Luzes do Norte é o livro de estreia de Giulianna Domingues, uma aventura intensa e cheia de reviravoltas, com uma protagonista que se recusa a jogar pelas regras dos outros. Entre ursos assustadores, florestas nevadas, mistérios e intrigas, Dimitria tem uma única missão: proteger Aurora van Vintermer. Custe o que custar.
Dimitria Coromandel é uma caçadora excepcional, a melhor da região, e, após a morte dos seus pais, se tornou a base para o sustento de sua pequena família. Para ela, o peso da responsabilidade e a necessidade de conseguir dinheiro são os impulsos de sua movimentada rotina, e, no inclemente inverno de Nurensalem, ela precisa caçar durante o dia se quiser trazer comida para a casa à noite. No entanto, quando fisga a atenção de Bóris van Vintermer, patriarca da família mais rica do local, sua realidade começa aos poucos a se transformar.
Requisitada para desempenhar funções de chefe da guarda de Aurora, primogênita da abastada família Van Vintermer, Dimitria tem seu dia a dia significativamente alterado: agora, ela precisa acompanhar Aurora em suas obrigações e, acima de tudo, protegê-la de todo e qualquer contratempo. Seria perfeito: atribuições simples em troca de um farto pagamento.
A novidade cai como uma luva também para Gui, seu irmão e apaixonado em segredo por Aurora desde a mais tenra infância. Para ele, o estreito contato entre elas pode representar uma chance de ser notado pela herdeira e, talvez, uma oportunidade de conquistar seu coração.
Mas à medida que o tempo passa, a proximidade entre Dimitria e Aurora dá origem a algo maior, mais profundo... e arrebatador. Dividida entre preservar seu novo e bem-remunerado emprego, permitir que uma possível e arriscada relação se desenvolva, agir como cupido para o irmão e ir em busca de um monstro assassino de crianças à espreita nas redondezas sombrias de Nurensalem, Dimitria precisará fazer uma escolha.
Ainda que, para isso, coloque em risco a vida de quem ela mais ama.
Representação: narradora bissexual (own voice e confirmado pela autora), interesse amoroso lésbica (confirmado pela autora), narradora indígena (confirmado pela autora).
Aviso de conteúdo: violência; agressão; menção a desmembramento; infanticídio, assassinato; tentativa de assassinato; morte; bebida alcoólica; morte de animais; relacionamento familiar conturbado; menção a morte de familiares no passado (pai, mãe e irmã); comentários racistas; classicismo.
Pontos Positivos: ✔️ Escrita fluída e leve. É fácil se ver envolvido nessa história, comecei a ler o livro na madrugada de ontem e consegui ler 35% do livro antes de dormir, pois me fisgou facilmente e no dia seguinte terminei a leitura em uma sentada. ✔️ Romance sáfico fofo. Tenho algumas ressalvas quanto a protagonista, mas é interessante ver o carinho entre a Demi e Aurora se desenvolvendo aos poucos. Melhor ainda que essa fantasia sáfica seja de autoria sáfica brasileira, abre portas para livros queers de fantasia sejam mais requeridos por aqui.
Pontos Negativos:
✖️ Mundo mal desenvolvido. A autora trouxe essa reescrita do mito do lobisomem em um cenário novo que teve como inspiração uma viagem que essa autora fez para o Polo Norte (Alaska se não me engano). E, acho que, para não correr o risco de fazer uma apropriação cultural criou um cenário fictício e novo, isso foi um ponto bastante positivo só que o desenvolvimento do mundo ficou na cabeça da autora e não no texto. Tudo é jogado, não há resposta concreta para nada é tudo um "porque sim". Por exemplo: qual o motivo para o povo da cidade ser tão folclórico e a relação cultural com a aurora boreal?Isso não é explicado, nem mesmo o porque em dado momento o prefeito da cidade trata esse folclore como inferior e isso é levado como ofensa para Demi. Se o objetivo era causar um sentimento de antipatia pelo prefeito era necessário ter dado ao menos uma introdução básica sobre o porque é algo ofensivo. Essa cena poderia ser facilmente cortada, pois não acrescenta em nada. Outra cena que poderia muiito bem ter sido cortada é a um comentário racista de um personagem onde ele menciona a escravidão e a liberação por causa de pessoas brancas. A questão é que em um contexto da história brasileira não seria necessário a narradora puxar um livro de história e explicar desde o começo a referência a princesa Isabel, porque todo cidadão brasileiro nascido e criado sabe quem foi ela o máximo que aconteceria seriam uma refutação da narração para explicar ao leitor porque a afirmação é errada e racista. Só que não estamos no Brasil e sim em um mundo fictício e em nenhum momento foi exposto qual o contexto histórico desse racismo advindo de escravidão, nem mesmo o porque a Demi e o Igor são os únicos personagens não-brancos da história (excessão a um personagem secundário chamado Thomas que aparece em apenas um capítulo) o único motivo para esse comentário racista do nada foi para os leitores terem mais antipatia por um personagem que já não é lá muito querido. ✖️ A autora usa a ignorância da Demi como desculpa para não desenvolver a magia da história. A protagonista deixa claro na história que o lance de magia não é com ela e sim com o irmão que faz as armas mágicas dela. Só que não diz de onde vem a magia, os poderes (ou até mesmo se os personagens tem poderes ou se eles são adquiridos através de rituais etc) e importância e função desses magos na sociedade. Só é dito que tem um feiticeiro que tem vários aprendizes e mesmo que isso não seja o foco a magia envolve toda a trama do mistério o fato dela ser mal feita atrapalha a leitura. Mesmo que a protagonista não seja mágica é uma questão essencial da história que é negligenciada