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Marafa

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Em Marafa, romance escrito por Marques Rebelo em 1935, vemos mais uma vez retratados, com perfeita fidelidade, o povo e o dia a dia de uma cidade ainda provinciana, recém-industrializada: o Rio de Janeiro na primeira metade do século XX. O Carnaval, a boemia, as malandragens, as brigas, os bate-bocas e todo o linguajar característico são reproduzidos aqui pelo mestre carioca, com um estilo empolgante e muito humor.

(fonte: Amazon)

256 pages, Paperback

First published January 1, 1935

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About the author

Marques Rebelo

50 books4 followers
Marques Rebelo (nome literário de Edi Dias da Cruz), jornalista, contista, cronista, novelista e romancista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de janeiro de 1907, e faleceu na mesma cidade em 26 de agosto de 1973.

Era filho do químico Manuel Dias da Cruz Neto e de D. Rosa Reis Dias da Cruz. Sua infância dividiu-se entre Vila Isabel, onde nasceu, e a cidade mineira de Barbacena, para onde sua família se mudou quando ele tinha quatro anos. O que nunca lhe faltou, no Rio ou em Minas, foi um terreno baldio para jogar futebol e livros para ler. Além dos livros de ficção da biblioteca de seu pai, aos onze anos já tinha lido autores que os outros só leem quando adultos: Buffon, Flaubert, Balzac e os clássicos portugueses. Aos 15 anos o conhecimento de Machado de Assis e Manuel Antônio de Almeida iria despertar nele a “coceira de escrever” de que nunca mais se libertaria. Prosseguiu seus estudos e, no início dos anos de 1920, ingressou na Faculdade de Medicina, que logo abandonou para se dedicar ao comércio.

Dedicou-se ao jornalismo profissional no mesmo período. Publicou poemas nas revistas modernistas Verde, Antropofagia, Leite Crioulo e outras. Escreveu seus primeiros contos por volta de 1927, quando fazia o Serviço Militar. Oscarina, publicado em 1931, é, em grande parte, fruto de sua vivência na caserna, que se transformou em literatura graças a uma queda sofrida numa competição esportiva que o reteve meses numa cama de hospital, onde ele aproveitava o tempo para escrever. Juntamente com a decisão de abandonar a poesia e se tornar ficcionista, o escritor tomou a de rebatizar-se. Questionado porque adotou o pseudônimo de Marques Rebelo, Edi Dias da Cruz explicou: “Nome de família muitas vezes atrapalha. Devido à campanha que fizeram contra os modernistas na Semana de Arte Moderna, justamente na época e por influência da mesma senti que tinha vocação para a literatura e resolvi adotar esse pseudônimo, evitando assim sofrimentos para a família.”

Dois anos depois de Oscarina, veio a público Três caminhos, volume composto pelas novelas “Namorada”, “Vejo a lua no céu” e “Circo de cavalinhos”, e o romance Marafa, em 1935, laureado com o Grande Prêmio de Romance Machado de Assis, da Cia. Editora Nacional. O grande êxito viria em 1939 com A estrela sobe, romance de uma jovem suburbana que “vence” no rádio, a grande fábrica de ilusões da década de 1930. Marques Rebelo integrou a geração que fez o Romance de 30, inserido na linha da literatura de acusação e de denúncia da miséria brasileira. Foi o romancista do Rio de Janeiro, sobretudo de sua gente simples e humilde. Para ele, o Rio era a Zona Norte, de onde vinha o Carnaval e onde ia buscar a maioria dos seus personagens da baixa classe média. Escreveu sobre futebol, viagens e sobre Manuel Antônio de Almeida, o primeiro romancista brasileiro a retratar a vida urbana do Rio de Janeiro. Depois de Manuel Antônio de Almeida, Machado de Assis e Lima Barreto, Marques Rebelo foi o mais apaixonado pintor da vida carioca. Mas o Rio por ele descrito já desapareceu, pois ele retratou a cidade nos últimos anos pré-industriais, quando na Tijuca ainda se faziam serenatas, a Lapa estava no auge e casais de namorados passeavam de bonde.

Depois de anos de paciente trabalho, publicou, em 1959, O Trapicheiro, seguido de mais dois volumes: A mudança (1962) e A Guerra está entre nós (1968), que formam o grande e inconcluso romance cíclico O espelho partido, painel fragmentário da vida brasileira, especialmente carioca, na primeira metade do século.

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Profile Image for Dudu Zen.
42 reviews1 follower
November 26, 2014
Depois de ler umas 60 páginas e descobrir um ou dois personagens novos a cada capítulo lido, caso você ainda tenha persistido na leitura, de uma certa forma valerá a pena continuar....porque você finalmente saberá quem 'realmente' importa na história e aí a trama começa de fato a ficar mais interessante...mas não muito. Tem umas jogadas interessantes de dualidades, de antagonismos e tal, mas.....não recomendo muito, não. Me irritou/entediou mais que divertiu.
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