O retorno de Marçal Aquino à cena literária, dezesseis anos depois do sucesso de Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios.
O ano é 1973, um dos períodos mais duros da ditadura militar no Brasil. É num ambiente contaminado pela paranoia que se move Miguel, um agente do setor de Inteligência da polícia civil cuja especialidade é se infiltrar em quadrilhas sob investigação. Numa das operações, ele se aproxima de um grupo de ladrões de carga, tornando-se íntimo de Ingo, o chefe, que não só apadrinha sua entrada no bando como lhe apresenta a irmã, Nádia, com quem Miguel inicia um relacionamento que tem no sexo seu ponto de combustão. Profissionalmente vaidoso, Miguel acredita que, na hora adequada, não terá dificuldades para romper os laços surgidos durante a operação. Mas as coisas não saem como ele imagina: apaixonado por Nádia, o policial se vê surpreendido por dúvidas sobre de que lado irá ficar quando o cerco se fechar sobre a quadrilha.
Com uma prosa ágil e intensa, Aquino confirma seu nome entre os melhores da ficção brasileira contemporânea. O mundo do crime nunca foi tão sensual quanto em Baixo esplendor.
Marçal Aquino nasceu em Amparo, no interior paulista. É jornalista, escritor e roteirista de cinema e de televisão. Publicou, entre outros livros, o volume de contos O amor e outros objetos pontiagudos, pelo qual recebeu o Prêmio Jabuti, e o romance Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios. Atuou como roteirista de filmes, como Os matadores, O invasor e O cheiro do ralo. Seu trabalho está publicado na Alemanha, Espanha, França, México, Portugal e Suíça. É autor do conto “Balaio” na coletânea Eu sou favela, título inaugural da Editora Nós.
Não é de hoje que Marçal Aquino compõe thrillers instigantes que fisgam o leitor do início ao fim, desde as publicações da série vaga-lume para crianças e adolescentes, pouco havíamos visto a presença do autor no cenário literário, com uma pausa extensa entre seu último romance, Baixo Esplendor aparece como uma excelente obra, tão bom quanto 'Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios'.
No tocante a ambientação da obra, estamos diante da infiltração de um agente policial a fim de desmantelar uma quadrilha que pratica, sobretudo, roubo e interceptação, de maneira que Miguel, o agente, passa a conviver na organização, participando de suas reuniões, do tribunal de julgamento do crime e assim, fica a par não apenas dos componentes do grupo, como das histórias que cada um carrega.
Se envolvendo mais do que o esperado, o agente se vê mediante um impasse, dado que inicia um relacionamento com Nádia, irmã de Ingo, atual chefe do grupo. É, portanto, sob esse cenário, de intrigas, conspirações, traições e de afeto que a trama se desenvolve. Entre suor, sangue, sêmen e afeto, Marçal Aquino compôs de fato um clichê, mas trata-se de um excelente clichê, que não oscila, que envolve o leitor do início ao fim. Foi verdadeiramente uma pena chegar ao fim da obra, os desdobramentos dos últimos atos certamente seriam interessantes de serem acompanhados. Muito bom.
Acho importante começar dizendo que assim que o livro saiu eu corri para ler por motivos de que eu gosto bastante do "Eu receberia as piores notícias...", principalmente pelo estilo da escrita do autor, e também porque nunca tinha lido nada além daquele livro do autor (a maioria das outras obras dele pelo o que eu vi não são mais imprimidas eu acho). Assim pode-se dizer que eu tinha altas expectativas, e, apesar de nem todas terem sido alcançadas, eu ainda assim amei "Baixo Esplendor".
Dentre os pontos positivos do livro eu destacaria o conflito da polícia com a gangue, a ambientação da história (que se passa na década de 70 numa cidade a la São Paulo, mas não exatamente), a escrita direta e crua do Marçal especialmente durante as cenas de sexo, e a repescagem de detalhes que são colocados sutilmente capítulos antes.
Esse último ponto entretanto fez com que depois de ler 37% do livro eu reiniciasse a leitura para poder prestar mais atenção porque eu estava me sentindo um pouco perdido na história, o que eu acho que também aconteceu porque até mais ou menos 60% do livro a história acontece de forma extremamente não linear, com vários pulos, para trás e para frente, no tempo, que ajuda na sensação de estar montando um quebra-cabeça, mas exige mais atenção.
