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Claro escuro: Ensaios sobre casamento, divórcio, amor, sexo e outros assuntos

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IA família é boa, e boa será até o fim do mundo; mas está funcionando mal. Os exemplos entram pelos olhos. Os moços e moças que se queixam da escuridão familiar são hoje legião. Temos de enfrentar com veracidade, e sem romantismos de ufanismo cristão, o triste claro escuro de nosso problema. A família é boa, diremos mil vezes; mas está funcionando mal, diremos duas mil vezes. E quando a família vai mal, tudo o mais — política, economia, moeda, petróleo, indústria automobilística, partidos, imigração, tráfego das ruas, água, pão —, tudo o mais irá de mal a pior. Porque uma sociedade é o que são suas famílias.
— Gustavo Corção

160 pages, Paperback

First published January 1, 1958

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About the author

Gustavo Corção

34 books43 followers
Gustavo Corção foi um escritor e pensador católico brasileiro, autor de diversos livros sobre política e conduta, além de um romance. Foi membro da antiga União Democrática Nacional (UDN) e um expoente do pensamento conservador no Brasil.
Sua obra é influenciada pelo Distributismo, a apologia católica do escritor inglês G.K. Chesterton, influência extensamente explicada no seu ensaio Três Alqueires e uma Vaca. Entretanto, uma outra influência sobre o seu pensamento veio do filósofo Jacques Maritain.
Formado engenheiro, Corção só obteve notoriedade no campo das idéias aos 48 anos, ao publicar o livro A Descoberta do Outro, narrativa autobiográfica de sua conversão ao catolicismo (influenciado por Alceu Amoroso Lima). Como engenheiro, era um apaixonado pela eletrônica. Foi durante anos professor dessa disciplina na Escola técnica do Exército, atual Instituto Militar de Engenharia. O amor à eletrônica e à música sacra levou-o a ser um estudioso e intérprete de órgão Hammond. Este instrumento musical tornou-se uma de suas paixões, tanto pela engenhosidade de sua construção como por sua sonoridade.
Sua produção literária e seu estilo foram considerados por muitos na mesma altura da de Machado de Assis, autor que o inspirou a produzir e publicar uma antologia (de Assis).
Sobre Gustavo Corção, Raquel de Queiroz afirmou em 1971: “A maioria dos brasileiros conhecem duas faces de Gustavo Corção. Uma, a do escritor exímio, a usar como ninguém a língua portuguesa, o autor que, vivo ainda, graças a Deus, é um indiscutível clássico da literatura nacional. [...] A segunda face é a do anjo combatente, de gládio na mão, a castigar os impostores que vivem a gritar o nome de Deus e da Sua Igreja, não para os louvar, antes para apregoar na feira inocente-útil do ‘progressismo’.
O pensamento de Gustavo Corção caracteriza-se por uma postura política conservadora, inimiga do catolicismo liberal e favorável ao diálogo com a esquerda, representado por Alceu Amoroso Lima, Sobral Pinto, e Dom Hélder Câmara, e pela defesa do tradicionalismo litúrgico e doutrinário, o que o colocou em posição de antagonismo em relação à Igreja que emergiu do Concílio Vaticano II; concílio convocado pelo Papa João XXIII e encerrado pelo Papa Paulo VI.
Corção apoiou a derrubada do governo de João Goulart pelo movimento encabeçado pelos militares, em 1964, pois entendia que esse governo abria as portas para o comunismo e, consequentemente, para a influência soviética no Brasil, implicando no fim da democracia e das liberdades individuais, incluindo a liberdade de possuir uma fé religiosa.
Suas polêmicas com católicos menos conservadores e com as esquerdas, ocorriam em grandes jornais como O Globo, Rio de Janeiro e O Estado de São Paulo.

