Verão no aquário

by Lygia Fagundes Telles

No verão mais quente e abafado de sua juventude, Raíza oscila entre a memória do pai, que entregara sua vida ao alcoolismo, e a figura um tanto alheia de sua mãe, Patrícia, escritora madura que se dedica à criação de mais um romance. O sentimento de rejeição e rivalidade que se apossa de Raíza aumenta diante da ligação misteriosa de Patrícia com o ex-seminarista André - um rapaz tão tímido quanto atraente. Serão amantes? Forma-se assim, na imaginação angustiada de Raíza, o triângulo amoroso que prenderá o leitor de Verão no aquário da primeira até a última página.Nesse segundo romance de Lygia Fagundes Telles, a autora aprofunda os temas que tinha explorado em Ciranda de pedra. Mas avança ainda mais no domínio formal do seu ofício. Escrito no início da década de 1960, tempo de transformações profundas no Brasil e no mundo, o livro se afasta da narrativa convencional.A autora adota o ponto de vista hesitante e aflito de Raí experiências, recordações e devaneios se entrecruzam, formando o mosaico desordenado de uma geração colhida pelo desmoronamento da família tradicional, sem que nenhum modelo bem definido viesse ocupar o lugar dela. Assim aquecidas, as paredes do aquário ameaçam se quebrar a qualquer momento.

Genres: Fiction, Brazil, Romance, Classics, Womens

208 pages

First published January 1, 1964

About the author

Lygia Fagundes Telles (born April 19, 1923) is a Brazilian novelist and short-story writer. She was born in São Paulo and is one of Brazil's most important living writers.

Her first book of short stories, Praia Viva (Living Beach), was published in 1944. In 1949 got the Afonso Arinos award for her short stories book O Cacto Vermelho (Red Cactus). Among her most successful books are Ciranda de Pedra (The Marble Dance) (1954), Verão no Aquário (1963), Antes do Baile Verde (1970), Seminário dos Ratos (1977) and As Horas Nuas, (1989). The book Antes do Baile Verde won the Best Foreign Women Writers Grand Prix in Cannes (France) in 1969.

Her most famous novel is As Meninas (The Girl in the Photograph), which tells the story of three young women in the early 1970s, a hard time in the political history of Brazil due to the repression by the military dictatorship. In 2005 she won the Camões Prize, the greatest literary award in the Portuguese language.[1]

She is one of the three female members of the Brazilian Academy of Letters.

From Wikipedia

Reviews

[sophia · Rating 5 out of 5]

Como dói crescer. Como dói conhecer-se a si mesmo. Perceber que as dores fazem parte da vida, que nem sempre tomamos as melhores decisões e só muito tarde é que nos apercebemos disso.

É uma história muito confortante para aqueles que se encontram limitados, dentro de um aquário, como o título refere. Acompanhamos todo o desenvolvimento de Raíza, uma jovem que aos poucos vai nos narrando todo esse processo de sair de seu aquário, para então jogar-se ao mar. Vemos também os outros peixes, aqueles que a rodeiam. Cada um em sua bolha, sem muito saber como sair dela.

Foi uma experiência marcante demais para mim. Fiquei maravilhada do começo ao fim. Não somente com a história, mas com a habilidade que a Lygia tem em contar elas. Certamente será uma autora mais frequente em minhas leituras daqui pra frente.

[Luciana · Rating 4 out of 5]

"Quanto mais firo os que amo mais vou ferindo a mim mesma. Perco os outros e me perco."

Com uma obra que tem como propósito retratar a decadência e corrompimento da sociedade da década de 60, pouco antes de iniciar um dos períodos mais aterradores da democracia brasileira, a escritora toma como empréstimo personagens que estão em constante embate para com o novo mundo e aquele decrépito; na figura de Raíza, que tudo quer ser e nada se é, há uma força e formação identitária voltada a carência, a insegurança e a perca de fé, como a burguesia da época, que se mascarava no passado para continuar sobrevivendo.

Se os personagens aqui dão as costas para o mundo, eles também se munem da dissimulação para fabricar uma realidade paralela no qual possam coexistir, é o que ocorre com Raíza e sua conduta para com a mãe e o segredo que as ronda.

