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Fogo Morto

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Publicado em 1943, Fogo Morto é a última obra do mais expressivo dos ciclos de José Lins do o da cana-de-açúcar. Apesar de marcar o término da série, com a decadência dos senhores de engenho, o romance também assinala seu auge, seu momento de superação, constituindo uma obra-prima da literatura regionalista, de caráter neo-realista. "Descendente de senhores de engenho, o romancista soube fundir numa linguagem de forte e poética oralidade as recordações da infância e da adolescência com o registro intenso da vida nordestina colhida por dentro, através dos processos mentais de homens e mulheres que representam a gama étnica e social da região", descreve o crítico literário Alfredo Bosi, em História Concisa da Literatura Brasileira.O romance, narrado em terceira pessoa, é dividido em três partes. Cada uma conta com seu próprio protagonista, como se fossem três histórias distintas e sucessivas. No entanto, os personagens principais (mestre José Amaro, Coronel Lula de Holanda e o Capitão Vitorino) se inter-relacionam durante toda a narrativa, quase inteiramente ambientada no Engenho de Santa Fé. Na primeira parte, o mestre José Amaro - seleiro orgulhoso e conservador - espalha rancor à sua volta. Temido pelo povo da várzea por sua aparência horrível e pela raiva acumulada, ele surra a filha histérica com o intuito de curá-la (mas acaba por enlouquecê-la) e maltrata a esposa (que por fim foge com a menina). Na segunda parte do romance, o coronel Lula de Holanda, também orgulhoso, não consegue fazer prosperar o engenho que recebera de herança. Autoritário, não permite que nenhum homem se aproxime da filha, que permanece solteirona e melancólica. Depois de sofrer um ataque de epilepsia na igreja, torna-se devoto. Gasta todo o dinheiro que lhe restou. Por fim leva o engenho a fogo morto (propriedade que não produz mais). Na terceira e última parte, o capitão Vitorino, personagem quixotesco, idealista e sonhador, procura lutar por seus ideais. Os três, conforme atesta Bosi, "são expressões maduras dos conflitos humanos de um Nordeste decadente".

392 pages, Paperback

First published January 1, 1943

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54 (6%)
1 star
26 (3%)
Displaying 1 - 30 of 44 reviews
Profile Image for Jose Garrido.
Author 2 books21 followers
August 16, 2024
Descoberta deste autor maior brasileiro, nascido na Paraíba, no dealbar do século XX.
É um universo muito curioso e fascinante: o bem e o mal (et pour cause); as questões sociais; e um misticismo fascinante, são o contexto para personagens fortíssimos e diálogos deliciosos.
Muito recomendável.
Profile Image for Felipe Oquendo.
180 reviews25 followers
September 13, 2015
O livro é um primor – é bom começar pelo óbvio. Prende tanto, é tão interessante, que eu me peguei lendo andando e quase me acidentei, de tão absorvente. Contando a mesma história, a narrativa perpassa três núcleos, três sóis que são o mestre José Amaro, o capitão Lula de Hollanda e o capitão Vitorino.

O primeiro é um sol de caatinga, ríspido, amargo. Consumido por uma doença degenerativa do corpo e irritante da alma, o pobre mestre não deixa de ser uma criatura fascinante. Dos três irmãos, foi o único que continuou com a casa que o seu assassino pai ganhou do velho Capitão Tomás. Enquanto seus irmãos seguiram viagem, puseram o pé no mundo, o pobre José Amaro ficou na guarda da casa, no conforto da casa. Casou por inércia e teve uma filha demente, espinho que incomoda seu coração e do qual o quanto mais tenta se livrar, mas lhe encrava o peito.

É um personagem abaixo da situação, claramente. Ainda assim, tem algum senso de dignidade e honra, sabe o valor que o trabalho do homem livre tem. Embora o seu constante reme-reme “Eu sou dono de mim”, “José Amaro não abaixa a cabeça a ninguém” seja uma caricatura da verdadeira honra e altivez, ao menos ele ainda tem essa noção, coisa que muitos de nós não têm, sempre dispostos que estamos a nos submeter à mais nova autoridade e chefia.

A história toda do lobisomem é de dar dó, de verdade. É mais um caso de como a maldade popular, de responsabilidade diluída e difusa, pode destruir a vida de um homem. Seu fim trágico é o rebento do fio que vinha sendo repuxado entre o respeito humano e o caminho da liberdade que não ousou trilhar.