Uma coisa que, em comparação com o "Eu receberia...", não me impressionou tanto foi o romance em si entre o Miguel e a Nádia, que não me cativou tanto, acredito que porque não houve muita exploração da convivência dos dois e a atração entre eles me pareceu algo muito instantâneo e às vezes até sem motivo talvez. A relação não me pareceu tão interessante quanto a implicação dela para o enredo da gangue, o que para falar a verdade eu deveria ter imaginado já que o livro é um romance policial, mas pela sinopse e pela capa eu esperava um foco maior nesse ponto.
“o acaso é o jeito que Deus encontrou para escrever seus poemas”.
que narrativa perfeita. personagens muito bem construídos, até mesmo os secundários, os que aparecem de última hora. as doses de erotismo, de amor, de ação… tudo na mais perfeita sintonia.
Livro altamente magnético, do tipo que uma vez que se tenha às mãos, é difícil largar.
A história é um tanto clichê e já foi recontada na literatura e no cinema não poucas vezes. Até a mega-produção Avatar é um exemplo: um agente infiltrado com o objetivo de aniquilar um determinado grupo se envolve amorosamente com um dos integrantes (geralmente do sexo feminino) e passa a ficar dividido, tendo que escolher entre o coração e a missão.
As semelhanças com o filme norte-americano, obviamente, param por aí. E o talento de Marçal Aquino se impõe de tal forma que logo nas primeiras páginas somos convencidos de que sua história, ainda que não seja nova, é única. E vale a pena ser lida.
Assim como Rubem Fonseca e Patrícia Melo, Aquino parece íntimo do mundo brutal do crime e da polícia. Também como esses escritores, parece bem à vontade para descrever a violência e a baixeza humana de um jeito bem brasileiro. A história, por sinal, se passa em algum centro urbano do país no ano de 1973 - ou seja, em pleno horror da Ditadura Militar.
Quem espera, porém, encontrar algum manifesto político na obra, já pode perder as esperanças, pois esse cenário é apenas um verniz, que acrescenta um toque a mais de tensão ao mundo onde transitam os personagens e onde a história é contada. História de paixão, brutalidade, traição e heroísmo. E com direito a um grande final.
Marçal Aquino… eu gostaria que ele escrevesse um livro por ano. Ele tem uma intimidade com a realidade que combina muito com como eu sinto e enxergo o mundo.
Ele me conquistou em “Eu Receberia As Piores Notícias Dos Seus Lindos Lábios” só pelo título. Lembro até hoje da primeira vez que avistei este livro na livraria e esse título me fisgou pelo alma.
Após anos anos sem nos presentear com nada, ele volta com Baixo Esplendor. É desse submundo, dessa lascívia, da urgência, da honestidade com a própria humanidade que eu gosto tanto.
Pra mim, tudo vai se há honestidade. A honestidade verte de Baixo Esplendor. Eu amei.
Aquino voltou em grande forma com este policial agitado e pouco óbvio, ambientado na São Paulo de 1973. Diferentemente do que algumas resenhas sugerem, não é repleto de referências à ditadura -- a mesma história poderia se passar hoje, com pouco prejuízo à qualidade do livro. Muita coisa mudou no Brasil nesses quase 50 anos, mas ladrões de carga, contrabandistas e femme fatales transcendem o tempo.
due anni fa io ho letto “eu poderia receber as piores notícias pelos seus lindos lábios” e è mio libro preferito della mia vita. marçal aquino ha scritto una obra perfetta, con personaggi che portano un passato interessante. i lettori vogliamo conoscere più ne. posso dire che questo libro sarà un classico brasiliano nel futuro.
impossível não se apaixonar lendo qualquer coisa desse homem. simplesmente incrível. a escrita dele eh uma das coisas mais preciosas que eu já tive o prazer de ser capaz de admirar e se pudesse leria p resto da minha vida. eh impossível não sentir uma empatia duvidosa, se questionando se aquilo de fato faz sentido. torcendo p amor todo o tempo. e o fim acabou comigo por completo.
Bom romance policial. Cheio dos clichês do gênero, mas bem gostoso de ler. Tem policial infiltrado, rabo de saia e tudo mais. O final é eletrizante, mas um pouco confuso.
Marçal Aquino consegue unir aqui uma história envolvente e uma escrita sensacional. Tenho algumas questões com o livro, mas em geral foi uma ótima experiência
Romance policial bem sexy e envolvente, assim como o outro livro do autor que tb gostei muito: “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”.
