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Canción
Una fría mañana de enero de 1967, en plena guerra civil de Guatemala, un comerciante judío y libanés es secuestrado en un callejón sin salida de la capital. Nadie ignora que Guatemala es un país surrealista, había afirmado años antes. Un narrador llamado Eduardo Halfon tendrá que viajar a Japón, y revisitar su infancia en la Guatemala de los bélicos años setenta, y acudir a un misterioso encuentro en un bar oscuro y lumpen, para finalmente dilucidar los detalles de la vida y el secuestro de aquel hombre que también se llamaba Eduardo Halfon, y que era su abuelo.
En este nuevo eslabón de su fascinante proyecto literario, el autor guatemalteco se adentra en la brutal y compleja historia reciente de su país, en la cual resulta cada vez más difícil distinguir entre víctimas y verdugos. Se añade así una importante pieza a su sutil exploración sobre los orígenes y los mecanismos de la identidad con la que ha logrado construir un inconfundible universo literario.
«A Halfon le bastan cien páginas para conmovernos. Una proeza al alcance de pocos escritores.» Sergio Del Molino (Mercurio)
«Halfon es uno de los mejores escritores de su generación y, probablemente, de alguna otra, pasada o futura.» Manuel Hidalgo (El Cultural)
En este nuevo eslabón de su fascinante proyecto literario, el autor guatemalteco se adentra en la brutal y compleja historia reciente de su país, en la cual resulta cada vez más difícil distinguir entre víctimas y verdugos. Se añade así una importante pieza a su sutil exploración sobre los orígenes y los mecanismos de la identidad con la que ha logrado construir un inconfundible universo literario.
«A Halfon le bastan cien páginas para conmovernos. Una proeza al alcance de pocos escritores.» Sergio Del Molino (Mercurio)
«Halfon es uno de los mejores escritores de su generación y, probablemente, de alguna otra, pasada o futura.» Manuel Hidalgo (El Cultural)
128 pages, Paperback
First published January 18, 2021
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About the author
Eduardo Halfon
50 books293 followersEduardo Halfon nació en 1971 en la ciudad de Guatemala. Ha publicado Esto no es una pipa, Saturno (2003), De cabo roto (2003), El ángel literario (2004), Siete minutos de desasosiego (2007), Clases de hebreo (2008), Clases de dibujo (2009), El boxeador polaco (2008; Libros del Asteroide, 2019), La pirueta (2010), Mañana nunca lo hablamos (2011), Elocuencias de un tartamudo (2012), Monasterio (Libros del Asteroide, 2014), Signor Hoffman (Libros del Asteroide, 2015), Duelo (Libros del Asteroide, 2017), Clases de chapín (2017), Biblioteca bizarra (2018), Canción (Libros del Asteroide, 2021), Un hijo cualquiera (Libros del Asteroide, 2022) y Tarántula (Libros del Asteroide, 2024).
Su obra ha sido traducida a más de quince idiomas. En 2007 fue nombrado uno de los treinta y nueve mejores jóvenes escritores latinoamericanos por el Hay Festival de Bogotá. En 2011 recibió la beca Guggenheim, y en 2015 le fue otorgado en Francia el prestigioso Premio Roger Caillois de Literatura Latinoamericana. Su novela Duelo fue galardonada con el Premio de las Librerías de Navarra (España), el Prix du Meilleur Livre Étranger (Francia), el International Latino Book Award (EE. UU.) y el Edward Lewis Wallant Award (EE. UU.). Su novela Canción recibió el Premio Cálamo Extraordinario. En 2018 le fue otorgado el Premio Nacional de Literatura de Guatemala, el mayor galardón literario de su país natal.
Actualmente vive en Berlín.
Su obra ha sido traducida a más de quince idiomas. En 2007 fue nombrado uno de los treinta y nueve mejores jóvenes escritores latinoamericanos por el Hay Festival de Bogotá. En 2011 recibió la beca Guggenheim, y en 2015 le fue otorgado en Francia el prestigioso Premio Roger Caillois de Literatura Latinoamericana. Su novela Duelo fue galardonada con el Premio de las Librerías de Navarra (España), el Prix du Meilleur Livre Étranger (Francia), el International Latino Book Award (EE. UU.) y el Edward Lewis Wallant Award (EE. UU.). Su novela Canción recibió el Premio Cálamo Extraordinario. En 2018 le fue otorgado el Premio Nacional de Literatura de Guatemala, el mayor galardón literario de su país natal.
Actualmente vive en Berlín.
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Displaying 1 - 30 of 175 reviews
December 14, 2024
4,5*
#halfon de mi corazón
Releitura: 23/11/2024
Cheguei a Tóquio disfarçado de árabe.
Depois de ter publicado duas novelas auto-ficcionais de Eduardo Halfon, a D. Quixote parece ter desistido dele, o que é de lamentar porque este guatemalteco tem uma voz muito própria que, tal como Alejandro Zambra e Annie Ernaux, se compreende melhor quanto mais das suas obras se ler. Agora que li e sondei outros livros do autor, compreendo que repete as histórias da sua família que recuam aos seus avós, acrescentando mais informação, apresentando-as de outra perspectiva, investigando-as mais a fundo, e o que é aqui abordado superficialmente será aprofundado noutro lado e vice-versa.
***********************************************
Leitura: 06/2022
Preciso de leituras de 4 e 5* como de pão para a boca (falando nisso, já repararam que, dependendo de onde compram os vossos livros e do tamanho da vossa família, não tarda o pão está ao preço dos livros?), mas não preciso de descobrir todas as semanas novos autores que me entusiasmem e me façam adquirir mais livros do que aqueles que já tenho por ler. E Eduardo Halfon, cuja existência desconhecia até esta semana, empolgou-me bastante.
Desde que li “Somos o Esquecimento que Seremos” de Hector Abad Faciolince que sinto uma enorme apetência por livros de memórias e, apesar de se passar num país diferente e o registo ser muito menos emotivo, porque os protagonistas não se prestam a isso, encontrei alguns pontos de convergência entre aquele e “Canción”, nomeadamente a violência e a instabilidade política que, a bem dizer, se estende a grande parte da América Latina.
Numa Guatemala dos anos 60, caracterizada pelos sequestros constantes de estrangeiros em altos cargos para serem usados como moeda de troca e de empresários para financiamento da guerrilha opositora ao governo manobrado pelos EUA, o avô de Halfon, um judeu de origem libanesa, dono de uma loja e de uma fábrica de tecidos, permanece em cativeiro durante 35 dias. O mais cordial dos seus captores, mas também aquele que não hesitou em apontar uma metralhadora à filha do Sr. Halfon quando ela se pôs à frente do carro usado no rapto, é Canción, também conhecido como El Carniceiro.