por pura preguiça da autora, não era nem necessário um sistema mágico digno de alta fantasia só que pelo menos tinha que ter o mínimo, né? ✖️ Mistério ruim. Veja bem, não estou pedido um mistério de cair o cu da bunda digno de Agatha Christie e sim o mínimo do mínimo. Temos um mistério envolvendo o que é a criatura misteriosa que está assassinando crianças e apesar de não ser nada original (bem óbvio a partir da sinopse) tem alguns padrões que estão em todo livro assim: Temos o mistério que é designado o protagonista para solucionar e o personagem vai montando o quebra-cabeça aos poucos junto com o leitor e vai erroneamente acusar a pessoa errada. Aí então booom reviravolta, descobre que o assassino era o mordomo Alfred e então o protagonista tem um flashback de "agora todas as peças se encaixam" e vai destrinchando para o leitor os pequenos detalhes da história (no texto mesmo) que a maioria passou despercebido e geralmente essa cena ocorre quando o protagonista tá explicando as coisas para as autoridades (bem Scooby Doo mesmo) Era para o livro seguir esse padrão só que na hora da cena de "agora todas as peças se encaixam" não é bem apresentado ao leitor na verdade cabe ao leitor mesmo ter o esforço de lembrar dos acontecimentos que passaram "despercebidos" (seriam se o mistério não fosse estupidamente óbvio) e não tem a explicação para a autoridade do que caralhos aconteceu só teve um "ei fulanin foi acusade injustamente" e pronto é aceitado sem mais nem menos então a autora pula cenas e substitui essa parte essencial por algo que poderia ter sido colocado mais para frente (até em um capítulo a mais, porque isso ocorre no 22). ✖️ Demi sendo cringe, repetitiva e sem personalidade igual um personagem masculino genérico. Isso aqui foi mais uma bobagem que me irritou mesmo que o tempo todo a protagonista ficava "eu sou transudaaa eu faço sexOooo faço para fugir dos problemas e não apenas com homem não faço com mulher também sou comedora de casadaaas encho a cara e faço sexo pra fugir dos problemas olha como sou adulta" eu contei umas 5x que aparecia uma citação aleatória assim claro que eu ironizei a cena só que não deixa de ser cansativa. Tinha horas que parecia que a autora copiou e colocou a personalidade de homem genérico de fantasia e colou na Demi, porque era só isso ela é: lutadora, cabeça quente, tem uns traumas infantis de superproteção, transuda, bebê que só, cimenta e é arrombada pra caralho quando não sabe lidar com os próprios sentimentos. Eu não tenho problema com autoras fazendo essa troca para dar destaque a personagens femininas, mas tem horas que pesou a mão e ficou repetitivo e muito chato. Isso dela ser diversas vezes babaca de graça com a Autora específicamente vou discorrer no outro tópico. ✖️ Banalização de relacionamento parental abusivo, aqui acho que foi a única parte "problemática" desse livro. Temos a Aurora uma filha de um homem rico, ela é superprotegida e o conflito dela com o pai é por causa de casamento arranjado. A autora quis colocar um conflito desse relacionamento pai vs filha onde o pai não entende a filha e ela se sente como um objeto e reclama disso muitas vezes, o que dava para desenvolver legal essa problemática é transformado em motivo de deboche pela Demi que chama a Aurora de "riquinha mimadinha" e que isso da Aurora não ter escolha é frescura dela que é só ela se impor E PIOR A AURORA SÓ ABAIXA A CABEÇA E DIZ QUE A DEMI TA CERTA EM FALAR ISSO. E puta que pariu, isso me irritou de uma forma extamente pessoal... A autora não quis dar um desenvolvimento para o relacionamento parental conflituoso, colocou a pessoa que era esperado dar apoio humilhando e dizendo que isso era frescura e, pra piorar, fechou o livro com o conflito se resolvendo com a Aurora se impondo com um discurso sobre amor verdadeiro o pai dela aceitando e tudo isso validando a porra do discurso babaca da Demi. Não tem a desculpa de dizer que a Demi teve motivo, que tinha um contexto, ou que a autora quis na verdade passar a mensagem sobre a diferença de classes dava para fazer tudo isso sem banalizar relacionamento parental abusivo. O pior ainda é que o público do livro da autora é o público adolescente ou jovem, como é que ela é irresponsável ao ponto de por isso quando o próprio público dela pode estar sofrendo ou ter sofrido (meu caso) do mesmo problema da Aurora. Ai essa pessoa vai ler isso e ou vai ficar incomodada igual eu ou vai achar que as babaquices que a Demi falou estão certas e se encaixam na sua situação... a mensagem podendo por essa pessoa em uma possível situação de perigo tanto psicologico como físico.
🤔 Recomendo esse livro? Apenas se a pessoa estiver procurando um romance fofinho sáfico e não se importe com a falta de desenvolvimento da história e não fique engatilhada com os tópicos que eu citei (principalmente quanto ao de relacionamento parental abusivo banalizado).
Edit 05/03/2021: Descobri que a Demi é aparentemente indígena, tava errado na minha resenha pois foi uma informação dada pela autora então não tinha como eu adivinhar se isso não estava explícito no texto então vim aqui corrigir. E aproveitar para falar que o livro foi publicado por uma editora!!! E que essa minha resenha é de quando a autora publicou de forma independente se ela mudou algum dos pontos que eu citei não faço a mínima idéia.
Luzes do Norte é um livro que teve muitas ideias boas, mas que faz escolhas que não me agradaram enquanto tenta executar todas elas (e eu ainda não consegui decidir se esse é um livro de duas ou três estrelas)
Então, é de maneira geral, Luzes do Norte fez escolhas que não combinaram comigo, e eu não sei se entendo o hype.
