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Geografias #2
Sinopse de Amor e Guerra
Theobald Thomas e Bluma Janek estão fadados a ficar juntos desde que vêm ao mundo. Os livros são o seu ponto de encontro. Mas a Berlim do pós-guerra, uma cidade enlutada e dividida, haverá de contrariar o que o destino parecia ter escrito.
Numa noite de Agosto, sem aviso, o chão de Berlim é rasgado pelos alicerces de um muro o mais famoso da História e a promessa do primeiro beijo fica adiada.
O novo romance de Afonso Cruz parte de uma trama real em que o amor e a guerra se entrelaçam para questionar certos limites, encontrando no fado individual de dois amantes o reflexo de algo o que seríamos capazes de fazer por paixão, que barreiras ultrapassaríamos? Pode o amor saltar muros sem que alguém se magoe?
Numa noite de Agosto, sem aviso, o chão de Berlim é rasgado pelos alicerces de um muro o mais famoso da História e a promessa do primeiro beijo fica adiada.
O novo romance de Afonso Cruz parte de uma trama real em que o amor e a guerra se entrelaçam para questionar certos limites, encontrando no fado individual de dois amantes o reflexo de algo o que seríamos capazes de fazer por paixão, que barreiras ultrapassaríamos? Pode o amor saltar muros sem que alguém se magoe?
138 pages, Kindle Edition
First published December 7, 2021
14 people are currently reading
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About the author
Afonso Cruz
98 books1,976 followersNasceu em 1971, na Figueira da Foz e estudou nas Belas Artes de Lisboa, no Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira e na António Arroio. É escritor, músico, cineasta e ilustrador.
Escreveu seis livros: A Carne de Deus (Bertrand), Enciclopédia da Estória Universal (Quetzal - Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco 2010), Os Livros Que Devoraram o Meu Pai (Caminho - Prémio Literário Maria Rosa Colaço 2009), A Contradição Humana (Caminho - Prémio Autores 2011 SPA/RTP; escolha White Ravens 2011; Menção Especial do Prémio Nacional de Ilustração 2011) e A Boneca de Kokoschka (Quetzal), O Pintor Debaixo do Lava-Loiças (Caminho). Participou ainda nos livros Almanaque do Dr. Thackery T. Lambshead de Doenças Excêntricas e Desacreditadas (Saída de Emergência), O Prazer da Leitura (FNAC/Teodolito) e O Caso do Cadáver Esquisito (Associação Cultural Prado).
Ilustrou, desde 2007, cerca de trinta livros para crianças, trabalhando com autores como José Jorge Letria, António Torrado, Alice Vieira. O livro Bichos Diversos em Versos foi seleccionado pela Biblioteca Internacional de Juventude /White Ravens 2010 e Galileu à Luz de uma Estrela ganhou o Prémio Ler/Booktailors 2011 - Melhor Ilustração Original. Também tem publicado ilustrações em revistas, capas de livros e publicidade.
Em 2007 gravou um disco (Homemade Blues) com a banda de que é membro, The Soaked Lamb, para o qual compôs todos os originais, escreveu letras, tocou guitarra, harmónica, banjo, lap steel, ukulele e cantou. Em 2010, lançou um novo CD, Hats and Chairs, apenas de originais e com vários convidados.
Trabalhou como animador em vários filmes e séries tais como A Maravilhosa Expedição às Ilhas Encantadas; pilotos de A Demanda do R, Toni Casquinha, Óscar, As aventuras de João sem Medo; e vários filmes de publicidade.
Fez layouts para alguns episódios da série Angelitos e realizou vários filmes de O Jardim da Celeste, Rua Sésamo e Ilha das Cores.
Juntamente com mais duas pessoas, realizou uma curta-metragem chamada Dois Diários e um Azulejo, que ganhou duas menções honrosas (Cinanima e Famafest), um prémio do público e participou em diversos festivais internacionais. Também foi o realizador de O Desalmado e da série Histórias de Molero (uma adaptação do livro de Dinis Machado, O Que Diz Molero). Para publicidade destaca-se a campanha Intermarché onde realizou mais de duzentos filmes durante os anos de 2006 e 2007.
Escreveu seis livros: A Carne de Deus (Bertrand), Enciclopédia da Estória Universal (Quetzal - Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco 2010), Os Livros Que Devoraram o Meu Pai (Caminho - Prémio Literário Maria Rosa Colaço 2009), A Contradição Humana (Caminho - Prémio Autores 2011 SPA/RTP; escolha White Ravens 2011; Menção Especial do Prémio Nacional de Ilustração 2011) e A Boneca de Kokoschka (Quetzal), O Pintor Debaixo do Lava-Loiças (Caminho). Participou ainda nos livros Almanaque do Dr. Thackery T. Lambshead de Doenças Excêntricas e Desacreditadas (Saída de Emergência), O Prazer da Leitura (FNAC/Teodolito) e O Caso do Cadáver Esquisito (Associação Cultural Prado).
Ilustrou, desde 2007, cerca de trinta livros para crianças, trabalhando com autores como José Jorge Letria, António Torrado, Alice Vieira. O livro Bichos Diversos em Versos foi seleccionado pela Biblioteca Internacional de Juventude /White Ravens 2010 e Galileu à Luz de uma Estrela ganhou o Prémio Ler/Booktailors 2011 - Melhor Ilustração Original. Também tem publicado ilustrações em revistas, capas de livros e publicidade.
Em 2007 gravou um disco (Homemade Blues) com a banda de que é membro, The Soaked Lamb, para o qual compôs todos os originais, escreveu letras, tocou guitarra, harmónica, banjo, lap steel, ukulele e cantou. Em 2010, lançou um novo CD, Hats and Chairs, apenas de originais e com vários convidados.
