Vencedor da 6° Edição do Prêmio Kindle de Literatura
Uma história de amor e ódio, violência e redenção. Ambientada em Fortaleza, A filha primitiva traz luz e sombra para uma geração de mulheres: avó, mãe e filha – unidas pela dor e pelo abandono, separadas pela fé, pelo ceticismo e pelos segredos que guardam. Uma avó negra que esconde quem é o pai da filha. Uma mãe branca que escreve para preencher as lacunas de sua vida e rejeita a maternidade. Um filha que recebe a raiva de mãe para filha e já nasce sentindo a dor de ser mulher. Uma ficção imersa numa crueza de linguagem e calcada no real que transforma uma história de ancestralidade em grande literatura.
li numa sentada. foi a 1 hora e meia mais intensa desse ano! livro cru, rude e q aperta nas feridas abertas da sociedade em q a gente vive. o livro eͪ sobre muitas coisas, mas principalmente sobre maternidade
apesar d achar q ele deveria ser mais longo, eu ameiameiamei! uma obra prima!!!
Se prepare para uma história realista, cruel, sangrenta e com base nas relações familiares que muita das vezes estão escondidas por secredos e mistérios que rodam as nossas vidas.
No decorrer desse livro vemos como as pessoas são mudadas pelo meio, em meio ao ódio, violência, a obrigação de se tormar mãe e vivenciar uma nova realidade. Nesse livro vemos como as relações são importantes, uma sobra que segue o caminho de gerações, as quais são unidas pela dor, o abandono e a escuridão que as cerca.
Uma mãe que nega a revelar a paternidade para a filha, uma mãe que tenta preencher as lacunas que foram deixadas e rejeita a maternidade a todo custo. Uma filha que será recebida com raiva e ódio, já sentindo o peso por ser mulher em um mundo machista e estereotipado.
Um livro que mostra uma realidade cruel, uma busca por suas origens e a história de vidas que são marcadas por mudanças.
Três gerações de mulheres estão ligadas por laços familiares, histórias de dor, ódio e conflitos. A avó rejeita completamente seu passado, esconde da filha qualquer informação de seu passado. A filha é uma mãe que não quer ser mãe, luta para cuidar de sua bebê, a contragosto. Pelos olhos dessa mulher, mãe e filha, acompanhamos o drama dessa família, que por tempo demais escondeu o passado, é hora da verdade vir a tona. No quesito técnico este livro nos traz uma prosa madura, se vale de um certo nível de experimentalismo na linguagem, sobretudo na forma como decide conduzir seus diálogos, deixando o texto falar por si só, sem travessão, sem aspas, o contexto é construído de forma tão perfeita que é possível perceber toda entonação e intensidade de cada fala e de cada narração. O texto corre como uma confissão, uma pessoa magoada, um passado dolorido, traumático, uma vida de merda, de cada palavra no texto escorre rancor e ódio. Em nível emocional, o que este livro fez foi me jogar no chão e tirar qualquer força ou vontade de levantar. As palavras podem fazer a gente sentir muitas coisas, mas é quando cortam que elas são melhores. Poucas vezes terminei uma leitura tão arrasado, e o mais incrível é que o final subverte as expectativas de uma tragédia clássica, preferindo apostar no singelo, no agridoce. O problema é que depois de um livro inteiro recebendo chute nas costelas, um final agridoce não é o suficiente pra fazer a gente levantar do chão. A filha primitiva é um acerto de contas entre mães e filhas, mas é também o acerto de contas entre qualquer pessoa e seus familiares. Não acerta as contas com o resto do mundo, porque esse sim não tem final agridoce pra ninguém. Isso aqui é coisa de leitura obrigatória.
"E você, menina, vê se esquece dessa história de pai. Ele também deve ter esquecido que você existe. Senão, tava aqui."