Este relato é-nos habilmente dado através de pequenas migalhas que o autor vai espalhando e alternado com o passado do avô e com episódios recentes e distantes do seu neto, incluindo os que nos mostram que não era próxima a relação entre eles.
O meu pai abriu a caixa e disse-me que o meu avô me tinha deixado algumas coisas: um pesado selo branco que gravava em papel o relevo do seu nome, que é também o relevo do meu nome; umas pequenas cartolinas azul-celestes, como cartões de negócios, com o seu nome gravado em letras cinzentas, que também é o meu nome gravado em letras cinzentas. (...) O meu avô, pensei, tinha-me deixado aquelas coisas porque eu era o único outro Eduardo Halfon. A minha herança, literalmente, textualmente, era o meu nome.
Pelo que percebo, é esta a pedra de toque das obras de Halfon, as origens e a identidade, que ele busca incessantemente através da biografia da sua família.
Estava no Japão para participar num congresso de escritores libaneses. (...) Nunca me tinham solicitado que fosse um escritor libanês. Escritor judeu, sim. Escritor guatemalteco, claro. Escritor latino-americano, com certeza. Escritor centro-americano, cada vez menos. Escritor norte-americana, cada vez mais. Escritor espanhol, quando era preferível viajar com este passaporte. (...) Guardo todos esses disfarces sempre à mão, bem passados a ferro e pendurados no armário.
É um género de literatura, baseada em memórias e investigação, que me agrada muito, mas em Eduardo Halfon há um desprendimento e uma divagação que verdadeiramente me seduz.
Uma académica literária já idosa saltou em minha defesa, mais ou menos, dizendo ao jornalista – também sem olhar para mim e falando de mim como se eu não estivesse presente – que Halfon fazia a mesma coisa quando escrevia, que todas as suas histórias pareciam extraviar-se e não chegar a lado nenhum. Eu não disse nada, embora pudesse ter dito isto: o fotógrafo Cartier-Bresson, para determinar o valor artístico de uma das suas imagens, voltava-a sempre de cabeça para baixo e via-a ao contrário.
#halfon de mi corazón
Releitura: 23/11/2024
Cheguei a Tóquio disfarçado de árabe.
Depois de ter publicado duas novelas auto-ficcionais de Eduardo Halfon, a D. Quixote parece ter desistido dele, o que é de lamentar porque este guatemalteco tem uma voz muito própria que, tal como Alejandro Zambra e Annie Ernaux, se compreende melhor quanto mais das suas obras se ler. Agora que li e sondei outros livros do autor, compreendo que repete as histórias da sua família que recuam aos seus avós, acrescentando mais informação, apresentando-as de outra perspectiva, investigando-as mais a fundo, e o que é aqui abordado superficialmente será aprofundado noutro lado e vice-versa.
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Leitura: 06/2022
Preciso de leituras de 4 e 5* como de pão para a boca (falando nisso, já repararam que, dependendo de onde compram os vossos livros e do tamanho da vossa família, não tarda o pão está ao preço dos livros?), mas não preciso de descobrir todas as semanas novos autores que me entusiasmem e me façam adquirir mais livros do que aqueles que já tenho por ler. E Eduardo Halfon, cuja existência desconhecia até esta semana, empolgou-me bastante.
Desde que li “Somos o Esquecimento que Seremos” de Hector Abad Faciolince que sinto uma enorme apetência por livros de memórias e, apesar de se passar num país diferente e o registo ser muito menos emotivo, porque os protagonistas não se prestam a isso, encontrei alguns pontos de convergência entre aquele e “Canción”, nomeadamente a violência e a instabilidade política que, a bem dizer, se estende a grande parte da América Latina.
Numa Guatemala dos anos 60, caracterizada pelos sequestros constantes de estrangeiros em altos cargos para serem usados como moeda de troca e de empresários para financiamento da guerrilha opositora ao governo manobrado pelos EUA, o avô de Halfon, um judeu de origem libanesa, dono de uma loja e de uma fábrica de tecidos, permanece em cativeiro durante 35 dias. O mais cordial dos seus captores, mas também aquele que não hesitou em apontar uma metralhadora à filha do Sr. Halfon quando ela se pôs à frente do carro usado no rapto, é Canción, também conhecido como El Carniceiro.
Este relato é-nos habilmente dado através de pequenas migalhas que o autor vai espalhando e alternado com o passado do avô e com episódios recentes e distantes do seu neto, incluindo os que nos mostram que não era próxima a relação entre eles.
O meu pai abriu a caixa e disse-me que o meu avô me tinha deixado algumas coisas: um pesado selo branco que gravava em papel o relevo do seu nome, que é também o relevo do meu nome; umas pequenas cartolinas azul-celestes, como cartões de negócios, com o seu nome gravado em letras cinzentas, que também é o meu nome gravado em letras cinzentas. (...) O meu avô, pensei, tinha-me deixado aquelas coisas porque eu era o único outro Eduardo Halfon. A minha herança, literalmente, textualmente, era o meu nome.
Pelo que percebo, é esta a pedra de toque das obras de Halfon, as origens e a identidade, que ele busca incessantemente através da biografia da sua família.
Estava no Japão para participar num congresso de escritores libaneses. (...) Nunca me tinham solicitado que fosse um escritor libanês. Escritor judeu, sim. Escritor guatemalteco, claro. Escritor latino-americano, com certeza. Escritor centro-americano, cada vez menos. Escritor norte-americana, cada vez mais. Escritor espanhol, quando era preferível viajar com este passaporte. (...) Guardo todos esses disfarces sempre à mão, bem passados a ferro e pendurados no armário.
É um género de literatura, baseada em memórias e investigação, que me agrada muito, mas em Eduardo Halfon há um desprendimento e uma divagação que verdadeiramente me seduz.
Uma académica literária já idosa saltou em minha defesa, mais ou menos, dizendo ao jornalista – também sem olhar para mim e falando de mim como se eu não estivesse presente – que Halfon fazia a mesma coisa quando escrevia, que todas as suas histórias pareciam extraviar-se e não chegar a lado nenhum. Eu não disse nada, embora pudesse ter dito isto: o fotógrafo Cartier-Bresson, para determinar o valor artístico de uma das suas imagens, voltava-a sempre de cabeça para baixo e via-a ao contrário.
