A história de 11 amizades célebres que se transformaram em inimizades ferozes. Hoje em dia, com as redes sociais, «desamigar» tornou-se um verbo banal e um acto de estranha leveza e eficácia. Contudo, para falar verdadeiramente de desamizade, que é também reflectir sobre amizade, há que ir além do digital. António Mega Ferreira recupera os graus de dor e complexidade que se escondem atrás de uma ruptura real de afectos — espectros, projecções, mágoas, egos, equívocos — através da história de 11 amizades muito conhecidas, que já sabemos que acabaram mal:
CÉSAR e BRUTO DANTE e CAVALCANTI VOLTAIRE e FREDERICO DA PRÚSSIA BOCAGE e MACEDO WAGNER e NIETZSCHE WILDE e ALFRED DOUGLAS FREUD e JUNG HEMINGWAY e FITZGERALD NABOKOV e EDMUND WILSON SARTRE e CAMUS GARCÍA MÁRQUEZ e VARGAS LLOSA
ANTÓNIO MEGA FERREIRA nasceu em Lisboa, a 25 de Março de 1949. Estudou no Liceu Pedro Nunes e licenciou-se em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Estudou Comunicação Social na Universidade de Manchester.
Iniciou-se no jornalismo em 1968 no Comércio do Funchal, tendo sido profissional a partir de 1975, no Jornal Novo, Expresso, ANOP e RTP, onde chefiou a redação do 2º canal e foi apresentador do Informação/2. Autor e apresentador de programas de televisão, foi ainda redator de O Jornal e chefe de redação do JL, Jornal de Letras, Artes e Ideias. Diretor Editorial do Círculo de Leitores entre 1986 e 1988, fundou e foi o primeiro diretor da revista Ler.
Membro da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, a partir de 1988, fundou a revista Oceanos e dirigiu a campanha de promoção de Lisboa como cidade candidata à Exposição Internacional de 1998. Foi comissário executivo da Expo'98 e administrador da Parque Expo, Oceanário de Lisboa e Pavilhão Atlântico.
Foi presidente do Conselho de Administração da Parque Expo (1999-2002). Dirigiu a representação de Portugal como País-Tema da Feira do Livro de Frankfurt de 1997. Foi, desde 1986, cronista regular de diversas publicações, entre as quais: Diário de Notícias, O Independente, Expresso, Diário Económico e Público.
Colaborador permanente das revistas Visão e Egoísta, iniciou a sua carreira literária em 1984, tendo publicado obras de ficção, poesia e ensaio: "Graça Morais, Linhas da Terra" (ensaio), 1984; "O Heliventilador de Resende" (ficção), 1985; "Fernando Pessoa, o Comércio e a Publicidade" (ensaio e antologia), 1985; "As Caixas Chinesas" (ficção), 1988; "As Palavras Difíceis" (ficção), 1991; "Os Princípios do Fim" (poesia), 1992; "Os Nomes de Europa" (ensaio), 1994; "A Borboleta de Nabokov" (crónicas), 2000; "A Expressão dos Afectos" (ficção), 3ª edição, 2001.
O verbo desamigar é algo bastante tecnológico e atual. É, com esta mesma premissa que, Mega Ferreira, escreve este livro sobre a amizade e sobre aquilo que é capaz de a interromper ou deteriorar.
Nas redes sociais é muito fácil sermos eficazes nesta matéria, mas os exemplos que o autor usa nesta narrativa são figuras incontornáveis da história. Até mesmo desta. As amizades que estão em causa neste livro, são: (imaginar som de tambores)
César e Bruto Dante e Cavalcanti Voltaire e Frederico da Prússia Bocage e Macedo Wagner e Nietzsche Wilde e Alfred Douglas Freud e Jung Hemingway e Fitzgerald Nabokov e Edmund Wilson Sartre e Camus García Márquez e Vargas Llosa
Ao longo destes capítulos acedemos ao resumo da ligação entre cada interveniente. Claro está que, para a coisa fazer sentido, observados a curva descendente de cada amizade.
O interesse neste livro está, sobretudo, no facto de conseguirmos conhecer determinadas áreas enquanto temos o desenrolar de uma telenovela à nossa frente.
São inúmeros os períodos históricos visitados por Mega Ferreira. Ou seja, é prova de que as polémicas são mesmo intemporais.
Uma narrativa que nos dá a conhecer diversas motivações, outros tantos conflitos de ego, entre muitos outros detalhes dignos de uma leitura positiva.
histórias de vários encontros e desencontros entre várias personalidades da História. Apesar de todas as críticas e desumanização que implica hoje o "desamigar" e o "amigar". Ainda assim é muito mais tranquilo que antigamente que quando se tornavam inimigos se apunhalavam uns aos outros. Bastante interessante o rol de histórias sobretudo numa óptica de conhecimento da cultura geral. Se o Mega Ferreira fosse vivo certamente teria prazer em acrescentar um capítulo: Trump - Musk.
A leitura de cada um dos capítulos, dedicados a diversos nomes da ciência às artes, oferece não apenas a perspetiva de António Mega Ferreira sobre os motivos da amizade e desamizade mas, principalmente, recorda datas e factos históricos da vida dos seus intervenientes. Para mim o maior interesse no livro foi poder conhecer detalhes, bem fundamentados, que ajudam a compreender melhor os perfis dos sujeitos do livro e projetar nas obras ou feitos destes.
A história de 11 amizades célebres (César e Bruto; Dante e Cavalcanti; Voltaire e Frederico da Prússia; Bocage e Macedo; Wagner e Nietzche; Wilde e A. Douglas; Freud e Jung; Hemingway e Fitzgerald; Nabokov e E. Wilson; Sartre e Camus; García Márquez e Vargas Llosa) que se transformaram em inimizades ferozes. Hoje em dia, com as redes sociais, "desamigar" tornou-se um verbo banal e um acto de estranha leveza e eficácia, mas as inimizades, as ruturas afetivas não existem só nos nossos dias nem só nas redes sociais. [Resumo da responsabilidade do Plano Nacional de Leitura 2027] ISBN: 978-989-671-609-7 ASSUNTOS: Relações interpessoais; Amizade CDU: 316.47 177.6 821.134.3-9
Livro recomendado PNL2027 - 2021 1.º Sem. - Literatura - dos 15-18 anos - maiores 18 anos - Fluente
Ideia muito interessante que nos leva a conhecer historicamente muitos e variados personagens. Em alguns momentos dá a impressão que nem sempre é a mesma pessoa a escrever os textos pois alguns apresentam-se mais ligeiros enquanto outros são complicados de acompanhar.