Já Lula de Hollanda é um personagem certamente menos cativante, e também abaixo da situação. Uma personalidade complexa, mais complexa que a dos outros; alguém que nutre uma grande e, até certo ponto, sincera piedade religiosa (v. o momento em que, na tribulação, lembra dos sofrimentos de N. S. J. C.). No entanto, é incapaz, como bem nota a argúcia popular, de perceber que seus atos contrariam o evangelho que pretende seguir. E não se pode deixar de notar um certo ar pagão ao seu approach religioso.

É um deslocado. Talvez posto numa situação favorável de bacharel ou até mesmo de padre, as circunstâncias fizessem sair dali uma personalidade verdadeiramente grande. Ele percebe que tem na alma a potência da grandeza, mas não sabe como liberar o caminho para que ela se realize. Acaba, assim, negando a grandeza a todos ao seu redor, em especial a esse personagem silencioso e ubíquo que é o engenho Santa Fé.

Capitão Vitorino da Cunha é um personagem acima da situação (uma raridade no romance brasileiro). É visto como louco desprovido de reais meios de ação, pois não tem medo de nada e, especialmente, não tem o respeito humano (como concebido pela moral católica), o amor do mundo. A glória que deseja é um acessório paliativo de seu amor pelos outros, de sua sincera e ardente caridade. A grosseria de que é representante é aquela rudez que emana da tenacidade das boas fibras, das fibras morais de qualidade. Sua esposa Adriana, outra personagem de impressionante firmeza moral, só consegue perceber a grandeza de seu esposo quando as circunstâncias permitem que ele demonstre todo o seu potencial.

É interessante notar que o Capitão Vitorino tinha tudo para ser como seus pares narrativos. Mas é feliz, é contente, se refestela com o pouco que Deus lhe deu. Não reclama, tem fibra. É um Jó com uma mínima piedade (numa terra onde piedade religiosa é para os fracos e as mulheres). Trata todos em pé de igualdade e não recusa ajuda a ninguém. Um gênio, passa pouco tempo reclamando e muito tempo agindo. Não se preocupa nunca consigo mesmo, tirante talvez nos momentos em que devaneia na rede de fim de tarde. Não tem medo de morrer, como os Santos e Heróis não tinham. É um exemplo a todos nós.

Sentimo-nos impotentes perante a loucura da filha de José Amaro e de Olívia e de Ana e de Lula... José Lins do Rego sabe dolorosamente bem o poder de fogo da loucura. E como a loucura vai dominando aos poucos, suavemente, todos os que circunda, e destrói sua sanidade. A loucura é mais contagiosa que um vírus.

O engenho Santa Fé é abatido constantemente pela loucura. O desajuste evidente de D. Olívia (cujas falas se encaixam tão perfeitamente com os momentos de tensão das cenas literárias, não devendo nada aos mais trágicos coros gregos), penetra a mente do impotente e deslocado Lula, desafia a brava e submissa Amélia e abraça suavemente a virginal Neném.

Na casa do mestre Amaro, a Loucura feita personagem tira suas esperanças e por fim domina o chefe da casa, pois que insânia não é o suicidar-se? É também essa musa dissimulada que canta pela boca do Negro Passarinho, fazendo na casa do seleiro o mesmo papel de coro grego para o particularíssimo drama abafado e amarelo-ovo do Mestre José Amaro.

Só o Capitão Vitorino não precisa de coro. Ele não vive um drama, ele vive um épico.
Profile Image for Oziel Bispo.
537 reviews85 followers
May 23, 2022
Livro excepcional de Lins do Rego, onde ele fecha o "ciclo da cana-de-açúcar".
“Fogo Morto” é narrado em terceira pessoa e é dividido em três partes, que trazem em seus títulos o nome dos três personagens principais: “O mestre José Amaro”, “O Engenho de Seu Lula” e “O Capitão Vitorino”.
Seus personagens, todos eles tristes, têm os destinos traçados pelo moderno deus do progresso, pelo processo de transformação econômica e seu impacto social, pelo capitalismo emergente que atropela e esmaga valores e costumes, da mesma maneira que a usina engole os engenhos, indiferente às tragédias humanas que provoca.
As personagens femininas merecem um comentário à parte.(spoiler)* Marta, filha de José Amaro, solteirona sofredora, e Olivia, filha caçula do capitão Tomás Cabral de Melo, enlouquecem; Neném, filha do coronel Lula de Holanda, que a impede de se casar, mergulha na melancolia. Todas esmagadas pelos pais e pela moral machista da época, contra a qual pouco podem.