April 13, 2021
“Llegué a Tokio disfrazado de árabe”
Así comienza Canción (2021), el último texto de Eduardo Halfon (1971-) donde continúa desarrollando su particular proyecto de autoficción. Texto breve, como los anteriores, que se podría considerar otro capítulo más de una obra global: la historia novelada de su familia. En esta ocasión le toca el turno, además de a él mismo, a su abuelo libanés, Eduardo Halfon, con el que comparte nombre y apellido. Un abuelo que, después de pasar parte de su exilio en París, recaló en Guatemala donde fue secuestrado por la guerrilla de este país en 1967 debido a su éxito económico.
Halfon convierte unos hechos reales (el secuestro de su abuelo y un viaje a Tokio del autor), en un apreciable hecho literario. Los dota de contexto y nos los presenta tanto de un modo documental, casi periodístico al hablar de política, guerra civil, represión o religión, como de un modo sutil y emotivo, cuando se trata de soledad, de pérdida, de erotismo, de relaciones… Es verdad que la búsqueda de la identidad, de la pertenencia a través de sus recuerdos familiares sigue patente, pero aquí se puede apreciar ya un distanciamiento. El autor-narrador como mero observador de unos terribles acontecimientos, independientemente de la implicación de su familia en ellos, que se limita a ponerlos por escrito para que no sean olvidados. El escenario y lo que sucede en Canción se podría considerar más genérico y no aparece el componente natural, casi mágico que tanto aprecié en su anterior obra, Duelo. [Reseña]
Es obvio que las dos historias que se narran en Canción son contrapuestas (la crudeza de un secuestro y lo atractivo de un viaje). El modo de presentarlas tampoco ayuda a su ensamblaje. El autor acumula una serie de escenas, que parecen escritas de modo independiente y que podrían incluso funcionar como pequeños relatos. Una estructura fragmentada con continuos movimientos espacio-temporales que más de una vez rompen la magia de la lectura. Un puzle que no vas a terminar de completar, al menos por esta vez.
Pero Eduardo Halfon, en conjunto, me ha vuelto a cautivar. El impecable y preciso estilo que ya exhibía en Duelo sigue aquí presente. Esa economía del lenguaje tan difícil de conseguir. La asombrosa habilidad para mostrar lo general a partir de lo particular. El acierto al elegir lo que contar y lo que no, y dotar a lo elegido de emoción y significado.
Aunque sólo sea por disfrutar de ese típico estilo del autor estoy seguro que continuaré leyéndolo.
Así comienza Canción (2021), el último texto de Eduardo Halfon (1971-) donde continúa desarrollando su particular proyecto de autoficción. Texto breve, como los anteriores, que se podría considerar otro capítulo más de una obra global: la historia novelada de su familia. En esta ocasión le toca el turno, además de a él mismo, a su abuelo libanés, Eduardo Halfon, con el que comparte nombre y apellido. Un abuelo que, después de pasar parte de su exilio en París, recaló en Guatemala donde fue secuestrado por la guerrilla de este país en 1967 debido a su éxito económico.
Halfon convierte unos hechos reales (el secuestro de su abuelo y un viaje a Tokio del autor), en un apreciable hecho literario. Los dota de contexto y nos los presenta tanto de un modo documental, casi periodístico al hablar de política, guerra civil, represión o religión, como de un modo sutil y emotivo, cuando se trata de soledad, de pérdida, de erotismo, de relaciones… Es verdad que la búsqueda de la identidad, de la pertenencia a través de sus recuerdos familiares sigue patente, pero aquí se puede apreciar ya un distanciamiento. El autor-narrador como mero observador de unos terribles acontecimientos, independientemente de la implicación de su familia en ellos, que se limita a ponerlos por escrito para que no sean olvidados. El escenario y lo que sucede en Canción se podría considerar más genérico y no aparece el componente natural, casi mágico que tanto aprecié en su anterior obra, Duelo. [Reseña]
Es obvio que las dos historias que se narran en Canción son contrapuestas (la crudeza de un secuestro y lo atractivo de un viaje). El modo de presentarlas tampoco ayuda a su ensamblaje. El autor acumula una serie de escenas, que parecen escritas de modo independiente y que podrían incluso funcionar como pequeños relatos. Una estructura fragmentada con continuos movimientos espacio-temporales que más de una vez rompen la magia de la lectura. Un puzle que no vas a terminar de completar, al menos por esta vez.
Pero Eduardo Halfon, en conjunto, me ha vuelto a cautivar. El impecable y preciso estilo que ya exhibía en Duelo sigue aquí presente. Esa economía del lenguaje tan difícil de conseguir. La asombrosa habilidad para mostrar lo general a partir de lo particular. El acierto al elegir lo que contar y lo que no, y dotar a lo elegido de emoción y significado.
Aunque sólo sea por disfrutar de ese típico estilo del autor estoy seguro que continuaré leyéndolo.
December 17, 2022
"Llegué a Tokio disfrazado de árabe". Así comienza a contar, en esta novela desenfadada, su llegada a un Congreso de Escritores Libaneses, el escritor guatemalteco Eduardo Halfón. Su único vínculo con Líbano es la nacionalidad de su abuelo, cuyos nombres lleva.
Y a su abuelo libanés volverán sus recuerdos, una y otra vez, entre saraos y conversatorios del Congreso: su convivencia en la enorme casa de la Ciudad de Guatemala, las anécdotas sobre el pasado del abuelo, que de niño escuchaba mientras simulaba jugar; y sobre todo, del secuestro de su abuelo por parte de los Rebeldes, liderados por el enigmático "Canción", a los inicios de los treinta años de guerra civil en Guatemala.
Y frente al equívoco de la convocatoria, y cómo forma de reivindicar una de las piezas que conforman su identidad: "Seguía hablando de mi abuelo; las luces blancas de Tokio iluminaban la noche, y en el reflejo, las lentejuelas doradas de mi disfraz, de nuevo empezaban a brillar".
Una novela muy agradable y en su estilo desenfadado, entrañable.
Y a su abuelo libanés volverán sus recuerdos, una y otra vez, entre saraos y conversatorios del Congreso: su convivencia en la enorme casa de la Ciudad de Guatemala, las anécdotas sobre el pasado del abuelo, que de niño escuchaba mientras simulaba jugar; y sobre todo, del secuestro de su abuelo por parte de los Rebeldes, liderados por el enigmático "Canción", a los inicios de los treinta años de guerra civil en Guatemala.
Y frente al equívoco de la convocatoria, y cómo forma de reivindicar una de las piezas que conforman su identidad: "Seguía hablando de mi abuelo; las luces blancas de Tokio iluminaban la noche, y en el reflejo, las lentejuelas doradas de mi disfraz, de nuevo empezaban a brillar".
Una novela muy agradable y en su estilo desenfadado, entrañable.
