Jump to ratings and reviews
Rate this book

Um almoço de negócios em Sintra

Rate this book
Eu sou um apaixonado por Portugal, mas não um
apaixonado cego.

Gerrit Komrij

Um Almoço de Negócios em Sintra é um sublime livro que nos mostra a visão do autor Gerrit Komrij sobre Portugal e sobre os portugueses. Será a nossa portuguesíssima realidade a matéria deste Almoço de Negócios? Pode dizer-se que sim, se soubermos que factos, situações e personagens levam também um banho de ficção.
Tendo escolhido Portugal como o país para viver, esta marcante
figura da vida intelectual neerlandesa mergulha nas nossas vidas,
desmascarando as nossas virtudes e defeitos aos olhos de um
estrangeiro que tudo estranha. E deixa-se, depois, como o Balzac das Cenas da Vida Privada, assaltar pela doçura de alguém que se apaixonou pela terra e pela sua gente.
Narrativa híbrida, Um Almoço de Negócios em Sintra é um misto
de ficção, crónica e memória e mostra-nos o olhar satírico, enternecedor e humano do autor, numa linguagem mordaz, natural,
brilhantemente vertida para o português por Fernando Venâncio,
linguista e autor de Assim Nasceu Uma Língua.

O livro, no seu pequeno tamanho, agiganta-se a cada novo capítulo.
Raquel Ochoa

Portugal e os portugueses são vistos através de uma
lente irónica e divertida [em que a] ironia é sempre
compensada com a ternura.

José Luís Peixoto

168 pages, Paperback

First published January 1, 1996

3 people are currently reading
212 people want to read

About the author

Gerrit Komrij

177 books30 followers
Gerrit Jan Komrij was a Dutch poet, novelist, translator, critic, polemic journalist and playwright. He rose to prominence in the early 1970s writing poetry that sharply contrasted with the free-form poetry of his contemporaries. He acquired a reputation for his prose in the late 1970s, writing acerbic essays and columns often critical of writers, television programs, and politicians. As a literary critic and especially as an anthologist he had a formative influence on Dutch literature: his 1979 anthology of Dutch poetry of the 19th and 20th centuries reformed the canon, and was followed by anthologies of Dutch poetry of the 17th and 18th centuries, of Afrikaans poetry, and of children's poetry. Those anthologies and a steady stream of prose and poetry publications solidified his reputation as one of the country's leading writers and critics; he was awarded the highest literary awards including the P. C. Hooft Award (1993), and from 2000 to 2004 he was the Dutch Dichter des Vaderlands (Poet Laureate). Komrij died in 2012 at age 68.

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
28 (23%)
4 stars
36 (30%)
3 stars
46 (38%)
2 stars
7 (5%)
1 star
1 (<1%)
Displaying 1 - 13 of 13 reviews
Profile Image for Sofia.
1,035 reviews129 followers
May 31, 2020
"O que aí fiz, claro, é uma caricatura de ambos os países. Haverá sempre mais portugueses insensíveis, e eu recordo vagamente uma mão-cheia de holandeses de coração na mão."

Gerrit Kmorij, holandês radicado em Portugal, faz neste livro um retrato bastante fiel das idiossincrasias do nosso país. País que tanto criticamos, mas Aqui d'El rei se vem alguém de fora fazer a mesma crítica que nós.
De prazos e orçamentos que nunca são cumpridos, a um poder local corrupto, temos toda uma amálgama de situações que, embora inacreditáveis, são o pão nosso de cada dia neste país.

"Impossível não se apossar de nós, de quando em quando, a impressão de termos a ver com um país que brinca aos paises, com um país que faz de conta que é uma nação verdadeira, adulta. É exactamente com esse fosso teatral que se terá, em qualquer aspecto da vida quotidiana, de contar. Eu sou um apaixonado por Portugal, mas não sou um apaixonado cego."
Profile Image for Zé Filipe Melo.
74 reviews2 followers
August 3, 2023
Um retrato de Portugal e dos portugueses escrito nos anos 90 que nos faz duvidar se não aprendemos nada, ao mesmo tempo que, como portugueses, nos vangloriarmos de já sermos como somos há tanto tempo. Cheio de humor, eis os escritos de um holandês que viveu em Portugal e sabe bem o que a casa gasta.

