Hermeticamente escrito, sobretudo os primeiros 3 capítulos, esconde uma beleza sublime acessível apenas àqueles com conhecimentos pré-existentes acerca da lógica, geometria ou para os poucos que decidem trilhar o duro caminho de adotar o livro como texto primário para o estudo da Geometria Euclidiana. A beleza contida nestas páginas brancas rivaliza com sua aparente inutilidade. Uma geometria aparentemente estéril, sem aplicações, sem grandes descobertas da engenharia ou da física moderna; somente a mais pura geometria em seu mundo mais abstrato, tal geometria seria uma disciplina platônica por excelência, não fosse sua base já solidamente fincada nos axiomas hilbertianos, partindo de formas ideais para culminar em um ponto de inflexão: uma fronteira da qual não há retorno nem escape.