Jump to ratings and reviews
Rate this book

Mayombe

Rate this book
Pepetela's novel is a fascinating study of the tensions produced by racism, tribalism, and sexual morals.

215 pages, Paperback

First published January 1, 1980

97 people are currently reading
2046 people want to read

About the author

Pepetela

44 books231 followers
Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos is a major Angolan writer of fiction. He writes under the name Pepetela.

A white Angolan, Pepetela fought as a member of the MPLA in the long guerrilla war for Angola's independence. Much of his writing deals with Angola's political history in the 20th century. Mayombe, for example, is a novel that portrays the lives of a group of MPLA guerrillas who are involved in the anti-colonial struggle, Yaka follows the lives of members of a white settler family in the coastal town of Benguela, and A Geração da Utopia reveals the disillusionment of young Angolans during the post-independence period. Pepetela has also written about Angola's earlier history in A Gloriosa Família and Lueji, and has expanded into satire with his series of Jaime Bunda novels. His most recent works include Predadores, a scathing critique of Angola's ruling classes, O Quase Fim do Mundo, a post-apocalyptic allegory, and O Planalto e a Estepe, a look at Angola's history and connections with other former communist nations. Pepetela won the Camões Prize, the world's highest honour for Lusophone literature, in 1997. Pepetela is a Kimbundu word that means "eyelash," as does "pestana" in Portuguese. The author received this nickname during his time fighting with the MPLA.

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
1,078 (43%)
4 stars
956 (38%)
3 stars
379 (15%)
2 stars
76 (3%)
1 star
16 (<1%)
Displaying 1 - 30 of 136 reviews
Profile Image for Paula M..
119 reviews53 followers
August 22, 2017
Angola em plena guerra da independência.
A base do Comandante Sem Medo fica no Mayombe, região de densa floresta tropical. Luta-se, com o estômago quase sempre vazio, por um objetivo bem definido. No entanto, a estratégia é sempre muito vaga. Este pequeno grupo de guerrilheiros do MPLA encerra em si as fragilidades e contradições de Angola.
Pepetela não faz destes homens heróis revolucionários, pois eles debatem-se constantemente com questões ideológicas, religiosas, tribais e éticas. O autor aplica à ficção a dúvida sistemática. Lança também alertas inequívocos: a corrupção interna põe em causa o socialismo; o tribalismo dificulta a criação de uma unidade nacional; um povo sem escolaridade é facilmente enganado, não tem mão no seu futuro e ficará sempre dependente de outros. Mas um perigo ainda maior é insinuado- o de que a guerrilha transporta com ela o ovo da serpente do poder, que acabará por dominar o povo que ajudou a libertar.

Entretanto, neste universo de homens surgem Ondina e Leli e, com elas, o tema dos afetos , da sexualidade e da condição feminina. São ambas " donas e senhoras" do destino das suas relações, desafiando toda a moral de uma sociedade tradicionalista e cristã . São elas, e não as armas, que provocam os abalos mais profundos em Sem Medo e no seu amigo Comissário .São elas também que proporcionam a revelação dos recantos mais íntimos do homem que existe por debaixo do uniforme verde.

No final da história, constatei que, Sem Medo, o comandante intelectual que despreza o poder , dono de um humanismo profundo, é um personagem que qualquer leitor tuga gostaria de ter conhecido. Que ironia!

Sendo uma "obra-mais-que-perfeita", voltarei a ela.
Profile Image for Pedro Pacifico Book.ster.
391 reviews5,462 followers
May 25, 2022
Escritor angolano, vencedor de vários prêmios literários, Pepetela foi o escolhido para representar o seu país no Bookster pelo Mundo! Mayombe é um de seus livros mais importantes, tendo sido incluído por vários anos em listas de vestibulares aqui no Brasil.

Publicado em 1979, a obra narra a luta dos combatentes do MPLA pela libertação de seu país contra as tropas portuguesas. O cenário principal é Mayombe, uma floresta tropical em que soldados de diferentes tribos da Angola passam um longo período à espera de um conflito armado contra o inimigo comum. A floresta e a guerra são personagens importantíssimos da narrativa e estão presentes ao longo de toda a leitura.