Publicado em 1943, "Fogo Morto", é uma contundente visão do processo de mudanças sociais e econômicas do Nordeste brasileiro. O título refere-se à transformação do Engenho Santa Fé, localizado na zona da mata da Paraíba, de núcleo de poder econômico a pólo de miséria, com o apagar definitivo de suas fornalhas por isso se diz " fogo morto."
Profile Image for Isabele Da Costa.
28 reviews
June 10, 2021
Primeira vez que pego alguma coisa de José Lins do Rego... e com esse livro reafirmo que adoro histórias sobre homens medíocres, os três personagens principais não deixam nada a desejar. Obra incrível, diálogos fluidos. O estilo também me agrada muito, especialmente na narrativa dos deslocamentos dos personagens, não só a descrição espacial dos lugares físicos, estradas, campos abertos é bastante visual, mas também os personagens interagindo com o ambiente. Sempre muito bom quando o romance consegue fazer esquecer que se está lendo.
Profile Image for Kathe L.
181 reviews94 followers
December 8, 2014
Demorei duas semanas para terminar a primeira parte, quatro dias pra segunda, e um pra terceira. Ou seja, esse livro vai melhorando enquanto você vai lendo e tem um final muito bom.
Profile Image for Felipe Beirigo.
210 reviews18 followers
August 30, 2024
LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOKO DEMAIS!
LOUCURA, FALÊNCIA DA FIRMA, MANOS ORGULHOSOS, LOBISOMEM, CANA DE AÇÚCAR, VÁRIAS FITA, FOFOCA PRA LÁ E PRA CÁ. NINGUÉM VAI GANHAR, VAI TODO MUNDO PERDER.
Profile Image for Mateus Assis.
3 reviews12 followers
July 13, 2020
Na minha leitura, o livro tem como ponto central o ressentimento. Os três protagonistas - mestre José Amaro, Coronel Lula e Capitão Vitorino - têm suas vidas moldadas pelo ressentimento. E é isso, mais do que as coincidências do enredo, que os conecta. São todos tão diferentes, mas, quanto a isso, igualmente escravos dos seus ressentimentos.

O mestre ressente a filha adoidada, o descaso dos grandes e a falta de valorização de seu trabalho. Lula ressente sua impotência em recuperar um escravo fugido, a falta de pretendentes adequados para sua filha e a minguante produção do engenho. Vitorino, por sua vez, ressente os comentários azedos que lhe fazem, que não fariam jus ao seu sobrenome e à sua origem.

Assim, os três entendem merecer mais - do povo, da vida, da família - e, em virtude disso, amargam-se. Aos poucos vê-se que o ressentimento se sobrepõe a todos os outros sentimentos. Nesse sentido, a despeito das injustiças que observamos os três cometerem - em maior ou menor grau -, são todos coitados. Não conseguem fugir do destino trágico que se lhes aproxima por conta do ressentimento.

