Como estabelecer limites, lidar com temas difíceis e melhorar os relacionamentos através da comunicação não violenta. Em Conversas corajosas, Elisama Santos, psicanalista, consultora em comunicação consciente e educadora parental, nos propõe a um mergulho no autoconhecimento, a partir dos pilares da comunicação não violenta (CNV). A CNV foi desenvolvida por Marshal Rosenberg, autor de frases “Quando compreendemos as necessidades que motivam nosso próprio comportamento e o de outros, não temos inimigos” e “A CNV nos ajuda a nos conectarmos uns com os outros e com nós mesmos de uma forma que permite que nossa compaixão natural floresça”.Elisama, que chegou à lista dos livros mais vendidos do país, guia leitoras e leitores em sete capítulos, desenhados por meio de histórias vividas, lidas ou ouvidas. Nessa jornada, é possível entender o que é coragem – e como ela pode guiar as suas ações – e qual a importância, nos relacionamentos, de conhecer os próprios limites e o que realmente importa para você.Autora celebrada, Elisama também ajuda a identificar, sem procurar por mocinhos(as) e vilões(ãs), as pequenas chantagens emocionais do dia a dia – as que fazemos e as que recebemos – e como sair delas. Faz com que percebamos que relacionamentos pedem mais que amor e nos oferece ferramentas para chegar a uma comunicação mais clara, capaz de chegar a um meio-termo entre os próprios desejos e os do outro.Especialista em comunicação consciente, ao abordar a segunda camada das nossas conversas, Elisama nos ensina a como escutar para além das próprias projeções. No tópico “Lidando com temas difíceis”, ela nos apresenta caminh
um dos poucos livros de não ficção que me fez chorar.
comecei a leitura achando que finalmente entenderia o que havia de errado com o outro e como eu podia consertá-lo. em vez disso, fui convidado a olhar para as minhas próprias imperfeições, defeitos e erros. fui convidado a abraçar o que me tornava humano, entender que eu não sou, nem posso ser, perfeito.
elisama santos traz ideias valiosas sobre como nos comunicamos em geral, além de dicas práticas de como lidar com nossas relações. esse livro é infinitamente melhor do que eu imaginei e esperava, ele vai fundo nos assuntos e faz um excelente trabalho em nos ajudar a reconhecer nossa dor.
alguns destaques:
"[...] lembrar que o que pensamos sobre a realidade e o que ela de fato é não são a mesma coisa; e entender que os nossos julgamentos falam sobre nós, não sobre o outro."
"Já que não falamos apenas por falar, o que desejamos com as nossas palavras? Quer ter um retorno, saber o que a pessoa pensa a respeito do que você disse? Então, é melhor perguntar do que se irritar por ter falado e a pessoa ter permanecido em silêncio."
"Temos medo de dar nome às coisas, porque assim não poderemos mentir para nós mesmos e criar justificativas para as atitudes do outro que nos machucam. Mas não dar nome não diminui a nossa dor."
"Quando alguém precisa desabafar e nos conta o seu problema, deseja a validação da sua dor. Deseja o reconhecimento de que o que sente importa. Quando aconselhamos, fazemos justamente o oposto. 'Seu problema tem solução, toma ela aqui! Como você ainda não havia pensado na forma de resolver isso?'"
"Lembre-se de que, todas as vezes que você acredita ter a solução para os problemas do outro, você está dialogando com o seu ego, não com a pessoa."
"Quanto de energia você tem gasto buscando manter a absurda promessa de que nada vai acontecer? Que conversas tem evitado, de que assuntos tem fugido, de que encontros tem desviado? Quanto da sua força real tem anestesiado buscando entorpecer a dor?"
"Por anos a fio, aprendemos que merecemos carinho, respeito e amor quando somos impecáveis, quando agimos conforme a cartilha. Acontece que merecemos amor sempre."
Que livro importante e necessário! Fiz várias reflexões importantes durante a leitura, sobre a minha criação e a de pessoas próximas a mim e acho que todo mundo precisa ler esse livro! Primeiro pra entender a violência com que nos dirigimos a palavra às pessoas em muitas situações, mas também para nos entender melhor, perceber quando estamos fazendo chantagem emocional ou quando estamos frustrados com nossas próprias expectativas. Enfim, é um livro pra ler e reler muitas vezes pra tentar absorver bem todas essas informações que o livro nos traz.
Ler Elisama é sempre um privilégio prazeroso! Com uma leitura fluida, Elisama não nos promete uma receita de bolo pronta ou a garantia de sucesso mas nos convida a refletir e avaliar sobre os nossos sentimentos, julgamentos e relacionamentos; isso não é um livro de auto ajuda mas um arcabouço de conhecimentos e práticas que podem gerar um emocional mais saudável e conectado com seus valores e sentimentos, ou seja, mais honesto com você e com as pessoas ao seu redor ;) Vale à leitura!