Os acontecimentos são contados fora de ordem cronológica numa escrita rápida, intensa e brasileira. Ademais, a trama policial é mais um elemento que deixa o leitor aflito para saber os próximos acontecimentos, além do belo romance que eletriza qualquer um que tenha um coração.
Só o final, ah, o final, não gostei. Eu preciso de mais uma ou duas pistas para saber como tudo ficou na história que agora faz parte de mim. Cada livro é uma vida nova dentro do leitor.
Como sempre, Marçal mostra a que veio (e porque é um dos principais nomes da literatura brasileira contemporânea). O romance é intrigante, bem construído e não te deixa olhar para o lado sem antes descobrir o que aconteceu, como ou se foi possível concluir a operação policial. Assim como “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”, vale a leitura e o impacto da história.
Livro de homem hétero escrito por homem hétero resume pra mim. Marçal descreve fantasias e cenas bem masculinas e enche sua história de clichês previsíveis. Descreve as personagens mulheres de forma distante da realidade, dentro sim de fantasias masculinas e fortalecendo estereótipos dos gêneros masculino/feminino.
O reforço nos padrões vem tanto na aparência de Nádia (loira, bronseada, corpo perfeito de parar a rua) e Kaka Caramelo (jovem sexy, frágil e sedutora, beirando a adolescência), quanto nos perfis comportamentais, com personagens construídos dentro de uma retória masculina e machista. Em um momento, a personagem Nádia acha incrível o fato do seu par romântico, Miguel, ter reparado no seu corte de cabelo e pensa que "de fato ele é diferente" ou algo do tipo. Em outra cena, Kaka Caramelo ainda adolescente posa de roupa de colegial para um fotógrafo - sucedendo no momento em que Miguel vira seu herói, resgatando as imagens dela nua.
Estão sempre presentes a sexualização e objetificação das personagens mulheres, o homem herói, personagens quase que unanimamente brancos... sinto que ele reforça estígmas e padrões danosos da sociedade patriarcal, como da mulher fiel e parceira, mas puta na cama, que topa tudo, pronta pra atender o seu macho com todas as fantasia sexuais possíveis e deixando o "homem racional", além de satisfeito, perdidamente apaixonado. E, obviamente, quem é o objeto de desejo desses homens? Uma mulher branca, loira, gostosa, puta na cama. Se isso não é o maior clichê de fantasia masculina, eu não sei o que é.
Sofremos uma demanda de expectativas absurdas como mulheres dentro de uma sociedade patriarcal, uma cultura de dominação e subserviência aos homens, que coloca também a mulher como objeto de "escolha" - o corpo e a sexualidade feminina são julgados e exigidos com medidas de valores comportamentais, ao mesmo tempo que sofre abusos e violências diárias em diversos níveis. São tantas camadas.. nesse contexto, um livro que no fim reforça a mensagem "seja extremamente sexual e satisfaça seu macho ao máximo sexualmente que ele fará tudo por você" pra mim é um grande desfavor.
Eu fiquei confusa e surpresa com o reconhecimento do autor em relação a esse livro, porque desde que inicei a leitura, já tive um incômodo. Talvez isso mostre também o quanto os homens são facilmente reconhecidos e exaltados. Ainda to tentando entender se perdi alguma coisa no caminho pq não vi mérito nesse livro, pelo contrário.
Para não ser injusta, se o livro tem algum mérito é o de prender você na hisória. Marçal tem uma narrativa bastante fluída e fácil de acompanhar. Pode ser um bom livro se você gosta de uma novela ruim cheia de clichês masculinos que reforçam pasdrões comportamentais de gênero...
Eu particularmente sou muito fã da escrita do Marçal Aquino, em especial da maneira humana e carnal com que ele retrata as circunstâncias. Vários momentos no livro eu me peguei pensando "onde será que isso vai dar?" e de fato eu não me decepcionei. Achei apenas que o final foi um tanto quanto clichê, mas nada que desmereça a obra.
Tentando absorver ainda esse livro, mas posso dizer que não decepcionou e me prendeu bastante, a única crítica que tenho é sobre os papéis das mulheres na obra, um tanto quanto datado.
O livro é um policial, mas não é nem o policial clássico inglês da tia Agatha, do detetive q vai colhendo pistas e no final explica tudo, nem o também clássico noir norteamericano do Dashell Hammet, e nem tampouco o policial moderno de Karin Slaugther. Este policial é no estilo Rubem Fonseca. É romance policial "pulp", com personagens marginalizados, sem detetives ou investigadores perfeitos, onde tudo é meio nebuloso. Exatamente a seara percorrida por Ruben Fonseca, hoje bem esquecido e sem "discípulos".
