Uma reflexão brilhante sobre a situação mundial atual. O Ocidente começa a ficar em desvantagem politica e económica em relação a países como a China e Índia, que serão as maiores potências económicas do Mundo a breve prazo. Se os países do Ocidente não mudarem a sua estratégia em relação às potencias asiáticas perderão o seu lugar de importância ocupado até ao presente.
Geralmente não sou muito apegado a discussões sobre política. Fico-me pelas opiniões pessoais e por reflexões mais interiores acerca dos meus direitos cívicos. Não é que não goste de política, que não tenha interesse, é exatamente o contrário, sinto-me angústiado e agoniado, revoltado internamente, e por isso evito falar sobre este tema, e quando falo, sou mais expressivo que o normal, em manifestações ou opiniões mais bem argumentadas ou formuladas. Identifiquei-me com esta leitura, senti-me ouvido. As minhas opiniões e reflexões, a minha revolta explicada em menos de 150 páginas, com propostas interessantes e com o seu devido valor. Foi dos primeiros livros específicos sobre política que li, e certamente não será o último. Trouxe-me também novas perspetivas e novas visões sobre a atualidade, problemas e soluções geopolíticas geoestratégicas de um ponto de vista nacional como internacional. É um livro de fácil leitura, muito acessível, com uma escrita muito sumária, sem termos complexos, e consegue manter as complexas análises de certos tópicos bastante simples de entender. No entanto, do ponto de vista mais interno sobre os conteúdos não posso deiar de apontar alguns defeitos estruturais. A linguagem simples como ponto positivo também leva a que seja muito repetitivo, ao ponto de se tornar redundante, exaustivo e desinteressante. Compreendo o facto de ser para efeitos explicativos ou conclusivos, mas não vejo a necessidade de explicar em todos os capítulos (incluíndo os subcapítulos) que tal escolha particular vai ter uma tal consequência global, porque essa ideia já foi apresentada como premissa, sente-se um "overexplaining" pela obra, e por essas razões a própria obra poderia ser mais sumária, ou no mínimo mais encadeada com as várias enumerações que acontecem. Para quem tiver interesses em politica geral, os primeiros capítulos oferecem uma análise multifatorial sobre o estado da sociedade global, de diversos pontos de vista e opiniões, e quem for interessado em política internacional ou direito internacional, ou até geografia política acho uma ótima escolha os últimos capítulos, com explicações de possíveis soluções para as mudanças a ocorrer na sociedade global.
O autor, Português e Madeirense, assume-se como Ocidental, escreve em defesa da Civilização Ocidental, mas…
Mas a sua Mundivisāo não é Ocidental — Alemã, Inglesa, Francesa, Estadunidense — é Lusa, é Portuguesa, o que o leva a produzir uma análise que nenhum Ocidental — Alemão, Inglês, Francês, Estadunidense — produziria e a fazer propostas que nenhum Ocidental — Alemão, Inglês, Francês, Estadunidense — faria, nem aceitará.