Ao mesmo tempo, há diversos personagens humanos que compartilham a tarefa de narrar a história. São vozes de diferentes tribos angolanas e que mostram a diversidade cultural e social no país. É uma Angola que busca não só a libertação do colonizador, mas também uma identidade e união interna. O autor ainda consegue mostrar o lado humano daqueles que vivem a guerra na linha de frente. E os próprios apelidos dos personagens são capazes de revelar suas características.

Confesso que, inicialmente, a leitura não foi das mais fáceis. Tive dificuldade de identificar os personagens nas cenas iniciais e diálogos construídos pelo autor - e acho que os apelidos pouco comum dos combatentes possa ter contribuído para isso. Mas a partir da segunda parte do livro, consegui me envolver mais com a história e entender melhor a dinâmica de conflitos que preenchem a obra. Para finalizar, a live que fizemos no Clube do livro com uma especialista no tema foi essencial para enriquecer a experiência da leitura!

Um livro denso que reune de forma muito interessante os conflitos armados que marcaram a história da Angola com os aspectos humanos, mais profundos, que compunham a sociedade daquela época! Recomendo uma leitura sem pressa e com atenção aos detalhes e à escrita poética do autor.

Nota 8,5/10

Leia mais resenhas em https://instagram.com/book.ster
Profile Image for carpe librorum :).
757 reviews55 followers
Read
March 25, 2015
Teoria, Sem Medo, Lutamos, Ingratidão do Tuga, Milagre, Novo Mundo, Mata-Tudo, Tranquilo... andei com todos eles no meio do mato, calor e chuva, arranhões e picadas de insetos dos quais eu nem sei o nome. E fome. Andei, andei, andei até que me fartei. Há homens que nasceram para fazer a guerra e não sabem fazer mais nada. Eu não gosto de caminhar assim e fiquei ali um bocado perdida, acho que deve haver formas mais inteligentes de mudar as coisas.
Duvidei do retrato dos guerrilheiros, achei que o autor os pinta demasiado simpáticos e honestos, mas tendo ele feito parte do Movimento, não estava à espera que fosse isento.
A coisa tornou-se bastante mais interessante quando surgiu a mulher, mesmo as conversas políticas e ideológicas adquiriram outro sabor, mas o que gostei mais foi da visão sobre a afetividade, o amor e o sexo. Afinal também havia hippies em África. E lembrei-me daquele lema que eles têm e que eu subscrevo: em vez da guerra, façam amor. Seja no mato do Mayombe ou em qualquer outro lugar.
Profile Image for Ana.
746 reviews114 followers
January 30, 2020
Excelente, este foi o quarto livro de Pepetela que li e aquele de que mais gostei. Trata-se da vida dos guerrilheiros em luta pela independência de Angola, contada por quem a viveu, e isso nota-se.

O livro aborda temas polémicos como o colonialismo, o racismo e o tribalismo, mas o que mais sobressai acabam por ser os dilemas humanos e a forma como cada um lida com eles. O inesquecível Comandante Sem Medo personaliza, sem dúvida, a visão realista e desencantada daquilo que viria a ser o resultado da revolução, na convicção de que ela era, ainda assim, necessária e inevitável.

Do que menos gostei foi da excessiva teorização sobre as relações homem/mulher, que, na minha opinião, aparecem demasiadamente categorizadas e simplificadas, mas isto acaba por se tornar um pormenor.
Profile Image for Rita.
163 reviews
July 21, 2016
Mayombe é uma das obras mais famosas do escritor africano Pepetela, não sendo no entanto uma das minhas preferidas.

Mayombe nasceu da participação do autor na Guerra de Independência de Angolana, na altura em que o país tentava livrar-se dos portugueses, durante os anos de 1970 e 1971. A narrativa desenrola-se na floresta Mayombe, onde um conjunto de guerrilheiros, liderado pelo camarada Sem Medo, organiza um grupo militante do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola).