A sinopse nos traz um romance policial ambientado em 1973, em São Paulo, onde um investigador cheio de problemas com seu superior, se oferece (ou é indicado, não fica claro) pra se infiltrar numa grande quadrilha de roubo de carga. Pra isso ele tem um nome novo, mora numa casa do outro lado da cidade (cheia de escutas e câmeras disfarçadas) e começa a criar um estilo de vida nos botecos da região afim de fazer amizade com membros da quadrilha.
E o livro é isso. Nós vamos acompanhar este personagem durante toda a trajetória de infiltrado e suas relações dentro e fora do bando, enquanto somos polvilhados por relances da sua vida pessoal, seu passado e isto dura até o desenrolar dos acontecimentos.
Em paralelo há um romance entre ele e a irmã do líder da quadrilha. E isto não é spoiler, está na sinopse do livro. A questão é saber como esse "affair" vai terminar, nesse caldo todo da infiltração.
Achei um livro muito bom, nota 8,5 no meu parâmetro e 4* no Goodreads. Na segunda metade o livro fica ainda mais dinâmico e ágil, fazendo a gente apressar a leitura pra saber o final.
O autor já teve outros dois livros transformados em filme, "O Invasor" e "Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios" (já li e resenhei aqui, um nota 8). Creio q este também deva virar, é um livro recente, de 2020. Creio q dará um bom filme.
Quem estiver procurando um livro policial fora dos subgêneros citados no início do meu texto, quiser algo mais marginal, mais Rubens Fonseca, mais "Pulp Ficcion" (do Tarantino), vai gostar deste. É possível perceber também a influência de João Antônio (do clássico"Malagueta, Perus e Bacanaço") na aura de subúrbio e marginalidade.
Já coloquei outro livro dele, o já citado "O Invasor ", na lista pra leitura em algum momento, quando baixar a fila de espera.
If it weren't for a collective reading project, I would probably never have had contact with this exciting book, which shocked and surprised a lot! I went into reading blindly, knowing absolutely nothing, and already in the first few lines I was amazed (and hooked) by the story! An exciting and intriguing book, it reminded me a lot of those b&w noir movies, with honest police officers getting involved with fatal women who are not always innocent, but all of this transported to the Brazil of the Dictatorship - the action takes place in the early years of the 1970s and is full of quotes from books, artists, songs, TV shows, a delight to remember, for those who lived the times (I believe that younger readers, however, will lose many of the references). Exciting plot and very well narrated, explicit at times (both in violence and sex), but coherent in context. Miguel (code name) is a police officer inside a gang of cargo thieves who, as he sees himself rising in the concept and intimacy of the gang leader, becomes lovingly involved with his sister and awakens the envy and resentment of other members of the gang. , which exposes you to ever-increasing risks. An excellent, exciting and quick read to start the year!
a primeira vez que li marçal aquino ("eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios"), fui pego completamente de surpresa com a fluidez da narrativa, e mais ainda com a formosura presente na construção de cada parágrafo, no estilo, na capacidade de criar atmosfera. por isso, comecei "baixo esplendor" com grandes expectativas.
dito isso, este livro conseguiu me proporcionar uma experiência ainda melhor que o primeiro. todas as melhores características do autor se encontram aqui: a atmosfera sexual, a violência e a escrita vulgar, crua, além da moralidade completamente questionável dos personagens, incluindo o próprio protagonista.
a história é envolvente, e a curiosidade do leitor é instigada por um enredo que não segue a ordem cronológica dos fatos apresentados, instigando você a tentar montar as peças do quebra-cabeça por conta própria. não consegui parar de ler, fascinado pelos personagens e pela teia de relações que é tecida ao longo dos capítulos, que faz o tempo parecer não estar passando.
um dos melhores livros que li em muito, muito tempo. não é para todos, mas se você gosta do estilo de aquino, esse livro é um prato cheio.
Suor, sêmen e sangue. Os títulos das três partes do livro resumem muitíssimo bem do que ele trata. Mesmo com diversas perspectivas paralelas ao do personagem, tudo retorna novamente às três palavras essenciais.
Antes desse livro, eu nunca tinha lido uma trama tão bem amarrada. O escritor dá voltas para explicar um novo personagem que surge, a linha do tempo não é rigorosa e não temos diálogos pontuados com travessão nem aspas, mas nada disso deixa margem para confusão. É tudo extremamente claro, bem escrito e organizado.
