As cinco obras aqui reproduzidas representam a íntegra da produção infanto-juvenil de Clarice Quase de verdade, A vida íntima de Laura, O mistério do coelho pensante, A mulher que matou os peixes e Como nasceram as estrelas. São relatos repletos de magia e humor e, em muitos casos, baseados em experiências de vida da própria Clarice, dona da rara habilidade de transformar incidentes banais do cotidiano em histórias universais, atemporais e inesquecíveis.
O mistério do coelho pensante (1966)
A saga de um coelho que a família Lispector tinha em Washington, que conseguia sempre escapar da gaiola supostamente à prova de fugas.
A mulher que matou os peixes (1967)
Rompendo com os parâmetros da bem-comportada literatura infantil da época Clarice não faz rodeios e confessa de "Essa mulher que matou os peixes infelizmente sou eu". Após o que ela tenta se resgatar enumerando vários exemplos do seu amor pelos mais diversos tipos de animais, porém sem evitar também os relatos tristes.
A vida íntima de Laura (1974)
Laura é uma galinha "bastante burra" e com "o pescoço mais feio que vi no mundo" e que vive em plena paranoia, com medo de ser morta e comida mais dia menos dia. Destino que ela só aceita se for parar no prato do Rei Pelé. Na verdade ela não tem o que temer, pois é a melhor poedeira do galinheiro, mas só se tranquiliza quando o jupiteriano Xext desce do espaço sideral para lhe assegurar proteção total.
Quase de verdade (1978)
Livro narrado por Ulisses, que assim se "Sou um cachorro chamado Ulisses e minha dona é Clarice". É a história de uma figueira estéril e frustrada que apela para a bruxa Oxelia e adquire o poder de iluminar o galinheiro fazendo com que as galinhas ponham ovos continuamente "para vender e ficar milionária". Felizmente a bruxa boa, Oxalá, consegue reverter o feitiço e tudo volta ao normal.
Como nasceram as estrelas. (1987)
O subtítulo, Doze lendas brasileiras, não é totalmente exato, pois a última história do livro (relativa ao mês de dezembro), narra a vida do menino Jesus. As onze histórias restantes são recontos que colocam de fato em cena entidades e animais reais ou mitológicos da vida nacional.
Com prefácio inédito de Paulo Gurgel Valente e ilustrado com colagens da artista plástica e ilustradora Mariana Valente, neta de Clarice.
Clarice Lispector was a Brazilian writer. Acclaimed internationally for her innovative novels and short stories, she was also a journalist. Born to a Jewish family in Podolia in Western Ukraine, she was brought to Brazil as an infant, amidst the disasters engulfing her native land following the First World War.
She grew up in northeastern Brazil, where her mother died when she was nine. The family moved to Rio de Janeiro when she was in her teens. While in law school in Rio she began publishing her first journalistic work and short stories, catapulting to fame at age 23 with the publication of her first novel, 'Near to the Wild Heart' (Perto do Coração Selvagem), written as an interior monologue in a style and language that was considered revolutionary in Brazil.
She left Brazil in 1944, following her marriage to a Brazilian diplomat, and spent the next decade and a half in Europe and the United States. Upon return to Rio de Janeiro in 1959, she began producing her most famous works, including the stories of Family Ties (Laços de Família), the great mystic novel The Passion According to G.H. (A Paixão Segundo G.H.), and the novel many consider to be her masterpiece, Água Viva. Injured in an accident in 1966, she spent the last decade of her life in frequent pain, steadily writing and publishing novels and stories until her premature death in 1977.
She has been the subject of numerous books and references to her, and her works are common in Brazilian literature and music. Several of her works have been turned into films, one being 'Hour of the Star' and she was the subject of a recent biography, Why This World, by Benjamin Moser.
Afinal, já tinha lido alguns dos contos presentes neste livro... O Mistério do Coelho Pensante A Vida Íntima de Laura A Mulher que Matou os Peixes Relembrei-me de que não gostei especialmente de os ler... oops, sacrilégio, talvez... Mas a verdade é que são violentos (falam de morte e agressão, de "burrice" natural de galinha, enfim, não fala de temas habituais da literatura para crianças, o que não é necessariamente mau... Mas sinceramente, achei as histórias demasiado abaurdas, e não ficam bonitinhas apenas porque a narradora fala directamente com as pessoas que a estão a ler, as quais ela presume que sejam criancinhas)... Gostei mais das doze lendas brasileiras reunidas sob o título "Como nasceram as estrelas", porque gosto muito de lendas e/ou histórias de folclore tradicional. As outras... eh!