Escrita crua, potente. Que escancara e esfrega na cara do leitor as dores e as vivências tão dramáticas que as personagens experienciam. É possível se relacionar com ambas, a mãe e a filha, de diversas maneiras. Dá pra enxergar nelas nós, as nossas próprias mães, avós, tias. De alguma forma, essa história me lembrar dos livros de Elena Ferrante. A dor e a dor de ser mulher. A dor e a dor de ser mulher pobre, mulher preta, mulher expropriada até a última gotinha de sanidade e ainda assim, mulher que continua resistindo. Um belo nocaute literário.
[3ª leitura do desafio: troquei tempo de tela por tempo de leitura]
A filha primitiva é um livro super bem escrito. A narrativa é extremamente pesada ao abordar maternidade compulsória e abusos nas vidas das mulheres protagonistas sem nome. Há momentos que para mim a personagem principal que narra o livro age como uma psicopata. Talvez as ausências e o passado tenham feito dela assim. Enfim, apesar de ser um livro bem escrito e com uma história no mínimo instigante, a autora peca por criar uma narrativa extremamente breve. Mesmo com a densidade que exala o livro acaba não sendo tão marcante. É um livro que, no meu ponto se vista, não chegou no seu potencial.
"A gente vai parindo devagarzinho, letra por letra, que se não saem ficam encruadas dentro fazendo mal, ferindo a gente feito felpa que entra no dedo. Tem que tirar com agulha, espremer o pus. Dói parir palavras. Dói mais ainda viver com elas dentro."
Que livro sensacional!! Em poucas páginas é possível sentir tudo: agonia, tristeza, empatia, raiva, emoção e desconforto. Três gerações ligadas pelo sangue mas afastadas pela falta de comunicação. Três histórias que poderiam facilmente descrever a realidade de tantas mulheres pelo mundo.
"A ausência de nome, aliás, designa todas as mulheres do livro, como se a sina de uma fosse de fato a das outras. De certa forma, é."
Não me lembro de ter lido nada tão cru sobre a maternidade e senti o impacto sobre isso. O livro é direto, potente. Embora tenha muita maldade nas ações da narradora, é possível sentir também a sua dor, o peso da falta de se ter uma história, de ter a sua própria verdade e em como isso impacta tudo ao redor da vida dela. Uma vida moldada pela mãe, que só quis dar o melhor que podia. O futuro que ela mesma não teve a chance de conquistar. E no fim das contas, tudo o que ela mais queria era escrever, colocar pra fora tudo aquilo que sufocava.
Achei o final em si muito emocionante e terminei de ler chorando. Senti que no fim, a narradora, ao conhecer a história da mãe, conseguiu sentir a dor que ela também passou, o peso de ser mulher em um mundo tão cruel. E ainda assim, a dificuldade de dar afeto em uma relação que foi construída e moldada pela raiva e pela distância. A identificação com histórias reais próximas à mim aqui foi imediata.
É revigorante ler um livro brasileiro cru, em carne viva e sem medo da possibilidade de um horror objetivo e cotidiano. Mais do que tudo, me interessou a linguagem de Vanessa Passos que habilmente evita clichês poéticos, com as constantes sinestesias e metáforas tão onipresentes em nossa literatura e que, particularmente, têm me cansado esses tempos. É o peso de se escrever no mesmo país de gigantes como Clarice e Guimarães Rosa, nossas palavras muitas vezes se perdem em suas sombras e esquecemos que esse também é o país de Graciliano Ramos e que, às vezes, a objetividade dura da qual nossa língua também é capaz, pode ser a forma mais eficaz de se contar uma história igualmente dura. Filha primitiva é um retrato tríplice, as três personagens centrais são ao mesmo tempo uma, sem nome e sem passado, desenrolando os fios de seus destinos amargos. A história é sobre maternidades, porém não em aspectos idealizados ou alegres, essas são desagradáveis, cruéis, sofridas. Os afagos são raros, os escarros constantes e ainda assim, inteiramente relevantes num país que ainda luta para reconhecer suas desigualdades.
