A primeira – e aguardada – biografia de vulto de Luiz Inácio Lula da Silva.
Para além de juízos ou paixões, Lula está entre as maiores figuras políticas da história brasileira. Único presidente do país com origens operárias, e campo magnético de um partido profundamente original em suas raízes, exerceu o poder carismático e a influência de modo mais duradouro que qualquer outro homem público no período republicano, salvo talvez Getúlio Vargas - com quem também compartilha a virulência dos adversários. Desde 2011, Fernando Morais ganhou acesso direto, franco e frequente a Lula. A essas dezenas de horas de depoimentos, somou o faro de repórter e a prosa cativante para compor projeto biográfico que traz um painel do personagem em toda sua grandeza e complexidade. Em narrativa que faz uso de recuos e avanços cronológicos para manter um ritmo eletrizante, neste primeiro volume Morais vai da infância de Lula até o anulamento de suas condenações, em 2021 – passando pelo novo sindicalismo, as greves do ABC, a fundação do PT e a primeira campanha eleitoral.
Jornalista desde 1961, trabalhou nas redações do Jornal da Tarde, Veja, Folha de S. Paulo e TV Cultura.
Recebeu três vezes o Prêmio Esso e quatro vezes o Prêmio Abril de Jornalismo. Foi deputado estadual durante oito anos (pelo MDB-SP e depois pelo PMDB-SP) e secretário da Cultura (1988-1991) e da Educação (1991-1993) do Estado de São Paulo. É autor dos roteiros das minisséries documentais Brasil 500 Anos e Cinco dias que abalaram o Brasil, exibidas pelo canal GNT/Globosat.
Escreveu, entre outros, Transamazônica (Brasiliense, 1970, com Ricardo Gontijo e Alfredo Rizutti), A Ilha (Alfa-Ômega, 1975, reeditado pela Companhia das Letras em 2001), Olga (Alfa-Ômega, 1985, reeditado pela Companhia das Letras em 1993), Chatô, o rei do Brasil (Companhia das Letras, 1994), Corações sujos (Companhia das Letras, 2000), Cem quilos de ouro (Companhia das Letras, 2002), Na toca dos Leões (Planeta, 2004) e Montenegro (Planeta, 2006).
Tem livros traduzidos em dezenove países. Em 2001 Corações sujos recebeu o Prêmio Jabuti de Livro do Ano de Não-Ficção. Em 2004 Olga foi transformado em filme pelo diretor Jayme Monjardim, tendo sido visto por mais de cinco milhões de espectadores e indicado pra representar o país no Oscar de 2005. É membro do Conselho Político do jornal Brasil de Fato e do Conselho Superior da Telesur, TV pública latino-americana sediada em Caracas, Venezuela. É membro da Academia Marianense de Letras, onde ocupa a Cadeira nº 13, que teve como primeiro titular o presidente Tancredo Neves.
Este eu fiz questão de empunhar toda vez que saía à rua, em vez de levá-lo na mochila ou na bolsa. Tinha a certeza de que iria arrumar briga ou pelo menos um bate-boca daqueles. Não; para minha surpresa, os olhares das pessoas ou distraíam-se mirando o nada, pensando na morte da bezerra ou de um ente querido, ou dilatavam-se claramente expressando o raciocínio: já foi lançado, é verdade, preciso logo comprar e ler. Teve até um desconhecido que soltou a mão da namorada, tirou-o da minha e comentou enquanto já o folheava: caramba, a vida desse homem. Entregou-me de volta, ele e a namorada apertando o passo aposto que em direção a uma livraria. Não vou contar a vocês dos muitos acontecimentos daqui, porque vários são de conhecimento geral, embora não todos, e mais porque ainda o gostoso mesmo é acompanhar o Lula chegando a São Paulo e o Lula vermelho não como um comunista, mas como um tímido ao ter de conversar com mulheres; sofrer com o Lula preso durante a ditadura militar, e confundir a injustiça daquele regime com a desta dita democracia. E pensar que uma pessoa assim nos regia, e que outra, abominável como é o Bolsonaro, nos atrapalha tanto a vida... Que saudade do meu ex! Fico no aguardo do segundo volume e do terceiro mandato.