Trabalhou como animador em vários filmes e séries tais como A Maravilhosa Expedição às Ilhas Encantadas; pilotos de A Demanda do R, Toni Casquinha, Óscar, As aventuras de João sem Medo; e vários filmes de publicidade.
Fez layouts para alguns episódios da série Angelitos e realizou vários filmes de O Jardim da Celeste, Rua Sésamo e Ilha das Cores.
Juntamente com mais duas pessoas, realizou uma curta-metragem chamada Dois Diários e um Azulejo, que ganhou duas menções honrosas (Cinanima e Famafest), um prémio do público e participou em diversos festivais internacionais. Também foi o realizador de O Desalmado e da série Histórias de Molero (uma adaptação do livro de Dinis Machado, O Que Diz Molero). Para publicidade destaca-se a campanha Intermarché onde realizou mais de duzentos filmes durante os anos de 2006 e 2007.
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Community Reviews
Displaying 1 - 30 of 161 reviews
November 1, 2022
"Abri ao acaso e li que as guerras nunca acabam, são eternas, não me lembro das palavras exactas, a minha memória anda de bengala, mas era mais ou menos isto, sim, era mais ou menos isto: se um ingénuo julga que as guerras acabam quando a paz retorna, está muito enganado, a partir do momento em que a porta de uma guerra se abre, nunca mais se fecha. Acontece o mesmo com o amor. Enquanto a guerra é uma tragédia, a maior de todas, o amor é uma felicidade, a maior de todas, mas há algo em comum: quando se ausentam, qualquer um deles, deixam uma ferida eterna na proporção da perda que oferecem."
December 21, 2021
“Por vezes, agasalho os olhos fechando as pálpebras.”
“Enquanto a guerra é uma tragédia, a maior de todas, o amor é uma felicidade, a maior de todas, mas há algo em comum: quando se ausentam, qualquer um deles, deixam uma ferida eterna na proporção da perda que proporcionam.”
“Enquanto a guerra é uma tragédia, a maior de todas, o amor é uma felicidade, a maior de todas, mas há algo em comum: quando se ausentam, qualquer um deles, deixam uma ferida eterna na proporção da perda que proporcionam.”
February 7, 2022
Em geral, gosto dos livros do Afonso Cruz e por isso acho que são sempre uma boa leitura.
Este não foi excepção, uma história interessante escrita numa linguagem quase poética.
No entanto, houve aspectos que me desiludiram e que tenho de "botar cá para fora". O primeiro é a extensão, a história tinha potencial para ir um pouco mais longe. Segundo foram as fórmulas de escrita, que por várias vezes me recordaram o estilo de "Os livros que devoraram o meu pai". Por fim, Johanna. Não é uma história bonita, como já li em várias reviews. É uma história trágica e cruel.
Este não foi excepção, uma história interessante escrita numa linguagem quase poética.
No entanto, houve aspectos que me desiludiram e que tenho de "botar cá para fora". O primeiro é a extensão, a história tinha potencial para ir um pouco mais longe. Segundo foram as fórmulas de escrita, que por várias vezes me recordaram o estilo de "Os livros que devoraram o meu pai". Por fim, Johanna. Não é uma história bonita, como já li em várias reviews. É uma história trágica e cruel.
October 21, 2022
4,5*
Continuo a gostar muito das histórias e da escrita de Afonso Cruz.
Aqui fez-me lembrar o Carlos Ruiz Zafón (o que é um grande elogio da minha parte), talvez por causa da livraria, mas também por algumas passagens maravilhosas, sobre livros e não só.
Imagina que seguias sempre pelo mesmo caminho de terra batida, onde as ervas não medram porque os nossos pés as pisam. Imagina agora toda a paisagem em volta. Pois bem, quando estamos acordados, esse caminho de terra batida é a nossa vida. Quando sonhamos, saímos desse estreito carreiro e deambulamos pela paisagem. Não há qualquer significado a ser descoberto nos sonhos, o que acontece é que, ao acordar, o nosso cérebro, tendo percorrido outros caminhos além desse carreiro estreito, mantém a possibilidade de um dia os trilhar de facto. Sonhamos para poder criar caminhos que não existem.
Recomendo muito!
Continuo a gostar muito das histórias e da escrita de Afonso Cruz.
Aqui fez-me lembrar o Carlos Ruiz Zafón (o que é um grande elogio da minha parte), talvez por causa da livraria, mas também por algumas passagens maravilhosas, sobre livros e não só.
Imagina que seguias sempre pelo mesmo caminho de terra batida, onde as ervas não medram porque os nossos pés as pisam. Imagina agora toda a paisagem em volta. Pois bem, quando estamos acordados, esse caminho de terra batida é a nossa vida. Quando sonhamos, saímos desse estreito carreiro e deambulamos pela paisagem. Não há qualquer significado a ser descoberto nos sonhos, o que acontece é que, ao acordar, o nosso cérebro, tendo percorrido outros caminhos além desse carreiro estreito, mantém a possibilidade de um dia os trilhar de facto. Sonhamos para poder criar caminhos que não existem.
Recomendo muito!
January 9, 2022
Projeto #alerportugal
December 12, 2021
Um pequeno romance que todo ele é sentimento, onde coexiste amor e ódio. Um amor profundo. Predestinado. Apartado por um muro. "... se me perguntarem o que é a vida depois da morte, ou a separação física, que vai dar no mesmo, respondo que é isso: a silhueta que deixamos nas paredes da alma de quem nos ama. " (pag.117)
A narrativa tem o cunho de Afonso Cruz em que se conjuga várias latitudes serenamente ponderadas num olhar reflexivo que varia entre o fatalista e o terno sobre a natureza humana. E os livros, sempre os livros, que os tios de Theobald, donos de uma livraria, serviam numa bem intencionada pausa de sabedoria e ironia.