Um dos melhores livros que li na vida. A CNV é um caminho maravilhoso para enriquecer nossas vidas e relacionamentos, inclusive o relacionamento consigo mesmo. Fiquei com vontade de ler mais de Elisama Santos.
A obra mais recente de Elisama é um convite para diferentes conversas corajosas sejam elas internas ou externas. Envolto de reflexões sobre o motivo pela qual a norma social demanda mais aparência do que essência, o livro nos traz maneiras de fazermos as pazes com o medo, nos apresenta o quanto o machismo estrutural gera rótulos nas mulheres, nos lembra que a vida é mais leve quando aceitamos as nossas feiuras, nos provoca a normalizarmos o não e a reconhecer os nossos limites, nos convida a cuidar de nossas dores, nos coloca em um espectro que diferencia a realidade, do que enxergarmos, do que estamos sentindo e do que necessitamos, nos traz que a educação tradicional é baseada em chantagem emocional, nos lembra que cada fala ou gesto do outro fala mais sobre o nosso mundo interior do que sobre nós, nos sinaliza que a empatia é a disposição para ver a outra pessoa, nos propõe a perguntar mais e afirmar menos e, nos aponta para a vulnerabilidade que é viver. Mais do que uma leitura sobre Comunicação Não Violenta, a obra é uma coletânea de saberes sobre generosidade, luta, amor, vida, relações e autocuidado.
A seguir, compartilho algumas frases que me marcaram: - “O medo de perder o carinho, a admiração e a aceitação de quem está ao nosso redor nos faz caber”. - “Uma relação que não nos permite dizer não é uma relação difícil demais para estar”. - “Nós nos definimos pelo que fazemos e realizamos, e nos desconectamos da potência de simplesmente existir”. - “Palavras como sempre, nunca, frequentemente, raramente também engessam a pessoa em apenas um comportamento, além de despertarem uma reação de autodefesa imediata quando utilizamos em uma conversa”. - “Aprendemos a fugir da tristeza, da ansiedade, da frustração, como se fosse possível selecionar o que vamos sentir”. - “Em nossa sociedade, aprendemos a sermos gratos por muito pouco e entendemos que a gratidão nos vincula eternamente a quem nos ajudou quando precisávamos”. - “A expectativa que colocamos sobre os relacionamentos é irreal". - “Permitir que a dor do outro se mostre, é de certa forma assustador”. - “Enquanto a simpatia busca agradar o outro a partir do que pensamos e desejamos, a empatia se dispõe a uma aventura pelo mundo interno do outro”. - “Distribuir doses de sabedoria, disputar o prêmio de perdedor patético, virar um biscoito da sorte, incorporar o investigador policial, roubar a cena e sofrer mais do que quem desabafa são formas de atrapalhar a conexão e dificultam a empatia”. - “A construção de uma sociedade mais justa e igualitária pedirá conversas mais dolorosas e incômodas”. - “Quanto de energia você tem gasto buscando manter a absurda promessa de que nada vai acontecer? Que conversa tem evitado, de que assunto tem fugido, de que encontros tem desviado? Quanto da sua força real tem anestesiado buscando entorpecer a dor?”.
O livro explora a importância da coragem nas relações interpessoais, comparando-as a uma dança que requer sintonia e compreensão dos limites de cada um. A autora enfatiza que a coragem é essencial para tomar decisões, enfrentar medos e aceitar imperfeições, especialmente em um contexto onde as mulheres são pressionadas a buscar a perfeição. A obra discute como a educação e normas sociais moldam a dificuldade em estabelecer limites e dizer não, levando a uma dependência emocional confundida com amor. A comunicação não violenta é apresentada como uma ferramenta para praticar a empatia e estabelecer limites saudáveis, enquanto a vulnerabilidade é vista como uma parte crucial das conversas significativas. Santos argumenta que a verdadeira coragem não é a ausência de medo, mas a disposição de seguir o que sentimos, reconhecendo que somos dignos de amor e respeito, independentemente de nossos erros. A obra convida à reflexão sobre a autenticidade nas relações e a necessidade de enfrentar desafios emocionais para uma vida mais plena.