Acho que esse livro foi menos sobre maternidade e mais sobre identidade. Foi mais explorado quem ela é e a necessidade de saber mais sobre sua origem, a relação com a sua mãe e a relação com os homens da sua vida (os únicos nomeados). Não vi tanto a relação com a menina ou a relação da mãe com ela. Mas foi uma história legal, para se refletir.
gostei muito mesmo! queria muito que ele fosse um pouquinho maior porque acho que daria pra aprofundar ainda mais as relações com a maternidade das personagens. o livro prende muito e a escrita é linda demais (e a narração da audible está maravilhosa, traz muita personalidade pro livro) <3
Avó, mãe e filha. Três mulheres unidas - ou talvez desunidas, afastadas - pela dor e pelo abandono. As dores são enormes, transbordam o papel. A narradora é a mulher do meio, é filha da mãe e é mãe da filha, a menina sem nome. Sem nome estão todas as mulheres da trama, aliás, o que ajuda a caracterizar bem o abandono e a invisibilidade a que estão submetidas. Apenas os homens têm direto a um nome nessa história que Vanessa Passos escreveu de uma maneira crua e arrebatadora. Quem lê sabe que personagem boa é aquela de quem a gente consegue sentir amor e ódio, ter empatia e raiva. Tá aí um exemplo perfeito pra isso: a narradora busca a identidade do pai desconhecido, ao mesmo tempo que cria sua filha sem pai; ela xinga a mãe, ela destrata a filha - e embora a gente veja a crueldade dessas ações, a gente sente as dores dessa mulher. O que justifica nossos sentimentos? O que nos move na vida? “A filha primitiva” é uma história sensacional que, se você ainda não conhece, deve muito conhecer. Não é à toa que tanta gente indica o livro. Mais ainda, é merecidíssimo ter levado o Prêmio Kindle de 2021. Leiam e me contem!
É uma escrita ansiosa acompanhada de uma leitura também agoniada. São personagens sem nomes. Se todo livro seria um livro de memórias, esse aqui são tão coletivas quanto podem ser.
"Minha mãe é uma daquelas personagens que a gente odeia e, ainda assim, não consegue deixar de acompanhar. À primeira vista, uma pessoa simples, negra, analfabeta, trabalhava em casa de família, sem muitos anseios e pretensões. Morava há mais de vinte anos no Conjunto Palmeiras e cozinhava como ninguém. Olhando assim dava até pra sentir pena dela, mas na literatura e na vida nada é o que parece. Essa mesma mulher que chamo de mãe me escondia a vida toda a minha origem."
É uma história curta, mas que te pega de jeito e tem momentos pesados. Uma filha tentando entender a mãe e descobrir sua origem, resgatar um passado que a mãe teima em esconder. Um retrato bruto da maternidade, da pobreza, de servir os outros, de ser abusada, de ser mulher num país machista. A mãe se apega à religião e à neta e sonha em ver a filha ser doutora, enquanto a filha tenta escrever e conciliar o trabalho de professora, o mestrado, a maternidade e essa inquietude de não saber de onde vem. Ela narra com uma honestidade quase cruel e por isso é uma narrativa tão instigante, seus traumas são visíveis e doem na gente. São personagens sem nome vivendo vidas comuns. Mulheres deprimidas, exaustas, que poderiam ser uma conhecida, uma vizinha, uma colega de trabalho. Poderiam ser qualquer uma de nós.
Um livro tão curtinho e com tanta coisa dentro. Tão curto e tão brutal. Tomei tanto soco na boca do estômago que vou precisar de um tempo para me recuperar. Impossível ler sem não ficar mexida. Favoritado, agora vou ali no canto chorar.
Um livro sobre maternidade e linguagem, se é que esses temos podem ser separados. A história de 3 gerações de mulheres não nomeadas se repete, mas sempre de maneira diferente. A crueza da escrita de Vanessa Passos é impressionante. Bom livro!