"Instantes de eternidade, pequenos episódios de sentido que dão propósito e nos enquadram no mundo, não como seres insignificantes, mas como seres insignificantes que amam. E isso muda tudo." (pag.140)
Sinopse de amor e guerra é o segundo na coleção Geografias: narrativas que partem de uma viagem ou de um lugar. Berlim é a cidade. Não estive atenta mas li Princípio de Karenina que foi o primeiro, e remonta à Cochichina.
Romances que nos fazem crescer e devem ser lidos por quem tem alma de leitor.
A narrativa tem o cunho de Afonso Cruz em que se conjuga várias latitudes serenamente ponderadas num olhar reflexivo que varia entre o fatalista e o terno sobre a natureza humana. E os livros, sempre os livros, que os tios de Theobald, donos de uma livraria, serviam numa bem intencionada pausa de sabedoria e ironia.
"Instantes de eternidade, pequenos episódios de sentido que dão propósito e nos enquadram no mundo, não como seres insignificantes, mas como seres insignificantes que amam. E isso muda tudo." (pag.140)
Sinopse de amor e guerra é o segundo na coleção Geografias: narrativas que partem de uma viagem ou de um lugar. Berlim é a cidade. Não estive atenta mas li Princípio de Karenina que foi o primeiro, e remonta à Cochichina.
Romances que nos fazem crescer e devem ser lidos por quem tem alma de leitor.
September 5, 2022
3,5 ⭐️
Não estava a contar com aquele final, fui apanhada de surpresa e gostei disso!
--------------------------------------------------------------
Review:
Afonso Cruz tem um estilo muito próprio e todos os seus livros se caracterizam por uma escrita muito bonita e poética, que toca sempre os leitores de forma especial 🤗
⠀
“Sinopse de Amor e Guerra” não foi exceção e traz-nos uma bela coleção de frases e pensamentos, que queremos sublinhar para guardar e refletir. No entanto, em termos de história, não me arrebatou com outros do autor...
⠀
A ação decorre em Berlim, após a II Guerra Mundial e conhecemos os jovens Theobald e Bluma, que estão predestinados a ficar juntos desde que nasceram, apesar das diversas adversidades que vão enfrentando. A sua relação vai sendo pautada por encontros e desencontros, até que algo tão inesperado como a construção, da noite para o dia, de um muro que separa a zona este e oeste da cidade, acaba também por os dividir, ficando cada um em lados opostos. Como irão sobreviver a isto? Será possível avançarem com as suas vidas separados e longe um do outro?
⠀
Como sempre, adorei as referências literárias: é sempre maravilhoso ver espelhado nos livros que lemos o amor aos livros e o poder que estes têm para aproximar e juntar pessoas e gostei muito de ver os protagonistas enlaçarem-se na beleza das palavras para fortalecerem a sua relação.
⠀
Outro aspeto que foi uma grande surpresa, foi o final: apesar de a história não me ter cativado muito, adorei a forma como terminou e fiquei a desejar mais detalhes e desenvolvimentos após aquela surpresa: o que somos capazes de fazer por amor? Há limites? Tudo é aceitável? E vale a pena? Claro que esta era apenas uma sinopse, mas gostava de ter tido mais, heheh! 😄
Não estava a contar com aquele final, fui apanhada de surpresa e gostei disso!
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Review:
Afonso Cruz tem um estilo muito próprio e todos os seus livros se caracterizam por uma escrita muito bonita e poética, que toca sempre os leitores de forma especial 🤗
⠀
“Sinopse de Amor e Guerra” não foi exceção e traz-nos uma bela coleção de frases e pensamentos, que queremos sublinhar para guardar e refletir. No entanto, em termos de história, não me arrebatou com outros do autor...
⠀
A ação decorre em Berlim, após a II Guerra Mundial e conhecemos os jovens Theobald e Bluma, que estão predestinados a ficar juntos desde que nasceram, apesar das diversas adversidades que vão enfrentando. A sua relação vai sendo pautada por encontros e desencontros, até que algo tão inesperado como a construção, da noite para o dia, de um muro que separa a zona este e oeste da cidade, acaba também por os dividir, ficando cada um em lados opostos. Como irão sobreviver a isto? Será possível avançarem com as suas vidas separados e longe um do outro?
⠀
Como sempre, adorei as referências literárias: é sempre maravilhoso ver espelhado nos livros que lemos o amor aos livros e o poder que estes têm para aproximar e juntar pessoas e gostei muito de ver os protagonistas enlaçarem-se na beleza das palavras para fortalecerem a sua relação.
⠀
Outro aspeto que foi uma grande surpresa, foi o final: apesar de a história não me ter cativado muito, adorei a forma como terminou e fiquei a desejar mais detalhes e desenvolvimentos após aquela surpresa: o que somos capazes de fazer por amor? Há limites? Tudo é aceitável? E vale a pena? Claro que esta era apenas uma sinopse, mas gostava de ter tido mais, heheh! 😄
December 29, 2023
Não é dos meus livros preferidos do Afonso Cruz. Não me prendeu muito e tive pena que o final fosse tão abrupto e , na minha opinião, pouco credível. Não deixa de ser um belíssimo escritor mas este livro não me conquistou.
December 19, 2021
O LIVRO FOI NUM TRAGO MAS... QUE MENSAGEM!! "POR VEZES AGASALHO OS OLHOS FECHANDO AS PÁLPEBRAS."... LINDO!! ADOREI!!
April 15, 2022
Uma história de amor com os seus obstáculos históricos e guerras a temperar a relação incerta, mas que deste o primeiro parágrafo é dada como certa.