"A amoreira gigante à sua frente. O tronco destaca-se do sincretismo da mata, mas se eu percorrer com os olhos o tronco para cima, a folhagem dele mistura-se à folhagem geral e é de novo o sincretismo. Só o tronco se destaca, se individualiza. Tal é o Mayombe, os gigantes só o são em parte, ao nível do tronco, o resto confunde-se na massa. Tal o homem. As impressões visuais são menos nítidas e a mancha verde predominante faz esbater progressivamente a claridade do tronco da amoreira gigante. As manchas verdes são cada vez mais sobrepostas, mas, num sobressalto, o tronco da amoreira ainda se afirma, debatendo-se. Tal é a vida."

O grupo acampa no meio da mata, sem acesso a alimentos, armas e até mesmo sem uma estratégia definida. Conhecemos o medo desta gente, assistimos à corrupção dentro do grupo, o ambiente político vivido na altura, e percebemos que uma revolução está eminente.

Pepetela dá ao leitor o privilégio de conhecer um universo muito particular, pouco divulgado, e numa altura em que começam a ser evidentes problemas que infelizmente persistem nos dias de hoje. A obra aborda ainda tópicos em torno da libertação nacional, a luta pelo socialismo e até mesmo questões associadas ao tribalismo e racismo.

Tenho de confessar que todo este foco na guerra e na revolução, em que as personagens principais são os soldados não me agradou muito. Acho que a intenção do autor foi bem conseguida, somos levados para o mato e vivemos todas as sensações como se lá estivéssemos, há pessoas que gostam muito destas temáticas, mas eu não sou uma delas.

Tal como tem sido hábito, os nomes das personagens são muito peculiares e hilariantes, os meus preferidos são os camaradas Sem Medo e o Mata-Tudo. Um aspecto importante na construção da obra e das personagens é a figura feminina. Creio que apenas na segunda metade do livro, quando a acção se distancia do processo revolucionário, nos é dada a conhecer a personagem feminina. A mulher, de nome Ondina, é utilizada pelo autor para criticar o papel da mulher angolana na sociedade, revelando a verdade que todos conhecemos, a mulher não tem voz nem lugar na construção da história. Curiosamente, senti que a obra ficou mais interessante quando Ondina entra em cena (e não, isto não é o meu lado feminista a apoderar-se de mim).

"Raciocinamos em função da nossa sociedade, sociedade assimilada à cultura judaico-cristã europeia, em que o homem tem de ser ciumento, porque é o bode do rebanho e a mulher é a sua propriedade. No fundo, que acontece à propriedade que é arrendada a outro? ás vezes até fica renovada, rejuvenescida, com um empate de capital e de trabalho. Mas nós não compreendemos isso. A mulher é uma propriedade especial. Temos uma geração de atraso. Nós, os citadinos, somos pretos por fora."

Não tendo ficado encantada, consegui apaixonar-me um bocadinho por estas personagens guerrilheiras e por este mundo desconhecido. Crítico da sociedade angolana por excelência, Pepetela leva-nos a conhecer Mayombe e Angola através das palavras, como só ele seria capaz.

[São quase 4 estrelas]

Opinião no blog:
http://clarocomoaagua.blogs.sapo.pt/o...
Profile Image for Troy.
300 reviews189 followers
January 28, 2016

You are an Angolan guerrilla fighting for independence from the Portuguese.
You are in Mayombe, the Angolan jungle, in a hidden base, leading attacks, but often waiting, and often dealing with simmering tribal squabbles and petty politics.
You are several different freedom fighters, all known by codenames (Fearless, Struggle, New World, etc.). You get to see their POV, sort of like the confessional inserts in reality shows. It helps you realize how people justify their decisions and tries to explain how deep the tribal sympathies run, and how new the idea of an "Angolan People" or "the Proletariat" is.
You are a card carrying Communist. Literally. You go to Communist theory classes everyday, even in the jungle. Debates about the finer points of the Communist struggle are rife.
You engage in a few fights.
You try to win over the locals, despite them being largely from another tribe.
You try to deal with opportunistic or ideological superiors or comrades, who are causing strife, or wasting money or time.
You have romance problems, since you're in the field, and your loved one is in town. (Or, for some, dead.)
You have anger because someone you know was killed, or because of this constant unending exploitation.
You listen to the Yoda-like diatribes of Fearless, your leader, and the leader of the hidden jungle base. Fearless is definitely NOT a demagogue or an ideologue. He is rational and deeply pragmatic, yet also an idealist who believes in a New and Better Way. He's also unyielding to the demands of the coming world.