"Dirigimo-nos ao ritual que, do meio-dia às quatro, se apodera de Portugal inteiro. O almoço de negócios."

"Depositamos o nosso futuro nas mãos de Deus, o qual, como se sabe, foi inventado propositadamente para a salvação de Portugal"
Profile Image for Pam.
4 reviews
September 19, 2012


In spite of his cynical attitude, it is clear that Komrij loved Portugal.
Profile Image for Ana Bastos.
12 reviews3 followers
January 27, 2025
"Por felicidade, nunca um homem será feliz"
"Pela primeira vez nesse dia, o mestre de obras trabalhava. Com os molares"
"Não importa aos portugueses se alguém escuta. Interessa é tagarelar"
Profile Image for Rui Alves.
4 reviews
March 16, 2025
Um retrato de Portugal e dos portugueses pelos olhos de um holandês. Livro de 1999 que continua atual naquilo que é a essência de ser portuguesa, um povo cheio de virtudes. Não é um livro de fácil leitura, mas quando conseguimos rir de nós próprios tem momentos sublimes de humor.
Profile Image for Mady.
1,383 reviews29 followers
March 8, 2011
Read this one in Portuguese: "Um almoço de negócios em Sintra".
A vision of Portugal given by a foreigner.
Profile Image for Tony Almeida.
165 reviews6 followers
May 18, 2024
Vou directo ao assunto: não gostei do livro. E antes que comecem a puxar pelas forquilhas e as tochas, ao mesmo tempo que soltam as acusações de “és mais um desses portugueses que não sabem rir-se de si próprio”, posso desde já deixar claro que não é nada disso. Posso não ter gostado do livro, mas há, de facto, algumas citações que são até bastante deliciosas, como, por exemplo, na página 52, “A relação dos portugueses com a natureza deve estar profundamente marcada pelo facto de tê-la a arder.”

Não, o problema não é saber rir-me de mim ou da nossa sociedade, antes pelo contrário. Na verdade, são três problemas. Começa pelo conceito do livro em si e o estilo de escrita (dois problemas, estão a seguir?). Sendo este o primeiro livro que li do Gerrit Komrij, não fiquei propriamente com muita vontade de ler mais (bom, alguns dos livros são de poesia, e, admito, não é bem o meu estilo literário. Vá. A sério. Guardem as forquilhas). Uma escrita muito floreada, indo a lugar nenhum, em que demora imenso tempo para explicar coisas simples, que não carecem de tanto espaço. Há mesmo uma crónica ou outra em que, sinceramente, não entendi o que o autor pretendia. Em poucas palavras, sinceramente não me revi nem no estilo de escrita deste livro, nem na sua estrutura em crónicas biográficas das experiências pelas que Komrij passou pelo facto de ter decidido viver em Portugal. Longe de ser uma narrativa, pelo menos foi assim que o livro me foi apresentado, ele não é mais do que uma série de crónicas, desconexas, em que o autor dispara em direções diferentes, tanto a satirizar alguns aspectos funcionais sociedade portuguesa, alguns neerlandeses (não se esqueçam que agora não são holandeses) e ele próprio. Não digo que não houve um ou outro texto que achei interessante ou divertido, mas, em geral, desiludiu-me.

Finalmente, acho que o livro envelheceu mal. Este livro foi escrito na década de 90 (finais de 90?) do século passado, e acho que há mesmo um texto da década anterior. Se é verdade que o livro satiriza a sociedade de então, fico com a ideia de que muito do que é satirizado não faz sentido atualmente. Obviamente, que podemos ler este livro como um espelho do passado, mas confesso que esperava um livro mais centrado na idiossincrasia de ser português, e não tanto nos procedimentos, porque esses mudam com os tempos.
Profile Image for Tania Cunha.
168 reviews14 followers
April 24, 2022
Gerrit Komrij viveu em Portugal a partir de meados dos anos 80 e neste “Um almoço…” deixa-nos a visão de um holandês a viver em Trás-os-Montes (não tenho a certeza, mas creio que os textos são relativos a esse primeiro período). Os textos são alguns hilariantes, outros dolorosos de tão atuais. Alguns mais datados, mas profundamente familiares (sobretudo, creio, para quem, como eu, também na década de 80 vivia no interior norte do país), outros menos datados e igualmente familiares, apesar de forma menos divertida.