O livro é muito bom, embora não pude deixar de querer que alguns fatos fossem mais detalhados. Como era o quotidiano de Lula em sua prisão pela ditadura militar? Como era sua relação com a família, em especial com os filhos? O Livro, apesar de excelente, soa meio chapa-branca - não sei se devido à indisfarçável admiração do autor pelo biografado. Alguns episódios polêmicos e conhecidos do grande público ficaram de fora. Isso, paradoxalmente, não retira seu valor, porque a vida de Lula, por qualquer ângulo que se olhe, é admirável. Suas metamorfoses, sua habilidade, tudo isso está lá. Apenas parece que muito faltou.
O presente livro trata-se da recapitalização da história do ex-presidente Lula, dividido em 3 arcos, somos apresentados incialmente por meio de quase 130 páginas do período ao qual antecedeu a prisão até sua revogação; dos movimentos sociais que o seguiram até a composição da chapa que disputaria a eleição de 2018 e dos bastidores da turbulência do período.
Em seguimento, o autor nos conta situações puramente biográficas da vida de Lula, desde sua infância e adolescência, até o caminho que o levou para o movimento sindical. Em último momento, com a vida sindical em avanço, vemos desde a criação do PT, do início da vida política, até as torturas e assassinatos cometidos pela ditadura militar, assim como informações acerca dos governos de Geisel e Figueiredo e suas tentativas de minar as greves sindicais, tudo isso, escrito sem tanta imparcialidade. Portanto, a quem louva ditadura, tortura, repressão, extrema-direita e afins, a obra não agradará; já a quem reconhece em Lula a figura de um estadista (como sempre foi e é) e que busca um estado democrático, equidade nas políticas públicas e combate à desigualdade, será uma ótima leitura, como foi a mim.
No mais, este primeiro volume não contempla o período na presidência, ficando para o segundo, conforme elucidou o escritor.
Quando comecei a ler esta biografia, me emocionava a cada página lida por conta do gancho que Fernando Morais, bom jornalista que é, encontrou como motivo para o lançamento deste livro em pleno 2021: a operação lava-jato, a sucessão de crimes jurídicos que levaram Lula a ser preso e ficar de fora da eleição que acabou levando Bolsonaro à presidência e a conseguinte soltura de Lula junto com a anulação dos processos que havia contra si e a suspeição de Sérgio Moro. Não havia como não me indignar e me emocionar relembrando os fatos absurdos que nos trouxeram até aqui, sempre me levando a pensar no que poderia/deveria ter sido. Esse primeiro momento é de um fôlego incrível e teria dado 5 estrelas se continuasse no mesmo ritmo. Porém, quando volta no tempo para relembrar a trajetória de Lula até aqui, a biografia torna-se mais rasa, resumindo anos da vida do ex-presidente em quinze páginas de capítulos intercaladas com diversas fotografias, que algumas vezes não acrescentavam em muita coisa no que estava sendo contado. Porém, sempre uma leitura prazerosa e que fazia com que as páginas voassem enquanto lia. Talvez pela pessoa biografada eu esperasse mais. Veremos no segundo volume, que já estou ansioso para ler.
É uma baita história e o livro conta tudo com bastante paixão e várias anedotas interessantes, mas peca em alguns pontos. Sou lulista e ainda assim achei o tom panfletário/chapa branca incômodo em vários momentos, meio incompatível com o esforço jornalístico que se espera da biografia de uma figura como o Lula. Mas tirei duas estrelas principalmente pela falta de cuidado da edição, que poderia ser melhor diagramada (as fotos cortam frases no meio e muitas vezes aparecem descontextualizados do corpo do texto, as cartas não possuem legendas, etc) e se beneficiaria de um preparo/edição mais cuidadosos. Em vários momentos o texto parece desorganizado, repete informações, cita nomes que só vão ser explicados capítulos adiante, enfim. Imagino que correram pra publicar o livro durante a campanha presidencial e a pressa se faz notar.
