Cartas do Pai reúne cartas de dezasseis homens, a maioria membros da intelligentsia soviética, presos em campos do GULAG. As cartas são dirigidas aos filhos e às mulheres. No seu conjunto, são testemunhos do período mais duro da repressão estalinista na URSS. As cartas são por vezes ilustradas por pais empenhados em encorajar a formação científica e literária dos filhos.
«Uma grande parte dos pais que escreviam cartas aos seus filhos nunca mais os viram, poucos foram os que voltaram, quase todos eles foram fuzilados ou morreram de uma morte precoce, de fome e do trabalho extenuante. Presentemente, até muitos dos destinatários, seus filhos, já não existem neste mundo. Mas nos arquivos da organização Memorial conservam-se essas cartas preciosas — grande monumento ao amor.» [Do Prefácio de Liudmila Ulítskaia]
Correspondência que 16 pais, detidos nos Gulag, trocaram com os seus filhos, durante o seu período de reclusão e de trabalhos forçados. Este livro conta-nos também a vida e o destino, tanto desses pais, como dos seus filhos.
Cartas de uma beleza emotiva, carregadas de preocupação e ternura, por aqueles que foram forçados a deixar para trás.
“Um grande monumento ao amor”, como refere Liudmila Ulítskai no prefácio deste livro.
“Querida Irotchka! Obrigado pela cartinha que tu ditaste e a tia Ália escreveu. Por estes dias tive visitas: a “Murzilka”, o “Doutor Unta-Besunta”, o Rapazinho com Um Pauzinho”, a “Menina Migalhinha”, o “Alfaiate” e o “Bonifrate”. Servi-lhes um pingo de mel e uma migalha de pão. Conversámos a teu respeito, e eles prometeram visitar-te. Mas só podem aparecer de noite: vê lá, não os deixes escapar! Escreve-me a dizer como vão as tuas lições na escola. Um grande beijo no focinhito e na orelha. O Papá.”
Какая прекрасная и одновременно страшная книга. Вот бы каждый ее прочитал! Я много думаю, почему так мало есть открытых людей, смелых честно жить свою жизнь. А откуда бы что взялось. Мало прошло времени. Ещё мирных лет двести каждое новое поколение, каждому своего ребёнка, родителя и соседа нужно обнимать, и гладить по голове, и учить: ничего не надо бояться, вообще-то мир полон добра. «В планетарной, вселенской борьбе сил света и тьмы побеждает любовь».