Assim como em Crônica da casa assassinada, oscilando entre o passado e o presente, entre estar dentro do aquário ou seguir para o mar, as personagens se ferem, buscam se santificar mediante ao cristianismo, perdoam-se, odeiam-se, amam-se, esforçam-se para emular um sucesso profissional, em meio ao duelo e a escuridão que as ronda, em um romance que é complexo do início ao fim, como o período turbulento ao qual se perpassa a obra, sendo, portanto, indiscutível o brilhantismo de Lygia. A mim, uma boa leitura, embora goste de todo o caos dessa obra, gosto mais da escritora como contista.

[Rita · Rating 4 out of 5]

A conturbada passagem de Raíza da adolescência para a vida adulta.

— Vou pedir à titia que vista uma roupa de fada e me transforme num peixe. Deve ser boa a vida de peixe de aquário — murmurei.
— Deve ser fácil. Aí ficam eles dia e noite, sem se preocupar com nada, há sempre alguém para lhes dar de comer, trocar a água… Uma vida fácil, sem dúvida. Mas não boa. Não se esqueça de que eles vivem dentro de um palmo de água quando há um mar lá adiante.
— No mar seriam devorados por um peixe maior, mãezinha.
— Mas pelo menos lutariam. E nesse aquário não há luta, filha. Nesse aquário não há vida.
A alusão não podia ser mais evidente. Estou me despedindo do meu aquário, mamãe, estou me preparando para o mar, não percebe? Mas nem você percebe isso?

[Diana]

Ao ler Verão no Aquário eu aprendi a escrever. Eu aprendi que o significado das palavras não está parado, não está vedado. Que é possível, com as palavras que digo e com as palavras que escrevo aumentar ao significado do real que me rodeia. E aumentar ao significado do real que em mim tenho dentro.
no blog

[Bárbara · Rating 5 out of 5]

A forma como Lygia descreve o verão, acentuando o calor, gera um abafamento tátil. Essa sensação de claustrofobia contribui para intensificação da tensão entre as personagens e o desenvolvimento de um erotismo sutil, que vai consumindo o enredo e os leitores aos poucos. A narração é completamente envolvente e ficamos com a sensação de que estamos cozinhando dentro do caos psicológico da personagem principal, como se experenciássemos um dia quente de verão que torna a consciência do corpo (e de seus desejos) quase insuportável.

[Heider Broisler · Rating 5 out of 5]

Ótima leitura. Uma obra digna de uma das maiores autoras brasileiras. Uma narrativa intimista que recorre a recursos estilísticos diferenciados dos demais.

[Antônio Isaac · Rating 5 out of 5]

desde que me conheço por leitor (faz pouco tempo) sempre fui apaixonado por esse título da Lygia. é apaixonante, abrasivo, até claustrofóbico: diz muito sobre o enredo em poucas palavras.

achei maravilhoso, gostei ainda mais do que de Ciranda de pedra. Lygia retrata essa burguesia decadente que habita um espaço fechado, sem vida alguma, visto que não há movimento na água que o sufoca. o li justo depois de A cidade e a casa, da Ginzburg, e vejo vários pontos em comum entre os romances: tanto a perda, quanto esse olhar acurado sobre o social mediano de hoje - como se constituir em um mundo em ruínas? que decai cada vez mais? o que resta?

existe um embate entre a tradição e o novo, entre o consolidado e o líquido (os amores, as identidades, as máscaras). os personagens de Verão no aquário são difíceis, representam papéis fúteis e complicados, e Raíza aparece justo nesse entremeio de correntes, numa busca por uma profundidade ao passo em que habita uma superficialidade sufocante.

invejo muito a escrita da Lygia, densa em suas imagens, nas símiles belíssimas e bem feitas. é um romance sobre a degradação, sobre a morte e a loucura, de um jeito que só ela consegue.

[Ilana Santos · Rating 4 out of 5]

Esse livro é todo aquático, como a música da Winehouse Wake up alone. E faz calor também.

Linguagem e ambientes oníricos em parte, muita luz nos ambientes x escuridão, o claro-escuro está aqui e intimamente ligado aos estados de espirito das personagens, uma adolescente e sua mãe e sua amiga maravilhosa que ao fim de tudo pergunta "compreende?".