Fernando Morais escreve biografias como ninguém, no caso da de Lula, faz um jogo entre presente e passado, comparando as duas prisões do presidente e sua carreira como sindicalista. Gosto muito do apêndice desse livro, que evidencia com dados a imagem de ladrão e corrupto que os maiores conglomerados de notícia do país consolidaram com suas abordagens sobre Lula e PT desde o golpe de Dilma, e como tudo isso resultou na eleição de bolsonaro. Gosto também do humor com que o autor trata figuras como Sérgio Moro, o super homem de voz esganiçada, e Temer, o breve. Para alguém que tinha pouca idade para entender o que acontecia na política do país, esse é um livro que me esclareceu muitas dúvidas e evidenciou a figura de Lula, sua importância, suas contradições e toda campanha política e jornalística contra possivelmente, o maior ícone dos trabalhadores do Brasil.
O primeiro volume da biografia do Lula, escrita por Fernando Morais, se destaca pelo relato detalhado dos dias que antecederam a prisão de Lula no Sindicato dos Metalúrgicos no ABC paulista em 2018 e também do tempo que o ex-presidente passou na prisão.
Porém, o restante do livro acaba sendo superficial ao contar a infância de Lula, seu início no sindicato, a transformação de uma pessoa que por muito tempo não acreditava na política e, anos depois, decidiu fundar um partido.
Os fatos estão lá, mas não há uma análise crítica. Para quem já escutou entrevistas mais longas dele, fica a impressão que o relato saiu da boca do próprio Lula, sem a apresentação de versões alternativas ou ponderações. É o peso de escrever uma biografia de alguém do tamanho de Lula na véspera de um ano eleitoral em que ele será candidato.
Fantástico. Fernando Morais preciso, cirúrgico, assertivo, bem informado e didático. Se Lula não é o maior brasileiro vivo, eu não faço a mínima ideia de quem pode ser.
★★★★★ ____________ bem escrito e a história do Lula, obviamente é ótima. Muita coisa que eu não fazia ideia sobre a vida dele e vários momentos bem pesquisados da história do país no livro. Eu fiquei um bom tempo naquelas, "leio no kindle ou compro o livro físico" e esse livro merece ser comprado em papel, interessante de se ter na sua estante, mas também por conter muitas imagens que funcionam melhor na versão impressa. Já esperando o volume 2.
Incrível! Fernando Morais da ao livro um ritmo de filme, cortando de uma cena a outra e entrando em detalhes na medida certa. O livro conta desde a infância de Lula com sua mãe e irmãos até a criação do PT e eleição como deputado mais votado da história até então. Super recomendo e ansiosa pela parte 2!
Li algumas reviews que consideram que a relação de proximidade e admiração entre o autor e Lula pode ter trazido alguma inconsistência ao texto, mas discurso. Lula é figura que gera amor e ódio, mas nunca indiferença e acho importante que o biógrafo em questão não tente agir como alguém totalmente isento. O que me pega, em alguns casos, é que o texto às vezes vai e volta num mesmo assunto, algumas situações já explicadas são retomadas de forma estranha e sem qualquer necessidade. De todo modo, ler sobre as origens e a figura do Lula é sempre interessante. O homem presidente pela terceira vez, eleito sempre de forma democrática, respeita aí, galera. #Lula2022
Uma boa biografia. Não tem uma ordem cronológica clara, o que bagunça um pouco a leitura dos mais acostumado com a ordem clássica. Traz boas anedotas e alguns pequenos absurdos (vide a página com um ultrassom de um bebê). A escolha de começar pelos acontecimentos mais recentes mantém boa parte do interesse na leitura, o que demonstra que a escolha do autor também foi guiada um pouco pelo faro de repórter dele. Um ponto curioso interessante é que o autor se insere em algumas partes das passagens do biografado com bastante naturalidade. Há uma sensação de que mesmo que Lula não tenha lido a obra antes, o autor escreveu pensando em, no mínimo, não desagrada-lo.