A filha primitiva, vencedora do Prêmio Kindle 2021, é um livro em formato de verdadeiro "soco no estômago". A obra não busca ser agradável ou embelezar a realidade, mas sim escancarar feridas abertas da nossa sociedade.
A leitura é extremamente relevante, pois traz reflexões profundas sobre recortes sociais, raciais, maternidade e diferentes perspectivas de vida. A narrativa não se preocupa em ser "bela", mas sim em ser verdadeira, mostrando com dureza e sensibilidade situações que muitas vezes são silenciadas.
Apesar de ser curto, não é uma obra que conseguimos facilmente terminar em um único dia ou em poucas horas. Seu conteúdo é denso, forte, impactante, e muitas vezes exige pausas para respirar e assimilar o que foi lido.
No centro da narrativa estão avó, mãe e filha... Três gerações unidas e, ao mesmo tempo, marcadas pela dor do abandono. É nesse entrelaçar de experiências que a obra ganha ainda mais profundidade, revelando como feridas do passado ecoam no presente e moldam o futuro.
O impacto da obra está justamente em nos obrigar a encarar de frente essas realidades, aquelas que preferimos ignorar, mas que moldam a vida de tantas pessoas. É um livro que incomoda, que cutuca e que transforma, deixando marcas muito além da última página.
• SPOILERS | Quotes, Notes & Highlights •
"E você, menina, vê se esquece dessa história de pai. Ele também deve ter esquecido que você existe. Senão, tava aqui."
"A gente vai parindo devagarzinho, letra por letra, que se não saem ficam encruadas dentro fazendo mal, ferindo a gente feito felpa que entra no dedo. Tem que tirar com agulha, espremer o pus. Dói parir palavras. Dói mais ainda viver com elas dentro."
"A ausência de nome, aliás, designa todas as mulheres do livro, como se a sina de uma fosse de fato a das outras. De certa forma, é."
"Minha mãe é uma daquelas personagens que a gente odeia e, ainda assim, não consegue deixar de acompanhar. À primeira vista, uma pessoa simples, negra, analfabeta, trabalhava em casa de família, sem muitos anseios e pretensões. Morava há mais de vinte anos no Conjunto Palmeiras e cozinhava como ninguém. Olhando assim dava até pra sentir pena dela, mas na literatura e na vida nada é o que parece. Essa mesma mulher que chamo de mãe me escondia a vida toda a minha origem."
"(...) todo mundo tem que se apegar a alguma coisa pra continuar vivendo."
"Chorei sozinha, constatando que a minha vida era um inventário de perdas"
"Logo percebemos que, às vezes, ter uma história também é um privilégio de classe e gênero."
"Um nome não é nada. Não é endereço, telefone, não diz como e onde encontrar a pessoa."
Poucas coisas me fazem admirar mais um livro do que a crueza das palavras, sem tentativas de florear sentimentos e ações que tendem a nos deixar desconfortáveis, em “A Filha Primitiva”, a protagonista não coloca panos quentes, ela não se preocupa em ser consumida pela raiva e tampouco poupa de detalhes aos leitores tudo que ela sente e pensa.
Se tornar mãe é um estágio da vida de uma mulher inexorável, gerar uma vida dentro de si, de célula a corpo, é uma doação incomparável com qualquer outra e, mesmo após o parto, é impossível de esquecer que aquele ser que já é de si mesmo não será para sempre uma parte de você — e é partindo das perspectivas plurais de doação que a maternidade na literatura se torna interessante. Para muitas, a maternidade é um presente, uma dádiva; para outras, um fardo e, acho que seja essa a perspectiva mais presente em “A Filha Primitiva”, uma ladra, que não somente roubou parte de seu corpo, como também parte de si e da sua vida. “Pouca coisa sobra da gente depois da maternidade”.
