Neste romance de estreia da autora Lorena Portela, um inventário da autodescoberta de uma mulher que nem se imaginava perdida. Uma jovem publicitária é pressionada a fazer uma pausa e se refugia na vila paradisíaca de Jericoacoara, no Ceará, Nordeste do Brasil. Sob o Sol, entre mergulhos no mar e os temperos daquela terra, sob a Lua, entre gozo e sombra, reconecta-se com outras mulheres, apaixona-se e vive um comovente e misterioso renascimento. Um poderoso romance de estreia que, ao revelar a dolorosa mirada dessa jovem no espelho, coloca a todos no reflexo e contesta um mundo no qual o mecanismo de relações abusivas, excesso de trabalho, assédio e desamor é sinônimo de força. Ou sucesso. "Quantas vezes a gente não precisa esticar o fio de ar que nos sustenta verticalmente para aguentar a própria existência? Lorena Portela explora as várias vezes que nós, mulheres, precisamos morrer em vida, das coisas que nos matam e permitimos (trabalho, relacionamentos, amizades...) até os sentimentos difíceis que nos engolem de surpresa." – Paula Jacob, para a revista Glamour "Um livro simples e surpreendente sobre o cansaço, o esgotamento e a necessidade de reinventar-se. Um respiro de mar e sol no meio da nossa confusão cotidiana." – Dois Pontos "Antes de curar o sal arde, e Lorena não se apequena diante do desafio que é colocar em palavras esses processos tão doídos quanto necessários. O resultado é um livro de estreia de uma autora que já chega pronta, uma leitura veloz é indispensável. Um oceano inteiro de descobertas. Abra esse livro, respira fundo, dá um mergulho no mar." – Marcela Dantés
Lorena Portela é uma jornalista com experiência no mercado publicitário cearense, área em que trabalhou como redatora e planejamento criativo por sete anos. Em 2015, deixou Fortaleza e foi viver em Lisboa. Depois de cinco anos na capital portuguesa, mudou-se para Londres, onde mora hoje.
A antecipação pelo livro foi enorme. Comprei impulsivamente após escutar o podcast da Marcela Ceribelli (que faz mágica com palavras) e eu sei que o livro vendeu muito depois da autora ter sido entrevistada no podcast. Sinceramente? É o primeiro livro da Lorena, entendo. Se não fosse a antecipação criada em torno da história, eu não estaria aqui para criticar. A história é rasa, os personagens e as situações má construídos. A própria descrição do livro diz que é a história de seis mulheres, mas nunca ficamos sabendo muito sobre a vida das mulheres além da personagem principal. Muitas pontas soltas, um final questionável Talvez devêssemos chamar essa história de "conto". É um livro que você lê em duas horas ou menos, e que realmente não causou nenhum impacto na minha vida. O podcast de Marcela com a própria escritora me fez reflexionar muito mais que o próprio livro.
Olha, tem um lado muito bonito de ser uma história sobre e com mulheres, além de alguns trechos que você consegue se identificar e refletir. Acho que o problema real do livro é a escrita da autora. É um uso de frases em inglês clichês pra cá (quando ela fala de uma colega lésbica durante um jogo de "eu nunca" e finaliza com um "no surprises" me deu até uma pequena vergonha alheia) uns trechos de músicas aleatórias pra lá... sem contar os momentos da protagonista de "não sou como outras garotas" (ai, eu lia livros quando era criança e me achavam estranha, eu escuto Raul Seixas, diferente das outras pessoas). Também sinto como se a autora estivesse querendo tratar vários pontos importantes ao mesmo tempo, mas sem desenvolver direito nenhum deles, o que deixou tudo meio jogado, virando quase uma salada de textos de Instagram sobre "afeto" e "rede de mulheres" .
Gostei do fato da história se passar no Ceará. Acho que isso me facilitou uma primeira identificação, já que conheço todos os cantos ditos no livro. Comecei a história bem animada, mas...
Fui avançando no livro e não gostando do que lia. Achei uma construção de narrativa pobre, tinha tanto espaço pra entrar na subjetividade das personagens, mas isso não foi explorado pela Lorena – no lugar, ela escolheu descrições cansativas e repetitivas sobre a estética e as roupas das pessoas, mas isso não agregou nada.
Achei que a história ficou rasa também por não explorar os mistérios que ela tentou criar em volta de Jeri e Jijoca. muita ponta solta, sem explicação. Bom, tem trechos do livro que são muito bonitos e sensíveis, mas, no geral, caricatos também.