Com passagens lindas que ousei sublinhar (a lápis), este livro ficará na minha estante.
No entanto a história em si é de qualidade amena.
Vale a escolha de palavras de Afonso Cruz, que as transforma em fios de lã poéticos que nos aconchega o coração como um cachecol de lã fofa.
Com passagens lindas que ousei sublinhar (a lápis), este livro ficará na minha estante.
No entanto a história em si é de qualidade amena.
Vale a escolha de palavras de Afonso Cruz, que as transforma em fios de lã poéticos que nos aconchega o coração como um cachecol de lã fofa.
December 10, 2022
O escritor Afonso Cruz conta-nos, desta vez, uma história de amor entre dois jovens berlinenses, cuja construção do muro de Berlim, que se iniciou na madrugada de 13 de agosto de 1961, veio a interromper, tal como separou milhares de famílias e de amigos, perante, primeiro, a estupefação e a incredulidade e, depois, o desespero dos cidadãos de Berlim, que se viram impossibilitados de circular e de trabalhar livremente na sua cidade, por questões políticas: a Guerra Fria que opôs os países da Europa Oriental, sob o domínio da União Soviética, aos países da Europa Ocidental, apoiados pelos Estados Unidos da América.
A relação de proximidade entre Theobald e Bluma começou logo na sua infância, pois os pais de ambos eram amigos, sendo que a primeira palavra que Theobald proferiu não foi nem mãe, nem pai, mas Bluma.
Esta amizade vai evoluindo à medida que ambos crescem, mas sofre vicissitudes várias, devido ao carácter reservado de Theobald e à sua imaturidade, já que Bluma, além de ter mais dois anos do que o seu amigo, como é característico na adolescência, as meninas desenvolvem-se a nível emocional e intelectual mais depressa do que os meninos, parecendo a estas que aqueles, a certa altura, param no tempo e tornam-se desinteressantes.
Mas o gosto de Bluma por poesia, que passa uma grande parte do tempo na livraria do tio de Theobold a ler e a recitar de forma apaixonada poemas, e o esforço deste último em acompanhar os interesses literários da primeira, volta a reaproximá-los, sem que nem mesmo um namorado que Bluma, entretanto, arranja, os consiga separar.
Os temas do livro despertaram a minha curiosidade, a escrita de Afonso Cruz é, por um lado, leve e fluída, e, por outro lado, profunda e intensa, e o final do livro acabou por me surpreender, pois por amor as pessoas são muitas vezes levadas a cometer atos eticamente reprováveis, prejudicando de forma irreversível terceiros, sem que isso perturbe as suas consciências.
Contudo, este foi um dos livros que menos gostei de Afonso Cruz, já que o narrador não me pareceu credível a contar a história, sendo alguém muito distante das personagens, que a ouviu do seu pai, mais concretamente, um fotógrafo português que se deslocava amiúde em trabalho à Alemanha.
Além disso, quer Theobald, quer Bluma, são jovens cujas vivências me pareceram muito solitárias e com personalidades pouco aguerridas, sobretudo no que diz respeito ao primeiro, numa época em que mundo se transformava a cada instante.
Há livros que encantam a maioria dos leitores, mas que a mim, por uma ou por outra razão, deixam-me um misto de indiferença e de tristeza. Foi este o caso, não obstante ser minha intenção continuar a ler os livros de Afonso Cruz, pois aprecio bastante a maioria das obras deste escritor.
A relação de proximidade entre Theobald e Bluma começou logo na sua infância, pois os pais de ambos eram amigos, sendo que a primeira palavra que Theobald proferiu não foi nem mãe, nem pai, mas Bluma.
Esta amizade vai evoluindo à medida que ambos crescem, mas sofre vicissitudes várias, devido ao carácter reservado de Theobald e à sua imaturidade, já que Bluma, além de ter mais dois anos do que o seu amigo, como é característico na adolescência, as meninas desenvolvem-se a nível emocional e intelectual mais depressa do que os meninos, parecendo a estas que aqueles, a certa altura, param no tempo e tornam-se desinteressantes.
Mas o gosto de Bluma por poesia, que passa uma grande parte do tempo na livraria do tio de Theobold a ler e a recitar de forma apaixonada poemas, e o esforço deste último em acompanhar os interesses literários da primeira, volta a reaproximá-los, sem que nem mesmo um namorado que Bluma, entretanto, arranja, os consiga separar.
Os temas do livro despertaram a minha curiosidade, a escrita de Afonso Cruz é, por um lado, leve e fluída, e, por outro lado, profunda e intensa, e o final do livro acabou por me surpreender, pois por amor as pessoas são muitas vezes levadas a cometer atos eticamente reprováveis, prejudicando de forma irreversível terceiros, sem que isso perturbe as suas consciências.
Contudo, este foi um dos livros que menos gostei de Afonso Cruz, já que o narrador não me pareceu credível a contar a história, sendo alguém muito distante das personagens, que a ouviu do seu pai, mais concretamente, um fotógrafo português que se deslocava amiúde em trabalho à Alemanha.
Além disso, quer Theobald, quer Bluma, são jovens cujas vivências me pareceram muito solitárias e com personalidades pouco aguerridas, sobretudo no que diz respeito ao primeiro, numa época em que mundo se transformava a cada instante.
Há livros que encantam a maioria dos leitores, mas que a mim, por uma ou por outra razão, deixam-me um misto de indiferença e de tristeza. Foi este o caso, não obstante ser minha intenção continuar a ler os livros de Afonso Cruz, pois aprecio bastante a maioria das obras deste escritor.
January 9, 2022
Sou uma fã assumida do Afonso Cruz. Sempre que ele publica um novo livro, depressa o trago para a minha estante. Nunca me desiludiu e este manteve o padrão.
