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Torsdagstribunalet

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Walter og José Victor har i en årrekke utvekslet e-poster der de utleverer seg selv og andre, uten filter, aggressivt og sarkastisk. De skriver om sex, utroskap, sykdom og svik. E-postene er skrevet i fortrolighet og må for all del ikke komme ut. Og så skjer akkurat det: Eksen til José Victor oppdager at han har vært utro, skaffer seg tilgang til e-postene og legger dem ut på nettet – vår tids offentlige rettersted, der det verken er rom for nyanser eller tilgivelse.

Torsdagstribunalet er en rå, ubehagelig og intelligent roman om forhold, vennskap og heksejakt i sosiale medier. Michel Laub er omtalt som den nye generasjonens beste brasilianske forfattere og fikk sitt internasjonale gjennombrudd med Fallet. Dagboknotater (Diário da queda, Gyldendal 2014). Torsdagstribunalet er hans sjuende roman. (Forlagets omtale).

192 pages, Hardcover

First published January 1, 2016

6 people are currently reading
384 people want to read

About the author

Michel Laub

18 books120 followers
Michel Laub was born in Porto Alegre, in 1973, and lives in São Paulo. He is a writer and journalist, he was editor-in-chief of Bravo magazine and coordinator of publications and internet at Instituto Moreira Salles. Today he is a columnist for Folha de S.Paulo, in addition to collaborating with several publishers and vehicles. He published six novels, all published by Companhia das Letras: Música Anterior (2001), Longe da água (2004), O segundo tempo (2006), O gato diz adeus (2009), Diário da queda (2011, with rights sold to the cinema)) and A maçã envenenada (2013). His books have been released in 12 countries and 9 languages. He is one of the members of the edition The best young Brazilian writers, of the English magazine Granta. He received the JQ - Winagte (England, 2015), Transfuge (France, 2014), Jabuti (second place, 2014), Copa de Literatura Brasileira (2013), Bravo Prime (2011), Bienal de Brasília (2012) and Erico Verissimo awards (2001), in addition to being a finalist in the Correntes de Escrita (Portugal, 2014), São Paulo de Literatura (2012 e 2014), Portugal Telecom (2005, 2007 e 2012) e Zaffari&Bourbon (2005 and 2011) awards.

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Community Reviews

5 stars
180 (23%)
4 stars
276 (36%)
3 stars
221 (29%)
2 stars
60 (7%)
1 star
21 (2%)
Displaying 1 - 30 of 90 reviews
Profile Image for Rita.
906 reviews185 followers
January 18, 2018
“Todo fascista julga estar fazendo o bem. Todo linchador age em nome de princípios nobres. Toda vingança pessoal pode ser elevada a causa política, e quem está do outro lado deixa de ser um indivíduo que erra como qualquer indivíduo, entre meia dúzia de atos entre os milhares praticados ao longo de quarenta e três anos, para se tornar o sintoma vivo de uma injustiça histórica e coletiva baseada em horrores permanentes e imperdoáveis.”

O tribunal inquisitivo que é a internet e nomeadamente o pelourinho chamado facebook dita as sentenças e lança diariamente milhares de pessoas à fogueira. Não são necessárias provas, bastam pequenos comentários para imediatamente se fazer o julgamento e proferir a condenação em tempo real. São os novos linchamentos, só que agora virtuais.

O tribunal da quinta-feira trata disto mesmo. João Victor, 43 anos, publicitário, recém divorciado, vê parte da sua troca de emails com Walter (seu melhor amigo, homossexual e seropositivo) partilhada na internet pela ex-mulher. Teca organiza os fragmentos das mensagens de uma forma habilidosa facilitando a quem os recebe a condenação imediata. Os textos falam de sexo, amor, traição, preconceito, estigma, a SIDA e o emergir da doença nos anos 80.

Narrado na primeira pessoa, com capítulos curtos, de leitura muito rápida e com uma linguagem simples mas crua, Michel Laub pretende atingir-nos, ferir-nos e tirar-nos da zona de conforto. Um romance cujo tema nos deve fazer reflectir, e muito.


