Largos anos decorridos após a publicação inicial dos Fundamentos da Doutrina da Ciência, em dois fascículos, nos anos de 1794/1795, Schelling recordará ainda o início da sua própria filosofia “naqueles bons tempos, em que o espírito humano se soltou, com Kant e Fichte, das suas cadeias, para a liberdade efetiva”. O texto que agora apresentamos em tradução para o português inaugura o primeiro grande capítulo do Idealismo Alemão, período filosófico de que Schelling exprime, com aquelas palavras, a origem temática e histórica. As Lições que Fichte pronuncia em Iena, em 1794 e 1795, marcam o início de uma breve carreira do filósofo na universidade dessa cidade, para onde foi convidado para ocupar a cátedra deixada vaga por Reinhold, carreira interrompida poucos anos mais tarde por uma polêmica acusação de ateísmo. Fichte é saudado, na ocasião, como o grande continuador da obra de Kant, o “verdadeiro Messias da razão especulativa, o filho legítimo da promessa de uma filosofia inteiramente pura, subsistente em si e por si própria”. Diogo Ferrer
Johann Gottlieb Fichte was a German philosopher. He was one of the founding figures of the philosophical movement known as German idealism, a movement that developed from the theoretical and ethical writings of Immanuel Kant. Fichte is often perceived as a figure whose philosophy forms a bridge between the ideas of Kant and the German Idealist Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Recently, philosophers and scholars have begun to appreciate Fichte as an important philosopher in his own right due to his original insights into the nature of self-consciousness or self-awareness. Like Descartes and Kant before him, the problem of subjectivity and consciousness motivated much of his philosophical rumination. Fichte also wrote political philosophy, and is thought of by some as the father of German nationalism. His son, Immanuel Hermann Fichte, was also a renowned philosopher.
Livraço. Comecei a leitura em grupo, com os amigos de sempre, alternando uma semana com o Fichte, e a outra na CRP do Kant. Lemos até quase o final da parte teórica, até que o grupo teve que encerrar por novos compromissos. O Kant tá on-hold porque a CRP é enorme e eu pessoalmente acho o Kant muito chato de ler; continuei lendo o Fichte sozinho porque é muito mais divertido e a escrita é bem parecida com a do Hegel, que por mais difícil que seja, é muito entusiasmante de ler. Não esperava que o Fichte fosse ter tanto impacto nas minhas questões do mestrado. Desde o início, toda a questão do livro é sobre o princípio de identidade e a pressuposição. Mais uma vez, aqui, o pôr dos pressupostos e o problema interior/exterior. Na parte prática, Fichte vai mais longe e discute frontalmente os problemas do que, posteriormente na psicanálise, vai ser discutido em termos do princípio de realidade. Fichte é muito peculiar. O Eu absoluto como pondo a si próprio absolutamente, e pondo o não-eu quase que inconscientemente (Fichte dá diversas indicações sobre o caráter involuntário e não-consciente do pôr do não-eu) é uma dedução teórica muito robusta. Hegel vai pegar bastante no pé do Fichte em termos do recurso à representação para resolver problemas lógicos e o recurso à desambiguação para "resolver" as contradições (algo bastante presente em Kant). Com isso em mente, é bem mais claro o procedimento de Fichte. Um livro incontornável.
ich verstehe und verstehe auch nicht wie andere leute es nicht mögen können ig mein ich hatte die vorstellung und konnte das eigene verständnis mit dem fichtes synthesieren