Uma história de amor, do amor de Theodore por Bluma, contada de forma poética e até um pouco filosófica. Um livro pequeno, que se lê muito depressa, com um final que me surpreendeu.
Afinal, a guerra e o amor talvez tenham mesmo algumas coisas em comum.
"Enquanto a guerra é uma tragédia, a maior de todas, o amor é uma felicidade, a maior de todas, mas há algo em comum: quando se ausentam, qualquer um deles, deixam uma ferida eterna na proporção da perda que oferecem."
E no amor, também vale tudo, como na guerra?
Uma história de amor, do amor de Theodore por Bluma, contada de forma poética e até um pouco filosófica. Um livro pequeno, que se lê muito depressa, com um final que me surpreendeu.
Afinal, a guerra e o amor talvez tenham mesmo algumas coisas em comum.
"Enquanto a guerra é uma tragédia, a maior de todas, o amor é uma felicidade, a maior de todas, mas há algo em comum: quando se ausentam, qualquer um deles, deixam uma ferida eterna na proporção da perda que oferecem."
E no amor, também vale tudo, como na guerra?
December 20, 2021
Afonso Cruz volta a encantar com uma história original e poética. Desafios e (des)encontros numa Alemanha dividida, um quase amor separado por um muro mas não pela distância.
March 24, 2022
Tudo o que Afonso Cruz escreve é poético e original.
"Telefonar sem qualquer motivo é sinal de amor."
"Telefonar sem qualquer motivo é sinal de amor."
January 8, 2023
Afonso Cruz sempre foi aquele autor que fui deixando escapar mas desta vez, o lançamento de Sinopse de Amor e Guerra aconteceu num momento em que dias antes tinha ouvido uma entrevista, via podcast, do autor e percebi que deveria fazer a encomenda desta sua nova criação literária. E não podia ter feito outra escolha, uma vez que este romance inserido na coleção do autor Geografias, histórias que surgem após uma viagem, acabou por ser uma boa revelação que acabei por ler quase de uma assentada.
Escrito de forma simples e de rápida leitura mas de um modo inspirador e poético, Sinopse de Amor e Guerra é aquele romance contado de forma rápida, não me tendo importado que tivesse contado com uma maior número de capítulos, mas que consegue criar uma excelente ligação com o leitor. Numa Alemanha dividida no pós Segunda Guerra Mundial na altura em que o muro de Berlim começa a ser edificado, conhecemos Theobald e Bluma, dois jovens que sempre foram amigos e que através dos livros acabam por se apaixonar num momento em que se veem impedidos de levar a relação em diante quando o famoso e trágico muro é construído e ficam de lados opostos da barricada, Theobald na parte Ocidental e Bluma na Oriental. Um amor que fica assim separado mas que não fica esquecido pela distância e tempo, mesmo quando ambos tentam, a custo, refazer as suas vidas que parecem estar destinadas a não se voltarem a cruzar. Mas será que não existe forma de se voltarem a juntar quando tudo parece prever o contrário?
Sinopse de Amor e Guerra é a narrativa inspirada numa história real que provoca os limites e as conquistas obtidas pela força do amor ao mesmo tempo que mostra o poder que o bem querer próprio consegue impor perante a injustiça de prejudicar o outro pela felicidade da procura da verdade. No final, a questão que se coloca é uma... Vale mesmo tudo por Amor?
Sinopse de Amor e Guerra foi a minha primeira aproximação à escrita de Afonso Cruz e posso revelar que não será a última, tendo ficado rendido a esta forma romântica de contar, fazer idealizar e acreditar nos sentimentos revelados em cada página. Perfeito!
Escrito de forma simples e de rápida leitura mas de um modo inspirador e poético, Sinopse de Amor e Guerra é aquele romance contado de forma rápida, não me tendo importado que tivesse contado com uma maior número de capítulos, mas que consegue criar uma excelente ligação com o leitor. Numa Alemanha dividida no pós Segunda Guerra Mundial na altura em que o muro de Berlim começa a ser edificado, conhecemos Theobald e Bluma, dois jovens que sempre foram amigos e que através dos livros acabam por se apaixonar num momento em que se veem impedidos de levar a relação em diante quando o famoso e trágico muro é construído e ficam de lados opostos da barricada, Theobald na parte Ocidental e Bluma na Oriental. Um amor que fica assim separado mas que não fica esquecido pela distância e tempo, mesmo quando ambos tentam, a custo, refazer as suas vidas que parecem estar destinadas a não se voltarem a cruzar. Mas será que não existe forma de se voltarem a juntar quando tudo parece prever o contrário?
Sinopse de Amor e Guerra é a narrativa inspirada numa história real que provoca os limites e as conquistas obtidas pela força do amor ao mesmo tempo que mostra o poder que o bem querer próprio consegue impor perante a injustiça de prejudicar o outro pela felicidade da procura da verdade. No final, a questão que se coloca é uma... Vale mesmo tudo por Amor?
Sinopse de Amor e Guerra foi a minha primeira aproximação à escrita de Afonso Cruz e posso revelar que não será a última, tendo ficado rendido a esta forma romântica de contar, fazer idealizar e acreditar nos sentimentos revelados em cada página. Perfeito!
December 31, 2023
Afonso Cruz é sempre Afonso Cruz!
March 13, 2022
Em termos literários e talvez o livro mais bem escrito que já li do Afonso Cruz. No entanto, talvez devido ao meu cansaço ou alguma falta de concentração, senti alguma dificuldade em, por vezes, seguir a história.Além do mais gostava que o livro fosse mais explorado em termos de história. Gostava muito de ter sabido muitos mais pormenores.