Ultimately Fearless, Our Leader, is too perfect. He is human, but his pronouncements and opinions are superwise, Yoda-wise. Ultimately, Fearless becomes a mouthpiece for the writer. Not too much, but enough to knock you out of the narrative, and enough to remind you that you are not an Angolan freedom fighter, and that even though this is a great portrayal of "what it was like" there's a little too much speechifying coming from the now visible author. But other than that, a damn good book.

Profile Image for Rafael Isidoro.
Author 13 books45 followers
September 16, 2021
Filosofia, religião e política se entrelaçam em um abraço sufocante no coração da floresta do Mayombe enquanto bazucas e canhões gritam sua música; fúnebre para uns, mas esperançosa para outros.

É assim que sempre me lembrarei desse livro. Sem sombra de dúvidas um dos melhores q li esse ano.
Profile Image for Gustavo Medeiros.
10 reviews34 followers
August 2, 2020
The Angola's liberation war from the point of view of the M.P.L.A.'s guerrilla fighter. The revolution from inside the mighty jungle named Mayombe. The quest for national identity. National unity. A country in the making.
6 reviews2 followers
July 18, 2012
Um clássico do Pepetela. Muito mais que um livro sobre a Guerra Colonial: são aqui abordadas as relações pessoais, o tribalismo, o amor, a viabilidade do comunismo. E depois tem uma fantástica técnica: os diversos protagonistas vão-se assumindo como narradores e afirmando as suas particularidades.
Profile Image for Alberto Martín de Hijas.
1,194 reviews54 followers
July 25, 2022
Se trata de una novela que narra unos episodios de la Guerra de la Independencia de Angola. La historia arranca como una novela coral y se hace un poco árida por la multiplicidad de puntos de vista de los guerrilleros que ejercen como narradores, pero según avanza gana en ritmo y se centra más en el personaje de Sem Medo que se define como un aventurero que lucha por un mundo en el que no hay lugar para él (por más que se mantenga cierta coralidad)

El resultado es una novela que combina muy bien el discurso político anticolonial con la denuncia social y la aventura crepuscular. Muy recomedable.
Profile Image for Gustavo Krieger.
145 reviews5 followers
November 10, 2016
This book tells the story of a Guerrilla group, part of the MPLA (Movement for the Liberation of Angola) during the civil war that took the Portuguese colony out. Pepetela was part of this group and his story is detailed and realistic. The book center on the character Commandant (almost every character has only a nickname) and his friend Commissar, although about a dozen coadjuvants appear with more or less importance through the book. Every one of them is quite well definied, a plus quality of the book.

One of the focal points of the fighters is the tribal division - some people from a tribe would not trust somebody from another etc. It's a very fine guerrilla book, and I would recommend it for anyone interested in the subject. The prose is of a very good quality, too. In some moments I thought the book could become a great one, but two things hold it: there are two many quasi-monologues from the Commandant (there's a dialogue between him and another character, and suddenly it becomes a kind of preaching - very long passages of him giving a speech; other times, he gets a long sequence of thoughts). They are not bad - he talks/thinks about love, the civil war, the reasons of fighting, etc., but many times it's on verge of becoming a sermon from the author instead a natural conversation. It's not bad, but it's a bit stiffed.

Second problem, imho the end of the end is almost by-the-books. I mean, twenty pages to go and you: "ah, ok, I see where that is going". And it goes exactly where you are expecting.

