O GÁS DA MORTE E A CORRUPÇÃO NO INTERIOR DO REGIME NAZI, NUM ROMANCE QUE DESVENDA A NATUREZA HUMANA.
ONDE ESTÁ A SALVAÇÃO?
Hitler avança na conquista da Europa. Crescem os campos de trabalhos forçados e extermínio. É preciso eliminar quem não tem utilidade para o III Reich, e mais ainda os que passaram a ser considerados inferiores, não enquadrados no ideário de pureza da raça. Há que encontrar uma solução económica de grande escala para um problema crescente.
Carl era um simples engenheiro químico numa grande empresa alemã. Assume a responsabilidade de desenvolver um produto que permitirá à Alemanha liquidar milhões de pessoas com custos aceitáveis.
Terminada a guerra, o passado voltará a bater-lhe à porta.
Martina era uma simples rapariga judia a viver escondida em Frankfurt por conta das leis anti-semitas. Consegue escapar e torna-se uma mulher poderosa.
Terminada a guerra, abre a porta ao passado à procura de justiça. Um livro que mostra a importância das grandes empresas na prossecução do ideário nazi.
A ficção rigorosamente documentada a lembrar que a memória da guerra não deve ser esquecida.
Dos melhores livros que já li sobre a Alemanha de Hitler e o Holocausto, com o bónus de falar sobre o papel de vários países no fim da guerra, especialmente do Brasil. Apesar de ser ficção, todo o enquadramento e contexto da acção está perfeitamente encaixado em factos reais o que tornou a leitura ainda mais interessante.
Um dos pontos mais positivos deste livro são as explicações apresentadas no início do livro e no fim, para que possamos perceber todos os pormenores da história, desde pessoas a locais, passando por empresas e entidades. Para além de útil para perceber a história no seu todo, cria também a oportunidade para o leitor aprender mais sobre esta época sombria.
"...- Eles são prisioneiros de guerra, cada vez haverá mais, a Alemanha vai vencer e não será possível alimentar a todos - Uma nova mentira de Carl, que não queria dizer que o Taifun seria usado para exterminar os judeus e depois as outras raças consideradas inferiores. "
O Engenheiro da Morte conta-nos como Carl Farben , engenheiro químico, consegue criar um potente insecticida, o Taifun 2, para ser usado para assassinar os prisioneiros de guerra, judeus e todos os que eram considerados de "raça inferior " nos campos de concentração nazis. Embora esta obra seja de ficção, não é muito difícil imaginar que as coisas se tenham passado assim, todos sabemos que os judeus eram um povo a exterminar e que para isso foram criadas as câmaras de gás, mas não é só das câmaras de gás que este livro fala, fala da corrupção das grandes empresas alemãs, no seu apoio ao regime nazi e dos milhões que ganharam à custa do sofrimento dos não arianos. É um livro extremamente bem escrito e muito bem documentado como já é habitual nos livros de Marcio Pitliuk, não fosse ele director do Yad Vashem no Brasil. Para quem não sabe, o Yad Vashem é o Museu de História do Holocausto em Jerusalém.
Gosto muito de livros sobre a segunda guerra mundial e aprecio especialmente aqueles que me dão perspectivas diferentes. Este é um deles.
O autor denuncia empresas muito conhecidas por todos nós, tais como: Hugo Boss, Mercedes e BMW. Empresas estas que compactuaram com os nazis e lucraram com o Holocausto.
Também aponta o dedo a juizes, médicos e advogados que formularam e apoiaram as leis que levaram à segregação dos judeus.
Através de uma personagem fictícia, Carl Farben, personifica a corrupção e maldade da natureza humana.
Ao mesmo tempo não se esqueceu daqueles que sempre foram contra o sistema nem dos que se aperceberam a tempo e se tentaram redimir.
É um livro muito interessante, que também nos leva ao pós guerra e à fuga de imensos nazis para a América Latina, que assim se livraram da sua condenação.
Se quiserem conhecer um pouco mais este lado desta guerra hedionda, leiam este livro, que recomendo sem reservas.
Deixo-vos com um provérbio judaico: “quem salva uma vida, salva a humanidade”, uma mensagem tão bonita e tão cheia de esperança.
Estava à espera de ficar tão empolgado com este livro como fiquei com A Alpinista, do mesmo autor. No entanto foi com algum desapontamento que li o livro. Os primeiros 2/3 do livro foram aborrecidos e demasiado "tipo documentário", quase como uma aula de história e geografia (independentemente dos factos estarem correctos ou não (para esta classificação é irrelevante)). Não é o meu estilo favorito - que ironicamente contrasta muito com A Alpinista! Li com a expectativa demasiado alta! 😉
4,5* Um livro de ficção que aborda factos reais sobre a Alemanha de Hitler e o Holocausto. O autor delata as empresas que compactuaram com os nazis e que lucraram com o Holocausto e fala-nos do papel que vários países tiveram no pós-guerra