Ah, o amor – te dirão – é coisa séria!/ mas, depois de brincar de gato e rato,/ quem brincou já não quer pagar o pato/ e do amor só herdamos a bactéria." Nos 48 sonetos reunidos aqui, Gregorio Duvivier visita uma ampla galeria de assuntos. Descreve a angústia e o tédio da adolescência. Comenta o noticiário, a política, o Brasil e a pandemia. Analisa a língua portuguesa, os modismos importados na Faria Lima, a pecha de preguiçoso do carioca, as manias lusitanas e os cacoetes franceses. Há dois temas, no entanto, que se sobressaem em meio a tantos outros: o amor e o sexo, que aparecem sempre acompanhados de boas doses de niilismo, paranoia, obsessão e autoironia. São flertes que não chegam a se concretizar, ou que até se concretizam, mas não terminam exatamente como o esperado. No fim das contas, parece que o prazer, quando vem, sempre traz a reboque um inexplicável medo de morrer. Em Sonetos de amor e sacanagem, Gregorio se apropria com maestria da forma fixa do soneto e retrata, com sua verve singular, a tragicomédia contemporânea – feita de encontros e, sobretudo, desencontros.
Gregório Byington Duvivier é um ator, humorista, escritor, roteirista e poeta brasileiro. Ficou conhecido pelo seu trabalho no cinema e no teatro e, a partir de 2012, destacou-se como um dos criadores dos esquetes da série Porta dos Fundos, veiculada pelo Youtube.
É autor dos livros "A partir de amanhã eu juro que a vida vai ser agora" , "Ligue os pontos - Poemas de amor e Big Bang" e "Put Some Farofa".Também assina uma coluna semanal na Folha de São Paulo.
Recebemos o nosso exemplar de Sonetos de Amor e Sacanagem e algumas horas (e muitas sublinhadas) depois já tínhamos lido duas vezes.
Não estamos dividindo isso para nos exibirmos como rápidos leitores (até porque não necessariamente ler rápido é algo bom) mas por duas razões; 1. O livro é de fato super curtinho e rápido, considerando que ele é composto por sonetos, mas não por isso menos impactante. Tem versos como "Nunca entendi direito o que nós fomos mas isso não nos impediu de sermos" que estão com a gente até agora e vão ficar - já prevemos os mudernos fazendo tatuagens delas por aí. 2. A escrita do Gregório, hilária e profunda ao mesmo tempo, é viciante. Só não dá pra parar.
É um livro que gostaríamos de ter escrito, pela capacidade desse querido carioca de colocar em poucas palavras sentimentos tão profundos. Bom para ter sempre ao lado e abrir uma página aleatória todo dia ou para presentear aquela pessoa especial..
Funcionou bem pra mim como uma leitura rápida pra tentar retomar o ritmo.
O livro começa muito bem, e os primeiros poemas me fizeram rir. Definitivamente funcionou juntar a fórmula rígida do soneto com alguma irreverência e sarcasmo.
Aos sonetos engraçados ele junta uns fofos e alguns genéricos. Em outros é possível dizer que ele confunde sacanagem com falocentrismo.
Eu gosto muito dos textos do Gregorio Duvivier e comecei a leitura dessas poesias com bastante interesse. Porém, achei a coletânea um tanto irregular. Alguns poucos sonetos são bem engraçados, outros não fizeram qualquer sentido pra mim e a maioria é apenas correta, sem nenhum brilho especial. Pareceu-me uma obra mais pra o autor se divertir do que pra atingir o público.
Gregório é apaixonante! Ele tem um ritmo, uma energia e uma paixão inexplicáveis pela língua, pelas palavras e pela vida. A sua atenção e carinho aos detalhes é fascinante e sua veia cômica transborda em cada vírgula. Um livro de sonetos para ler e re-ler, sempre.
Gostei da montanha russa: momentos hilários, momentos reflexivos e até depressivos. Pela idade e geração, me identifiquei com muitas coisas, mas com outras nem tanto (tenho muito cabelo).
Eu acho o Gregório um excelente humorista e crítico. Seus scatches do Porta dos Fundos, e Greg News são ótimos, mas este livro é sofrível! Realmente muito chato!
A diversão de ler sonetos propositalmente limitados ao formato enquanto brinca com o anarquismo temático referencial dos irmãos Marx e um Millôr cronicamente online.
os sonetos são engraçados, mas não o tipo de graça que eu rio com :) já o "soneto verde e amarelo" é belíssimo!! enfim, estética bonita e escrita simples👍🏼
Um livro leve, muito cómico e que tem de ser partilhado com mais pessoas!
Li durante uma viagem com amigos e tive de partilhar alguns sonetos com as pessoas com quem esta... Informo que o preferido de todos foi... Soneto Português! ahahahah