decidi pegar o primeiro livro publicado da Giu pq ele tava parado já faz um certo tempo aqui na minha estante, num box belhíssimo! como ela vai lançar um livro novo, fiquei com vontade de ler esse aqui antes pra poder acompanhar a evolução da escrita dela <3
gostei demais da escrita da giu! gosto de como as coisas acontecem de forma super rápida e fiquei genuinamente em choque com o quanto eu gostei do casal (eu não sou mt chegado a romances, mas alguma coisa me fez amar essas duas)! a atmosfera que a autora cria é mt boa e, juro pra vcs, dá pra SENTIR o frio desse lugar insalubre
uma coisinha ou outra me incomodaram; os nomes q eu lia tudo como "aiashasjshaj", pq achei desnecessariamente enrolados, e eu queria q a parte fantástica fosse mais forte e mais presente ao longo do livro como um todo, tendo em vista q é meu gênero preferido e o Igor foi um dos meus personagens prediletos
no mais, eu gostei mt msm do livro e fiquei mt encantado pela vibe do livro e mal posso esperar pra ler o segundo volume <3
finalmente terminei. comecei a ler esse livro agosto do ano passado, ele me colocou numa ressaca literaria nessa epoca e acabei largando. mas como ja estava na metade resolvi tentar terminar esse ano e quase que entrei numa ressaca literaria de novo. nao sou a maior fã de fantasia, quase nao leio livro de fantasia. resolvi ler esse na epoca que vi em algum lugar que era inspirado meio que no role da chapeuzinho vermelho so que uma das meninas do ship era "o lobo". mas na real nao é bem isso nao. queria que fosse kkkk nao gostei das personagens principais e consequentemente nao me importei muito com o romance delas, li uma review aqui no goodreads que a dimitria é escrita como se fosse um homem hetero e achei bem real isso msm kkkk enquanto a aurora achei ela muito meiguinha. ate consegui entrar na historia e imaginar os cenarios e etc mas sei la meio que nao me interessei por nada
Aviso inicial: A seguinte resenha foi feita com base no ebook que ficou disponível na Loja Kindle há alguns meses. Atualmente, o livro não está disponível, pois a autora irá publicá-lo pela Galera Record no próximo ano. Então, se você se interessar pelo livro, infelizmente não vai dar pra ler agora, mas é possível acompanhar o site e as redes sociais da autora para saber mais sobre o lançamento futuro.
"Luzes do Norte" é uma mistura de fantasia, romance e mistério. Por mais estranho que pareça, foi esse aspecto que considerei mais interessante no livro, mas, ao mesmo tempo, foi o que menos gostei. Isso porque, embora eu acredite que misturar esses gêneros seja uma ideia interessante, na minha opinião, a execução deixou um pouco a desejar; principalmente no que faz referência aos elementos de fantasia e mistério.
Digo isso pois a proporção em que esses elementos foram misturados criou algo que, para mim, foi muito mais um "mistério ambientado em um mundo fantástico" do que uma "fantasia que possui um mistério como um dos principais elementos do enredo". Isso, em si, não é exatamente um problema, e acredito que a autora pode desenvolver esse sub-gênero e criar obras bem legais. Mas o problema é que, em "Luzes do Norte" tanto o mistério quanto o mundo fantástico no qual ele foi ambientado não foram bem desenvolvidos.
Com relação ao mundo fantástico, o que se pode dizer é que praticamente não há worldbuilding no livro. Eu gostei muito da forma que a autora nomeou os lugares, personagens e outros aspectos do mundo (isso é só um detalhe, mas adorei o fato de que as nomenclaturas parecem ter sido criadas com a intenção de serem escritas em português), mas não há muito desenvolvimento sobre esses aspectos. Entendo que "Luzes do Norte" não é um livro longo e é o primeiro livro de uma coleção, então é possível que esse problema com relação ao worldbuilding seja resolvido, mas, ainda assim, foi um problema que me incomodou neste volume.
Acho que eu compreenderia o pouco desenvolvimento da parte de "fantasia" do livro se o mistério fosse satisfatório; entretanto, não foi isso que aconteceu. Ao escrever um mistério, o que os autores fazem geralmente é colocar vários elementos na narrativa, sendo que alguns deles são pistas para resolver o caso e outros tem o objetivo de despistar o leitor. Os elementos que realmente são pistas não são aqueles que mais chamam atenção no enredo, pois são "escondidos" por aqueles que tentam despistar o leitor. E o que acontece em "Luzes do Norte" é que 1) por não haver tantos personagens ou eventos no enredo da narrativa, não há elementos suficientes para confundir o leitor; 2) dos elementos que são colocados na narrativa, é bem fácil perceber quais são pistas e quais não são.
Dito de uma forma mais simples: descobrir quem é a pessoa culpada e suas motivações é muito fácil. A única coisa que não é tão fácil de descobrir é a forma específica que essa pessoa fez certas coisas, mas dá para ter uma ideia geral desde o início.
Por outro lado, posso dizer que houve partes da escrita que gostei bastante e me diverti com os personagens. O romance é fofo e adorei algumas cenas entre as protagonistas, apesar de eu não ter gostado de outros aspectos de seu desenvolvimento… Aliás, se o que mais te atrai nesse livro é o fato de ser um romance sáfico, a leitura pode ser feita sem medo. Entretanto, se o que você mais busca é uma fantasia, não acredito que esta seria a melhor leitura.
deus do céu... não sei o que dizer. vi muitas pessoas falando desse livro no twitter e criei inúmeras expectativas. a demi parece ter sido baseada num estereótipo de um homem heterossexual (ela fala sobre como vai para a cama com muitas pessoas e como nunca se apaixona por ninguém) e o mistério é muito fraco. acho que, como "vermelho, branco e sangue azul", as pessoas gostam desse livro não porque é uma história incrível, mas sim porque tem um casal lgbt como protagonista.
Eu queria TANTO gostar desse livro. Uma amiga o sugeriu e eu fiquei empolgadíssima com todo o conceito, especialmente o casal e o fato de se tratar de um livro nacional lésbico.
Primeiramente eu quero parabenizar a escritora pela coragem em desbravar o mercado, trazendo fantasia, temas de gênero e um conceito muito legal. Inclusive o trabalho da capa está magnífico, um sonho para qualquer autor.
Minhas maiores críticas se dão pela execução, mas eu gostaria de reiterar que tenho um apreço enorme pela autora e espero que ela continue escrevendo e melhorando, por que eu sei o quanto esse mercado é difícil e o quanto esse ofício é mais desafiador do que as pessoas imaginam.
Os pontos principais que me deixaram empolgada foram: mulher protagonista, casal lésbico, interesse amoroso feminino, URSOS, neve e inverno. Logo, minha sede pelo que viria estava grande.