O livro possui como subtítulo: “como estabelecer limites, lidar com temas difíceis e melhorar os relacionamentos através da comunicação não-violenta”; logo, tem objetivos bem ambiciosos para argumentar. Pontos positivos 1 de fato, é importante se comunicar e, antes de tudo, como se comunicar; 2 a escrita fluida e cada fim de capítulo contém um pequeno resumo do que foi tratado; 3 há o apelo para aceitar a si, conhecer a si e melhorar a si – sem que isso implique em reducionismo. Pontos negativos: 1 algumas situações hipotéticas soam estranhas demais, pois a forma que a conversa é tida como “ideal” soa falsa; 2 creio que a escritora se alongou no decorrer dos capítulos a ponto de alguns pontos terem se tornado repetitivos.
As conversas mais importantes da sua vida vão escancarar as suas vulnerabilidades. Vão apertar seu coração e fazer você perguntar a si mesmo se não é melhor deixar tudo como está. Não haverá garantias. Nunca há. Lembre-se de que é na conexão com seus sentimentos e suas necessidades que está sua força.
Está é a frase que resume o livro… Uma obra ótima, didática, mas que na minha opinião se torna um pouco repetitiva e cansativa conforme vai se desenvolvendo. Talvez seja proposital, uma maneira de se certificar que cada ponto foi entendido pelo leitor, mas para mim tornou a leitura um tanto quanto arrastada e maçante.
A ideia central do livro é ótima e os diversos insights que ele proporciona também, mas para mim o conteúdo poderia ter sido mais resumido.
Em ‘Conversas Corajosas’, Elisama Santos nos guia para transformar relações por meio da empatia, compaixão e fluidez na comunicação. Com uma escrita leve e poética, a autora explora a importância de ouvir com presença, escolher palavras que constroem conexões e ter coragem de ser vulnerável.
O livro, inspirado na Comunicação Não-Violenta, apresenta reflexões e exemplos práticos para lidar com conflitos e melhorar as trocas diárias. Elisama destaca que cada conversa pode ser um espaço de cura ou tensão, incentivando diálogos mais respeitosos e genuínos.
Ideal para quem busca melhorar suas relações pessoais e profissionais, o livro é um convite à transformação por meio do poder da palavra.
Gostei bastante do livro. A autora trata do assunto com leveza, porém de maneira bastante informativa, trazendo exemplos de situações que vivenciou pessoalmente ou dentro de seu círculo de amizades, tornando os ensinamentos mais palpáveis e aplicáveis. Ela também oferece referências bibliográficas interessantes, sobretudo sobre vulnerabilidade e chantagens emocionais.
Leitura bastante filosófica, mas com temas importantes e difíceis de serem aprendidos. Quase uma terapia que nos leva a pensar e mudar nossa forma de agir em situações de pressão emocional e medo. Contém posicionamento político e social da autora de forma sutil, então esteja aberto para ouvir pensamentos que podem diferir dos seus.
Achei a leitura interessante apesar da minha expectativa para o livro ter sido diferente. Como já li outros livros sobre o tema achei algumas informações repetidas, mas que são boas de serem relembradas.
Demorei muito pra terminar de ler esse livro, não sei ao certo o motivo, talvez a digestão fosse mais lenta, talvez fosse parecido com muito do que já li, mas confesso que no final me apaixonei e até chorei. Super indico pra quem quer ter conversas corajosas consigo mesmo para ter com os outros.
Uma livro pessoal e objetivo. Um balde de água fria e ao mesmo tempo um colo aconchegante. Relutei muito para ler e tive dificuldades para engatar na leitura, mas quando me envolvi foi muito gratificante.
Gosto muito de ouvir a Elisama, mas não sei se os livros são pra mim. Acabo achando muito repetitivo, talvez seja pela proximidade que já tenho com os debates que ela traz. Talvez eu não seja parte do público alvo? Mesmo assim sempre tem reflexões importantes e uma escrita bem sensível (me emocionei no início da leitura em alguns momentos). 3,5⭐️
"Dizer o que pensa, demonstrar limites e reclamar de qualquer coisa é motivo suficiente para receber o rótulo de menina malcriada. E Deus nos livre de recebermos esse rótulo, porque meninas malcriadas não são elogiadas, não recebem nota 10, não são o exemplo."
Nasça dissidente e essas coisas automaticamente acontecerão com vc <3"
Quando li “Comunicação não Violenta”, fiquei com a impressão de que o Marshall Rosemberg escreveu uma linda e bela utopia. Apesar de querer muito pratica-la em todas suas nuances, achava impossível ela ser real.
A Elisama Santos fez diferente. A forma como ela escreveu não me deixou dúvidas de que é possível ter conversas corajosas e praticar a CNV de uma maneira não utópica. Ela escreve de maneira tão acolhedora, cuidadosa, carinhosa. É um afago. Estou absolutamente rendida ♥️
Livro profundo e envolvente. Com lições valiosas a cada página, por isso ele é um daqueles livros para se ter sempre na cabeceira da cama e com vários destaques ao longo da leitura.
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