June 15, 2022
Theobald Thomas e Bluma Janek, conhecem-se desde sempre e estão destinados a ficar juntos. Entre prosas e poemas, apaixonam-se, não fosse ele livreiro e ela uma devoradora de livros. Esta é a história de “Sinopse de Amor e Guerra” de Afonso Cruz.
Esta história de amor começa ainda os protagonistas estavam na barriga das suas mães. Theobald Thomas e Bluma Janek foram sempre amigos, entre brincadeiras e conversas nasceu um amor para a vida toda. Entre a timidez e as palavras, Theobald conquista Bluma. Numa noite de Agosto, trocam juras de amor eterno e sonham com um futuro juntos, mas no dia a seguir, acordam separados por um muro. O que seríamos capazes de fazer por paixão, que barreiras ultrapassaríamos? Pode o amor saltar muros sem que alguém se magoe?
Opinião Blog - https://osdevaneiosdatim.pt/2022/06/s...
Opinião Canal - https://www.youtube.com/watch?v=DexH6...
Esta história de amor começa ainda os protagonistas estavam na barriga das suas mães. Theobald Thomas e Bluma Janek foram sempre amigos, entre brincadeiras e conversas nasceu um amor para a vida toda. Entre a timidez e as palavras, Theobald conquista Bluma. Numa noite de Agosto, trocam juras de amor eterno e sonham com um futuro juntos, mas no dia a seguir, acordam separados por um muro. O que seríamos capazes de fazer por paixão, que barreiras ultrapassaríamos? Pode o amor saltar muros sem que alguém se magoe?
Opinião Blog - https://osdevaneiosdatim.pt/2022/06/s...
Opinião Canal - https://www.youtube.com/watch?v=DexH6...
August 7, 2022
Um livro interessante com uma escrita poética e trabalhada. Como explicar que este livro é bom mas não é espectacular?
A forma como é contada a história de Theobald e Bluma é interessante mas acaba por ser confusa com os capítulos do narrador a ser contados na própria pessoa. Mais tarde no livro é possível compreender estas mudanças.
Não adorei as personagens principais mas sim as secundárias, os tios de Theobald. Gostei da forma como lidavam com a vida e com as pessoas.
A história deste casal é poética e trágica, digna de um clássico de Shakespeare. Mas o final... Se dei as 4 🌟 foi muito pela reta final e as muitas citações que este livro trouxe.
"(...) o amor não é uma transação comercial, não estamos na mercearia, o outro não nos deve umas moedas de troco ou determinados produtos ou mercearias. (...) Como o Sol não brilha para si, conforme disse Angelus Silesius, nós também não vivemos para nós, mas para iluminar quem amamos. Somos umas espécies de candeeiros."
A forma como é contada a história de Theobald e Bluma é interessante mas acaba por ser confusa com os capítulos do narrador a ser contados na própria pessoa. Mais tarde no livro é possível compreender estas mudanças.
Não adorei as personagens principais mas sim as secundárias, os tios de Theobald. Gostei da forma como lidavam com a vida e com as pessoas.
A história deste casal é poética e trágica, digna de um clássico de Shakespeare. Mas o final... Se dei as 4 🌟 foi muito pela reta final e as muitas citações que este livro trouxe.
"(...) o amor não é uma transação comercial, não estamos na mercearia, o outro não nos deve umas moedas de troco ou determinados produtos ou mercearias. (...) Como o Sol não brilha para si, conforme disse Angelus Silesius, nós também não vivemos para nós, mas para iluminar quem amamos. Somos umas espécies de candeeiros."
December 23, 2021
Uma história ao mesmo tempo simples e maravilhosa. Adorei e tornou-se um dos meus livros favoritos do Afonso Cruz.
February 20, 2023
É sempre um prazer ler Afonso Cruz. A forma poética como nos conduz pela história, por mais dura que seja, é sempre um deleite.
Berlim, após a Segunda Guerra Mundial, vê-se dividida pelo muro que divide a parte ocidental da oriental. As personagens cativam-nos desde o início. O sonho de Theobald é casar com Bluma, uma jovem leitora. Para a conquistar, decide ler os livros por ela lidos e os seus encontros são todos em torno dessas leituras. Muitas vezes, quando Bluma diz em voz alta passagens de livros, Theobald surpreende-a, dizendo o final com ela.
A construção do muro de Berlim veio trocar as voltas ao destino e separar Theobald e Bluma. Poderá a guerra afastar os que se amam? Até que ponto somos capazes de transpor os muros, as barreiras com que a vida nos vai confrontando?
Como o título indica, é uma “sinopse”, não tendo sido desenvolvidos alguns acontecimentos e pormenores como eu gostaria. Não deixa de ser um bom livro, apesar de me ter sabido a pouco.
Berlim, após a Segunda Guerra Mundial, vê-se dividida pelo muro que divide a parte ocidental da oriental. As personagens cativam-nos desde o início. O sonho de Theobald é casar com Bluma, uma jovem leitora. Para a conquistar, decide ler os livros por ela lidos e os seus encontros são todos em torno dessas leituras. Muitas vezes, quando Bluma diz em voz alta passagens de livros, Theobald surpreende-a, dizendo o final com ela.
A construção do muro de Berlim veio trocar as voltas ao destino e separar Theobald e Bluma. Poderá a guerra afastar os que se amam? Até que ponto somos capazes de transpor os muros, as barreiras com que a vida nos vai confrontando?
Como o título indica, é uma “sinopse”, não tendo sido desenvolvidos alguns acontecimentos e pormenores como eu gostaria. Não deixa de ser um bom livro, apesar de me ter sabido a pouco.
May 7, 2023
Segundo livro lido do Afonso Cruz e o meu fascínio pela sua escrita só aumenta.
Para além da “prosa poética” incrível, gostei muito da história em si e pelo facto de ser baseado em factos verídicos.