1. O primeiro choque foi a protagonista em si. Dimitria tem um temperamento que é muito complicado, isso não é um problema isoladamente, porém quando se tratando de uma parceira romântica é preciso ser destacado. Ela vai de um extremo a outro, faz muita "pirraça" e é desnecessariamente rude com Aurora a ponto de ser tóxica e imatura. Foi muito difícil comprar como Aurora podia continuar gostando dela e correndo de volta pra ela, mesmo depois de ser destratada diversas vezes.
As atitudes provaram que Aurora não só era muito mais madura e emocionalmente desenvolvida que a protagonista, como também muito mais empática e educada. Dimitria definitivamente não a merecia.
2. A prosa se demorava ou era repetitiva em alguns aspectos.
O tempo inteiro seguimos apenas Dimitria, só conhecemos os pensamentos dela, e como disse no ponto anterior, Demi é... Complicada. Não de uma forma divertida. Havia momentos de divagações que eu só queria que terminassem por que não surtiam efeito nem faziam muita diferença no contexto, e quando era um pensamento repetido, que já vimos a protagonista ter e chegar a mesma conclusão que anteriormente, ficava tedioso.
Diversas vezes me peguei resmungando por que não aguentava mais ouvir o lado da Demi. Eu estava cansada e irritada com ela, eu precisava de diversidade, de aprofundamento, e a protagonista não me entregava nada disso.
3. Demora para o conflito principal começar. Eu lembro de já estar bem além da página cem quando o conflito principal finalmente teve seu primeiro grande acontecimento. Foi um choque, por que naquele ponto eu esperava outro tipo de história e de repente tínhamos uma espécie de monstro assassino de crianças.
Achei a escolha das vítimas apelativa. Era como se fosse extremamente necessário que o leitor ficasse simpatizado, então escolher o tipo de pessoa mais vulnerável era algo estratégico, mas eu só ficava me perguntando "por quê"? Não me causou uma simpatia maior, só me deixou desconfortável com a escolha da autora. Até por que o enredo não nos dá tempo nem material para nos apegarmos à nenhuma criança -- Nem mesmo à Astra que tem duas aparições super rápidas, que mais servem de instrumentos pra narrativa do que como personagem significante para quem lê.
Então isso parece ter vindo do nada.
4. Ao longo do livro aprendemos sobre a perda de várias pessoas na família de Dimitria e no fim parecia que a quantidade de mortes incluídas era muito artificial, algo apenas pra justificar a ligação emocional da protagonista com os acontecimentos. A princípio o foco foi o pai, e a perda dele. Consegui comprar essa história melhor do que todas as outras. Era bem baseada, fazia sentido e poderia ter continuado assim, mas de repente a protagonista também tinha uma irmã morta de forma similar às crianças vítimas do novo monstro e uma mãe falecida.
Não era preciso que Dimitria tivesse uma irmã aleatória (que demorou muito pra ser citada e de repente era relevante) para que ela tivesse simpatia ou sentimento de emergência em ajudar as novas vítimas. Simpatia humana básica já era suficiente. Qualquer um com o mínimo de compasso moral se sentiria horrorizado e disposto a fazer algo diante daquela stuação.
Achei a jogada de criar uma irmã pra ela muito fraca e apelativa também.
5. Ninguém parecia ter real poder ou autoridade, logo muito do conflito se perdia. A forma que Dimitria falva ou brigava com figuras que em teoria eram superior e poderosas era desconfortável. Por que tornava inverossímil que tais pessoas tivessem qualquer autoridade visto que uma mulher à margem da sociedade tinha liberdade para se dirigir a eles de qualquer forma, na hora que quisesse.
Personagens rebeldes e que não aceitam autoridades só funcionam se o leitor for convencido que tal poder existe e é ameaçador.
No livro, eu não consegui levar nenhuma ameaça de autoridade à sério simplesmente por que a própria história zombava da hierarquia que ela queria criar. Não existia hierarquia muito além da teórica e isso inclusive tornava a rebeldia de Dimitria muito infantil.
6. O final não correspondeu às promessas. Tudo aconteceu muito depressa no fim das contas e foi anticlimático. O vilão secreto foi uma escolha infeliz, talvez pela forma que a história foi construída tive essa impressão. Inclusive, a vitória foi pouco merecida.
Extra - Em se tratando de detalhes menores, algumas coisas me deixava com vontade de gritar com o livro. Por exemplo o fato de Aurora ter levado uma facada no tornozelo (ou, caso eu esteja lembrando mal, em algum ponto da perna) e depois de transformada em humana de novo ser capaz de andar e carregar a irmã e Dimitria como se estivesse bem.
ALém do mais, alguns diálogos eram muito confusos. Era difícil saber quem estava falando pela forma que era descrito. E no início do livro notei erros de edição muito fáceis de notar que no caso eu culpo a editora por ter deixado passar.
Quando terminei "Luzes do Norte" senti uma tristeza estranha. Da metade do livro até o final, o que me forçou a terminar foi a esperança da escrita melhorar (e de ter mais Aurora, minha princesinha, dona do meu coração), mas foi em vão. Sabendo da importância de ter uma obra nacional queer eu precisei de um tempo para aceitar que o resultado não foi satisfatório. Haviam problemas estruturais que betas, revisores e a própria autora deveriam ter corrigido.
Não serei capaz de ler a continuação. Ainda mais pela probabilidade de ser mais centenas de páginas focada em Dimitria. A protagonista me deixou exausta no fim das contas e nem mesmo as aparições de Aurora eram suficientes para temperar a experiência para mim.
PS: Inclusive achei o preço do livro físico caríssimo para o nível técnico de escrita.
