( Young Fernanda) Ana é a personagem central deste romance, publicado pela primeira vez em 1996. A autora tem sete livros publicados, dentre "A sombra das vossas asas" e "As pessoas dos livros", também é roteirista e co-autora de programas de TV.
Fernanda Maria Young de Carvalho Machado foi uma escritora, roteirista, apresentadora de tv e atriz brasileira.
O primeiro trabalho de Fernanda escrevendo para a televisão foi em 1995, na série A comédia da vida privada. O texto original era de Luis Fernando Verissimo, no entanto, Fernanda e o seu marido (Alexandre Machado) adaptaram o clássico para a televisão. Em parceria com o marido, ela também escreveu para a rede Globo as seguintes produções: Os Normais (2001-2003), Os Aspones (2004), Super Sincero (2005), Minha Nada Mole Vida (2006), O Sistema (2007), Nada Fofa (2008), Separação?! (2010), Macho-Man (2011), Como Aproveitar o Fim do Mundo (2012).
Em 1996, Fernanda Young lançou o seu primeiro livro intitulado Vergonha dos pés.
Menos impactante do que "Tudo que você não soube" (meu primeiro contato com livros da autora), o romance de estreia de Fernanda Young peca um pouco pelo ritmo, mas a escrita de Young tem algo de inexplicável. Ela consegue transmitir pensamentos e sensações humanas como ninguém. Todas as personagens são incomodamente reais. Impossível não pensar que Young colocava muito dela mesma nessas pessoas descritas no livro. Aqui, Ana é uma mulher solitária em busca de descanso para a alma. Recomendo.
2.5 Mais ou menos. Tem umas tiradas boas, uns diálogos que devem ter sido reutilizados em uma ou outra obra televisiva da autora. Mas no geral tedioso... me forcei a terminar e dei graças por ser curto. Ana é uma chata, e a ideia é realmente ela ser chata, entendo. Porém quem é que quer realmente ouvir chatos falarem? Pensarem então... A sorte de Ana é que ela é uma chata objetiva em suas opiniões ruins, pois assim não permite muitas divagações dos leitores. O livro fictício dentro do livro também ajudou, com uma história bem mais interessante e narrativa instigante. O tratamento naturalizado do estupro foi desconfortável, marcado demais na época.
Mesmo se acreditando ordinária, Ana nos é apresentada enquanto um ser de intensas emoções. Até porque a vida é assim: feita do ordinário. O prazer que se encontra nas histórias comuns. E Fernanda Young brinca e descreve perfeitamente essa história a partir de situações que não são nominalmente extraordinárias, o que aproxima ainda mais o leitor da atmosfera literária criada.
Divertido, leve, com boas mensagens como um todo. O primeiro livro da escritora só mostra como a sua mente era brilhante.
1- Achei a personagem principal insuportável ( é sobre isso e tá tudo bem). 2- a dinâmica tb é bem tradicional, e não me agrada muito, focada muito nos eventos dentro da história, sem muitas referências bacanas como em outres, fica ali dentro da coisinha/mente deles. 3- porém você fica interessade na história e é um livro maleável de se ler. Dou tchau com carinho. Mas não sentirei saudade dos personagens.
desmembramento lento de um período depressivo, um narrador onisciente e filosófico que dá contorno aos personagens. A narrativa digressa explora a psiquê de Ana, não só pelo narrador, mas pela narração que a personagem mantém em seu romance. As fugas de Ana não dão conta de sua necessidade, o confronto inevitável com a realidade é devastador e pede por algum alívio. Ana está em seu próprio "Ano de Descanso e Relaxamento"
Ela é muito engraçada até quando não quer ser, dizem que é um dos mais fracos dela mas por ser livro de estreia é um ótimo convite para conhecer sua escrita e suas ideias, quando se pensa que ela escreve ficção como uma desculpa para por seus erros, preconceitos, ideiais ela usa isso como metalinguagem e nos dá o caminho de onde ela espera chegar. É um drama de personagens meio desvairados porém muito palpáveis.
Acho interessante- Detesto romances. Acho obvio. Mas gosto de encontrar neste livro perolas que Fernanda plantou na historia, opinioes e proverbos unicos. Gosto da filosofia da Ana.
mais gostei do que desgostei. das coisas que gostei, destaco a sensação a lá laranja mecânica de assistir aos pensamentos maldosos, sensíveis, preconceituosos e dolorosamente humanos da protagonista. páginas e mais páginas são dedicadas a análises da protagonista sobre o mundo, sobre suas relações e sobre si mesma. também gostei muito do poder da fernanda young sob sua própria escrita, isso vai desde mudanças de cenário durante um diálogo a própria maneira que o romance é constituído, sendo contado no passado, presente e no romance que a própria protagonista quer escrever; é realmente muito impressionante tanto domínio, considerando que "vergonha dos pés" é a estreia da autora.
das coisas que desgostei, sinto que o ritmo é meio entruncado; alguns episódios são completamente aleatórios e não trazem nada importante para a história, a deixando maçante, mas nada insuportavelmente chato de ser lido. os diálogos em sua maioria parecem irreais e mecânicos e também senti falta de um desenvolvimento maior dos simbolismos que o livro se propõe e esquece algumas páginas depois (a vergonha dos próprios pés do título é um exemplo disso).
é um livro de altos e baixos na mesma quantidade, os altos me fizeram gostar da escrita de Young e os baixos não foram tão baixos ao ponto de me arrepender de ter comprado outros dois livros dela. com tudo isso dito, acho que Ana, a protagonista, iria amar a música "relay" da fiona apple.
Amei a narrativa do livro e a construção da personagem principal, Ana.
Uma mulher honesta consigo mesma e com toda a realidade ao seu redor... A vida como ela é descrita de uma forma leve e engraçada, cheio de referências culturais e coisas cotidianas que tanto me remetem à lembranças de casa. Sou atraída por personagens reais, de mulheres fortes, sem romantização de comportamentos esteriotipados.
Ana me cativou com seu jeito honesto, seus palavrões honestos, seus humores instáveis e essa punheta toda de altos e baixos que é a vida de todo ser humano mesmo. Me chamaram a atenção as referências culturais ao longo da narrativa. Adoro! Dou três estrelas e meia.