December 12, 2024
Questions. We all have them about our family’s past. Like when your grandfather was kidnapped for 35 days. Why did he never talk about what happened? Or your grandfather survived Hiroshima and as a child you saw the kimono burnt into the skin of his back. What happened? They may never tell us but another family member will tell the story. But is that the truth? A story? Or somewhere in between?
Eduardo Halfon tells the story of his Jewish Lebanese grandfather during a conference on Lebanese literature in Tokyo. He even admits he had to put on his “Lebanese disguise.” Will they buy it? Even some of the conference members question his “authenticity” because he was born in Guatemala and now lives in Berlin. Can he really talk about his grandfather? Is he legitimate? What allows us to tell these stories?
Halfon admits his grandfather wasn’t even Lebanese because when he was born, Lebanon wasn’t even a state. Instead it was part of the Syrian empire. Those borders shift. Are we really who we claim to be?
The heart of his grandfather’s story is his life in Guatemala, a country torn by strife for many decades.* Dictators, rebel armies, and massacres run throughout the period of the 1950s to the 1980s. These were challenging times but he was able to leave France during the war. Those were challenging times. Survival is key.
Canción is the Spanish word for song. There is a character in this book that was given this as a nickname. He was anything but musical. Words can be deceiving. So are stories about our past. Sometimes we have to do the digging ourselves to get to the heart of the matter.
A special thanks to Paula who first introduced me to this author. I must read more.
4.5 rating
*See also “Tiempos recios” by Mario Vargas Llosa which tells the story of the Guatemalan coup of 1954 that unseated a left-leaning democratically elected government of Jacobo Árbenz. Halfon briefly talks about this incident.
Eduardo Halfon tells the story of his Jewish Lebanese grandfather during a conference on Lebanese literature in Tokyo. He even admits he had to put on his “Lebanese disguise.” Will they buy it? Even some of the conference members question his “authenticity” because he was born in Guatemala and now lives in Berlin. Can he really talk about his grandfather? Is he legitimate? What allows us to tell these stories?
Halfon admits his grandfather wasn’t even Lebanese because when he was born, Lebanon wasn’t even a state. Instead it was part of the Syrian empire. Those borders shift. Are we really who we claim to be?
The heart of his grandfather’s story is his life in Guatemala, a country torn by strife for many decades.* Dictators, rebel armies, and massacres run throughout the period of the 1950s to the 1980s. These were challenging times but he was able to leave France during the war. Those were challenging times. Survival is key.
Canción is the Spanish word for song. There is a character in this book that was given this as a nickname. He was anything but musical. Words can be deceiving. So are stories about our past. Sometimes we have to do the digging ourselves to get to the heart of the matter.
A special thanks to Paula who first introduced me to this author. I must read more.
4.5 rating
*See also “Tiempos recios” by Mario Vargas Llosa which tells the story of the Guatemalan coup of 1954 that unseated a left-leaning democratically elected government of Jacobo Árbenz. Halfon briefly talks about this incident.
September 4, 2022
Canción não é nem cantor, nem músico. É carniceiro, guerrilheiro e outras coisas.
O avô que dizia ser libanês, era legalmente sírio . E judeu.
A crítica diz que é autobiográfico, apenas uma etapa do romance da sua vida.
Adorei a escrita, fluida, precisa, QB de humor, QB de poético e também a história repleta de um bom trabalho de investigação e de uma trama que nos prende.
O avô que dizia ser libanês, era legalmente sírio . E judeu.
A crítica diz que é autobiográfico, apenas uma etapa do romance da sua vida.
Adorei a escrita, fluida, precisa, QB de humor, QB de poético e também a história repleta de um bom trabalho de investigação e de uma trama que nos prende.
April 18, 2021
Quedé maravillada con este librito hermoso del que nada esperaba y que será el puntapié para seguir leyendo a Halfon. El relato entre picaresco, histórico y personal me alegró el fin de semana. Muy recomendadísimo.
PD: Si lo leyeron y les recordó a algún otro en su estilo, me dejan recomendaciones acá abajo? Gracias 💘
PD: Si lo leyeron y les recordó a algún otro en su estilo, me dejan recomendaciones acá abajo? Gracias 💘
February 23, 2021
"Quien haya leído Duelo, Monasterio, Signor Hoffman o cualquiera de los libros recientes de Eduardo Halfon reconocerá en Canción un cierto aire de familia: están algunos de sus recuerdos de infancia ya contados en otros libros, por supuesto, las historias de sus ancestros de origen polaco y libanés que huyendo de los nazis fueron a parar a Guatemala, no faltan los motivos de la tradición judía que de tanto en tanto aparece por aquí o por allí; pero sobre todo el lector reconocerá ese tono suyo tan peculiar: un narración que parece no venir de un principio ni dirigirse a un final, un mosaico de historias que se entrelazan con gran delicadeza, la voz del autor que en primera persona actúa como hilo conductor sin que por ello uno pueda decir que ocupa el papel de protagonista.
Esta vez el telón de fondo es la violencia que ha desangrado al país centroamericano durante las ultimas décadas. Halfon comienza narrando los recuerdos del secuestro, a finales de los años sesenta, de su abuelo, un próspero comerciante de origen libanés, por un grupo guerrillero de izquierda; pero el detalle singular es que el autor inicia su relato en Tokio, en un Congreso de literatura al que le han invitado como escritor libanés: para presentarse, comienza contado historias de su abuelo, que en realidad era sirio, puesto que Líbano no existía como país cuando el abuelo Halfón abandonó el levante mediterráneo. Con estos equívocos, cruces, matices y tanteos avanzan las historias de Halfon. No es una aproximación a la Guerra Civil guatemalteca lo que le interesa, aun cuando no elude contar su terrible crueldad. Más bien, se acerca de manera indirecta, fragmentaria; a Canción o a Rogelia Cruz, los guerrilleros que secuestraron a su abuelo, sus conflictos y contradicciones, llega a través de episodios menores, apenas anécdotas que recoge en relatos breves, cada uno por sí mismos posee una gran intensidad y belleza.