E tu, quem é que já condenaste hoje?

Profile Image for Renata Medeiros.
45 reviews6 followers
February 17, 2017
Michel Laub mira no Estrangeiro e acerta no Black Mirror. Nesta narrativa em primeira pessoa, o publicitário José Victor vai se mostrando um sujeito insuportavelmente cínico, assim como Walter, que é soropositivo, ressentido e irresponsável, com quem divide passado e presente em uma amizade sem julgamentos. Entre eles e sobre eles, claro. Casado com Teca, José Victor se envolve com outra pessoa e terá esta relação exposta nas redes sociais. Não me parece gratuita a construção de um personagem boçal como José Victor numa trama que envolve as muitas vezes desenfreadas e sórdidas práticas de justiçamento virtual, muito menos que Walter se apresente inconsequente. E acho que este é o mérito da narrativa porque joga com a coerência ética. Quando o livro terminou, me bateu uma grande sensação de "ué" porque realmente sentia que a história tinha potência para ir além. Mas, talvez, reflita as já viciadas dinâmicas de resgate do debate ético das redes sociais, bem como os grupos que comumente se posicionam. É um livro curtinho, interessante, mas com data de validade. Classificaria-o como uma fábula moderna às avessas, com todo sua carga de elucidação moral presente. Recomendo, ainda que eu deteste fábulas.
Profile Image for Higor Cavalcante.
Author 4 books30 followers
January 2, 2017
Melhor livro que li em muito tempo. Michel Laub é um escritor incrível e este livro que fala (entre muitas outras coisas) do quão idiotas somos em nossas vidas online -- do quanto nos achamos especialistas em tudo e nos damos o direito de julgar quem quer que seja -- é tão delicioso quanto é extremamente importante. Que grande livro!
Profile Image for Tina Lopes.
78 reviews34 followers
February 8, 2017
Que livro chato. Nem a premissa que prometia ser boa funciona. Ainda bem que é curto.
Profile Image for Pedro Pacifico Book.ster.
391 reviews5,535 followers
March 31, 2020
Com uma linguagem bem direta e revestida de forte humor negro, Michel Laub aborda temas - e problemas - bem atuais, como o vazamento de dados na internet e a criação de um verdadeiro "tribunal" virtual. Esse tribunal, composto por juízes anônimos (pela internet, é sempre mais fácil apontar o dedo para o outro, não é mesmo?), julga qualquer um, com base em meias informações, sem se atentar às trágicas consequências para quem está no banco do réu. A leitura é bem rápida (e pouco profunda), mas fará você repensar na forma com que as informações são divulgadas hoje em dia e da importância em questionar a veracidade do que encontramos hoje em dia na internet.