As I said, a good book, there's nothing really wrong with it, but it just showed me that you can write well, have a good mastering of the language, have a good plot in your hands, good characters and even so… to make a very special book is not for every one.
Profile Image for Natalia.
59 reviews44 followers
December 4, 2016
This book was just so, so bad. I almost DNF'd it. The writing wasn't good, the story itself is quite boring and overly vulgar, but the worst thing was when the author not only tried to romanticize an unhealthy relationship, but also tried to romanticize RAPE. Yes, rape.
This book sickened me.
Profile Image for Annah.
24 reviews
February 20, 2019
chocada com esse livro, diferente de tudo que eu já tinha lido mostra a complexidade do ser humano da guerra e das ideias por que lutamos, a personagem principal é um sincretismo do aventureiro lutador e do sábio pensador que nos ensina muito durante seus monólogos
Profile Image for Bruno Hennemann.
58 reviews
January 8, 2025
"- Também eu, Ondina. Isso é que me enraivece. Queremos transformar o mundo e somos incapazes de nos transformar a nós próprios. Queremos ser livres, fazer a nossa vontade, e a todo o momento arranjamos desculpas para reprimir os nossos desejos. E o pior é que nos convencemos com as nossas próprias desculpas, deixamos de ser lúcidos. Só covardia. É medo de nos enfrentarmos, é um medo que nos ficou dos tempos em que temíamos Deus, ou o pai ou o professor, é sempre o mesmo agente repressivo. Somos uns alienados. O escravo era totalmente alienado. Nós somos piores, porque nos alienamos a nós próprios. Há correntes que já se quebraram mas continuamos a transportá-las connosco, por medo de as deitarmos fora e depois nos sentirmos nus".
Profile Image for Carmen.
2,777 reviews
March 25, 2021
The dead sticks of the walls put out roots and gripped the earth and the cabins became fortresses. And the men, dressed in green, turned green like the leaves and chestnut like the colossal trunks. The vault of foliage would not allow the sun to enter and the grass did not grow down below, on the clean space that linked the houses. Not linked: separated them with yellow, as the link was made by the green.
Thus was born of Mayombe the guerrilla base
Profile Image for Marcos Vinicius.
47 reviews2 followers
August 20, 2020
O livro é sobre um grupo de guerrilheiros que fazem parte de um movimento de libertação do povo angolano contra os colonialistas portugueses. Apresenta diálogos e conflitos entre os integrantes durante o período de guerra. Além de apresentar reflexões até mesmo filosóficas sobre a revolução, há romance e suas contradições a medida que a trama avança na história do grupo revolucionário.
Profile Image for Paulo Teixeira.
917 reviews14 followers
February 12, 2019
(PT) "Mayombe" é o primeiro livro de Pepetela. Escrito em 1971, dedica-se a contar a vida dos guerrilheiros do MPLA na luta de libertação - ou Guerra Colonial - em Angola, pela sua independência. Conta a história de um grupo de guerrilheiros, o seu dia-a-dia, as suas dúvidas politicas e existenciais, e sobre o amor e o sexo. É um livro interessante sobre um período da vida de Angola, e também sobre a ideia de uma literatura naquele país e no continente africano.

Este livro faz-me lembrar muito "O País do Carnaval", de Jorge Amado. Não só pelo paralelismo nacional, como também pelo facto de ambos os escritores, os maiores nomes dos seus respectivos países, terem de começar por algum lado a sua carreira literária. São livros cheios de defeitos, e "Mayombe" tem os seus. É demasiado politico, demasiado preso à filosofia marxista, mas quando se liberta, tem partes bem interessantes, especialmente nas reflexões sobre o ser humano e sobre o sentido da vida. A coisa boa deste livro é podermos ver de que ponto ele partiu para onde está agora, e como foi o seu percurso.

E é apenas por isso que vale a pena ler.
Profile Image for Калоян Захариев.
Author 13 books53 followers
March 29, 2017
Книгата започва повече от обещаващо - акция на партизани, опитващи се да освободят Ангола от португалския колониализъм. След това обаче се превръща в драма, безкрайна поредица от разговори на полу-философска тематика, племенна принадлежност, подправена с малко секс и изневяра. Става интересна отново едва на края. И все пак си струва да се прочете, защото африканската литература е почти непозната в България.
Пепетела определено знае как да пише.
Profile Image for Barbara.
127 reviews5 followers
December 28, 2017
"E vejo quão irrisória é a existência do indivíduo. É, no entanto, ela que marca o avanço no tempo"
Profile Image for Yuri.
456 reviews9 followers
May 9, 2022
3,5/5
After 5 years, I decided to revisit this book to see whether my opinion would change or not. It did, my experience was better this time around. However, it still hasn’t captivated me.