Logra aproximarse a un asunto tan complejo y dramático como la violencia desgarradora de una guerra con miles de víctimas con una mirada llena de suavidad e ironía. Sobre ese paisaje tan cruel, que también es el de su infancia, Halfon continúa desplegando su literatura: un collar de relatos breves que parecen encadenarse sin cesar, siempre regresando a los mismos lugares de los que proviene para alejarse nuevamente, antes de haber concluido del todo, sin dejar de hablarnos en ningún momento de su desarraigo y su desconcierto." Antonio Ramírez
Esta vez el telón de fondo es la violencia que ha desangrado al país centroamericano durante las ultimas décadas. Halfon comienza narrando los recuerdos del secuestro, a finales de los años sesenta, de su abuelo, un próspero comerciante de origen libanés, por un grupo guerrillero de izquierda; pero el detalle singular es que el autor inicia su relato en Tokio, en un Congreso de literatura al que le han invitado como escritor libanés: para presentarse, comienza contado historias de su abuelo, que en realidad era sirio, puesto que Líbano no existía como país cuando el abuelo Halfón abandonó el levante mediterráneo. Con estos equívocos, cruces, matices y tanteos avanzan las historias de Halfon. No es una aproximación a la Guerra Civil guatemalteca lo que le interesa, aun cuando no elude contar su terrible crueldad. Más bien, se acerca de manera indirecta, fragmentaria; a Canción o a Rogelia Cruz, los guerrilleros que secuestraron a su abuelo, sus conflictos y contradicciones, llega a través de episodios menores, apenas anécdotas que recoge en relatos breves, cada uno por sí mismos posee una gran intensidad y belleza.
Logra aproximarse a un asunto tan complejo y dramático como la violencia desgarradora de una guerra con miles de víctimas con una mirada llena de suavidad e ironía. Sobre ese paisaje tan cruel, que también es el de su infancia, Halfon continúa desplegando su literatura: un collar de relatos breves que parecen encadenarse sin cesar, siempre regresando a los mismos lugares de los que proviene para alejarse nuevamente, antes de haber concluido del todo, sin dejar de hablarnos en ningún momento de su desarraigo y su desconcierto." Antonio Ramírez
April 24, 2021
Cuando entras en el mundo de Halfon, ya no quieres salir.
Las historias que nos cuenta, el modo en el que lo cuenta, cómo va hilando las historias es algo mágico, bonito, inteligente, intenso.
Para mí este autor es un gran descubrimiento.
https://lahierbaroja.com/2021/04/20/m...
Las historias que nos cuenta, el modo en el que lo cuenta, cómo va hilando las historias es algo mágico, bonito, inteligente, intenso.
Para mí este autor es un gran descubrimiento.
https://lahierbaroja.com/2021/04/20/m...
May 28, 2022
it was nighttime. or maybe not. impossible to know for sure with the windows painted black. the hands of time, i began to understand, don't tick at the same pace inside a military barracks.as with each of his three previous books — the polish boxer, monastery, and mourning — eduardo halfon entwines personal history and skillful storytelling with a searching, reflective voice so uniquely his own. in his newest, canción, the guatemala-born author focuses in on the kidnapping of his paternal grandfather in the late 1960s, recollections framed by his invitation to participate in a lebanese writers' conference in japan.
halfon's writing is beguiling, admixing as it does historical sleuthing, pensive remembrance, and an almost diaphanous assembling of facts and feelings. perhaps like an expert editor cautious not to leave too much of a trace in a text inexplicably about himself, halfon treads softly (especially in this book, which contains some of his darkest reminiscences yet), like a hybrid tour guide/tourist in his own familial tale.
unearthing his own memories and the legacy of long-buried details, halfon is a seeker, of both sincerity and self. through a deeper understanding of his forebears, the untangling of generational roots clarifies yet one more entry in his own foundational narrative. that we get to be a party to this cumulative reckoning with the past (and its implications for the present) is a privilege, that we do so enchanted by prose too beautiful for its subject is an honor.
i was going to tell her that i very much understood the silence of a grandfather survivor, that i very much understood the marks they then wear on their skin for the rest of their lives. but all i did was finish my coffee in that space that was so pleasant, so comfortable. familiar, almost.
*translated from the spanish by lisa dillman (herrera, barba, quintana, del árbol, et al.) and daniel hahn (agualusa, peixoto, millás, tavares, et al.)
February 23, 2021
Otra breve joyita de Halfon, con la que sigue expandiendo la red de historias que tejen todas sus novelas. En este caso se ocupa de la historia de su abuelo paterno. Y como siempre, es una exploración sobre las muchas respuestas que puede tener la pregunta por las identidades nacionales, sobre la familia y sobre el horror y la violencia que atraviesan nuestras historias (y La Historia).
November 25, 2022
me ha encantado descubrir a halfon y quiero leer mucho más 💗 Gracias esther! por presentarme a la personificación masculina de ernaux
November 19, 2022
Escribe muy bien el Halfon, es su ¿cuarto? libro que leo, y escribe muy bien. Creo que este es el más autoconclusivo. Cuenta, como historia central, el secuestro de su abuelo. El resto que he leído eran cuentos que, aunque funcionaran en conjunto (como todos sus libros entre sí), eran historias independientes.
Realmente eso es el hallazgo en su manera de contar. Cuatro o cinco líneas narrativas, en momentos temporales diferentes, que van pasando de primer plano al fondo y vuelven mientras vas armando el universo del libro, que es el universo de todos sus libros. La espera te engancha. Me gusta Halfon.
También usa mecanismos tontorrones que hacen que el lector se sienta listo -empezar y acabar en el mismo punto, narración circular, en este caso con la conferencia en Japón que poco o nada tiene que ver con su abuelo- o se sienta especial -primera persona, te sientes confidente de un cotilleo o algo privado-. Pero que esto que digo se aplica a este libro y a todos los suyos.
Es un tío listo y leeré todo.
Realmente eso es el hallazgo en su manera de contar. Cuatro o cinco líneas narrativas, en momentos temporales diferentes, que van pasando de primer plano al fondo y vuelven mientras vas armando el universo del libro, que es el universo de todos sus libros. La espera te engancha. Me gusta Halfon.
También usa mecanismos tontorrones que hacen que el lector se sienta listo -empezar y acabar en el mismo punto, narración circular, en este caso con la conferencia en Japón que poco o nada tiene que ver con su abuelo- o se sienta especial -primera persona, te sientes confidente de un cotilleo o algo privado-. Pero que esto que digo se aplica a este libro y a todos los suyos.
Es un tío listo y leeré todo.
October 12, 2022
El poso del café (Comentario, 2022)
¿Qué pasa cuando la víctima se convierte en victimario? En la tradición mítica, la venganza es un deber sagrado. Luego ocurre lo que ocurre, con el renacimiento, con Hamlet, con la oreja que pega de vuelta el nazareno al romano. Luego ocurre lo que ocurre y la idea de cobrar muerte con muerte o de cobrar sangre con sangre empieza a llenarse de matices. La complejidad, la bendita complejidad. Mirarla no es fácil, asumirla no es fácil, contarla no es fácil.
En Halfon esa complejidad aparece con la maestría de quien ha conseguido dominar un tono, un registro narrativo propio donde las influencias han conseguido licuarse en una especie de viento que sustenta la voz, en una claridad que acompaña el enfoque. Como en otras de sus obras, aquí también hay senderos secundarios que no llevan a ninguna parte, o que se alejan del camino que esperaríamos que recorriese. Como en otras de sus obras aquí la palabra crea verdad.