Ao mesmo tempo que a protagonista vive a pessoa “roubada” de uma parte de si, ela também é uma filha e tenta viver como si, mesmo que, muitas das vezes, seja imbuída pela mãe, a viver uma parte da mãe que nunca pôde existir: “Fui levando pra frente as escolhas que eram mais dela do que minhas”. Não fica claro se ser acadêmica seja de fato o que a protagonista sempre quis ser e se ela não tivesse sido tão pressionada pela mãe, ela teria escolhido esse caminho, mas este é um sonho declarado por diversas vezes pela sua mãe e, ao declarar sempre com orgulho as conquistas de sua filha, fica claro que ela vive o sonho através dela — ainda o que pode explicar sua rigidez às escolhas da filha que “mancham” seu sonho perfeito.
Seguindo esse ponto de vista, a obra se entrelaça de maneira perfeita e, acredito eu, proposital, sob a perspectiva de que se trata de três gerações de mulheres cisgêneros e, partindo do fato que todos os óvulos de uma mulher são formados quando ela ainda está no útero de sua mãe, é impossível não relacionar que as três personagens, de certa forma, estiveram quase sempre “aprisionadas” umas as outras, fazendo parte de uma extensão inquebrável.
Sem dúvidas uma das leituras que mais me deixou sem palavras e me assombrou por muitos dias esse ano.
A Filha Primitiva, da Vanessa Passos, é uma leitura intensa, sensível e cheia de camadas. Acompanhar essas três gerações de mulheres, conectadas pelo sangue, mas separadas pelo silêncio, é um exercício de empatia e reflexão. O livro aborda temas profundos como maternidade, a escolha de não ser mãe, abuso e as dores que passam de geração em geração. A falta de diálogo, os segredos e as feridas não ditas formam um retrato honesto e, muitas vezes, doloroso do que acontece em tantas famílias.
Ouvi o audiobook pela Audible, e essa experiência criou uma conexão ainda maior com a narrativa. A história me emocionou várias vezes, mas o final foi um soco no coração – terminei chorando e arrepiada. É uma leitura que nos faz pensar sobre a cura das dores familiares e a importância de quebrar o ciclo do silêncio. Recomendo muito, especialmente para quem reconhece na própria história a força e as feridas de uma linhagem matriarcal.
Arrepiada e chorando... Foi assim que terminei A filha primitiva. Fazia algum tempo que eu não lia nada (eu não diria nem que foi uma ressaca literária, pois durou muitos meses) e pegar uma história que me causou um baque tão grande foi realmente pesado, mas incrível. Ler sobre essas três gerações de mulheres, interligadas por laços familiares, mas ao mesmo tempo tão distantes umas das outras quando se trata de comunicação, é perceber a realidade que muitas famílias enfrentam, os segredos que nossas mães e avós podem nos esconder (e nós escondermos delas) por medo das consequências de falar sobre algo que pode mudar completamente a dinâmica familiar e pela dor de expor algo que nos machuca tanto. Fiquei emocionada em vários momentos, mas o final foi o que mais me pegou... Foi uma leitura fantástica, recomendo muito, principalmente àquelas mulheres que foram criadas em famílias mais matriarcais e percebem essa dor geracional que é repassada e não pode começar a se curar enquanto não falarmos sobre ela.
Eu gostei bastante, achei que retratou como mulheres que tem depressão pós parto não conseguem se conectar com o filho ou filha. Retrata tbm a solidão de uma mãe, como ela se sente em relação a como ela é vista pelas outras pessoas, como as pessoas não tratam ela como um indivíduo próprio e sim só como uma mãe
Um livro cru e real de sobre maternidade, sobre um dos sentimentos mais filtrados e censurados: o amor não gerado pela mãe. pouco se fala sobre isso, sobre a mãe não conseguir ter aquele sentimento que todos comentam, sobre aquele amor infinito e surreal, sobre aquele mar de rosas, esse livro ousou muito e nos deu uma realidade estampada para devorar.