Today, I can appreciate many aspects of this. For instance, its writing style and political approach. Pepetela’s choice of, occasionally, give voice to other militants enhance the experience of being inside a social movement. Also, there’s some very interesting insights about the working class and politics altogether.

Despite this great moments, this book progressively fails as an engaging novel. For me, these characters are boring. As individuals and their relationships. The only one who appealed to me was Ondina and Commissarie’s. I also think that Pepetela didn’t succeed at flesh out all the themes he tackled. Tribalism, especially, because he told quite often how relevant this was for the militants and their dynamics, but it never felt like it.
Profile Image for David Borges.
31 reviews
February 27, 2021
Linda história, certamente baseada na realidade da luta pela independência angolana. Vejo um claro paralelo com outras lutas por independência- na Guiné-Bissau, por exemplo, assim como com a revolução cubana. Quase vi o Che e Fidel em várias partes, junto com a lucidez triste e poética de Pepetela, quanto ao que aconteceria depois. Recomendo a leitura, para quem quer saber um pouco mais sobre a independência das ex-colônias portuguesas.

PS: e que saudade de Luanda, Benguela, as estradas e as passagens espetaculares, tristemente flageladas por minas, vestígios amargos desses tempos de guerra...
Profile Image for Carolina.
401 reviews9 followers
March 21, 2020
Este é um livor que fala dos guerrilheiros do MPLA, pela libertação de Angola do colonizador. É escrito com base nas experiências do autor na guerrilha, o que é surpreendente para mim. Questiono-me se não há escritores africanos negros que possam falar sobre a experiência de ser negro, do tribalismo e das divisões tribais que assolavam a situação da guerrilha. Questiono-me porque tem de ser um escritor branco a falar dos negros.

O livro caracteriza bem a guerrilha na floresta, nesse tal "Mayombe" selvagem, duro e doloroso. Temos personagens cativantes, que têm discursos informados e justos. No entanto, o autor discorre sobre coisas que desconhece, tornando-se por vezes ofensivo, nomeadamente sobre o papel da mulher ao lado do guerrilheiro.

Assim, o livro deixou-me com um misto de fascínio, pela história - por vezes humorística - que nos contam, e de irritação, porque muitas vezes o autor é injusto para as suas personagens, dando-lhes características ridículas e quase ofensivas.

Não sei se repetirei o autor.
Profile Image for Gustavo Pitz.
209 reviews1 follower
April 22, 2021
A você que gosta de movimentos populares de liberação africanos, guerrilha, cotidiano de guerra e diálogos sobre o materialismo histórico, esse é O livro. Literatura angolana (nunca tinha lido), escrita por um revolucionário. Nota 8,7.
Profile Image for Renato Henriques.
19 reviews1 follower
January 25, 2023
The point of view of an Angola's independence movement unit day-to-day against our portuguese grampas. Some topics were particularly interesting to me, namely the tribalism inside the independence movement, which delayed and impacted its efficiency during war.
Profile Image for Ana Rita Ramos.
272 reviews4 followers
August 13, 2024
Gosto muito da escrita de Pepetela.
Este é um livro de guerra e sofrimento, por isso, forte.
Destaco as alcunhas engraçadas dos guerrilheiros como forma de aliviar a temática.
Profile Image for Jess.
19 reviews2 followers
February 15, 2025
Está es una de las ficciones más importantes de Angola y en ella se narran los caminos y pensamientos de un grupo de guerrilleros del MPLA que se encuentran en la selva de Mayombe, actual frontera entre el Congo y Angola.

Me resultaron interesantes las reflexiones a las que llegan los guerrilleros en las conversaciones en torno a la lucha armada, la creación de un país libre en el década de 1970 y el colonialismo.
Displaying 1 - 30 of 136 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.