Verdad es esperanza y horror y belleza. Quizás, en el fondo, redención.
¿Qué pasa cuando la víctima se convierte en victimario? En la tradición mítica, la venganza es un deber sagrado. Luego ocurre lo que ocurre, con el renacimiento, con Hamlet, con la oreja que pega de vuelta el nazareno al romano. Luego ocurre lo que ocurre y la idea de cobrar muerte con muerte o de cobrar sangre con sangre empieza a llenarse de matices. La complejidad, la bendita complejidad. Mirarla no es fácil, asumirla no es fácil, contarla no es fácil.
En Halfon esa complejidad aparece con la maestría de quien ha conseguido dominar un tono, un registro narrativo propio donde las influencias han conseguido licuarse en una especie de viento que sustenta la voz, en una claridad que acompaña el enfoque. Como en otras de sus obras, aquí también hay senderos secundarios que no llevan a ninguna parte, o que se alejan del camino que esperaríamos que recorriese. Como en otras de sus obras aquí la palabra crea verdad.
Verdad es esperanza y horror y belleza. Quizás, en el fondo, redención.
December 30, 2021
‘Eerst beschuldigde een van de deelnemers, een oude romancier uit Tripoli, me ervan een bedrieger te zijn. Althans, dat was het woord dat de simultaanvertaler links van mij op het podium gebruikte. Imposter, in het Engels. Ik wist niet of de oude romancier het voor de grap had gezegd of dat hij het serieus bedoelde en antwoordde glimlachend dat alle fictieschrijvers bedriegers zijn. Toen merkte een journalist in pak en stropdas op ernstige toon op - zonder me aan te kijken - dat hij niet begreep waar het op sloeg om daar, op een congres van Libanese schrijvers, het verhaal te vertellen van een Guatemalteekse veehouder en zijn kudde koeien. Een wat oudere literatuurwetenschapster nam het min of meer voor me op en zei tegen de journalist - terwijl ze me evenmin aankeek en over me praatte alsof ik er niet bij was - dat Halfon in zijn boeken precies hetzelfde deed, dat zijn verhalen altijd leken te ontsporen en nergens heen leken te gaan. Ik hield mijn mond, hoewel ik het volgende had kunnen zeggen: om de artistieke waarde van zijn werk te bepalen draaide de fotograaf Cartier-Bresson zijn foto’s altijd om en bekeek hij ze ondersteboven. Of dit: de beste verhalen, wist Verdi al, schrijf je in As-majeur.’
April 21, 2024
Todas as famílias têm as suas histórias e algumas são proibidas mesmo entre os seus familiares, ninguém fala sobre o assunto. São histórias vivas mas silenciadas. Há histórias que nunca são conhecidas porque morrem com as famílias.
Eduardo Halfon quis trazer-nos uma das suas histórias proibidas ficcionada através de "Canción" sobre o sequestro do seu avô em 1967 na Guatemala.
Estive no Folio em 2022 e assisti à maravilhosa conversa entre Eduardo Halfon com Sandro William Junqueira moderada por Luís Ricardo Duarte em que o tema era a identidade e também o livro fala sobre esse assunto. O narrador, também ele de nome Eduardo Halfon, evoca as suas memórias e as da sua família, das diversas origens e geografias, a cultura familiar e os seus próprios rituais.
Mas o seu nome era Percy. Percy Amílcar Jacobs Fernandez. Foi ele, Percy ou Ricardo, ou Canción, que anos depois de ser carniceiro sequestrou o meu avô.
E foi no sequestrador que o escritor se focou na história dando ao vilão o título do livro. Afinal se não tivesse havido sequestro não teria havido história. E que história...tão bem contada!
Eduardo Halfon quis trazer-nos uma das suas histórias proibidas ficcionada através de "Canción" sobre o sequestro do seu avô em 1967 na Guatemala.
Estive no Folio em 2022 e assisti à maravilhosa conversa entre Eduardo Halfon com Sandro William Junqueira moderada por Luís Ricardo Duarte em que o tema era a identidade e também o livro fala sobre esse assunto. O narrador, também ele de nome Eduardo Halfon, evoca as suas memórias e as da sua família, das diversas origens e geografias, a cultura familiar e os seus próprios rituais.
Mas o seu nome era Percy. Percy Amílcar Jacobs Fernandez. Foi ele, Percy ou Ricardo, ou Canción, que anos depois de ser carniceiro sequestrou o meu avô.
E foi no sequestrador que o escritor se focou na história dando ao vilão o título do livro. Afinal se não tivesse havido sequestro não teria havido história. E que história...tão bem contada!
November 11, 2021
Halfon insiste en relatar la crudeza de los actos de violencia como en una conversación de amigos, no hay dramas innecesarios, hay pocos adjetivos.
Este libro logra rodear la cuestión de definir un país desde la experiencia individual, y concluir que al final hay tantos Líbanos, Guatemalas, ... como personas navegando en ellos su historia y haciéndola palabra.
Más que la historia del abuelo, está es una fotografía de una época convulsa en Latinoamerica.
Halfon es el tipo con el que uno siempre quisiera encontrarse a conversar.
Este libro logra rodear la cuestión de definir un país desde la experiencia individual, y concluir que al final hay tantos Líbanos, Guatemalas, ... como personas navegando en ellos su historia y haciéndola palabra.
Más que la historia del abuelo, está es una fotografía de una época convulsa en Latinoamerica.
Halfon es el tipo con el que uno siempre quisiera encontrarse a conversar.
November 20, 2023
Halfon escribe bien, con muy buena prosa, pero en esta novela de su vida por capítulos (así vendemos más, claro), publicada por Asteroide, no es excesivamente interesante. Tiene predilección por contarnos sobre su vida, y poco más, utilizándola de contexto para contar y explicarnos su visión de Guatemala, su progreso, su pasado, su evolución, sus particularidades y algunas anécdotas. Pero ya está. Me sobra su vida, y eso es el puntal de sus libritos.
Me doy por vencido con él. Cuando quiera contarnos una gran historia, con su misma prosa, lo vuelvo a poner en pendientes.
Me doy por vencido con él. Cuando quiera contarnos una gran historia, con su misma prosa, lo vuelvo a poner en pendientes.