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Vou começar pelos aspectos positivos: a escrita é fluída e simples, jovial e, apesar dessas características, não mantém uma coloquialidade excessiva, ainda assim mantendo um interesse do público alvo, que é juvenil. O livro é fácil de se ler, mesmo tendo mais de 300 páginas - que são o suficiente para o desenvolvimento - é bem rápido. O plot twist é interessante, não posso dizer que não esperava o que aconteceu, mas, por estar quase no final do livro, achei que ia ser desenvolvido de forma corrida, porém estava errada. Entretanto, a autora pecou em algumas características e isso me incomodou demais, sendo elas:
1. A representatividade: foi confirmado pela autora que Dimitria é uma personagem inspirada nos povos Inuítes, mas isso não é mostrado em hora NENHUMA na trama. Não é desenvolvido, ela não é lida como uma personagem originária, a pele dela é descrita apenas como negra, e é dito que ela tem o cabelo raspado nas laterais. Isso é o MÁXIMO de descrição que temos acerca da aparência de Demi e de Igor. Aurora, por sua vez, tem parágrafos e parágrafos reforçando o quanto sua pele é branca, repleta de sardas, o quanto seus olhos são verdes, o quanto seu cabelo é loiro e ondulado e etc. Entendo que, apesar de ser uma narrativa em terceira pessoa, a visão de mundo é de Dimitria, mas a autora descreve muito mais vezes a aparência de personagens brancos, fossem esses Tristão, Astra, Aurora ou Jocasta. Os Coromadel foram deixados de lado nesse quesito mesmo que fizessem parte do protagonismo e antagonismo, e faltou BASTANTE tato da autora acerca dessa questão, já que eles (e um médico que aparece em menos de duas páginas) eram os únicos não brancos na narrativa inteira. As pessoas que têm contato com o livro, mas não com as redes sociais, jamais imaginarão que a protagonista e o irmão são indígenas. Os imaginarão como pessoas negras. Ademais, Giulianna confirmou que Aurora é uma personagem gorda (também é a única gorda na trama) e isso não é descrito em momento nenhum. Ela é dita como uma pessoa com curvas, e nada além, o que também abre margens para interpretações dúbias. Esse é, sem dúvidas, o ponto mais fraco na história e o motivo pelo qual diminuí as duas estrelas.
2. Subtramas mal desenvolvidas: a maioria das subtramas foi apenas pilar para o desenvolvimento dos personagens principais. A ameaça velada de Tristão à Jocasta não teve motivaç��o explicitada, foi apenas um bilhete jogado ao vento. Igor ter pegado o bilhete também não teve motivos aparentes. Além disso, na página 125, após o primeiro ataque do monstro, é dito que a garotinha tinha tufos de pelos brancos na mão e que continha mordidas de bicho em sua pele, o que nunca foi confirmado se havia sido feito por Aurora ou não, mesmo após descobrirem que quem matava as crianças era Igor. Essa falta de confirmação me faz pensar que foi um furo de roteiro colocado apenas para que as suspeitas fossem todas para Aurora de maneira forçada. Além disso, sinto que o ambiente não foi muito bem desenvolvido, me faltou um pouco de imersão, tive pouca empatia pela cidade e seus moradores.
3. Estereótipos: a protagonista é descrita e confirmada como bissexual, e carrega alguns estereótipos chatos acerca disso - é descrita como mulherenga, vulgar e com pouca responsabilidade emocional; enquanto a princesa delicada e devota, símbolo de feminilidade, é lésbica. Sinto que essa parte da sexualidade de Dimitria, além de ter sido mal desenvolvida, sustentou estereótipos negativos sobre bissexualidade. Não que personagens bissexuais não possam ter falhas de caráter - longe disso, mas, quando a descrição fica mais em "palavras" do que "atitudes", pode acabar caindo no ostracismo. Ademais, caímos no clichê de personagem vulnerável branca e personagem ríspida não branca, onde Dimitria é rude com Aurora sem motivos incontáveis vezes - fazendo com que, mesmo sem ser uma personagem negra, carregue o estereótipo de angry black woman.
4. A cena final, entre os Brandenburgo, van Vintermer e Dimitria não fez sentido. Não consigo imaginar nenhum cenário onde, após uma perda traumática de seu irmão, a protagonista fosse fazer parte de um diálogo como aquele. Foi uma maneira bem rasa de se concluir a história.
Em conclusão, se eu recomendaria? Sim, mas com essas ressalvas e alertando o possível leitor que essa é uma leitura rápida, apenas para entretenimento, e que não carrega nenhum tipo de representatividade além do romance sáfico. Definitivamente não é um livro que se propõe a representar pessoas não brancas e carregar algum tipo de bandeira, por mais que seja divulgado dessa forma. Entretanto, gostei de ler e foi divertido em certo ponto.
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Ainda estou tentando entender o que alguém viu de interessante nessa história. Cheia de frases de efeitos, uns acontecimentos que honestamente me indicam uma falta absurda de pesquisa (só pra citar meu favorito: a personagem vivia acordando "antes do sol nascer" porque não tinha dormido direito, mas num país com aurora boreal durante o inverno o sol nasce bem, bem tarde, então acordar antes dele nascer não é exatamente uma questão....), umas construções gerais duvidosas..... enfim, eu realmente gostaria de entender o hype com esse livro, pois particularmente ele entrou na lista de piores do ano.
PS> quer ler fantasia nacional de boa qualidade? NÃO COMECE por esse. Não se apegue ao selinho Galera Record para achar que é bom.
Se ainda dou essas estrelas é por conta do Igor, pobrezinho injustiçado. Esse livro é um grande desperdício, nomes horríveis, personagens desprezíveis, analogias péssimas... Também poderia ter uma revisão melhor, pois há inúmeros erros ao longo do livro.