“Era Theobald que lhe telefonava sem motivo. E era com ele que ela queria estar. Entre os dois existia um silêncio especial (passavam tempo juntos sem dizer uma palavra), o silêncio que prova a amizade ou o amor, o silêncio natural, que não é desconfortável, que não pede para ser interrompido, que não é destruído com um comentário sobre o clima e outros factos irrelevantes, intrigas ou comentários espirituosos da sociedade, da política, das artes e da cultura. A perfeição de uma relação pode ser demonstrada pelo modo como lidamos com o silêncio. Se não provoca desconforto, então podemos concluir objectivamente que estamos perante uma ligação madura e perfeita. Se, por outro lado, houver exigência de palavras para quebrar o silêncio, podemos concluir que a essa relação falta um caroço, uma essência que una as pessoas de forma sólida.”
“Sabe quando arrastamos um móvel que está há anos no mesmo lugar e vemos na parede, no lugar onde ele estava, a sua silhueta? Pois bem, foi isso que aconteceu quando ela desapareceu da minha vida. A sua silhueta permanece na parede da minha alma, e se me perguntarem o que é a vida depois da morte, ou a separação física, que vai dar no mesmo, respondo Que é isso: a silhueta que deixamos nas paredes da alma de quem nos ama.”
“Abri ao acaso e li que as guerras nunca acabam, são eternas, não me lembro das palavras exactas, a minha memória anda de bengala, mas era mais ou menos isto, sim, era mais ou menos isto: se um ingénuo julga que as guerras acabam quando a paz retorna, está muito enganado, a partir do momento em que a porta de uma guerra se abre, nunca mais se fecha. Acontece o mesmo com o amor. Enquanto a guerra é uma tragédia, a maior de todas, o amor é uma felicidade, a maior de todas, mas há algo em comum: quando se ausentam, qualquer um deles, deixam uma ferida eterna na proporção da perda que oferecem. É que a guerra não nos fere directamente, fere-nos porque nos rouba o amor, leva o irmão, o amigo, a filha, o pai, a avó. Por isso andam de mãos dadas, a guerra e o amor”
[Lido em formato físico]
Para além da “prosa poética” incrível, gostei muito da história em si e pelo facto de ser baseado em factos verídicos.
“Era Theobald que lhe telefonava sem motivo. E era com ele que ela queria estar. Entre os dois existia um silêncio especial (passavam tempo juntos sem dizer uma palavra), o silêncio que prova a amizade ou o amor, o silêncio natural, que não é desconfortável, que não pede para ser interrompido, que não é destruído com um comentário sobre o clima e outros factos irrelevantes, intrigas ou comentários espirituosos da sociedade, da política, das artes e da cultura. A perfeição de uma relação pode ser demonstrada pelo modo como lidamos com o silêncio. Se não provoca desconforto, então podemos concluir objectivamente que estamos perante uma ligação madura e perfeita. Se, por outro lado, houver exigência de palavras para quebrar o silêncio, podemos concluir que a essa relação falta um caroço, uma essência que una as pessoas de forma sólida.”
“Sabe quando arrastamos um móvel que está há anos no mesmo lugar e vemos na parede, no lugar onde ele estava, a sua silhueta? Pois bem, foi isso que aconteceu quando ela desapareceu da minha vida. A sua silhueta permanece na parede da minha alma, e se me perguntarem o que é a vida depois da morte, ou a separação física, que vai dar no mesmo, respondo Que é isso: a silhueta que deixamos nas paredes da alma de quem nos ama.”
“Abri ao acaso e li que as guerras nunca acabam, são eternas, não me lembro das palavras exactas, a minha memória anda de bengala, mas era mais ou menos isto, sim, era mais ou menos isto: se um ingénuo julga que as guerras acabam quando a paz retorna, está muito enganado, a partir do momento em que a porta de uma guerra se abre, nunca mais se fecha. Acontece o mesmo com o amor. Enquanto a guerra é uma tragédia, a maior de todas, o amor é uma felicidade, a maior de todas, mas há algo em comum: quando se ausentam, qualquer um deles, deixam uma ferida eterna na proporção da perda que oferecem. É que a guerra não nos fere directamente, fere-nos porque nos rouba o amor, leva o irmão, o amigo, a filha, o pai, a avó. Por isso andam de mãos dadas, a guerra e o amor”
[Lido em formato físico]
February 11, 2024
coisas que faço enquanto o meu namorado está a jogar: leio um livro inteiro. e as horas passam e nem dou por isso. Afonso Cruz aquece sempre o coração. 💓
August 27, 2022
Afonso Cruz fez mesmo uma sinopse de amor e guerra! E que sinopse bonita!
Queria mais e mais e mais. Mas o título não engana: uma sinopse é uma sinopse!
E só mais uma vez para que não restem dúvidas: uma sinopse que ficará na memória e no coração.
❤️
Queria mais e mais e mais. Mas o título não engana: uma sinopse é uma sinopse!
E só mais uma vez para que não restem dúvidas: uma sinopse que ficará na memória e no coração.
❤️
December 8, 2022
«O coração é um esconderijo de tempo – disse o tio –, como aquelas arrecadações, armazéns, garagens, onde depositamos a tralha dos dias, o que passou e já não se pode usar, a bicicleta enferrujada, a infância partida. Mas fica sempre tudo guardado. É tralha, mas fica lá para sempre, porque somos incapazes de nos desfazer daquilo (...)»