Nota: 8/10

Leia mais resenhas em https://www.instagram.com/book.ster/
Profile Image for Roberto Fruchtengarten.
150 reviews
June 28, 2021
Meu segundo livro do Michel Laub, por coincidência, tem a mesma pegada do primeiro (Solução de 2 Estados). Os dois giram em torno de um conflito central que, ao longo das páginas, vai sendo melhor detalhado, através da descrição da personalidade e dos motivos das partes envolvidas.
O tribunal de quinta-feira escancara vários dilemas éticos e morais como traição, humilhação pública, invasão de privacidade, honestidade e lealdade.
Até que ponto uma traição permite uma revanche?
Quais os limites de uma amizade e de um casamento?
Qual a fronteira entre o que deve ser público e o que deve ser privado?
O texto é fluido, com capítulos curtos e linguagem simples e direta. Vale a leitura e reflexão.
Profile Image for Do que tenho lido - Maíra Protasio.
23 reviews17 followers
February 4, 2017
A premissa é boa e o autor tem alguns insights primorosos ao longo do livro, mas a narrativa é repetitiva demais! Ele fica dando voltas e mais voltas em torno da mesma coisa e, mesmo tendo apenas 182 páginas, foi uma leitura cansativa. Tive a impressão em vários momentos que estava relendo um capítulo já lido quando, na verdade, ele estava apenas falando a mesma coisa tudo de novo. Além disso, o final é um pouco decepcionante depois de tanta expectativa que o personagem-narrador vai criando no leitor. Talvez seja uma questão do estilo do autor, como este é o meu primeiro livro dele não poderia afirmar com certeza, mas a ideia original poderia ter sido posta em prática de modo bem melhor.
Profile Image for Tiago Germano.
Author 21 books124 followers
July 16, 2018
O que mais me impressiona no conjunto da obra do Laub é essa capacidade que ele tem de renovar sua prosa com romances que se desenvolvem dentro de uma estrutura fixa - quase uma fórmula que, livro após livro, vai evoluindo e se aprimorando. Neste, sobressai a ótima reflexão sobre o espírito de uma época e o conflito, elemento central da cultura que dela aflora, entre a geração que a encarna e as que apenas a atravessam.
Profile Image for Felipe.
Author 9 books64 followers
March 26, 2019
Sou minimamente exigente quando se trata de Michel Laub, posto que ele está ali estacionado na minha lista de escritores (e livros) favoritos desde que li Diário da Queda, muito facilmente um dos grandes livros da recente literatura BR. Laub sempre usa a mesma forma de capítulos curtos e fragmentação temporal, o que pode ser muito útil, se pensamos em acomodar uma ideia a um estilo predefinido e a partir daí criar com maior liberdade, mas também é um método que vive sobre a sombra da própria palavra 'acomodar'. A ideia por trás de Tribunal é algo perigosa: como escrever sobre o urgente do hoje sem querer ditar seus certos e errados, sem ter o afastamento temporal necessário para que o texto não se date da maneira menos interessante? Tribunal funciona, e aparentemente não corre riscos nesse sentido. Inclusive parece um livro muito mais potente agora, no Brasil pós-eleição 2018 do que no seu 2016 de lançamento. Assim como em Diário da Queda, A Maçã Envenenada, O Gato diz Adeus e tantos outros, Laub escreve já tento o 'não' em mente, a investigação então precisa encontrar o sim, a força motriz, o que realmente implica ver uma vida tão pessoal e especificamente estruturada ser devassada e tomada de seu contexto. Há quem ache didático, eu prefiro achar realista.
Profile Image for Alice Gonçalves.
70 reviews18 followers
April 23, 2017
"Tribunal da Quinta-Feira" é bom, mas espertinho demais para seu próprio bem. A defesa do narrador atinge a exaustão; dos livros que eu desejo ler, não sei se figuram esses cuja linguagem é um misto de discurso jurídico e publicitário. A argumentação é cansativa, especialmente porque o "crime" não suscita muito interesse; e quando o mundo parece uma câmara de ecos da voz do narrador, os outros personagens são figuras de papelão que desfilam numa trama autopiedosa. Mas não é um mau livro; só cansa um pouco.
Profile Image for Helena Romera.
54 reviews16 followers
July 9, 2018
acabei o livro sem entender se eu estava gostando ou não. achei a escrita muito boa mas odiei o personagem principal (que tb é o narrador da historia) em um nível tão bizarro que mal queria continuar a leitura
Profile Image for Solange Cunha.
278 reviews44 followers
November 29, 2022
Michel Laub das massas! O tema e as discussões sobre moral me lembraram um pouco o Desonra do coetzee.
Adorei o livro e a forma como os capítulos se intercalam.