É muito interessante pensar na adolescência de uma jovem no Rio de Janeiro na década de 50 (creio), rebelião, impetuosidade, intensidade, as festas do fim do mundo. Ainda me surpreendo quando me dou conta que no passado a vida podia ser tão moderna. Raíssa (a filha rebelde) debate-se contra Paty (a mãe austera) e quer ser como ela, odeia e deseja aquela estabilidade que acha que sua mãe conquistou. Me parece um sentimento muito fácil de compreender, com que tenho empatia.

O posfacio dessa edição é mindblowing porque nos faz perceber o imenso brilhantismo da prosa da Lygia Fagundes Telles.

[Bruna Novaes Caram · Rating 4 out of 5]

Melhor livro que já li da Lygia Fagundes Telles!!!

[bruno · Rating 4 out of 5]

parece bobo mas ler esse livro no ápice do verão fez toda a diferença. a forma como o enredo reafirma o calor tantas vezes fez eu me sentir ambientado na história, a narrativa tão detalhada da atmosfera e das sensações trouxe uma super imersão – o fator mais apaixonante da obra pra mim, essas pequenas metáforas e reflexões minuciosas que dão vida ao raciocínio da personagem. tudo tão natural do ser humano, pensar tanto e pensar em tudo, pensar agora e depois já não pensar mais, trocar de ideia como se troca de roupa. achei a leitura um reflexo singelo e ao mesmo tempo muito significativo da vida e dos medos, dos inícios e términos de ciclos (e de como é complicado lidar com ambos). um retrato poético da liberdade.

[Felipe Vieira · Rating 3 out of 5]

3,75

É sobre o definhar em todos os sentidos. É definhar na vida, nos amores e nas relações. É tentar e não conseguir. Talvez a mudança acontece depois de um choque que o coloque nos trilhos.

A escrita e a história são interessantes. Gostei de alguns pensamentos, mas não fui conquistado pelos personagens.

[Rodrigo Ferrari · Rating 5 out of 5]

"Verão no Aquário" me lembrou do filme Sonata de Outono, do Ingmar Bergman. Mesmo que as mulheres do longa se comuniquem na base do grito e da mágoa, as de Lygia se comunicam por meio do silêncio e do mistério e ainda assim existe uma ligação entre elas. Ambas buscam se entenderem, mesmo que isso as levem para caminhos perigosos.

[Eliana Leite · Rating 5 out of 5]

Um livro belo, poético, quase um respiro em meio a esses dias em que vivemos. Há a melancolia dos anos 60 costurada com as belas palavras da nada menos do que genial Lygia Fagundes Telles. Recomendo para quem quer prestigiar a literatura nacional.

[Yeda Salomão · Rating 5 out of 5]

“Descobri que havia algumas sardas na sua mão. E essas não eram sardas de sol. Esfreguei num desalento as solas dos pés no tapete. Por que aquelas sardas? As mãos iam envelhecer primeiro.”

[Cami · Rating 4 out of 5]

Milagre de ano novo : terminar um livro 👏👏. Achei bem vibes ler esse nas férias tomando sol

[Clara · Rating 5 out of 5]

Que livro! Meu preferido da Lygia até então...

[Pedro Santos · Rating 5 out of 5]