José Lins do Rego conta essa história com escrita poética e sucinta, o que nos faz lembrar que não é preciso ser prolixo para ser detalhista. O estilo é fluido e prende. As metáforas, simples e contundentes, cumprem seu papel. Excelente.
Profile Image for Carolina Morales.
320 reviews68 followers
February 22, 2013
A descrição desta obra está toda contida no título - ler o romance é fogo e, ao final, você estará morto.
Profile Image for Mariana.
55 reviews1 follower
August 24, 2021
Muito bom. A experiência é crescente, a primeira parte mais "árida", a segunda e a terceira vão mais "rápido". Bem escrito.
49 reviews1 follower
December 13, 2021
Excepcional. Já gosto muito desse tema regionalista, mas a construção dos personagens é sublime. Zé Lins do Rego é um autor relativamente esquecido quando comparado com outros contemporâneos, mas sua obra me empolgou bastante. Já comprei Menino do Engenho para continuar no mundo Fogo Morto.
Profile Image for Valdir S.
64 reviews
October 22, 2015
Fogo Morto é a obra prima de José Lins do Rego, e também a última obra-prima do regionalismo neo-realista da década de 1930. Boa parte da obra do autor é dividida em "ciclos" e Fogo Morto é o quinto e último livro do "ciclo da cana de açúcar". O seu estilo contido e direto lembra "Vidas Secas" de Graciliano Ramos, que assim como Gilberto Freyre (Casa Grande e Senzala) foram amigos pessoais do autor.
O estilo de escrita simples, livre das convenções gramaticais (sem procurar "escrever errado" para parecer mais coloquial) parece fiel à maneira de falar dos moradores do sertão (que me recorda minha avó rs), e faz com que você se sinta no ambiente da narrativa, como um morador da várzea que passa e pára pra ouvir um vizinho contando um "causo".
Este livro narra a decadência dos senhores de engenho de açúcar no início do século XX, e é dividido em três partes, cada uma com um protagonista, nas figuras do mestre José Amaro, do coronel Lula e por fim do capitão Vitorino. A partir de então são mostradas as diversas interações entre os personagens da narrativa, além de servir como crítica social e retrato das relações de poder neste período.
Sem querer revelar spoilers, somente no final da obra se percebe o quão apropriado é o seu título. Boa leitura!
Profile Image for Lucas Paes Leme.
5 reviews
November 3, 2018
dei a sorte de ler esse livro por acaso (não conhecia a historia) durante o período eleitoral de 2018. é um livro esclarecedor sobre os vetores perenes da política nacional, as forças, os lados e as pessoas fortes como o mestre José Amaro, que se posicionam mesmo diante de ameaças e sanções. livro essencial para entender arquétipos políticos e familiares do Brasil.
Profile Image for Gláucia Renata.
1,305 reviews41 followers
October 14, 2014
Um dos principais livros de nossa literatura, trata do ciclo da cana de açúcar, sua formação, ascensão e declínio. Um livro triste que traz um dos personagens inesquecíveis da literatura brasileira, o capitão Vitorino Carneiro, que pela sua triste figura costuma ser comparado a Dom Quixote.
Profile Image for Frederico.
16 reviews17 followers
Read
June 25, 2025
“Pela primeira vez em sua vida, ela via a grandeza de Vitorino Carneiro da Cunha.

Uma das maiores obras da literatura brasileira. O Brasil inteiro do começo ao que muito possivelmente será o fim está aqui, nada se perde.
Profile Image for Lucas.
22 reviews2 followers
September 21, 2016
Livro incrível, uma união maravilhosa da tradição popular e da literatura. personagens inesquecíveis, muito humanos e sensíveis, uma verdadeira obra-prima!
Profile Image for Book.
8 reviews
December 22, 2017
Excelente romance.
Os três personagens foco são muito bons. José de Amaro conquistou-me desde a primeira página, e a sua amargura me tocou bastante. Lula de Holanda foi muito bem trabalhado, embora mais difícil de simpatizar. Vitorino Carneiro da Cunha cresceu em mim com o decorrer da história (o que aconteceu com os personagens do próprio romance, ao que me parece), e posso dizer que acredito nele. Vitorino parece trazer valores tradicionais de honra (a sua coragem, e o seu orgulho pela sua nobreza pessoal, por ser homem branco e de boa origem), que não necessita de riqueza ou dotes intelectuais. A ele basta incorporar a valentia e a nobreza de agir.
A situação toda é cheia de sofrimento, mas consigo sentir uma certa beleza no romance. O estilo de José Lins do Rego é bastante atraente, diria lírico. PS: José Passarinho é dos meus favoritos do livro.
1 review
July 17, 2025
"Fogo Morto" é o obra para estar no panteão dos grandes clássicos da literatura universal. Tem prosa poética, tem inovação narrativa, tem profundidade psicológica, tem todo a historiografia sócio-econômica que serve de pano de fundo, mas tem também algo que falta em muitos bons ivros: coração. Zé Lins escreve com a força de quem sente tudo que se passa nas entranhas dos seus personagens. Infelizmente, o livro foi e continua sendo rotulado de literatura "regionalista" (uma adjetivação que não serve pra coisa alguma, além de dizer que é coisa escrita por/sobre gente parida no nordeste do país; e daí, né?), o que sempre fez um desserviço a divulgação de um autor de grande qualidade e de sua principal obra que é aboslutamente universal e incrível sob qualquer dimensão que se olhe.

Profile Image for Natália Torres.
9 reviews
February 1, 2025
Interessante no seu contexto.

