Albano Martins faz parte daquela geração de poetas pós-presencistas e pós-neo-realistas que apostam decisivamente na economia verbal, como forma de explosão simbólica em busca de uma semiótica do inefável. E o social? A língua é, ela própria, no dizer de Saussure, uma instituição social. E este social da língua, que a poética de Albano Martins envolve por um notável sentido da estética, da ekstasis, como queria Longino -, manifesta-se particularmente pela sensorialidade metaforizada e inter-semioticamente traduzida em linguagens tecidas de elementos da Natureza: estáticos ou dinâmicos, mas sempre de alto teor poético.
Albano Dias Martins (6 de agosto de 1930 – 6 de junho de 2018) foi um poeta português.
Nasceu na aldeia do Telhado, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, província da Beira Baixa, Portugal.
Formado em Filologia Clássica clássica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário de 1956 a 1976. Exerceu o cargo de Inspetor-coordenador da Inspeção-Geral do Ensino.
Tendo ingressado, em 1980, nos quadros da Inspeção-Geral de Ensino, passou, em 1993, à situação de aposentado. À data da sua morte, era professor na Universidade Fernando Pessoa, do Porto.
Foi um dos fundadores da revista Árvore e colaborador da Colóquio-Letras e Nova Renascença.
Fez também algumas traduções como "O Essencial de Alceu" e "Cantos de Leopardi", "Cântico dos Cânticos". "Dez Poetas Gregos Arcaico", "O Aprendiz de Feiticeiro", "Dez Poetas Italianos Contemporâneos", "O Aprendiz de Feiticeiro" e "Os Versos do Capitão".
Morreu a 6 de junho de 2018, em Mafamude, Vila Nova de Gaia, onde residia.
Morango. O frágil coração da terra levado à boca Chi avrebbe mai immaginato che un portoghese potesse comporre un haiku così bello? Antologia poetica decisamente sottovalutata (per non dire completamente sconosciuta). Studiare il portoghese mi ha fatto scoprire delle vere e proprie perle liriche. La parte migliore? Ho trovato le fragole anche qui.