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Displaying 1 - 8 of 8 reviews
Profile Image for Alessandra  Anyzewski.
166 reviews26 followers
January 2, 2025
É um tratado argumentando contra o divórcio que foi escrito na década de 40. Há as ressalvas do contexto histórico, mas fundamentalmente é um livro com ideias bem anacrônicas, especialmente para quem tem formação católica como eu.
O autor é engenheiro então usa muitos termos do contexto da matemática (como axioma, postulado, etc), achei isso engraçadinho. O livro é super analítico e linear, o que facilita seguir o raciocínio.
No que ele depõe contra o divórcio ele explícita várias noções fundamentais do que é um bom casamento e o valor disso para a sociedade.
Leria alguns trechos novamente, e daria de presente para alguma pessoa católica que está refletindo sobre casamento.
Profile Image for Mauro.
291 reviews24 followers
October 24, 2021
A pretexto de falar sobre a lei do divórcio, que viria inexoravelmente uns 20 anos depois do livro (lembro-me que na faculdade o professor disse que só passou porque a filha do Nelson Carneiro queria divorciar-se), o Corção esparrama pelas páginas a sua retórica honestamente tomista, explicando as dificuldades e a relevância da vida familiar.
Você lê e as gordurinhas do liberalismo moderno vão escorrendo cintura abaixo.
Mas é um triste augúrio do que já veio e está aqui.
Profile Image for Márcio Ricardo.
353 reviews1 follower
June 26, 2023
Livro dogmático que defende o casamento até que a morte separe os cônjuges. Apesar de concordar com algumas ideias e de poder olhar o assunto por uma pespectiva mais conservadora, o viés é totalmente católico.

O autor começa por defender que o homem precisa viver em sociedade. E mais que qualquer outra coisa a família é o bem mais importante do homem, da sociedade e da pátria. Depois passa para a sua defesa contra o divórcio.

Eu posso entender as ideias, mesmo que não concorde com elas, mas não tenho paciência quando os argumentos se baseiam em Deus quer isto ou aquilo, os milagres de Jesus aquele outro, porque a Virgem Maria é rainha dos céus e da terra numa pág ( noutra é Maria Madalena ) ou o pecado original.

Toma Santo Agostinho como referência máxima e até sugere que tenha sido o maior pensador de todos os tempos. Também passa o livro a desfazer os últimos quatro séculos, a burguesia e o individualismo que chegou com o iluminismo, como se os séculos anteriores fossem melhores.

Para quem chama os outros de tolos põe-se muito a jeito. A obra e suas previsões envelheceram mal. Até entendo que quem goste dessas coisas e, tal como o autor sugere, precise de ver a empregada como a mãe de Jesus para ter capacidade de a tratar condignamente, se reveja nessas idéias.

Entretanto, esta necessidade de converter os outros à sua fé e às suas regras não seria tão triste se não tentasse enfiar o fato católico a todos. Lamento, é uma roupa que já não me serve. E não voltará a servir.
22 reviews1 follower
March 28, 2024
Achei a leitura um pouco maçante. Embora concorde com o autor no ponto que o divórcio é extremamente maléfico, não vejo tanto sentido na manutenção de um matrimônio sob absolutamente todos os aspectos, pois o próprio Jesus cita algumas situações em que o divórcio, "pela infidelidade de vocês", é passível de ocorrer. Claro, inegavelmente é de muita nobreza uma pessoa manter o casamento mesmo após sofrer adultério, porém essa é uma exceção admitida pela própria Bíblia. No mais, a mensagem do livro é extremamente atual e necessária, e mostra o mal terrível que é o divórcio.
Profile Image for VALMOR ARÊDE.
7 reviews
April 19, 2023
Corção nessa série de ensaios defende a indissolubilidade do casamento de forma primorosa, e não somente através do aspecto religioso, já que é fervorosamente católico, mas também por meio de um aspecto moral e social muito bem embasado.
1 review
June 28, 2014
Corçao trata com clareza a questāo do divorcio, a dor dos filhos de pais separados mas nāo só isso, ele nos concede uma aula sobre o significado do casamento, familia e amor. Suas observações sāo tão claras e compreensiveis. Para ele a familia é uma extençāo da sociedade e portanto se a familia vai mal a sociedade nāo poderia deixar de acompanha-la. Corçāo naquela época já previa as consequencias danosas da legalidade do divorcio. O livro é maravilhoso e apesar de ter sido escrito na decada de 60 nāo poderia ser mais atual.
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