Transmite a sensação de decaimento e incerteza a cada capítulo e demonstra parte da sensação humana e experiência histórica de viver uma crise. Um momento de transformação que não nos situa nem no ponto A, nem no B; e as representações de mundo “transmorfas” dela derivadas.Personagens que revelam a experiência de loucura e dissociação como comuns dos momentos de ruptura histórica.
Pode ser considerada genial, um gênio de seu contexto, com certeza. Mas a experiência de leitura em si, hoje, me pareceu um pouco simplista, concisa, ou mesmo repetitiva, na concretização das vidas dos personagens; apesar da premissa que tanto engloba e deseja representar.
Profile Image for Paulo Maua.
232 reviews3 followers
August 22, 2024
Como fui desprezar o escritor paraibano em minha juventude? Ler FOGO MORTO agora é tentar recuperar o texto espetacular de José Lins do Rego em sua plenitude. Um pedaço de Brasil através de 3 personagens distintos (o seleiro José Amaro, o dono de engenho Lula de Holanda e o Capitão Vitorino, um defensor dos excluídos e injustiçados e, ao mesmo tempo, boca suja descarado que destrata mulher e negro, ou seja, um personagem ambíguo apaixonante), com histórias marcantes que se cruzam, com pouca ou total importância dentro das outras. Um mega romance, sem mais palavras para exaltá-lo. Uau...
Profile Image for Maria do Socorro Baptista.
Author 1 book27 followers
November 11, 2022
Regionalista, realista, focado nas misérias de nordestinos pobres que enfrentam não somente as dificuldades do clima árido e da seca, mas, principalmente, os mandos e desmandos dos senhores de terra, encontrando refúgio, muitas vezes, na violência do cangaço. Tem um forte tom racista em alguns momentos, mas é uma boa leitura.
Profile Image for Ricardo.
14 reviews
December 30, 2022
3.5⭐️ Aborda a vida da região canavieira na Paraíba após o fim da escravidão. Interessante. Mestre Amaro, Vitorino, Coronel Lula, Passarinho são personagens marcantes e que são universais e regionais ao mesmo tempo. Apenas a forma que foi escrita a história não me impressionou, às vezes achei elaborada demais e não refletia exatamente a pobreza e simplicidade dos lugares.
Profile Image for Enza Cerqueira.
Author 1 book21 followers
July 20, 2020
Incapaz de escrever uma resenha que seja digna desta preciosidade literária, deixo meu apelo para quem quer que me esteja lendo agora: Leia e seja arrebatado(a) pela genialidade de José Lins do Rego, habilidoso escritor e pintor da realidade brasileira de tempos passados.
Profile Image for Brent Agamã.
63 reviews18 followers
July 3, 2022
Meu primeiro encontro com Lins do Rego e devo dizer que gostei muito de sua escrita, é de uma linguagem e narração boa. Além disso, o livro captou a essência da época e região retratada com riqueza de detalhes e costumes.
Profile Image for klly.
6 reviews
June 19, 2024
"𝘚𝘦𝘶 𝘝𝘪𝘵𝘰𝘳𝘪𝘯𝘰 é 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰, 𝘤𝘰𝘮𝘢𝘥𝘳𝘦 𝘈𝘥𝘳𝘪𝘢𝘯𝘢, 𝘮𝘢𝘴 𝘵𝘦𝘮 𝘶𝘮 𝘤𝘰𝘳𝘢çã𝘰 𝘲𝘶𝘦 é 𝘶𝘮 𝘵𝘰𝘳𝘳ã𝘰 𝘥𝘦 𝘢çú𝘤𝘢𝘳."

muito bom! peguei o livro na biblioteca do colégio, não esperava que os personagens e a história fossem crescendo dentro de mim.
Profile Image for Lara Desanti.
139 reviews
April 1, 2025
Que tipo de força resiste no vácuo da monarquia brasileira? Em Fogo Morto ninguém sabe direito e todo mundo tenta abrir a própria picada se apegando a um senso próprio de relevância. É dolorido e me mostrou um tipo de violência educada, de algoz camarada, que morde sem ladrar.
Profile Image for Mariana Assis.
6 reviews1 follower
January 20, 2022
a leitura acaba ficando cansativa no decorrer do livro. vale a pena tentar e eu pretendo tentar ler a obra completa em algum momento.
Profile Image for Bruna Lemes.
6 reviews
December 4, 2024
Que livro bonito de ler. Quantas histórias cheias de detalhes, as paisagens, os sentimentos de cada personagem...
Displaying 1 - 30 of 44 reviews

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