Gosto muito de maneira de escrever de Afonso Cruz e acho que, regra geral, os seus livros não desiludem... No entanto, e infelizmente, há qualquer coisa que não sei explicar bem que me faz começar a ficar um pouco de pé atrás com ele... Os aforismos que ele vai plantando nos seus livros são muito originais e imediatamente os associamos à sua maneira de escrever. Mas confesso que, cada vez mais, tenho dificuldade em reter na memória estas pequenas novelas que ele vai lançando. Fui consultar os registos aqui do goodreads e li Princípio de Karenina em Janeiro de 2020. É certo que já passaram dois anos, mas a verdade é que não me lembro de nada dessa história...! E, ou muito me engano, ou esta Sinopse de Amor e Guerra irá pelo mesmo caminho...
A história no geral é boa... No entanto, creio que lhe falta alguma "substância". O desenlace acaba por ser como um "murro no estômago", pois é surpreendente e inesperado , mas as personagens parecem pouco desenvolvidas e a história parece ser algo superficial... Não sei, parece que esta pequena novela funcionaria melhor se fosse um romance de maior fôlego... Por outro lado, fazer uma história "pastelar" ainda para mais com tanto aforismo "afonsocruciano", não sei se também não seria um romance demasiado enjoativo...
Apesar de este meu comentário ser um pouco "áspero" (o primeiro tão áspero que dedico a Afonso Cruz) a verdade é que continuo a gostar da sua maneira de escrever e a achar que um livro seu vale sempre a pena ser lido. Por essa razão dou 4 estrelas e não menos, como classificação geral. Acho que é um autor bastante original, ainda que um ou outro livro dele não seja tão memorável. A Boneca de Kokoschka e Para Onde Vão os Guarda-Chuvas são livros que, se não recordo grande coisa das respectivas histórias, recordo como livros que adorei ler!
Gosto muito de maneira de escrever de Afonso Cruz e acho que, regra geral, os seus livros não desiludem... No entanto, e infelizmente, há qualquer coisa que não sei explicar bem que me faz começar a ficar um pouco de pé atrás com ele... Os aforismos que ele vai plantando nos seus livros são muito originais e imediatamente os associamos à sua maneira de escrever. Mas confesso que, cada vez mais, tenho dificuldade em reter na memória estas pequenas novelas que ele vai lançando. Fui consultar os registos aqui do goodreads e li Princípio de Karenina em Janeiro de 2020. É certo que já passaram dois anos, mas a verdade é que não me lembro de nada dessa história...! E, ou muito me engano, ou esta Sinopse de Amor e Guerra irá pelo mesmo caminho...
A história no geral é boa... No entanto, creio que lhe falta alguma "substância". O desenlace acaba por ser como um "murro no estômago", pois é surpreendente e inesperado , mas as personagens parecem pouco desenvolvidas e a história parece ser algo superficial... Não sei, parece que esta pequena novela funcionaria melhor se fosse um romance de maior fôlego... Por outro lado, fazer uma história "pastelar" ainda para mais com tanto aforismo "afonsocruciano", não sei se também não seria um romance demasiado enjoativo...
Apesar de este meu comentário ser um pouco "áspero" (o primeiro tão áspero que dedico a Afonso Cruz) a verdade é que continuo a gostar da sua maneira de escrever e a achar que um livro seu vale sempre a pena ser lido. Por essa razão dou 4 estrelas e não menos, como classificação geral. Acho que é um autor bastante original, ainda que um ou outro livro dele não seja tão memorável. A Boneca de Kokoschka e Para Onde Vão os Guarda-Chuvas são livros que, se não recordo grande coisa das respectivas histórias, recordo como livros que adorei ler!
August 29, 2025
Foi o primeiro livro do Afonso Cruz que li. Simples e inesperado. Gostei muito. O tio de Thomas lembrou-me muito o meu avô.
January 5, 2022
Este não foi, de todo, um dos meus livros favoritos do Afonso Cruz. Talvez a minha grande admiração pelo escritor, e pela forma extremamente visual que tem de contar a história, me tenham enchido de expectativas sobre este romance alemão. No entanto, sinto que faltou ação à narrativa, e cansei-me dos momentos de reflexão de Theobald Thomas, a personagem principal. Achei o fim interessante e criativo, dentro daquela que foi a realidade vivida com a construção do muro de Berlim.
"Sabe quando arrastamos um móvel que está há anos no mesmo lugar e vemos na parede, no lugar onde ela estava, a sua silhueta? (...) se me perguntarem o que é a vida depois da morte, ou a separação física, que vai dar ao mesmo, respondo que é isso: uma silhueta que deixamos nas paredes da alma de quem nos ama."
"Sabe quando arrastamos um móvel que está há anos no mesmo lugar e vemos na parede, no lugar onde ela estava, a sua silhueta? (...) se me perguntarem o que é a vida depois da morte, ou a separação física, que vai dar ao mesmo, respondo que é isso: uma silhueta que deixamos nas paredes da alma de quem nos ama."
April 17, 2022
Estava ansioso por ler Afonso Cruz mas não comecei de certeza pelo melhor ou então não estava no momento certo para ler
Achei o livro confuso com capítulos minúsculos , quase 50 em menos de 200 páginas achei um exagero , não sei se é costume nos livros dele .
A história em si até é interessante e tinha tudo para me agradar , livros , Alemanha ,muro de Berlim e um amor arrebatador que o muro separou .
Mas a maneira como está contada não me cativou . Não vou desistir , quero ler mais de Afonso Cruz que é um dos melhores escritores Portugueses.
Achei o livro confuso com capítulos minúsculos , quase 50 em menos de 200 páginas achei um exagero , não sei se é costume nos livros dele .
A história em si até é interessante e tinha tudo para me agradar , livros , Alemanha ,muro de Berlim e um amor arrebatador que o muro separou .
Mas a maneira como está contada não me cativou . Não vou desistir , quero ler mais de Afonso Cruz que é um dos melhores escritores Portugueses.
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