Leitura muito boa. Cativante do início ao fim. Talvez o ponto que tira uma estrela é o fato da história ser contada de um fã, que tende a amenizar falhas.
4.5 Achei que levaria meses para terminar esse catatau de 550 páginas, mas a escrita de Fernando Morais está simplesmente impecável neste volume. Certeiro e sem rodeios, conta a história contemporânea do Brasil de maneira fluída e sincera.
Qualquer pessoa assalariada deveria ler esta obra para entender a evolução da luta trabalhista e das reivindicações de direitos básicos que hoje temos quase que assegurados por lei, e compreender como estas movimentações assustaram e continuam a assustar as classes altas brasileiras, que insistem em criminalizar não apenas a pessoa do Lula, como seu partido.
Independentemente do que você leitor ou leitora dessa resenha possa pensar acerca da pessoa e, ou do político Luís Inácio Lula da Silva, é indiscutível que ele é uma das figuras mais emblemáticas e destacadas da política brasileira das últimas décadas. Nascido no dia 27 de outubro de 1945 na pequena cidade de Caetés no interior do estado de Pernambuco, migrou junto com a mãe e irmãos e irmãs para São Paulo em busca de vida melhor e oportunidades. Conviveu com a mais abjeta pobreza na infância e na adolescência e com a brutalidade de seu pai mas, teve, sempre na mãe, amorosa e muito presente, uma espécie de referência e âncora. Completou apenas o primário, estudou no Senai onde se formou torneiro mecânico, envolveu-se nas atividades sindicais, brilhou como líder operário, sofreu na carne a repressão da ditadura militar que, mais de uma vez o enviou à cadeia enquadrando-o na “Lei de Segurança Nacional”, teve um início claudicante na política, foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), e foi do “céu” das seguidas eleições para a presidência da República de onde saiu com recorde de aprovação e popularidade ao “inferno” dos polêmicos processos na “Operação Lava-jato” e dos mais de 500 dias de prisão após a condenação que foi submetido pelo também polêmico juiz Sérgio Moro. O autor dessa biografia é escritor consagrado já tendo escrito best sellers como “Olga” e Chatô, o rei do Brasil” (já adaptados para o cinema) além do polêmico “A Ilha” (onde tece rasgados elogios ao “socialismo moreno” de Cuba) e o eletrizante “Corações Sujos” em que descreve com muita verve e talento um obscuro mas muito interessante fato histórico que atormentou a colônia japonesa no Brasil na época da Segunda Guerra Mundial. Tendo obtido livre acesso a Lula desde 2011 o autor acumulou extenso volume de informações que o levaram a propor à editora Cia das Letras a divisão dessa biografia em dois volumes. Neste volume 1 o autor desenvolveu um relato que não respeita uma sequência cronológica. Os fatos e processos da vida de Lula vão e vem no tempo e no espaço o que torna a narrativa muito agradável e muitas vezes surpreendente. O livro começa narrando o drama provocado na vida de Lula pelos processos e a consequente condenação e prisão a mando da “Operação Lava-jato” e do juiz Sérgio Moro. O autor se esmera em mostrar o quanto a operação e o juiz agiram de forma parcial o que revolta e faz pensar até mesmo o mais ferrenho crítico do líder petista. Subitamente o autor muda o foco da narrativa para as humildes origens de seu biografado com todos os seus dramas e perdas. Logo depois o foco muda para o dia a dia na prisão, o seu dia a dia na prisão e sua posterior libertação em função da desmoralização da “Operação Lava jato” e do juiz Sérgio Moro e da avaliação do STF de que o processo estava irremediavelmente contaminado pela precariedade das provas e pela parcialidade do juiz e dos promotores que teriam agido em conluio. Fechando esse primeiro volume relatos da transição para a vida política, suas primeiras e acachapantes derrotas que quase o levaram a desistir da política e interessantes esclarecimentos acerca da posição ideológica de Lula que, admirador de Getúlio Vargas, nunca foi comunista, tendo sido, inclusive, muito criticado pelas tendências de esquerda defensoras da revolução do proletariado e superação do capitalismo, pela sua opção por um sindicalismo mais pragmático em que pregava a união da classe trabalhadora como forma não de destruir o capitalismo e sim de obter concessões salariais e melhoria das condições de vida e trabalho. No final desse primeiro volume um interessante apêndice em que Fernando Morais mostra como o tratamento de Lula pela grande imprensa sempre foi parcial e com um tom condenatório a priori. Excelente e informativa leitura além de obrigatória como forma de “driblar” os preconceitos e as Fake News nestes “tempos estranhos” que estamos atravessando.
