Neste romance de estreia, em que o desejo assume o papel principal, Lua Menezes nos convida a descobrir a delícia de ser mulher.
A sexualidade feminina foi insistentemente silenciada ao longo da história – e até hoje as mulheres sofrem as consequências. Lua Menezes, criadora do Lasciva Lua, começou a escrever literatura erótica justamente porque queria construir narrativas que colocassem a mulher no seu devido lugar: dona de seu corpo e protagonista de seus desejos.
Rio profano é o primeiro romance de Lua. Nele, a jovem Mel entrega-se de corpo inteiro a paixões e seus prazeres. Nessa jornada de autoconhecimento, mergulhada nas torrentes do amor e do sexo, ela deve buscar sua própria essência, abrindo espaço em si mesma para, enfim, receber o outro.
Esse não é o meu gênero usual de leitura, e por isso a parte mais erótica não me interessou muito, assim como achei as cenas, dramas e as trocas entre os personagens um pouco repetitivas.
Dito isso, acho que a autora conseguiu escrever um romance erótico super atualizado, feminista e não heteronormativo, até poético.
O que eu não esperava, era o final, que me deixou em lágrimas. Me identifiquei muito com o trajeto e descoberta da protagonista, e gostei muito do modo como o final deu sentido ao livro todo.
Tesão, romance, deleite! Ajudou na minha libido, na minha imaginação e me fez questionar padrões heteronormativos/monogamicos. Escrita poética, fácil de ler e ao mesmo tempo profundo. Recomendo muito!
É um livro interessante, bem existencialistão. A personagem principal me incomodou um pouco porque (ainda que o plot seja a contradição de seus sentimentos) trai a própria construção algumas vezes na trama. Também achei que em alguns momentos a trama fica muito "solta" e talvez seja até a intenção, mas eu não curti essa característica.
As cenas de sexo são bem descritas e o livro é bem escrito no geral ( o que eu acho bem difícil encontrar em livros que falam de sexo hoje em dia). Esse é um ponto positivo. Um livro que fala de desejo e contradições do desejo, aborda o sexo abertamente e não é tão piegas quanto a maioria. A boa escrita faz diferença nesse sentido.
Não é um livro que me capturou avassaladoramente do jeito que imaginei quando li a sinopse, mas é aquilo, expectativas são responsabilidade minha e não da autora hahaha
Em resumo, é um bom livro. Com pontos fortes e fracos, mas vale a leitura
Incialmente dei 3⭐️ mas fiquei pensando que poderia até ser 2. Vou deixar 3 porque acredito nas avaliações iniciais. A ideia era ler um livro erótico que não fosse machista e/ou pensamentos conservadores e pelas avaliações parecia ser o que Rio Profano se propõe. Porém, acredito que escondido na ideia de empoderamento feminino e não-heteronormatividade a história falhou em tudo. Falhou no romance, no erótico, na militância e principalmente em narrativa. Se o que importava era chocar as pessoas pelas descrições de sexo, já li livros com capas de homem seminus que foram escritas melhores.
Esse livro foi o meu preferido do ano. Além de amar tudo que a Lua produz de conteúdo, a escrita dela é terapeutica. Nesse primeiro romance da escritora, o livro lembra um diário, onde a protagonista Mel demonstra seus sentimentos, ciúmes e conta algumas de suas aventuras. Destaco que não é só isso e que o livro vai além de toda a sensualidade. Diferente de um romance erótico, as palavras trazem também profundas reflexões com a forma que vemos o amor, nada precisa ser para sempre e carregar o peso de que tudo precisa durar é só mais uma forma de não aproveitar quando se tem. Amei demais a leitura e achei ARREBATADORA.
"Não existe felicidade verdadeira sem coragem de olhar para a sombra, sem cuidar do que está ferido". Leiam essa mulher incríveel!
Rio Profano trouxe discussões interessantes, como empoderamento feminino, liberdade sexual e autoconhecimento. Contudo, apesar de eu ter gostado de reflexões apresentadas pela personagem principal no começo e no final da história, não gostei tanto da forma como a narrativa foi escrita. Para mim, tornou-se repetitiva, com cenas de sexo que perderam um pouco o seu propósito inicial. Além disso, eu queria entender melhor porque Mel estava se agarrando à relação com Davi. Em geral, acho que foi interessante ler um livro desse gênero e ele foi fácil de ler, mas não foram personagens ou uma história que me atraíram muito. Nota: 2.5 estrelas.
Muito bom! Esse é o tipo de livro pra quem quer ler algo que rompe com padrões. Esse aqui é desconstrução total: tem trisal, relação hetero, relação LGBTQIA+, arte, teatro, putaria, etc. Fantástico, super tocante, é um total de 0% clichê, a escrita é totalmente original e muito fluida. É um livro muito intenso e uma das minhas partes preferidas é que ele se passa aqui no nordeste. Vale demais a leitura, é encantadora ♡
Romance erótico, autobiografia da Lua Menezes, que aflora em nós muito mais do que a sexualidade em si: nos guia por um caminho de pensar sobre o que buscamos no outro com quem nos relacionamos.
Como o sexo faz parte desta busca. O que não queremos olhar em nós mesmas quando estamos imersas em ciclos de descobertas e prazeres.
Final surpreendente, de um livro delicioso, que flutua entre aflorar sua libido até reflexões profundas sobre autoamor e relacionamentos.
Achei legal ser um livro com cenas de sexo narradas e vividas de uma forma feminista, não patriarcal, e não estereotipada, pra agradar homens. Gostei da ambientação do livro, dos romances vividos, da forma verdadeira e ao mesmo tempo poética que foi narrada a história, dá uma sensação de liberdade o amor que a personagem principal viveu. E gostei do final, libertador e doloroso ao mesmo tempo.
Romance sensual e intenso. Intensidade essa que só pode ser trazida por um quê de juventude aberta as experiências e ao amadurecimento. Se você já entendeu que o amor não dói, vai terminar o livro com raiva do Davi rs
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(3.5/5) Já gostava bastante dos contos da newsletter da Lua e há tempos sou fã do trabalho dela, então a boa escrita no gênero não foi surpresa pra mim. Gosto da maneira feminina com que ela consegue construir a excitação, de uma maneira harmônica, sem cair na pieguice ou na vulgaridade. Existem cenas muito bonitas. Foi um deleite. Mas é uma história da juventude dela, então a experiência da leitura erótica pra mim peca um pouco por toda essa atmosfera xofem, extremamente idealista, militante do amor livre, totalmente dirigida pelo sedução sexual como arma feminina e pela vaidade induzida por um corpo bonito. Isso foi um pouco incômodo pra mim e acho que prejudicou o enriquecimento da trama. Mas é uma excelente opção de literatura erótica nacional, especialmente pra mulheres nos seus vinte-e-poucos-anos.