Eu A M E I essa história, de verdade. Foi muito gostoso ler esse livro pq a escrita é super leve e divertida. Infelizmente, eu tava numa ressaca literária desde o Natal do ano passado, então eu demorei um pouco mais pra ler (tô fazendo drama pq foi só 6 dias) e eu acho que isso prejudicou um pouco minha experiência. Esse é o tipo de livro que tem que ser lido com desespero, se pendurando em cada palavra de tão bom!! O suspense pro plot foi impecável e eu acho que não consegui aproveitar completamente pq ficava parando o tempo todo. Mas enfim, quando eu sair desse limbo eu vou reler!! Só pra poder voltar pra esse mundinho mágico incrível ❤
Sobre o livro em si: Eu fiquei completamente encantada pelo amor das duas e como foi tão verdadeiro. Não foi que nem aqueles livros que a gente tá acostumada, que é seeempre a mesma coisa — um personagem LGBTQ+ luta contra a homofobia enquanto se apaixona e todo o romance é perfeito o tempo todo. Foi TÃO melhor!!! Pq a sociedade de Nurensalem aceitava deboas duas mulheres juntas e isso não foi empecilho. E o romance delas cresceu aos poucos, com várias brigas e desentendimentos, e na maior parte do tempo a Demi ficava surtando e negando pra si mesma o que sentia. Foi uma realidade muito gostosa de embarcar, sabe? Uma história na qual eu consigo me ver, mas ao mesmo tempo não tem as coisas ruins e assustadoras do mundo real. E MEU DEUS A DIMITRIA CONSEGUE SER PIOR QUE EU EM COMUNICAÇÃO!!! Jesus amado, tudo teria sido mais fácil se essa mulher soubesse controlar as explosões dela. Mas, se ela tivesse de fato se controlado, não teria tido tanta graça kkkkkk O que eu fiquei encucada é que o Igor e a Demi tinham qualidades e defeitos que eram nítidos, mas a Aurora pareceu não ter defeitos. Não sei se é pq EU não enxerguei os defeitos, mas pra mim pareceu que ela só era uma menina que não tinha liberdade e, mesmo assim, conseguiu continuar gentil, boa e justa o tempo todo. Muita gente não seria assim. Eu queria ter visto um lado mais não-tão-perfeita da Aurora. No Twitter, alguém falou que ia ter um LOBISOMEM e a burra aqui ficou esperando o lobisomem aparecer kkkkkkk Com isso como agravante da minha burrice, foi MUITO difícil chutar qual seria o final, qual seria o plot, quem era o urso e tals. Isso me deixou muuuuuito feliz pq foi um suspense que realmente me enganou e me conduziu pro choque. E eu juro, por mais que eu desconfiasse que o Igor não prestava desde o começo do livro, eu ACREDITEI que não era ele na caverna quando a Demi disse que não reconhecia a voz dele. Eu fui completamente enganada até o último segundo!!!!! E nada me deu mais prazer que isso. Uma coisa que me incomodou foi o jeito que ele morreu. Tipo, eu super entendo e eu sabia que ele ia morrer, mas se matando? Eu acho que esperei uma postura da Demi que ela jamais tomaria. Ou tomaria? Eu não sei. Ela é muito corajosa e forte, mas era o irmãozinho dela. Será que se ela tivesse matado ele, ela ficaria destruída?? Será que ela seria capaz de matar ele? Não sei, mas queria que isso tivesse sido mais detalhado. Ele simplesmente se matou do nada!! Quando eu li, parece que foi um gelo pra toda a adrenalina que eu tava sentindo. Eeeeeee, por último, eu gostaria de pontuar que esse final e esse epílogo tem uma carinha linda de livro não-único..... Eu amaria muito se a história das duas tivesse uma continuidade. Quero saber mais sobre a Astra, sobre as aventuras da Demi no bar, sobre a Denáli, sobre as caças da Demi, sobre a magia desse mundo etc.
Sobre a escrita: Eu quero muito falar sobre isso. Essa mulher é fenomenal. Separei algumas partes do livro que me arrepiaram até os pés: "Não se pode confiar em tudo que parece sólido, especialmente no inverno — quando qualquer gota pode se disfarçar de floco de neve"
MEU, OLHA ESSA FRASE!!!!! Parece poesia. É poesia. Essa é bem do comecinho do livro e me deixou completamente extasiada. COMO alguém escreve algo tão bonito assim, sobre uma sensação tão cotidiana?
Outra: "..., Dimitria sentiu a familiar faísca que existia entre elas. Suave, mas indelével."
INDELÉVEL. EU AMO ESSA PALAVRA. Ela foi usada duas vezes no livro e nas duas eu fiquei assim 🥰🥰🥰🥰🥰
E na hora que a Demi viu a aurora boreal pela primeira vez no livro, tava escrito "Eram as luzes do norte." e eu me tremi todinhaaa. Sério, esse livro foi muito especial.
A escrita fez a história fluir muito, e foi muito confortante de ler. As piadas eram muito boas e eu me cagueeei de rir com a Demi falando sobre montar bem "É isso que elas costumam dizer." SÉRIO KKKKKK Dimitria do céu
Além disso, uma coisa que eu reparei que foi bem aleatória: eu gosto muito de escritoras que colocam apelidos que não são óbvios pros personagens. Por exemplo, a Dimitria era pra ser Dimi, mas ficou Demi. Igor era Gui. Não sei pq, mas gostei muito disso.
E acho que já falei demais, então vou dar um Até logo pra essa história, por enquanto. Eu amei, só não gostei muito de como a trajetória do Igor acabou tão subitamente, então dei 4 estrelas. Espero que tenha continuação!!!!!
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Achei uma fantasia bem levinha e previsível. Não tinha nada de novo no enredo, mas é um livro bem escrito e o romance é fofo. Acho que tem alguma influência de Cachinhos Dourados na história, mas não vi nada sobre.
Nada mais triste do que uma previsão 5 estrelas que não se concretiza.
Esse livro foi lançado de forma independente antes de ser lançado pela Galera Record. Eu não tive acesso à versão indie, mas, assim, a GR não podia ter feito uma revisão, um fact checking, uma pequena correção nos erros antes de publicar?
Eu odeio ser o tipo de pessoa que percebe erros nos detalhes, mas as personagens se contradizem o TEMPO TODO, então é impossível passar batido.
As personagens principais não têm personalidade alguma. A Demi é rude e só fala o tempo todo em quantas pessoas já levou pra cama (o que eu achei de PÉSSIMO gosto pra ela ser uma das únicas personagens não brancas) e a Aurora é loira e bonita. SÓ.