a construção do personagem principal, nosso narrador, réu, é densa. Ironias, deboches e sarcasmo presentes, com temas muito sensíveis.
Profile Image for Silvia.
357 reviews20 followers
August 17, 2017
Ácido e deprimente demais pro meu gosto. O estilo de frases intermináveis também me cansa um pouco. Duas estrelas porque a história me prendeu até o fim, mas é a minha segunda e provavelmente última tentativa com o autor.
Profile Image for Raquel Oguri.
16 reviews
July 25, 2017
Tema bom, mas narrativa nao flui bem. Querendo ser prosa-com-pegada-moderna.
Profile Image for Eduardo Leite.
Author 2 books65 followers
May 31, 2022
Esse livro teria umas 50 páginas a menos se heteros tivessem o costume de fazer testes regulares de ISTs. Mas muito bom.
This entire review has been hidden because of spoilers.
Profile Image for Lucas Lanza.
168 reviews4 followers
June 27, 2017
Livro atual, sincero e doloroso (num bom sentido). Achei o texto muito bem escrito, com uma prosa na medida certa entre o lirismo "juridiquês" e a fala largada do cotidiano atual, das redes sociais e da troca de mensagens entre amigos. É o tipo de livro que faz você refletir sobre temas difíceis, pessoais - medo, doença, desejo, sexo, traição, raiva e vingança-; tudo de uma maneira cativante, longe de um tom enfadonho e professoral. Recomendo!
Profile Image for Barbara De Abreu.
6 reviews
August 21, 2021
A prosa do cara é ótima, mas contar uma história de linchamento virtual por meio de um protagonista tão detestável acabou me deixando com uma culpada sensação de “TECA NÃO FEZ NADA DE ERRADO” ao fim da leitura. Acho que não era a intenção (se era, funcionou bem!).
Outro ponto negativo é a personalidade “cool girl” da Dani (sério, amigo?).
Enfim, quero ler mais alguma obra para entender qual é a do autor, porque desse gostei desgostando.
Profile Image for Vinicius Pereira.
46 reviews14 followers
July 18, 2017
Li muitas críticas negativas mas achei quase tão bom quanto o "A Queda". Passagens brilhantes, provações muito interessantes. Só achei que faltou consistência no final. Mas mesmo assim vale muito a pena.
Profile Image for Ulla Saraiva.
Author 1 book13 followers
January 24, 2025
Uma egotrip do protagonista João Victor, tão injustiçado por ter que encarar as consequências de seus atos. Uma pena que não é irônico.
307 reviews3 followers
June 24, 2018
Há pouco tempo durante a disputa à presidência dos Estados Unidos, uma gravação de um dos candidatos se gabando de conquistas amorosas em termos chulos vazou na rede social criando polêmica. A raiz do problema era, em parte, o linguajar usado numa conversa particular, classificada pelo autor como “papo de homem, papo de vestiário”, onde a vanglória sexual e linguagem grosseira são socialmente permitidas. Semelhante problema se desenvolve na vida de José Victor personagem principal de "O tribunal da quinta-feira". Tendo trocado emails com seu melhor amigo Walter sobre fantasias e feitos sexuais, usando imagens e linguagem grosseiras, ele se encontra mais tarde vitima do vazamento de seus textos. Sem dúvida, a perda de privacidade é um tema atual mas este livro aborda outros assuntos controversos, que servem de teste para a ética contemporânea.

Entre os assuntos abordados estão o roubo de informações particulares e a disseminação desses dados pelas redes sociais; assim como a obrigação ética de se revelar uma doença sexual transmissível, como a AIDS. Há outro aspecto ético não tão óbvio que permeia o texto: a escolha de certas expressões grosseiras seria de fato o retrato de um preconceito? Ou pode ser escusado justamente por ser de uso comum em certos ambientes? E pode ser usado em conversas privadas? No momento, tendemos a crer na força da palavra falada ou escrita. Há aqueles que defendem a mudança de palavras em canções folclóricas, como “Atirei o pau no gato” ou na supressão de certas marchinhas consideradas preconceituosas dos bailes de Carnaval, festa em que tradicionalmente burlam-se as regras sociais. O comportamento ético e o politicamente correto estão em foco.

Grande maestria foi necessária para atingir o nível de simplicidade quase jornalística do texto que à primeira vista parece sem arte. Há também o excelente desenvolvimento do personagem principal, cujas obsessões e humor abrem a porta da simpatia para o leitor. A linguagem e os pequenos capítulos dão a falsa impressão de um trabalho solto e inconsequente. Mas a trama é desenvolvida com pontos bem fechados que sustentam o ritmo acelerado. A prosa de Michel Laub, que conheço até agora só por esse livro, lembrou-me a do escritor americano Phillip Roth: clara, sem requintes literários tratando da desintegração da sociedade, da guerra entre os instintos carnais e os morais num contexto de grande contemporaneidade e explorando a obsessão do narrador consigo mesmo.