O romance de formação da minha vida. Tenho duas cópias de Verão no aquário na minha estante, uma mais recente, a última revisada pela autora, e outra bem antiguinha. Lembro quando dois anos atrás voltei da Biblioteca do Parque Villa-Lobos com este livro aqui e Mrs Dalloway emprestados, lembro o estrondo que estes dois fizeram na minha vida. Lembro depois o jeito que corri de um canto a outro gritando para amigos, colegas, quem quer que fosse “Você já leu Verão no aquário?”, caso a resposta fosse negativa, e sempre era, gritava de volta: “Então leia!” Lembro quando decidi comprá-lo pela Estante Virtual, lembro principalmente o dia em que notei, semanas depois, que minha ediçãozinha era timidamente autografada pela Lygia. Até hoje só consegui fazer com que uma pessoa lesse esse livro. Dizendo tudo isso, acho que fica perceptível meu carinho por Verão no aquário, consolidado numa segunda leitura. Que ele está riscado do início ao fim nem preciso dizer, o que direi, sim, é que o segundo romance da Lygia é a juventude e seus dilemas da forma mais acurada, convincente e linda possível. A Raíza tem um pouco de todos nós, de uma maneira mesmo assustadora, no jeito falho e, não vamos mentir, bem-intencionado com que se relaciona com seus familiares, com seus amores e consigo mesma. Pai carinhoso bêbado e morto; mãe fria e ausente; tio louco institucionalizado; tia sentimentalista presa ao passado; prima desmedida bon-vivant sarcástica; seminarista puritano autoflagelativo. É nesse carrossel de gente que Raíza transita, em ambientes fechados, sempre quentes. A metáfora do aquário é perfeita: chegou a hora de romper o vidro e desaguar no oceano, mas as coisas se estendem suspensas. E não só para Raíza, mas para toda a família pequeno-burguesa em ruínas. O livro é claustrofóbico, tenso, à flor da pele, os sentimentos são vivos. Raíza é insegura, irônica, explosiva depois pianíssimo, maldosa então cheia de carinho, em busca de si mesma, em busca do amor, em busca do sentido da vida que lhe falta, dos acordes de piano que parece ter perdido para sempre. Nada mais clichê do que elogiar a “atemporalidade” de um clássico da literatura, mas Verão no aquário de 1963 veste como uma luva agora. É o meu livro favorito da Lygia, o que mais me assusta na sua intimidade e na sua precisão. As conversas de Raíza e Fernando na cama são das melhores coisas já escritas na história. Nunca vou para de te panfletar, meu Verão.

[Julia · Rating 5 out of 5]

Verão No Aquário de Lygia Fagundes Telles é aquele romance que nos deixa imersos nas palavras ao mesmo tempo em que nos desperta diversos pensamentos sobre a vida no geral. A personagem-narradora - curiosamente com nome Raíza, referente à raiz, que logo vocês entenderão - é uma mulher adulta presa ao passado e reclusa em seu aquário. O aquário, que não só ela faz parte, como todos os personagens do romance. Uma alusão ao pequeno-burgues preso numa bolha completa de ilusões e mesquinharias. O olhar é sempre de dentro, do interior do aquário, nunca de fora. É daí que vem a mania de Raíza de observar tanto a janela, observando a vida lá "fora". Fora do seu aquário. Fora da sua bolha. A bolha do burguês. Mas a família de Raíza é uma família burguesa que está em decadência financeira, portanto, não é de se surpreender a estranha mania de acumulação de coisas do passado que os personagens têm. São sempre histórias sobre o passado; sempre os objetos que contam as mesmas histórias. Além desse embate que Raíza vive dentro de seu aquário, há uma rivalidade com sua mãe que não passa apenas de um sentimento interior da menina que não recebe a atenção que quer de sua mãe que vive presa em seu escritório escrevendo e escrevendo. O laço que as une, mas ao mesmo tempo as separam, é André. Um suposto amante de sua mãe e que Raíza acaba criando, movida à ciúme, uma obsessão. Todo romance engloba essa briga indireta entre mãe e filha. Raíza, de raiz, se apega ao passado, como diz "só vocês adultos e eu diminuindo". Sempre voltando às suas raízes e para perto da sua família dentro do Aquário: o aquário de sua antiga casa que será vendida, o aquário das memórias com seu pai, o aquário do amor entre mãe e filha, o aquário da música ao tocar piano. Alheia aos acontecimentos sociais, Raíza e todos a sua volta representam uma burguesia que vive dentro de seu aquário, dentro dele querem preservar suas identidades individuais. Sair ou não sair do nosso aquário? Raíza escolheu ficar. Como muitos atualmente resolvem fazer. Ignorar os acontecimentos políticos do momento. Viver dentro de seu aquário. Da sua bolha. É hora de crescer, de sair do aquário e ir para o mar. Estourar nossas bolhas. Acabar com esse verão que nos abafa dentro da bolha. "O verão terminara".