O Igor é patético e a motivação dele é fraquíssima.
O desenvolvimento do relacionamento amoroso foi nulo, os vilões são super caricatos e o mistério foi muito mal construído.
Não lerei o segundo livro porque, além de me parecer desnecessário, não poderia me importar menos com essas duas. É isso.
apaixonada por esse livro e pela Dimitria, que personagem ícone demais <3 adorei a delicadeza com que a Giu tratou temáticas de perda, saúde mental, autoestima e questões de classe, em meio a um ship e uma tragédia.
A coisa mais louca foi terminar esse livro e ir direto para o lançamento da continuação, tipo: "Terminou? Agora vai lá conhecer a autora e comentar o quão chocado você ficou com o final!"
Eu gosto de analisar livros por dois lados, um mais impessoal e o outro, pessoal. Ou seja, a qualidade da obra e o meu apego a ela. Acho que esse aqui me conquistou pelos dois. "Luzes do Norte" é uma história bastante completa, contada num estilo de escrita fluído e embelezada pela criatividade da autora. Não é difícil perceber, logo nos primeiros parágrafos, que Giu teve muita dedicação e amor envolvidos na criação e revisão do livro.
Tem de tudo aqui: amor (sáfico!), intriga, brigas, traições e fofoca, muita fofoca. E eu adoro fofoca. Fantasia é um gênero muito gostoso e, ao meu ver, pessoal: o mundo que você vê é inteiramente criação de quem o colocou em palavras. O mundo criado por Giu é misterioso e belo, assim como suas personagens e histórias. As personagens são particularmente bem construídas e críveis, sendo ámaveis e detestáveis, dependendo se estamos falando de ou . É muito fácil mergulhar no mundo de Nuremsalém, porque ele é bem feito. Senti que a história poderia ter mais explicações sobre a magia e detalhar um pouco mais os cenários, mas talvez seja só eu.
Outro ponto de destaque é a qualidade física do livro: ele é muito bonito, com uma capa que não só é linda aos olhos, mas que também reflete bem a história. Fazia tempo que eu não via um livro com uma diagramação tão bonita e bem feita, até a pequena ilustração de urso no início dos capítulos deu um charme. E a capa brilha no escuro! (Eu levei um susto quando apaguei a luz e vi um negócio verde brilhando na minha mesa)
Fora a qualidade, que é inegávelmente boa, eu criei um apego especial por essa história. Isso porque foi uma leitura que eu fiz num período difícil da minha vida. Ainda nem tinha o dinheiro para poder comprar o livro, quando do nada ganhei um sorteio feito pela própria autora. Ele chegou na hora certa. Num período de solidão e muita ansiedade, foi uma história que me trouxe conforto e leveza. Navegar pelo mundo dessas páginas me tirou um pouco do sofrimento que eu me impunha a todo momento, e eu agradeço por isso. Além da narrativa do livro, pude conhecer uma autora nacional e apreciar o modo como ela está sendo prestigiada. Uma autora de livros de fantasia LGBTQ+ sendo reconhecida e tendo sucesso no Brasil!!! Isso é uma inspiração forte para mim e muitos, e espero que ela continue tendo muito sucesso daqui para frente. <3
E o melhor de tudo é que eu ainda tenho a continuação para ler!
tava super animada pra ler esse desde o lançamento!!! logo de primeira fiquei super imersa na história, nos personagens e no mistério que vai se construindo aos poucos. achei que tudo isso fluiu de uma maneira bem legal de forma que não pareceu acelerado demais nem atrasado, mas sim num ritmo bem interessante que me deixou bem presa no livro. eu não fazia IDEIA do que ia rolar e de quais passos os personagens iam tomar e fui surpreendida a cada parágrafo !!
também me apaixonei demais pelos personagens também e acho que nem tinha como se apaixonar. a dimitria é simplesmente Muito charmosa e me conquistou logo nas primeiras páginas. tinha visto queixas sobre ela ser só um esteriótipo de protagonista masculino, mas acho que essa interpretação é simplesmente muito errônea. dimitira é charmosa, galanteadora, muito corajosa e segura de si — segura também do efeito que tem nos outros. em momento algum do livro senti que isso era algo ruim ou negativo pro seu personagem. muito pelo contrário, faz com que os momentos em que ela se deixa levar pelos seus sentimentos e impulsos sejam muito mais marcantes. além disso, é simplesmente uma delícia ler essa dinâmica (que eu cresci lendo) num livro sáfico escrito por uma autora sáfica. a delicadeza é assim sem comparação !!!! quem que não ama a galanteadora que não se atinge por nada ficando pianinho por mulher bonita pelo amor de deus !!!
me estendi muito na dimitria porque eu simplesmente AMEI ela mas também teve espaço pros outros personagens! a aurora é simplesmente maravilhosa e eu vibrava toda vez que ela entrava em cena (principalmente pra botar as pessoas nos lugares dela). foi muito bonito de acompanhar o desenvolvimento dela durante a leitura e eu terminei o livro ainda mais apaixonada por ela do que quando comecei.
AGORA sobre o romance sou muito suspeita pra falar porque me tremi TODA lendo. desde o comecinho simplesmente surtei com a química que as duas tinham e toda vez que elas estavam juntas na mesma cena ou que a dimitria pensava no nome da aurora eu entrava em combustão !!! foi tudo que eu imaginava que seria e acho que a única coisa que eu mudaria nesse livro seria o tamanho dele pra eu poder ter MAIS páginas com as duas de tão doida da cabeça que eu fiquei. simplesmente !!!
foi uma leitura perfeita e eu amei cada segundo!! a magia flui, a construção de mundo flui, de modo que me senti bem imersa e pude mergulhar bem no universo do livro. doida pro segundo volume já!!!!!