É, no entanto, justamente nesse ponto que o autor me decepciona, porque os problemas de José Victor, ainda que honestamente alcançados, são produto de uma realidade tão imediata que o mero espaço entre a escrita do texto e sua publicação já mostra defasagem de hábitos. Hoje pouquíssimo de pessoal é comunicado através de emails. Senhas escritas, com a possibilidade de serem perdidas e encontradas em mãos alheias têm o gosto de passado, de já visto. Bastante explorado. Esse é um dos problemas em se firmar uma história numa realidade que muda muito rapidamente. Além disso, enraizar uma história com problemas tão corriqueiros e datáveis limita o escopo que a própria obra poderia ter adquirido. Mas para que esse livro permaneça viável por mais de uma década, eles deveriam ter tido outro meio de serem apresentados ao leitor. A questão ética existe, só está entrelaçada a uma trama com data de validade.

Fora essa observação O tribunal da quinta-feira é um livro bom, de leitura rápida que nos faz pensar e questionar assuntos do cotidiano e nosso posicionamento ético a respeito deles.
Profile Image for Arthur Dal Ponte Santana.
117 reviews14 followers
January 20, 2025
Acho interessante a maneira pela qual esse livro se conectou comigo nesses tempos de quarentena, já que representa um homem que revive seu passado e ressignifica diversas das suas experiências frente a um trauma e a uma exposição recente. O protagonista está sempre em uma corrente constante pra se justificar e buscar no passado as raízes dos problemas presentes, além da constante luta por uma maneira de se salvar desse julgamento. O ritmo é muito bom, de modo que o livro trata de temas muito importantes de uma maneira que flui muito bem, o que me fez nunca querer largar o texto até atingir sua resolução.

Bom demais, recomendo e quero ler mais do autor

Edit: olha só, é baseado em fatos reais
Profile Image for Laura Lícia.
103 reviews9 followers
November 5, 2017
Muito ruim! Foi o primeiro livro que li do Michel Laub e fiquei decepcionada, especialmente porque a obra tem recebido muitas críticas positivas, foi até finalista do prêmio Jabuti. Achei a escrita confusa, paupérrima, feia e apelativa demais. O uso constante de diálogo e palavras de baixo nível ficou muito forçado e apelativo. Personagens caricatos sem nenhuma profundidade. Não recomendo e só terminei a leitura, porque me comprometi em clube de leitura.
Profile Image for Sergio.
254 reviews2 followers
March 28, 2017
A forma e conteúdo estão em perfeita sintonia com o tempo de um publicitário e com a velocidade da informação nas redes sociais atuais. Tudo à dois cliques..
Completamente contemporâneo, com temas atuais e reflexões e digressões complexas. É para ser lido com atenção ou fique apenas na nata superficial como os Facebookers, que por sinal já é saborosa.
Instigante, inteligente e inovador...
Profile Image for Simone Az.
37 reviews5 followers
December 12, 2016
amei o livro. tem suspense que prende até o fim. a linguagem super bem construída. acho que ele é um dos meus escritores contemporâneos preferidos.
Profile Image for Paulo Sousa.
293 reviews13 followers
November 10, 2017
Livro lido 5°/Ago//42°/2017
Título: O tribunal da quinta-feira
Autor: @michellaub (Brasil)
Editora: @companhiadasletras
Publicado: 2016
Páginas: 184
Minha classificação: ⭐️⭐️⭐️
_____________________________________________
Embora necessária, a modernidade traz também algumas situações negativas outrora impossíveis. As redes sociais, por exemplo, cuja quase instantaneidade em veicular notícias e fatos, além de boatos e fake news, pode facilmente colocar qualquer ser humano em maus lençóis.

