uma pessoa qualquer, de modo mais mundano e a partir daí alçar um plano mais filosófico, atemporal.
O autor brinca com a noção do que é mitológico, do que é real, do que teria sido lenda e isso dá um bom campo para ele brincar.
É um livro feito com amor e carinho, isso é inegável, e a história de fundo é muito interessante. Para quem gosta de ficção histórica é uma ótima pedida. Um produto de um autor amadurecido.