É um livro que, nem se tentasse muito, poderia ser contemplado inteiramente por uma resenha. Suas nuances merecem páginas e mais páginas de análise profunda.
Além de todos os atributos narrativos, o enredo é cimentado em um homem que prefere a morte do que perder a mulher que amava. Um homem que mentiu, matou, perdoou, errou, chorou, sofreu ao som de Roberto Carlos por sua namorada. Tem algo melhor que ler isso?
Comecei a ler Baixo Esplendor numa quarta, estava muito cansada, o dia tinha sido pesado. A ideia era desacelerar para adormecer. Mero engano. Devorei o livro em dois dias!
Me peguei aflita e envolvida com o objetivo do agente Miguel: infiltrado numa quadrilha que roubava cargas. Ingo, Moraes, Elvis, Nádia e tantos outros personagens, tão bem construídos, me pegaram de jeito.
Eu já queria ler algo do jornalista Marçal Aquino, especialmente me chamou muito a atenção o livro "Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios" (mais o título que o livro, admito) e então me deparei com o Baixo Esplendor e estou muito feliz com a escolha.
Adoro essa escrita meio Mutarelli, recheado de brasil (minúsculo mesmo, de tanto que tentamos escondê-lo), de sangue, sujeira, tesão puro e de malandragem.
Vale demais a leitura! Ah! A edição autografada consegui pela Livraria Mandarina.
Quando comecei a leitura tive que parar, problemas. E quando retornei li numa tacada só.
Apesar de no começo eu ter ficado um pouco confusa quanto a linha do tempo (mistura-se passado e presente), depois que me encontrei achei a trama super envolvente, já me apeguei com três personagens e estava super curiosa pra saber no que ia dar.
Detalhe, estava torcendo muito pelo casal principal, que deu certo, mas também pelo bandido que se tornou amigo do protagonista kkkkkkkk
E o final terminou de surpresa. Estava super imersa na estória e de repente acabou. Final aberto! Aaaaaaaaaaaaaaa
Fui sem saber muito do que se tratava e gostei do que encontrei. Recomendo muito!
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Grande Marçal Aquino! Prosa intensa, a cheirar a sangue, suor e lágrimas, e uma história bem estruturada e coerente. Com alguns exageros aqui e ali, destinados a "agarrar" mais o leitor, mas no cômputo geral um livro excelente que não se consegue largar do princípio até ao fim. É um livro policial bem diferente do habitual, com o relato (na terceira pessoa) de um infiltrado, no coração de uma qualquer mega-metrópole brasileira. Altamente recomendável para quem gosta do género, e mesmo para quem gosta apenas de histórias bem contadas!
3.5✨ bem diferente de tudo o que já li lembrei um pouco (bem pouco) de pessoas normais pelo estilo de narrativa sem marcação de diálogos, mas foi só. demorei umas boas 60 páginas para engatar e entender direito como a história estava sendo escrita, mas depois foi fluindo e não consegui largar. já estava ansioso para ler eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, agora estou mais ainda!
O poder conscientizador sobre uma época que pode ter uma obra de ficção policial! Retrato social da lei que se imiscuiu na corrupção da ditatura militar... uma história de paixões narrada com ritmo gringo e receita 100% nacional. Coisa rara por aqui. Pena o finalzinho "semiaberto" -- preferiria a confirmação da vida ou da morte, com os sentimentos fortes que a certeza traz. Mas até lá, muita água saborosa desceu essa cachoeira, e eu me banhei à vontade.
Livro de escrita simples e cativante. No começo pode parecer um pouco confuso, mas aos poucos as peças do quebra cabeça vão se encaixando e a confusão dá lugar a curiosidade. Não consegui parar de ler. Só me incomoda acontecer nesse livro a mesma coisa que em "eu receberia as piores notícias...". Essas caracterizações das mulheres, meio datadas, como musas sensuais, fogosas e deusas do sexo, que são um trampolim para o estado confuso e desolado dos homens, que são os personagens principais.
A história se desenrola em um cenário intrigante, onde o personagem principal, um agente da polícia civil durante a ditadura militar no Brasil, se vê envolvido com a irmã de um chefe de quadrilha de bandidos sob investigação. O enredo habilmente construído apresenta uma série de mistérios e segredos que mantêm os leitores ávidos por mais e agrada aqueles que curtem literatura policial/investigativa.