June 27, 2023
Esta es la primera vez que me acerco a la obra de Eduardo Halfon, autor guatemalteco de ascendencia judío áraba y polaca. De entrada, me pareció interesante leer a un escritor con este bagaje cultural, ya que la literatura latinoamericana ha explorado poco las historias de las comunidades migrantes en Centroamérica y América del Sur. En ese sentido, en Canción, el autor retrata la historia de uno de sus abuelos, nacido en el Líbano a principios del siglo XX y que tuvo un largo peregrinar por Europa y Estados Unidos antes de establecerse en Guatemala. Este es un relato mezcla de crónica, autobiografía y memoria histórica que me ha parecido interesante en partes, pero en otras me he sentido extraviada.
Pensé que el texto se enfocaría en la vida del abuelo, en cómo llegó a Guatemala, en la mujer con la que se casó, en sus hijos, y en cómo se integró en un país completamente distinto. Esperaba que se tratara algo sobre el desarraigo y la incorporación a una nueva comunidad, de cómo le recibieron en Guatemala, y cómo fue la relación con la comunidad migrante (si es que existía).
Sin embargo, el pasado del abuelo apenas se toca durante las primeras páginas, detonado por la reflexión del autor mientras es invitado a dar una conferencia en Japón sobre la literatura de las comunidades árabes en todo el mundo. Después, sigue una serie de recuerdos de la infancia del narrador, de la figura del abuelo y el secuestro del mismo, para después centrarse en la dictadura y la violencia en Guatemala. Aunado a ello, regresamos varias veces al seminario en Japón, en donde el narrador conoce a una mujer japonesa, y tiene una relación platónica un tanto extraña...
Creo que basada en la sinopsis del libro, esperaba otra cosa, una exploración más profunda sobre un tema en concreto -la vida de un migrante en una comundidad totalmente distinta- pero la incorporación de tantos temas hizo que faltara algo para hacer que conectara con el texto. Halfon es un buen autor y hay potencia en su pluma; sin embargo, no terminó de convencerme en esta obra.
Pensé que el texto se enfocaría en la vida del abuelo, en cómo llegó a Guatemala, en la mujer con la que se casó, en sus hijos, y en cómo se integró en un país completamente distinto. Esperaba que se tratara algo sobre el desarraigo y la incorporación a una nueva comunidad, de cómo le recibieron en Guatemala, y cómo fue la relación con la comunidad migrante (si es que existía).
Sin embargo, el pasado del abuelo apenas se toca durante las primeras páginas, detonado por la reflexión del autor mientras es invitado a dar una conferencia en Japón sobre la literatura de las comunidades árabes en todo el mundo. Después, sigue una serie de recuerdos de la infancia del narrador, de la figura del abuelo y el secuestro del mismo, para después centrarse en la dictadura y la violencia en Guatemala. Aunado a ello, regresamos varias veces al seminario en Japón, en donde el narrador conoce a una mujer japonesa, y tiene una relación platónica un tanto extraña...
Creo que basada en la sinopsis del libro, esperaba otra cosa, una exploración más profunda sobre un tema en concreto -la vida de un migrante en una comundidad totalmente distinta- pero la incorporación de tantos temas hizo que faltara algo para hacer que conectara con el texto. Halfon es un buen autor y hay potencia en su pluma; sin embargo, no terminó de convencerme en esta obra.
April 7, 2021
Halfon es inconfundible, desconcertante, algo bromista, mago mezclando realidad e invención, heredero de varias raíces, lenguas y culturas, escribe con una voz clara y distinta.
June 24, 2021
Este es el primer libro que leo de Halfon, quedé encantada. La historia te envuelve totalmente.
April 29, 2023
Canción" do escritor guatemalteco Eduardo Halfon combina o registo ficcional com as suas memórias de família, uma espécie de autobiografia ficcionada, onde encontramos um cruzamento de várias narrativas da sua história familiar durante a guerra civil da Guatemala. Perante um governo que se deixava manipular pelos americanos, Halfon fala-nos um pouco sobre o nascimento do movimento guerrilheiro que começou nas montanhas e que durou 36 anos.
Canción foi guerrilheiro e o sequestrador do avô do narrador, que em Janeiro de 1967 esteve 35 dias em cativeiro, tendo sido libertado após ter sido pago um resgate substancial. A partir da história deste rapto, Eduardo Halfon recua aos tempos da guerrilha guatemalteca, o Movimento Revolucionário 13 de Novembro, criado no início dos anos sessenta, na montanha, “por um fantasma (Turcios Lima) e um caimão (Yon Sosa), depois de uma centena de oficiais organizarem uma sublevação contra o servilismo do governo dos norte-americanos". Ficamos também a conhecer a ex-miss Rogelia Cruz, uma guerrilheira que foi brutalmente assassinada em 1968.
"Chamavam-lhe Canción porque tinha sido carniceiro. Não por ser músico. Não por ser cantor." (...) "Os seus companheiros íntimos, os seus camaradas chamavam-lhe Ricardo. Mas o seu nome era Percy. Percy Amílcar Jacobs Fernández."
Gostava que se tivesse focado mais no tema da guerra civil do seu país e no papel da guerrilha guatemalteca e menos nos retalhos de memória familiar algo fragmentada. Senti que ficou tudo muito pela rama. Nem conhecemos bem o seu avô, nem conhecemos bem o seu sequestrador e muito menos o narrador. Acho que o problema está na estratégia narrativa e não tanto na escrita. Soube-me a pouco.
Canción foi guerrilheiro e o sequestrador do avô do narrador, que em Janeiro de 1967 esteve 35 dias em cativeiro, tendo sido libertado após ter sido pago um resgate substancial. A partir da história deste rapto, Eduardo Halfon recua aos tempos da guerrilha guatemalteca, o Movimento Revolucionário 13 de Novembro, criado no início dos anos sessenta, na montanha, “por um fantasma (Turcios Lima) e um caimão (Yon Sosa), depois de uma centena de oficiais organizarem uma sublevação contra o servilismo do governo dos norte-americanos". Ficamos também a conhecer a ex-miss Rogelia Cruz, uma guerrilheira que foi brutalmente assassinada em 1968.
"Chamavam-lhe Canción porque tinha sido carniceiro. Não por ser músico. Não por ser cantor." (...) "Os seus companheiros íntimos, os seus camaradas chamavam-lhe Ricardo. Mas o seu nome era Percy. Percy Amílcar Jacobs Fernández."
Gostava que se tivesse focado mais no tema da guerra civil do seu país e no papel da guerrilha guatemalteca e menos nos retalhos de memória familiar algo fragmentada. Senti que ficou tudo muito pela rama. Nem conhecemos bem o seu avô, nem conhecemos bem o seu sequestrador e muito menos o narrador. Acho que o problema está na estratégia narrativa e não tanto na escrita. Soube-me a pouco.
May 2, 2021
Entonces... El año pasado leí por primera vez a Eduardo Halfon (empecé con "El boxeador polaco") y luego ya no pude parar. En un par de semanas había leído casi toda su obra. Fue una lectura imparable, pero atenta.