[sol · Rating 4 out of 5]

"Tenho impressão de que você se perde com pequeninas coisas, fica se preocupando com objetivos que não podem ser objetivos, tão insignificantes... E assim vai se gastando e quando aparece um alvo maior, não vê esse alvo nem se dá conta de que se dispersou com migalhas."

Escrita impecável como sempre, a Lygia é uma escritora incrível que sabe muito bem como usar as palavras. A trama é bem original e me prendeu, só me senti um pouco frustrada por não descobrir que tipo de relacionamento havia entre o André e a Patrícia, ficou tudo muito obscuro no final e eu realmente queria saber mais. Mas tudo bem, a Lygia gosta de expôr os limites que a literatura tem; nem tudo é facilmente esclarecido, nem nos livros.

[Alice Mendes · Rating 5 out of 5]

Lygia, você nunca me decepciona!

[Maria Eduarda · Rating 5 out of 5]

Impacto 5; Imersão 5 ; Desenvolvimento de personagens 4,5; Prosa 5; Enredo 5; Desfecho 5.

Média: 4,9

Não foi o meu primeiro da Lygia, mas foi o que mais gostei. O livro é claustrofóbico e, aqui em BH, senti o mesmo calor da história.

Foi muito sinestésico para mim. Como ouvir a uma orquestra, em que a música subia, subia, subia e, quando eu esperava a queda, ela continuava a subir. Quando, final e abruptamente, veio a parada, eu senti paz.

O livro foi escrito em 1960, nas vésperas da ditadura militar brasileira, e mostra uma juventude que, confrontada com grandes doses de liberdade, não sabem bebê-la em pequenos sorvos, perdendo a direção e os objetivos.

Raíza passa a história tentando se encontrar, representando diferentes papeis e confrontando tudo. Em dúvida se sai ou não do aquário. A relação conflituosa com a mãe e as dúvidas com André e Fernando. Querendo pisar no futuro mas presa ao passado.

Me pegou muito os "amanhã eu mudo, hoje já é muito tarde", porque sou um pouco assim. Digo a mim mesma "vou fazer algo inesperado", e nunca faço, "vou tomar decisões" e nunca tomo, "vou dizer sim ou não, sem explicar" e nunca digo. Talvez eu esteja presa no meu aquário.

De qualquer forma, ontem choveu e foi como se, finalmente, viesse a queda.

A escrita é fenomenal, espero ler mais da autora em breve.

[bianca · Rating 5 out of 5]

Em "Verão no Aquário" Lygia Fagundes Telles escreve com precisão psicológica, construindo uma protagonista que encarna as contradições da juventude: insegurança e arrogância, desejo e culpa, impulso e hesitação. A história não entrega respostas fáceis (assim como a vida), mas revela o processo doloroso de amadurecer e perceber que crescer não significa apenas romper com o passado, mas entender até onde estamos dispostos a ir para encontrar a nós mesmos.

[Flavia · Rating 5 out of 5]

nenhuma linha é gratuita e uma autora tão dedicada como a lygia merece muitas releituras. estou só no começo do caminho de captar as nuances e as imagens tão bem trabalhadas de sua prosa

afz tudoooo essa leitura

[Sabrina · Rating 5 out of 5]

crítica social foda

[Laura Soler · Rating 5 out of 5]

Favoritado com louvor 💖

[leticia]

amarrrr

[soso · Rating 5 out of 5]

4,5/5⭐️ fiquei encantada com a escrita, o enredo, tudo.
sei que deveria ter lido os livros da lygia há muito tempo, mas antes tarde do que nunca! fico muito feliz que esse foi meu primeiro :)

[rebeca · Rating 4 out of 5]

ninguém no mundo sente o verão como o brasileiro.

[Leticia Mel · Rating 5 out of 5]

minha cabeça pensa como os livros da lygia. ao mesmo tempo, tenho muito e nada a ver com as personagens

[breno bauer · Rating 4 out of 5]

muito bom.
é o retrato de uma geração com perguntas demais e poucas respostas — em crise. nada escapa dela: família, amigos, religião, paixões e afetos. tensões que esquentam mais e mais, encapsuladas, em uma atmosfera claustrofóbica. como um aquário no verão.