"Se tiver de apontar um defeito a este livro, é o de ser demasiado curto. Sinto que havia aqui mais espaço para desenvolver a história e para construir ainda melhor a relação que o leitor tem com as diferentes personagens. Também gostava que alguns dos aspetos mais místicos que aparecem no início do livro fossem tendo mais protagonismo, mas é mesmo uma questão de gosto e compreendo a opção da autora. Em resumo: é um daqueles livros que toda e qualquer mulher tem de ler, mais que não seja porque haverá sempre qualquer coisa com que nos podemos identificar."
eu já não tinha achado o livro grandes coisas porém a gota d'água foi
então assim, meter uma dessa nesta economia é bem complicado. enfim, quem tiver boas recomendações de livros nacionais contemporâneos por favor me avise!
é um dos piores livros que já li. saiu inteiro de legendas do instagram. personagens vazios, tentativas de descrições ruins e falsa modéstia da personagem.
e olha que eu trabalhava em agência publicitária (e também odiava) e poderia ser um dos públicos que mais se veria ali. ruim demaisssss
eu sou dessas que dizem que gosto é bem subjetivo, mas esse livro é um 2,5 forte em vários aspectos: a edição parece ter sido mal feita, cheia de diálogos nada a ver com explicações de coisas óbvias (quando a personagem principal explica o conceito de caipirinha em dobro eu quase larguei o livro), algumas inserções de trechos de música que deveriam trazer algum tipo de conexão com a história, mas parecem ser mais do gosto da autora do que tudo. é bem difícil relacionar esses elementos externos com qualquer personagem, incluindo a principal, já que eles tem a profundidade de um prato; mesmo Guida, que a história passa por um maior aprofundamento, parece destoar muito do resto do livro e soa forçado.
até a metade do livro ainda é uma leitura agradável, mas o final é completamente inconclusivo. qual o sentido do último diálogo entre Gloria e a personagem, quando ela volta? quem era Amália, um surto da personagem ou uma homofóbica de férias no nordeste?
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O tipo de livro que eu poderia ter devorado em um único dia mas me segurei e estendi o máximo possível para que a leitura durasse e reverberasse mais em mim. No final não consegui segurar, nem o ritmo e nem as lágrimas. Me identifiquei tanto com algumas questões da protagonista que morri e renasci com ela, lado a lado. E isso diz muito sobre ser mulher.
Termino de ler com a sensação de um coração abraçado e esperançoso. Mente e olhos atentos à minha própria vida e a vontade de alcançar meus sonhos que transbordam o peito. Obrigada por esse acalento de livro, Lorena.
Me interessei pelo livro após a ampla repercussão na internet e sobretudo pela participação da autora no Bom Dia, Obvious - um dos episódios mais reflexivos do podcast. No entanto, se na entrevista a autora se aprofunda nas questões sentimentais que baseiam o livro, na leitura senti que os sentimentos da personagem poderiam ser melhor desenvolvidos - a impressão que dá é que tudo chega meio "atropelado". A história, no geral, traz muitas descrições e diálogos que não chegam a lugar nenhum. Também senti falta de conhecer mais de algumas personagens que são apenas mencionadas na trama. Acredito que esses pontos fizeram com que eu não me conectasse à mensagem final do livro, apesar de reconhecer a beleza das palavras que abraçam a dores comuns na vida das mulheres.
Um bom livro, mas que não condiz com as expectativas. Quando você espera o desenvolvimento de uma linha, a história logo dá uma guinada e é marcada por diálogos rasos, além de um misto de superstição com crises psicológicas. Por um lado, é compreensível a identificação de muitas, por outro, fica a sensação de que a história poderia ter sido mais desenvolvida e contextualizada.
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Influenciada pelas influencers comprei esse livro... a única lição que tirei disso tudo foi pesquisar melhor antes de ceder as recomendações. Tinha expectativas altas e me decepcionei. A história começa com algo de sentido, mas vai se perdendo, se enchendo de cliches e de frases feitas. Fiquei mto aliviada ao terminar, principalmente e vir aqui ver outras resenhas que dizem a mesma coisa.
Ta aí um livro que descobri por acaso, fuçando no catálogo de uma livraria online. O título me pegou, resolvi dar uma chance. Gostei do que li. Volta e meia fico chocado com a quantidade de livros bons que passam batido no meu radar e só são descobertos anos depois do lançamento, por puro acaso. Este foi um deles.
terrível… uma história chata, com personagens rasos e algumas frases de efeito que pareciam ter saído do instagram. foram 100 páginas que pareciam 1000 (tenho que começar a abandonar livros)
Li este livro durante um retiro de leitura com amigues e ainda bem, assim deu para ir comentando o livro ao longo da leitura. Não sabíamos sobre o que era o livro, foi uma escolha totalmente às cegas.