O último livro que li do Fernando Morais foi "Corações Sujos", há muuuuuitos anos. Como não sou uma grande fã de biografias e ele é essencialmente biografo, infelizmente, tinha esquecido como ele escreve bem. De forma não linear ele avança de forma eletrizante pela vida do ex e futuro presidente Lula. Li as primeiras 116 páginas de uma tacada só.
Ele começa com a prisão de Lula pelo Moro e tendo como fio condutor essa prisão ele vai para a 1a prisão de Lula, em 1980, pela ditadura. E assim, estabelecendo conexões e fios condutores ele fala sobre a infância difícil, a ida pra São Paulo, o início da vida como torneiro mecânico, o envolvimento com o sindicato, as greves do ABC, que culminaram nessa prisão, e o início da vida como político. Sempre indo e voltando. Gosto muito desse tipo de narrativa e, ao menos pra mim, foi inovador ver essa técnica em uma biografia.
Pelo que está no livro, pelo que não está e pelas próprias palavras do autor, podemos esperar um recorte no volume 2 que envolva os anos na presidência, o golpe de 2016 e espero que o início do terceiro mandato.
o Fernando Morais tem uma escrita muito boa, dele eu to curioso pra ler "Olga". Os primeiros capítulos da biografia remontam momentos desde a ida até a prisão até a saída desta, após isto o livro passa brevemente pela infância de Lula e se desdobra mais demoradamente sobre as greves do ABC e o nascimento do PT durante a ditadura militar, um detalhe que pessoalmente eu achei muito interessante ao longo de todo o livro são as quase constantes menções ao PCB e os comunistas e como de certa forma estes apoiaram e contribuíram para a criação do PT, não que hoje o PT realmente tenha algo a ver com o comunismo, mas em tempos de silenciamento histórico, e ainda mais na biografia de um futuro candidato, onde seria mais conivente "ocultar" certos detalhes para não pegar mal com certos setores sociais, a honestidade histórica agrega muito a obra.
Gostei muito da leitura. Fernando Morais é um excelente biógrafo e, com a sua escrita dinâmica, nos leva a acompanhar a trajetória dos principais acontecimentos da vida política desse grande personagem da História do Brasil até novembro de 2019, quando os processos de Lula são anulados e ele é solto. Já estou animada para a leitura do 2o volume, que lerei logo que sair!
Tem muita história boa, mas deixa passar detalhes de momentos importantíssimos e se dedica a histórias acessórias que, ao meu ver, agregam pouco valor ao livro. Além disso, o autor parece muito "chapa-branca" com o Lula, o que acaba tirando um pouco a graça de uma biografia. A história do Lula é um acontecimento gigantesco e acho que valia a pena humanizá-lo mais em vez de glorificá-lo desta forma - ele não precisa disso.
No se detallan los procesos históricos. La primera mitad del libro se centra en el lava jato y la encarcelación de Lula. Pero, el autor no cuenta cómo surgió el lava jato, qué pasaba antes, de qué se lo acusaba a Lula y cómo estaba esto relacionado con el proceso general. Algunas de estas se mencionan, pero son muy superficiales. Por el contrario, el autor se interesa más en describir quien entró a ver a Lula, con quienes se juntaba, quienes estaban...
La segunda mitad del libro mejora. De todos modos, no recomendaría el libro a alguien que quiera conocer, sin mucha idea previa, la historia de Lula (y de brasil).