Y es que Halfon en sus libros crea un universo que se conecta, con personajes que parecen autobiográficos pero que tienen características que huyen hacia la ficción.
En una entrevista, él dijo que su parte como ingeniero se notaba en lo pulido y cuidado del lenguaje, en esa casi sencillez que hace que las páginas pasen y pasen y pasen, y el lector solo se sumerja por completo en la historia. Bueno, al menos eso me pasó a mí porque me sorprendió saber que había llegado al final del libro.
Me encantó la frase: "Le decían Canción porque había sido carnicero". Este libro es corto, pero queda resonando, así como una canción lo haría.
Y es que Halfon en sus libros crea un universo que se conecta, con personajes que parecen autobiográficos pero que tienen características que huyen hacia la ficción.
En una entrevista, él dijo que su parte como ingeniero se notaba en lo pulido y cuidado del lenguaje, en esa casi sencillez que hace que las páginas pasen y pasen y pasen, y el lector solo se sumerja por completo en la historia. Bueno, al menos eso me pasó a mí porque me sorprendió saber que había llegado al final del libro.
Me encantó la frase: "Le decían Canción porque había sido carnicero". Este libro es corto, pero queda resonando, así como una canción lo haría.
March 14, 2022
Uma cadência, um feitiço, um ponto final para coisas doces e amargas. Eduardo Halfon é um autor guatemalteco imperdível.
A brutal e recente história do seu país deve ser conhecida. "Estima-se que na altura em que o meu avô foi sequestrado, em janeiro de 1967, houvesse já à volta de trezentos guerrilheiros no país. Idade média: 22 anos. Tempo média na guerrilha antes de morrerem: três anos." (pag.40)
Canción é a personagem central que dá título ao livro. E o sequestrador do avô do narrador. A peculiaridade deste era a sua cara de criança e a sua forma de falar, a sua maneira de se expressar em frases curtas, crípticas, quase poéticas. Tal e qual a escrita do romance. O senão é que divaga.
A brutal e recente história do seu país deve ser conhecida. "Estima-se que na altura em que o meu avô foi sequestrado, em janeiro de 1967, houvesse já à volta de trezentos guerrilheiros no país. Idade média: 22 anos. Tempo média na guerrilha antes de morrerem: três anos." (pag.40)
Canción é a personagem central que dá título ao livro. E o sequestrador do avô do narrador. A peculiaridade deste era a sua cara de criança e a sua forma de falar, a sua maneira de se expressar em frases curtas, crípticas, quase poéticas. Tal e qual a escrita do romance. O senão é que divaga.
March 8, 2021
Halfon -escritor y personaje principal del libro- luego de un congreso de literatura en Japón nos narra la historia de su abuelo, de igual nombre que él y un poco de la historia política y la violencia institucional de la Guatemala del siglo pasado, similar claro, a la del resto de América Latina. Una historia corta y bien escrita que en lo personal, me pareció que le falta un cierre y con la cual me costó conectar.
March 9, 2021
O xeito no que colles a man de Halfon e déixaste guiar par acabar dubidando da propia man que te levou. Esa narración tranquila pero segura afianza un libro que non ten nada de novo pero que é tan bo coma sempre
Read
November 21, 2025Det kommer mycket gott i litteraturväg från Latinamerika i dessa dagar. Eduardo Halfon är bara en bland många, men även om han varit verksam i över tjugo år är der först nu han introduceras på svenska med denna roman från 2021. Förhoppningsvis är det inte den sista som översätts.
Huvudpersonen i boken delar namn med författaren, men även med sin farfar som under inbördeskriget i Guatemala kidnappades och hölls som gisslan i en månad. Farfadern hade sina rötter i Libanon och när Eduardo (som aldrig varit i Libanon) blir inbjuden till en libanesisk författarkonferens i Japan blir det startskottet för att gräva mer i sin farfars liv och öde.
Det är en ganska tunn bok, bara kring 140 sidor, men uppvisar alla kännetecken för en rikrigt bra kortroman. Innehållet är koncentrerat men inte tunt, den lyckas rymma flera olika teman och knyts ihop på ett nästan novellaktigt vis utan att kännas som en novell. Dessutom är den härlig att läsa, både för Halfons sätt att berätta sin historia med hopp fram och tillbaka i tiden men inte minst för en underfundig humor.
För boken tilldelades Halfon nyligen Berman Literature Prize som går till författare som verkar i "den judiska traditionens anda". Kanske är det just kombinationen av den traditionen och den latinamerikanska som funkar så bra här? Jag är i alla fall väldigt sugen på att läsa mer!
Huvudpersonen i boken delar namn med författaren, men även med sin farfar som under inbördeskriget i Guatemala kidnappades och hölls som gisslan i en månad. Farfadern hade sina rötter i Libanon och när Eduardo (som aldrig varit i Libanon) blir inbjuden till en libanesisk författarkonferens i Japan blir det startskottet för att gräva mer i sin farfars liv och öde.
Det är en ganska tunn bok, bara kring 140 sidor, men uppvisar alla kännetecken för en rikrigt bra kortroman. Innehållet är koncentrerat men inte tunt, den lyckas rymma flera olika teman och knyts ihop på ett nästan novellaktigt vis utan att kännas som en novell. Dessutom är den härlig att läsa, både för Halfons sätt att berätta sin historia med hopp fram och tillbaka i tiden men inte minst för en underfundig humor.
För boken tilldelades Halfon nyligen Berman Literature Prize som går till författare som verkar i "den judiska traditionens anda". Kanske är det just kombinationen av den traditionen och den latinamerikanska som funkar så bra här? Jag är i alla fall väldigt sugen på att läsa mer!
March 31, 2021
La historia subyacente es interesante y tiene buen ritmo, pero abre muchas unidades que no termina de cerrar, y le da énfasis a personajes que desaparecen de un momento a otro. Y ni hablar de la protagonista Aiko, a la cual le da relevancia pero que sólo aparece en las últimas 15 páginas. Termina siendo una concatenación de anécdotas y un hilo conductor de pertenencia muy frágil.
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September 25, 2021
¿Literatura del yo? ¿Autoficcion? Una historia familiar y política. Sensible, sin golpes bajos.
December 17, 2024
Tråkigt på en så bra bok att den föll isär som ett vingligt korthus på slutet.
February 20, 2021
Una pequeña y espléndida novela de autoficción para entender una parte de la historia dramática de Guatemala del siglo XX. Tan breve que parece que le falta algo cuando en realidad Halfon posee el raro talento de contar mucho con muy pocas palabras. Autor para explorar entero.
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