Romance sáfico e uma história que ao mesmo tempo que é intrigante acaba por ser confusa. Senti falta de mais descrições e de diálogos coesos. A autora acabou por deixar demasiados plot holes que, pessoalmente, não gostei e fizeram com que a história fique demasiado confusa.
É um daqueles livros que começa e acaba e sabemos que não há muito mais a dizer, a história é assim e pronto. Para mi. não funcionou :/
ultimamente estou mais no clima de ler mais obras contemporâneas escritas por mulheres e por isso peguei esse livro da Lorena Portela. na verdade não só por isso. no meio das minhas pesquisas por livros uns tempos atrás, um dos recomendados depois de ler Aline Bei foi essa obra aqui. a capa e o título me pegaram logo de cara e fiquei com ele na cabeça desde então. primeiro eu tive que morrer tem uma narrativa muito fluída e uma linguagem simples. tem uma personagem que reflete muito a realidade em que vivemos, ela se ve perdida depois de um "burnout" devido a rotina exaustante do trabalho. acredito que o livro é feito para mulheres e tem uma mensagem muito forte. mexe muito com feridas abertas que carregamos diariamente e levam anos para curar. quem nunca teve que enfrentar algum chefe babaca, uma Amélia, a culpa de sentir felicidade, sem rumo e sem fé em si mesma. entretanto, tenho que confessar que também não achei o livro perfeito. achei o livro muito apressado em alguns momentos e gostaria que os personagens fossem mais explorados. queria que a história se alongasse um pouco mais para que eu me apegasse mais aos personagens e suas histórias. apesar disso, gostei muito da delicadeza da narrativa e do final que parecia um sopro de ar fresco depois de muito tempo embaixo d'água.
Vários trechos do livro são muito clichê, a personagem principal supostamente tem vários insights que são colocados como grandes descobertas mas que a final são muito rasos. Eu ficava pensando “é isso?”. Achei raso do início ao fim, as letras de música eram desconexas, o jeito que a autora imitava uma pessoa falando espanhol, colocando um S no final de tudo…enfim.
pra um premissa sobre morte, renascimento, eu esperava que esse livro fosse mais poético. achei tudo muito superficial, fé uma escrita simples e rara pra um tema que tinha tanto a explorar e fazer o leitor imaginar e refletir.
Leitura bem rápida (terminei em um dia) e leve, algumas passagens são bonitas, principalmente as de temática feminista, mas achei a narrativa muito superficial, assim como as personagens. Não sei se me identifiquei muito com o estilo de escrita da autora, me pareceu que muitas frases foram jogadas apenas para tornar o livro mais tocante, mas não funcionou muito bem, na minha perspectiva. A questão da exaustão mental/ burnout e o processo de cura foi abordada de uma maneira bem simplista também. Várias questões ficaram em aberto, como por exemplo a do misticismo da lagoa.
Lorena é uma contadora de histórias de mão cheia, que nos leva para a narrativa com facilidade e de um jeito encantador. A gente vai lendo e não quer parar: se apega aos sentimentos, aos personagens, aos lugares, cheiros e gostos. Fiquei emocionada e li em um dia só. <3
O começo do livro é muito bom, muito gostoso de acompanhar a descrição dos lugares, a trajetória da personagem principal até chegar em Jericoacoara, conhecer as pessoas que serão importantes pra ela. Dá vontade de agendar as próximas férias pra lá na mesma hora. Mas parece que a história nunca engata naquilo que seria seu grande ápice. O bolo dá uma desandada no último terço do livro, algumas ideias parecem meio abandonadas no decorrer da história pra favorecer um desfecho que fosse mais moralizante, no sentido de ensinar uma grande lição de vida. Acho que a autora (que é uma querida, tive a oportunidade de ouvi-la em uma leitura e fiquei encantada com a simpatia dela) tem muito potencial, porque a escrita é muito gostosa e o ritmo do livro, curto, é bom. Porém, tive a impressão de estar lendo um catado de fórmulas prontas quando a autora tratava de questões atuais de conflito (como o relacionamento abusivo, o burnout, o assédio moral e sexual dentro da agência). Entendo que é importante trazer isso de forma didática porque não se pode partir da premissa de que todo mundo tem consciência das diversas formas de abuso que existem, mas a minha impressão é de que ficou um tanto saturado e caricato.