Esse é um dos temas abordados nesse excelente livro do gaúcho Michel Laub, O tribunal da quinta-feira. A história gira em torno da vida de João Victor, o narrador, um publicitário de 43 anos que vê sua carreira ser destruída devido ao vazamento de mensagens suas de cunho trocista trocadas com um amigo, as quais são postas na internet por sua ex-mulher, Teca. Imediatamente é gerada em torno desse vazamento, uma torrente de opiniões e agressões que o personagem principal, a quem se atribui numa espécie de tribunal moral e ético, vai ter de se defender. Suas justificativas tentam mostrar que aquelas mensagens não passavam de piadas, cujo humor, embora aparentemente agressivo, assim deviam ser visto.

O que há de excelente no romance são a atualidade dos temas ali contidos, são a multiplicidade de linguagens presentes (internet, publicidade), a forma de lidar com o culpado e o sentimento de culpa, o que nos coloca diante de um grande romance.

João Victor está diante da corte e tem de se defender. Sua auto-defesa é um retrato do caos imanente que permeia idéias, pensamentos e emoções, descritas nas entrelinhas por ele próprio. Seja no dilema de ter de conviver com a intolerância virtual a que de uma hora para outra é submetido (a história abarca apenas quatro dias, mas o autor nos leva por várias décadas atrás num jogo de vai e vem temporal) numa espécie de tribunal rotativo onde enquanto réu vê sua vida e carreira expostos e esfrangalhados; seja na difícil decisão de abandonar a carreira devido aos escândalos gerados por estas mensagens, muitas delas de cunho misógino, muitas delas versando sobre seu tórrido romance com uma estagiária da empresa onde trabalha, vinte anos mais jovem, Dani; seja na forma como expõe o caso de um amigo, Walter, que contraira AIDS ainda nos anos 80; seja em descobrir, nos dias atuais, que talvez ele mesmo seja portador do vírus e pior, de ter contaminado Dani, o livro vai causando certo incômodo por por o dedo na ferida, por abordar dilemas a que João Victor vai expondo em sua justificativa: uma vez soropositivo, uma vez descobrindo que pode sobreviver à má reação das feministas que o denigrem selvagemente na internet, como enfrentar o momento em que terá de expor sua situação a Dani? Como ela receberá a notícia de que pode estar com AIDS? Ela "passará a mão pela cabeça do narrador novamente? João Victor está diante de um novo tribunal...
Profile Image for Fellipe Moscardini.
159 reviews
December 5, 2017
Faz tempo que não posto aqui minhas reviews que nunca serão lidas!


Bom, fazia um tempo que queria ler esse livro do Michel Leub e devo dizer que estou bem surpreso. É bom, muito bom, mas vem com um porém... esse livro é pesado. Bem pesado.
Tem violência? Não. Tem sexo explícito descrito de forma grotesca? Não. Tem cenas de homofobia, racismo, machismo, etc? Um pouco, mas nada que não tenha visto bem pior em um filme Hollywoodiano meia-boca.
O que pega nesse livro é o tema. O tema é pesado porque soa muito real. Os personagens são reais. São pessoas parecidas com pessoas que eu conheço e, possivelmente, com pessoas que você conhece, também. E, de certa forma, o que acontece com os personagens poderia acontecer com a gente. Com qualquer um.
O livro deixa uma lição bem interessante sobre a época em que vivemos quando trata sobre o quanto que um assunto privado, jogado no buraco negro destruidor que são as redes sociais, pode mudar a vida de uma pessoa. Mostra também que as pessoas estão sempre prontas para julgar e queimar, mesmo não conhecendo cem por cento da história, qualquer um dos acusados(as).
Não leria de novo por ter me trazido tantos sentimentos negativos. É um livro que te deixa com certo bode da humanidade, das relações no trabalho, do casamento, do sexo e de tudo o mais. Mas esse é o poder verdadeiro da boa literatura. Evocar todas essas coisas em tão poucas páginas. 4/5 estrelas
Displaying 1 - 30 of 90 reviews

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