Neste livro estão reunidos 40 textos do jornalista e escritor Mario Sabino, publicados originalmente em dois importantes veículos de imprensa de que é sócio-fundador: a revista Crusoé e o site o Antagonista.
Num estilo que prima pela clareza, a lucidez, a erudição e o humor, o autor reflete sobre os dilemas e desafios de sua profissão face à “progressiva ideologização das redações”; analisa a situação política e institucional do país sob a liderança do PT, a ascensão de Bolsonaro, os excessos cometidos pela Operação Lava Jato, os erros e acertos do nosso sistema Judiciário; discute as tentativas recentes de fragilizar a democracia brasileira, o mal no mundo contemporâneo e vários outros temas da atualidade.
Para Diogo Mainardi, “o Mario é o maior pauteiro do Brasil. Todos os temas que circularam pela imprensa nos últimos anos entraram de um jeito em seu computador e saíram de outro – mais inteligente, mais surpreendente, mais bem escrito”. E, como bem observou Miguel Sanches Neto sobre Sabino, “podemos não concordar com análises e julgamentos que ele faz (.), mas o conjunto de artigos aqui enfeixados atesta uma vocação para o dissenso, tanto à direita quanto à esquerda. Essa talvez seja a melhor postura intelectual hoje: estar acima das milícias e das militâncias.
Mario Sabino nasceu em São Paulo, a 7 de Abril de 1962, é um jornalista e escritor brasileiro. Foi redator-chefe da revista "Veja" até o final de 2011. Sabino começou a trabalhar como jornalista no jornal Folha de S. Paulo em 1984, na função de editor da seção Livros. Foi editor de Cultura da revista Istoé e subeditor do Caderno 2, do jornal O Estado de S. Paulo. Na revista Veja, entrou em 1994 e tornou-se redator-chefe em 2004. Foi anunciado, em novembro de 2011, que sairia da Veja no início de 2012, para dedicar-se a outros trabalhos. No mesmo ano, porém, recebeu e aceitou o convite de Roberto Civita para ser correspondente da revista em Paris. 3
Como escritor, iniciou carreira em 2004 ao publicar O Dia em que Matei Meu Pai, publicado na Holanda, Austrália, Nova Zelândia, Itália, França, Argentina, Coréia do Sul, Romênia, República Tcheca e Inglaterra, além de Portugal. É autor de O antinarciso, de 2005, livro de contos ganhador do Prêmio Clarice Lispector, conferido pela Biblioteca Nacional. Escreveu ainda A Boca da Verdade (contos), de 2009, e "O Vício do Amor", de 2011, seu último romance, traduzido na Holanda. Alguns de seus contos foram publicados nas revistas The Drawbridge (Inglaterra), Words Without Borders (Estados Unidos), "Granta" (edição brasileira da publicação inglesa), "Dicta&Contradicta" (Brasil) e "Portal 9" (Líbano).