Diz-nos ele:
“Impossível não se apossar de nós, de quando em quando, a impressão de termos que ver com um país que brinca aos países, com um país que faz de conta que é uma nação verdadeira, adulta. É exatamente com esse fosso teatral que se terá, em qualquer aspecto da vida quotidiana, de contar. Eu sou um apaixonado por Portugal, mas não um apaixonado cego.”
181 reviews2 followers
May 6, 2022
O olhar de um escritor holandês sobre Portugal, visto da sua aldeia no país profundo (o título pode ser enganador, Sintra não passa do primeiro capítulo). Estamos nos anos 80 e 90, muitas observações são já anacrónicas, mas divertidas e mordazes, e uma lembrança do Portugal do fim do século passado.
444 reviews2 followers
September 17, 2022
Um retrato de Portugal e dos portugueses por um escritor holandês que vive em Portugal.
Um olhar de fora, frontal e crítico, com uma pitada de humor; um pequeno prazer de leitura e reflexão.
So peca pela tradução arcaica.
Profile Image for Noortje O..
144 reviews1 follower
January 1, 2024
Ietwat ouderwets aandoende verhalen over de emigratie van de schrijver naar Portugal. Ik las het terwijl ik in sintra was en dat gaf het toch een extra dimensie.
5 reviews
May 2, 2025
Gelezen in Sintra. Heerlijke ironische verhalen over Portugal
Profile Image for Bruno Calapez.
18 reviews
November 10, 2024
𝘖 𝘮𝘦𝘴𝘵𝘳𝘦-𝘥𝘦-𝘰𝘣𝘳𝘢𝘴 𝘱𝘳𝘰𝘮𝘦𝘵𝘦𝘳𝘢 𝘷𝘪𝘳 𝘢 𝘶𝘮𝘢 𝘴𝘦𝘨𝘶𝘯𝘥𝘢-𝘧𝘦𝘪𝘳𝘢, 𝘤𝘰𝘮 𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘶𝘴 𝘩𝘰𝘮𝘦𝘯𝘴, 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘶𝘮𝘢𝘴 𝘱𝘪𝘯𝘵𝘶𝘳𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘦𝘹𝘵𝘦𝘳𝘪𝘰𝘳. 𝘛𝘦𝘳ç𝘢 𝘢𝘪𝘯𝘥𝘢 𝘯ã𝘰 𝘩𝘢𝘷𝘪𝘢 𝘢𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤𝘪𝘥𝘰. 𝘘𝘶𝘢𝘳𝘵𝘢, 𝘢 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢. 𝘘𝘶𝘪𝘯𝘵𝘢, 𝘯𝘦𝘮 𝘴𝘰𝘮𝘣𝘳𝘢. 𝘕𝘢 𝘴𝘦𝘹𝘵𝘢, 𝘥𝘰𝘶 𝘥𝘦 𝘤𝘢𝘳𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮 𝘦𝘭𝘦 𝘯𝘰 𝘱𝘰𝘴𝘵𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘳𝘳𝘦𝘪𝘰𝘴.
- 𝘚𝘦𝘨𝘶𝘯𝘥𝘢 𝘯ã𝘰 𝘱𝘶𝘥𝘦 - 𝘥𝘪𝘻 𝘦𝘭𝘦.
- 𝘗𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 é 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘯𝘵ã𝘰 𝘯ã𝘰 𝘵𝘦𝘭𝘦𝘧𝘰𝘯𝘰𝘶? - 𝘱𝘦𝘳𝘨𝘶𝘯𝘵𝘰 𝘦𝘶.
- 𝘛𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘭á 𝘴𝘦𝘯𝘵𝘪𝘥𝘰! 𝘌𝘶 𝘯ã𝘰 𝘱𝘰𝘥𝘪𝘢 𝘪𝘳!
𝘜𝘮 𝘥𝘪á𝘭𝘰𝘨𝘰 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘶ê𝘴 𝘵í𝘱𝘪𝘤𝘰.
Displaying 1 - 13 of 13 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.