*Leitura de cópia antecipada da versão final do livro* Bom, vamos começar com o fato que fantasias sáficas já me fazem gostar do livro mesmo antes de o ler. Esse livro, como esperado, se manteve à altura. Dimitria é uma personagem forte, isso é inquestionável, mas não poderia dizer algo diferente de Aurora. Enquanto Dimitria mostra a sua força desde o primeiro momento, com Aurora vamos aprendendo ao longo do livro e quebrando a ideia que inevitavelmente criamos dela ao saber o básico sobre a mesma. É impossível não gostar das duas logo de cara, mas conforme a leitura avança vamos nos conectando com suas histórias e aprendendo mais sobre as duas. Não podemos esquecer dos personagens secundários, que atuam no desenvolvimento do livro sem tirar o protagonismo do casal. Com reviravoltas impressionantes e uma escrita que cativa, é difícil largar o livro e, quando você percebe, está sorrindo e ficando tensa com o rumo que o livro vai tomando. O clímax é muito bem desenvolvido e elaborado, mas é o final dele que nos deixa desnorteades. Novamente a autora nos surpreende e finaliza o livro de uma maneira inesperada, o que torna a experiência da leitura ainda mais especial e excepcional. Por fim, foi uma leitura cativante, envolvente e que acertou nos mínimos detalhes, tornando-se um livro digno da expectativa que muites estão colocando no mesmo. Meus agradecimentos à autora, por me fornecer uma cópia antecipada da obra e me proporcionar todas essas emoções e sentimentos bons que Luzes do Norte me causou. Com certeza é um dos meus livros favoritos, e eu não hesitaria em comprar uma cópia física no futuro, caso seja o destino dele (e eu acredito que será).
Luzes do Norte é um livro que te prende e facilmente encantadora. A única parte difícil foi ler o primeiro capítulo disponível durante a pré-venda e ter que esperar hoje para ler o resto, é bom nesse nível! Desde o primeiro parágrafo que li, não desgrudei do livro. Tem algo no jeito que a história é contada que me encantou. Apesar do livro se passar em uma terra fantasiosa os personagens, seus medos, suas fragilidades e suas paixões são extremamente reais e humanas, o que cria uma conexão imediata entre eu, a leitora, e essas mulheres. Luzes do Norte é um livro completo, e desafio qualquer pessoa que pegar para ler conseguir não devorar essa linda história.
Leitura fluida e deliciosa. Terminei o livro em poucos dias, e fiquei com um gosto de querer saber mais sobre a vida das personagens que tanto amei conhecer! O livro foi escrito por uma mulher, e conta com duas mulheres como protagonistas, o que por si só já é incrível. E além disso, ambas protagonistas são muito diferentes entre si, com personalidades complexas e cada uma com suas próprias tramas. O livro é uma mistura de fantasia, romance e suspense, envolvendo o leitor a cada página com essa mistura de sensações e sentimentos.
Amei a história! Achei Dimitria encantora, apesar de saber que ela pensaria o contrário. E Aurora <3 (especialmente apegada à Aurora porque esse é o nome da minha doguinha). E, apesar de ter desconfianças de quem poderia estar por trás de tudo, em nenhum momento eu tive a certeza - e em nenhum momento a história entrega tudo logo de cara. E isso é tão bom! É um livro cativante! (Ansiosa para ler mais história da Giu)
Eu amo histórias de fantasia. Luzes do Norte é um livro muito promissor. Tem personagens interessantes, mas cuja história pessoal não é explorada de verdade. Em vez de sentirmos o que elas sentem, é nos dito que elas estão sentindo. E há uma repetição tão grande de vocabulário que cansa. Apesar disso, a história é promissora. Com uma reedição, quem sabe. Valeu a pena.
É, com certeza, um livro muito bom: gostei do modo como Dimitria e Aurora serem sáficas é importante no livro, mas não o foco da narrativa. Também achei realista a forma com a qual Domingues retrata os sentimentos de Dimitria, não como uma pessoa burra ou lenta por não notar os sentimentos entre ela e Aurora; fica claro que, no fundo, ela sabe exatamente o que está acontecendo, mas ainda não está pronta para aceitar aquele sentimento, aquele carinho, devido aos traumas pelos quais sobreviveu (e, claro, por toda a questão da paixão de Igor). Além disso, o enredo da história é excelente: eu notei dicas do que estava acontecendo desde antes da metade do livro, mas além de não ser óbvio, o livro lidou bem com a falta de certeza do leitor; mesmo que você soubesse ou desconfiasse, não ficava chato. Eu também gostei muito da conclusão da história, que é algo no qual muitos autores pecam, mas em "Luzes do Norte", foi tão satisfatório quanto realista.
Eu fui com muitas expectativas ler esse livro já que em sua maioria li coisas boas sobre ele, mas confesso que me decepcionei um pouco. O enredo tem alguns clichês, mas nada que não dê de ignorar ou se gostar ta tudo bem. O romance até que foi fofo em algumas partes mas me pareceu forçado, na real vários personagens me pareceram forçados.
Enrolei demais pra ler pois simplesmente não consegui me conectar com nada da história, o plot foi interessante, só achei que poderia ter sido melhor executado, ali pelas tantas eu já imaginava o que iria acontecer no final e acertei.
Não foi ruim, só não era o que eu esperava na minha cabeça. Achei que a parte mágica seria mais explorada e focou em outras coisas. Ou talvez eu tenha lido num momento ruim.
Ainda quero ler a sequência e o novo livro da autora.
Apesar de não ter sido 5 estrelas eu preciso dizer que AMEI MUUUUITO esse livro. A escrita é fluida, te prende logo, as personagens te conquistam de cara e o romance é tudo que eu AMO.
Pra quem gosta muito de wordbuilding não vá com sede ao pote pq o foco é o romance, então a magia e as coisas desse universo estão ali mas não são detalhadas. Eu particularmente gosto muito disso em livros de romance com fantasia, mas nem todo mundo gosta.
Pra mim o livro só não ganhou 5 estrelas pq no final as coisas ficam um pouco corridas e o plot twist final e sua resolução foram um pouco meh na minha opinião. Mas tudo perdoável pq temos uma princesa lésbica e uma caçadora gostosa bi se beijando. 💕